A Quinta Lusitana
Entre nesta "quinta"! Atente na sua beleza formal! Apodere-se do seu "recheio"! Pondere... Divirta-se com as paródias e os "artistas" do circo... Resista à tentação de chorar face aos quadros mais tristes... E recupere a auto-estima!... Visto, lido e respigado: Vai gostar!... Também, no seu interior, conheça de quantos irão detestar a QUINTA LUSITANA... Do mesmo modo, vai saber porquê...
Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!
SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA
SE FIXOU TODINHA EM LISBOA
NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...
Motivo: A "QUINTA LUSITANA "
ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...
QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...
e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho
EPA/Alejandro Garcia George Soros acredita que só é possível
parar a espiral recessiva na União Europeia alterando a política
Pacheco Pereira: "O desastre da política
económica deste Governo já existia antes da decisão do Tribunal
Constitucional"
Neste contexto, o economista critica a Comissão Europeia – que, na segunda-feira, elogiou a determinação do Governo português em prosseguir a política de austeridade apesar do ‘chumbo’ do Tribunal de Constitucional a algumas das medidas impostas – quando esta reclama para si e para a sua política os créditos desta descida dos juros das dívidas soberanas e alega que um abrandamento da austeridade levará a nova escalada.
Para Paul Krugman, esta posição da Comissão resulta do facto de a descida dos juros da dívida ser “o único resultado positivo que tem para apresentar após três anos de austeridade”.
Segundo sustenta o prémio Nobel da Economia, o “risco moral” inicialmente apontado pelos defensores da austeridade relativamente à intervenção do BCE na compra de dívida soberana – por considerarem que esta “ajuda” poderia levar os países em dificuldades a “relaxarem no aperto do cinto” – acabou por se concretizar, mas relativamente aos próprios apoiantes da austeridade.
No domingo, também no seu blogue no New York Times, Paul Krugman, que tem repetidamente criticado a estratégia europeia de resposta à crise na zona euro, instou os portugueses a “dizer não” a novas medidas de austeridade.
‘Just Say Não’, ironizou então o prémio Nobel da Economia, notando que a instabilidade se intensifica em Portugal, agora que o Governo de Pedro Passos Coelho anunciou a intenção de avançar com cortes na educação, saúde, Segurança Social e empresas públicas para responder ao 'chumbo' do Tribunal Constitucional de quatro normas orçamentais que representam um 'buraco' de 1.300 milhões de euros.
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!
SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA
SE FIXOU TODINHA EM LISBOA
NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...
Motivo: A "QUINTA LUSITANA "
ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...
QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...
e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho
quinta-feira, abril 25, 2013
Abrenúncio!
Brasilino
Godinho
Por
imperativos de consciência, de Ética e de obrigação cívica,
retomo - em escrita - por momentos, a palavra.
Igualmente,
porque não resisto à necessidade de desabafar...
Depois de,
neste 25 de Abril de futura má memória, ver a inexplícita,
cavacal, suprema figura do Estado ( a que chegámos) e de ouvir a sua
oca, desconexa e enviesada discursata, estou triste e penso numa
Nação traída, em desespero...
terça-feira, abril 23, 2013
Informação
De:
Brasilino Godinho
Aos
meus leitores fiéis,
Aso
meus leitores infiéis,
Aos
meus leitores ocasionais e indiferentes,
Aos
meus leitores indignados ou hostis,
Aos
leitores "amigos da onça",
Aos
distintos sujeitos mais visados na minha escrita,
Por
motivos de força maior e de grande relevância pessoal vou
conceder-me um período de abstinência da escrita; o qual, será
compreendido entre a presente data e o p. f. mês de Outubro.
Na
actual circunstância, contemplo-me na oportunidade de vos desejar um
bem passado tempo de férias, temperadas com um clima ameno e a
melhor das disposições: anímicas, afectivas e de saúde.
Também,
com muitas, boas e... proveitosas leituras.
A
propósito e se me é permitida a recomendação, outrossim
praticando, sem desfalecimento embaraçoso, a higiene mental.
Atente-se que ela é muito necessária e útil nesta conturbada época
em que multidões de indígenas, são vítimas indefesas das
tremendas destruições e dos imensos estragos, produzidos pela
coelhada que, emergindo do famigerado pântano denunciado pela
criatura guterreana de obscura memória, ocupa o desprotegido campo
lusitano...
segunda-feira, abril 22, 2013
Aí
está uma boa notícia...
Brasilino
Godinho
A partir da
próxima data de posse de um alto cargo governamental por parte de
uma prendada senhora açoriana, conhecida militante do PSD,
diminuirá umas escassas milésimas a taxa de desemprego em Portugal.
É um valor pequenino, mas que incorpora, no chamado sistema, uma
mais valia simbólica... Há que festejar o evento.
Porquê? -
perguntará o desprevenido cidadão. Porque, tal iniciativa do
governo sediado em Lisboa é, inegavelmente, um notável e
paradigmático contributo para o bem estar social decorrente e
consequencial do sortilégio das aparências de bem cuidar da
administração do Estado...
Quem ousa
dizer que o governo não está no bom caminho?
Vamos ao
facto encorajador:
A Dr.ª Berta
Cabral, açoriana de gema, é economista, licenciada em Finanças,
pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de
Lisboa, especializada em Gestão Avançada e para Executivos,
ex-técnica superior da Junta Nacional dos Produtos Pecuários, tendo
desempenhado vários cargos de chefia em administrações de empresas
sediadas nos Açores.
Também
desempenhou as funções de presidente da Câmara Municipal de Ponta
Delgada, S. MIguel, Açores e foi candidata derrotada nas últimas
eleições para o governo regional açoriano.
Desde então,
confinada às tarefas caseiras, estava - a título oficioso -
desempregada. Era um desperdício oficial. Uma pena!
Agora, o
governo chefiado pela excelentíssima coelhal figura, finalmente
desperto para o problema do desemprego, dá um resoluto passo em
frente e emprega a Dr.ª Berta Cabral na reservada instituição
governamental: secretária de Estado, do Ministério da Defesa.
Assim fica
demonstrado que o grande chefe Passos Coelho e seus ajudantes,
compreenderam que as profícuas práticas de bem fazer e proteger se
exercitam, em primeiro lugar, no seio da família; seja ela, pessoal
ou política...
Está bem
visto... por quem facilmente se avalia.
Só há uma
pequenina coisa que não entendemos. Como é que uma senhora
economista que já lidou com assuntos pecuários, de vacas loucas no
Continente e de vacas saudáveis, esbeltas e de olhos meigos, nos
Açores (aquelas que tanto encantaram o presidente Cavaco...
recordam-se?) e que, presumivelmente, nem prestou serviço militar
vai, de-repente, daqui a dias, decerto sem precedência de inspecção
médica de recrutamento profiláctico, assentar praça no Ministério
da Defesa e, de seguida, num repente, conseguir manobrar os
complicados mecanismos dos equipamentos militares afectos aos vários
serviços ou unidades operativas do bélico ministério, por demais
branqueado...
Aliás, este
caso faz-nos lembrar aqueloutro do engenheiro ferroviário que caiu
sem se aleijar - de pára-quedas(?) ou por descarrilamento(?) de
composição em trânsito pelas vias da alfacinha cidade - no
requintado gabinete de uma formosa senhora secretária de Estado, das
Finanças, ali ao Terreiro do Paço...
Enfim, aqui
fica exposto perante a opinião pública, o extraordinário cuidado
que a governança tem na selecção e recrutamento de bem qualificada
e melhor recomendada gente, ocasionalmente, sem vistoso emprego
oficial...
Nota:
Esta crónica foi escrita com activo repúdio do novo Acordo
Ortográfico.
sábado, abril 20, 2013
Agua mole
em pedra dura, tanto dá até que fura...
FINALMENTE!
NÃO
ESTAMOS SÓS A PREGAR NO DESERTO...
Uma temerária suposição de Brasilino
Godinho
Já perdemos a
conta do número de crónicas em que temos chamado a atenção dos portugueses para
a política de extermínio que o actual governo vem prosseguindo nos dois anos
que leva de exercício. A sensação apercebida é a de que estamos pregando no
deserto.
Mas agora,
finalmente, uma senhora D. Maria, de sua distinta graça, talvez porque vinda de
um espaço sagrado (Belém) e a condizer com seu fácies angélico e voz de
querubim pairando em celestiais galáxias, surgiu na televisão a reconhecer as
práticas mortíferas que estão à vista de quem esteja com os olhos bem abertos e
sem teias de aranha na mioleira...
Uma vez que
assim aconteceu, parece (sublinhamos: parece...) que a partir da noite
de ontem e de uns momentos de debate televisivo, ficámos prosseguindo no
território desértico, sobranceiro à sombria área pantanosa da pasmaceira
nacional, desta vez, na suave e animadora companhia de uma criatura feminina
que enternece o mais sisudo cidadão - o que para nós é sempre agradável,
atendendo à natural tendência para a contínua adoração face ao belo sexo que
nos é intrínseca.
Pois, leitores,
dêem-se à benéfica ousadia de acreditar no acontecimento. Que a crer na notícia
posta a circular na Internet, ocorreu na indicada circunstância e que se impõe
ser facto registado e enaltecido: a deputada Maria de Belém pôs a delicada boca
no trombone, não se feriu, nem desafinou, com enorme estridência, o tom; simplesmente, com a candura habitual
disse o seguinte:
"O que esta liderança da UE, em cumplicidade com
a grande banca especuladora e suas troikas estão a fazer aos cidadãos dos
países em dificuldades começa a configurar uma nova forma de extermínio,
através do empobrecimento e da anulação dos cuidados de saúde, sobretudo para
os mais velhos. Os responsáveis por estas decisões deviam começar a pensar que
um dia, no futuro, poderão ter que responder por elas num tribunal penal internacional".
Todavia, quatro elementares coisas escaparam à
observação da Dr.ª Maria de Belém:
- A primeira, é que não mencionou os governantes
portugueses; os quais, sem qualquer margem para dúvidas, se situam na frente da
galeria dos maiores agentes executores do mencionado morticínio. Esta omissão é
de extrema gravidade e releva uma deplorável atitude de branqueamento das
responsabilidades dos mesmos.
- A segunda, é que a prática criminosa não começa a
configurar - já está configurada e muito documentada em decorrência de
bastantes casos fatais ocorridos em Portugal. Estamos a referir-mo-nos ao
aniquilamento de pessoas e famílias.
A terceira, é que eles, os criminosos, nem são
possuidores do pensamentos de receio quanto ao futuro e às hipóteses de julgamentos,
porque estão confiantes no poder e influência que ostentam com o maior
despudor. Além de que tal tempo nunca chegará, pois que as vítimas já cá não
estarão, neste vale de lágrimas, para se vingarem ou para os arrastar aos
tribunais ou aos raros pelourinhos que ainda existem dispersos na terra lusa...
Tal é a diabólica grandeza da razia programada pelo governo português.
A quarta, é que a Dr.ª Maria de Belém, misericordiosa,
reservada quanto baste, e dispensando-se
de presenciar (ou conhecer) as eventuais cenas chocantes ligadas às condenações
judiciais, não as antecipa para o tempo presente, antes as remete para
imprevistas datas de um futuro mais ou menos distante... Joga pelo seguro -
também incluindo o chefe de fila do PS...
E, supremo deslize: mostra-se complacente com os
implacáveis agressores que tanto e diversificadamente violentam o Zé-Povinho.
Este, é um paradigmático caso que obriga à anotação de
que a Dr.ª Maria Belém continua a ser muito ingénua, algo imprecisa e a
corresponder à imagem de piedosa criatura; por sinal, figuração bem impressa na
sua risonha fisionomia...
Melhor vista a situação decorrente do seu desempenho
televisivo, importa reconhecer que de pouco préstimo nos servirá a antevista
companhia da Dr.ª Maria de Belém no combate que urge travar em prol da
sobrevivência de inúmeros cidadãos portugueses.
E aqui, igualmente, pela nossa parte, considerando o
dever de abdicar da satisfação pelo desfrute da presença feminina ao nosso
lado. Obrigação que se sobrepõe por força imperativa de um bem superior; qual
seja, o concernente à vida humana.
terça-feira, abril 16, 2013
Aqui exposto,
um importante documento
com profundo significado
e de grande actualidade.
Iniciativa
de Brasilino Godinho
A AMIGA DE PINOCHET
Decididamente, tenho cada
vez mais dificuldade em publicar textos meus nos jornais, e não será certamente
pelo facto de estar a escrever pior do que já escrevi - nem certamente pior do
que os artigos escritos com os pés publicados quase todos os dias nos jornais.
Poucas horas depois de
saber que Margaret Thatcher tinha morrido, escrevi, ontem, dia 8, o artigo que
a seguir reproduzo («NA MORTE DA AMIGA DE PINOCHET») e enviei-o, ainda ontem à
tarde à direcção do PÚBLICO solicitando a publicação.
Recebi hoje a resposta (não
interessa de quem) do seguinte teor:
«Caro Alfredo
Barroso: neste momento, excepcionalmente, tenho compromissos para publicação de
artigos extra praticamente todos os dias até terça-feira. Fica tarde de mais…».
Só
me resta, assim, enviá-lo aos amigos e conhecidos do costume, que constam das
listas (porventura desactualizadas por acção e por omissão) arquivadas no meu
computador, e publicá-lo na minha página do «facebook», onde não muito
apropriado afixar textos longos. Há certamente directores de jornais que
esfregarão as mãos de satisfação ao constatarem que estão a fechar-se todas as
portas a este «dissidente» politicamente incorrecto, incómodo e «impertinente».
Não sou crente mas apetece-me dizer-lhes: deus os guarde e lhes conceda muitos
«frutos» do trabalho tão «dedicado» que estão a fazer… Aqui vai, então, o meu
artigo:
NA MORTE DA AMIGA DE PINOCHET
por ALFREDO BARROSO
Morreu Margaret Thatcher, uma das
principais responsáveis pela contra-revolução neoliberal que há mais de 30 anos
vem devastando os regimes democráticos ocidentais, deformando a economia,
tornando as sociedades democráticas cada vez mais desiguais, destruindo a coesão
social, impondo o «casino da especulação monetária» e a ditadura dos mercados
financeiros globais que hoje mandam em nós.
Morreu, além disso, a amiga de Pinochet,
um dos ditadores mais sanguinários e corruptos da América Latina, que permitiu
que o Chile se tornasse banco de ensaio das políticas ultraliberais
preconizadas pela famigerada «escola de Chicago» e levadas a cabo pelos
«Chicago boys», apadrinhados por Milton Friedman e Friederich von Hayek,
figuras tutelares do pensamento de Margaret Thatcher, além da mercearia do
pai.
Não faço esta acusação de ânimo leve.
São factos conhecidos, designadamente a sua acendrada admiração por Augusto
Pinochet, como se projectasse nele aquilo que ela desejaria impor, mas nunca
conseguiria, na velha democracia inglesa. Há muitas fotos em que aparecem ambos
sorridentes, lado a lado, quer quando o ditador estava no poder, quer quando o
detiveram em Londres na sequência do pedido de extradição efectuado pelo juiz
espanhol Baltazar Garzon, que o acusou de ser responsável, durante a ditadura,
pelo assassínio e desaparecimento de vários cidadãos espanhóis.
Esta mulher a quem chamaram «dama de
ferro», como poderiam ter chamado «de zinco» ou «de chumbo», nutria um profundo
desprezo pelos grandes intelectuais ingleses do seu tempo, designadamente
Aldous Huxley, John Maynard Keynes, Bertrand Russell, Virgínia Woolf e T. S.
Eliot, conhecidos como o «círculo de Bloomsbury» (do nome do famoso bairro
londrino de editores e livreiros e de boémia intelectual). A frustração dela
perante o talento e a inteligência que irradiavam deles, e que ela não
conseguia captar, levaram-na a considerá-los «intelectuais estouvados, que
conduziram o Reino (Unido) pelos caminhos nada recomendáveis da segunda metade
do século XX». Ao diabo as «literatices» da «clique de Bloomsbury», dizia ela.
«O meu Bloomsbury foi Grantham» (onde o pai tinha a famosa mercearia) (…) Para
compreender a economia de mercado, não há melhor escola do que a mercearia da
esquina». Deve ser por isso que as mercearias estão a falir…
Thatcher considerava «a distância entre
ricos e pobres perfeitamente legítima» e proclamava «as virtudes da
desigualdade social» como motor da economia. A verdade dos números é, no
entanto, bastante diferente. Como salienta John Gray, um dos mais importantes
pensadores contemporâneos, na Grã-Bretanha da chamada «dama de ferro» os níveis
dos impostos e das despesas públicas eram tão ou mais altos, ao fim de 18 anos
de governos conservadores, do que quando os trabalhistas deixaram o poder, em
1979. Ao mesmo tempo, nos EUA de Ronald Reagan, co-autor da «contra-revolução
neoliberal», o mercado livre e desregulado destruiu a civilização de
capitalismo liberal baseada no New Deal de Roosevelt, em que assentou a
prosperidade do pós-guerra.
Convém dizer que John Gray, autor de
vários livros editados em português, entre os quais Falso Amanhecer (False
Dawn), chegou a ser uma das figuras dominantes do pensamento da chamada
«Nova Direita», que teve uma grande influência nas políticas que Thatcher pôs
em prática. Mas ficou desiludido e alarmado com as terríveis consequências
dessas políticas e tornou-se um dos críticos mais lúcidos e implacáveis dos
«mercados livres globais», cuja desregulação tem causado os efeitos mais
perversos nas sociedades contemporâneas, provocando a desintegração social e o
colapso de muitas economias. O capitalismo global parece funcionar, segundo
Gray, de acordo com as regras da selecção natural, destruindo e eliminando os
que não conseguem adaptar-se e recompensando, quase sempre de maneira desproporcionada,
os que se adaptam com sucesso. Estas são, logicamente, as inevitáveis
consequências do pensamento de Thatcher, ao pôr em prática «as virtudes da
desigualdade social» como motor da economia.
A pesada herança de Margaret Thatcher,
tal como a de Ronald Reagan - adoptadas não apenas pela direita ultraliberal,
mas também por uma certa esquerda neoliberal (Tony Blair, Gerhard Schröder e
alguns discípulos da Europa do Sul, designadamente lusitanos) - é esta crise
brutal em que a UE e os EUA estão mergulhados há já cinco anos. E o mais
terrível é que é o pensamento dos principais responsáveis por esta crise que
continua e prevalecer na maioria dos governos que prometem acabar com ela à
custa da austeridade, do empobrecimento dos cidadãos e do confisco dos seus
direitos sociais.
Lisboa,
8 de Abril de 2013
Um apontamento
de Brasilino Godinho
Quem
diria?
Afinal, o presidente da
República tem grandes ideias...
Por agora e, porventura definitivamente, para
calar os críticos mal-intencionados(...) que o acusam de não dar
uma para a caixa, apresentou aos jornalistas - quando em voo para a
Colômbia - duas de melhor qualidade cavacal.
Ei-las:
- A interessante e inovadora ideia de que Durão
Barroso teve papel relevante na melhoria da imagem de Portugal, após
o famoso chumbo do Tribunal constitucional.
- A fantástica ideia de que há dias houve e
ainda haverá (algures, na Parvolândia) uma melhorada imagem de
Portugal.
Diremos que justamente por obra e (des)graça de
Durão Barroso...
Ideias brilhantes!... A crédito da Excelência!
E - imagine-se ou lamente-se - nós e o mundo
lusitano que nem nos apercebemos do brilharete barrosinho e do
embaciado brilho (passe a antinomia) da imagem de Portugal. Andámos
distraídos... Se calhar, nem somos assim tão perspicazes como, por
vezes, nos julgamos. Certo, é que a presidencial figura, na aérea
circunstância e no formal (des)entendimento, se houve com inusitada
argúcia e superior avaliação... Palmas! O falecido actor Solnado
diria: Tem música!
Pois é! Os leitores têm que se render às
evidências emanantes da surpreendente figura presidencial... Até
porque o País irá mui longe com estes destaques... Talvez, em
velocidade de incómodo cruzeiro por mares tenebrosos. E, a breve
trecho, terminando a odisseia já submerso na gélida e inóspita
região antárctica...
Esta nossa oportuna referência a tão
transcendente afirmação do presidente Cavaco, decorre de um
despacho da agência LUSA; do qual extraímos o seguinte esclarecedor
fragmento:
15
de Abril de 2013, 22:42
Presidente República destaca papel de Barroso na
melhoria imagem de Portugal
O Presidente da República destacou hoje o papel do
presidente da Comissão Europeia na melhoria da imagem de Portugal na
imprensa internacional depois do 'chumbo' do Tribunal Constitucional
a algumas normas do Orçamento do Estado para 2013.
(Fim de citação)
segunda-feira, abril 15, 2013
O
que, dramaticamente, decorre das "cegueiras"
da
alemã Merkel e do português Coelho
Por
Brasilino Godinho
Transcrevemos,
a partir da Lusa e do Económico, os elementos do mui elucidativo
texto do York York Times
New
York Times
"Remédio da austeridade está matar o doente europeu"
Económico
com Lusa
15/04/13 11:34
15/04/13 11:34
O Conselho Editorial do
norte-americano New York Times escreve hoje que a "medicina
amarga" da austeridade está a matar o doente, usando o exemplo
de Portugal para defender a emissão de títulos de dívida apoiados
pela zona euro.
"Há mais de dois anos que os
líderes europeus têm imposto um 'cocktail' de austeridade
orçamental e de reformas estruturais em países debilitados como
Portugal, Espanha e Itália, prometendo que isso será o tónico para
curar as maleitas económicas e financeiras, mas todas as provas
mostram que estes remédios amargos estão a matar o paciente",
escreve o Conselho Editorial do jornal norte-americano New York
Times, um dos mais vendidos nos Estados Unidos da América.
O artigo de opinião explica que o
principal problema de as medidas de austeridade não estarem já a
ter o efeito pretendido - crescimento económico - é, para além do
aumento do desemprego, a criação de um descontentamento popular que
favorece grupos como o Movimento Cinco Estrelas, em Itália.
"O verdadeiro perigo para a
Europa é que movimentos como esse aumentem e que os eleitores e os
decisores vejam cada vez menos vantagens em permanecer no euro. Se os
países começam a sair da moeda única, isso causaria pânico
generalizado no Continente e milhares de milhões de dólares em
perdas para os governos, os bancos e os investidores na Alemanha e
noutros países ricos europeus, já para não falar no resto do
mundo", escreve o jornal, sublinhando que "se os líderes
europeus deixaram essas forças políticas ganharem força, toda a
gente no Continente, e não apenas os portugueses ou os italianos,
ficarão pior".
Numa parte dedicada exclusivamente
a Portugal, o jornal escreve que "o Governo de Passos Coelho
cortou a despesa e aumentou os impostos, tanto que o défice
orçamental caiu cerca de um terço entre 2010 e 2012" e
acrescenta que o resultado destas e de outras reformas é que o
desemprego subiu para os 18%. Assim, "os economistas dizem que
Portugal vai provavelmente ter um défice orçamental, este ano,
maior que o acordado [com a 'troika'] (...) porque as políticas
nacionais, sem surpresa, causaram uma recessão mais profunda que o
previsto".
O artigo defende, por isso, que
líderes como a chanceler Angela Merkel parem de insistir na
austeridade e "ajudem a aumentar a procura, por exemplo,
permitindo que os países mais frágeis possam emitir dívida pública
apoiada pela zona euro", o que, no entender deste Conselho
Editorial composto por editores e antigos directores, e que responde
directamente ao presidente do grupo detentor do New York Times,
ajudaria os países a sair da "espiral recessiva".
"Os decisores políticos em
Portugal e em Itália teriam a vida facilitada na defesa da
necessidade de reformas se não tivessem de, ao mesmo tempo, cortar
programas e apoios sociais", diz o texto, que argumenta que "um
crescimento económico mais rápido e um desemprego mais baixo
criariam os recursos que podiam ser usados, mais tarde, para cortar a
dúvida e reduzir o défice".
(Nota: Algumas alterações gráficas foram introduzidas por
Brasilino Godinho)
"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro",
diz George Soros
Trigésimo
homem mais rico do mundo critica a gestão alemã da crise das
dívidas soberanas e diz que é a altura do país decidir se quer ou
não sair do euro.
Liliana
Coelho
O multimilionário e investidor George Soros, numa
entrevista publicada hoje pelo jornal "El País", tece
duras críticas ao papel da Alemanha na gestão das crises europeias
e defende a necessidade de se recuperar o espírito de cooperação e
solidariedade entre os países-membros da União.
"A Alemanha deve decidir se quer refazer a
Europa da forma em que originalmente estava destinada a ser, que
pressupõe aceitar as responsabilidades necessárias para avançar
nessa direção, ou deve considerar sair do euro e deixar o resto dos
países que acreditam nos eurobonds e podem combater a crise",
diz George Soros ao "El País".
Segundo o investidor, que está na 30ª posição
do ranking dos bilionários da revista "Forbes", só
é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando
as políticas.
"A política atual leva a uma dinâmica que
consiste em sofrer uma crise atrás da outra, porque só quando o
quadro se torna muito feio os países credores liderados pela
Alemanha extendem apoio aos devedores", acrescenta Soros,
sublinhando que essa política não funciona porque peca por ser
demasiado tardia.
Saída não significaria fim do euro
Questionado sobre se a saída da Alemanha da zona
euro significaria o fim da moeda única, George Soros diz claramente
que não, apontando para o papel importante do Banco Central Europeu.
Na visão do investidor, os países devedores teriam
necessariamente de seguir uma política comum para manter o euro,
caso contrário pagariam um "preço terrível."
George Soros diz também acreditar que se a
Alemanha saísse do euro, os países devedores de transformariam em
economias competitivas e as suas dívidas diminuiriam fortemente face
à desvalorização da moeda única. O principal prejudicado seria o
próprio país, defende.
"O preço do ajuste recairia sobre a
Alemanha, que teria que lidar com dificuldades, porque de repente os
seus mercados seriam inundados por importações do resto da Europa",
explica Soros.
Alemanha deve aceitar eurobonds
O investidor húngaro-americano volta ainda a
defender a necessidade de converter a dívida existente em eurobonds
para se sair da crise, frisando que cabe à Alemanha mudar de direção
e aceitar os eurobonds o mais breve possível, a fim de evitar
que a situação se deteriore ainda mais.
Neste sentido, George Soros defende a necessidade
de se recuperar o espírito de "cooperação" na União
Europeia, entre países credores e devedores, salvaguardando o
futuro.
"A crise do euro
transformou a União Europeia numa associação voluntária entre
Estados iguais numa relação entre credor e devedor. E em situação
de crise, os credores ditam o fim da relação, que leva a que os
devedores fiquem sempre numa pior situação. E isso condena a União
Europeia a um futuro muito sombrio", remata.
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domingo, abril 14, 2013
"Nesta
casa desgovernada,
vivem
pessoas de carne e osso"...
Palavras
do Bispo de Vila Real (Entrevista ao JN - edição de 14/4/13)
Porém,
nela e neste período de trevas conotadas com o (des)governo
alaranjado, as pessoas vão ficando aliviadas(...) sem as carnes; e,
enquanto não morrem, quedam-se famintas, resignadas, agradecidas à
suprema coelhal figura da (des)governação nacional... Também,
postas em excelente silêncio, beneficiando da fascinante e
acalentadora oportunidade de se tornarem demasiado contemplativas dos
próprios ossos esqueléticos...
(Comentário, simplesmente, inofensivo e
oportuno(...) de Brasilino Godinho)
Bispo
ingénuo? Ou excessivamente complacente?
Brasilino Godinho
A entrevista de D. Amândio Tomás é interessante
e - embora focando a grave situação da maioria da população
portuguesa – representa-se algo rebuscada em português suave. Ao
que se intui, com vista a não ferir susceptibilidades dos
governantes mais responsáveis pelas condições dramáticas que
tanto atingem o dia-a-dia dos cidadãos portugueses.
Todavia, nas declarações do Bispo de Vila Real
sobressaem dois erros de apreciação.
O primeiro erro, quando diz
que "O
interior do nosso país é um interior de velhos".
Se ainda o é, nem tarda o dia em que não o será. Isto porque os
velhos e pobres constituem duas espécies em vias de extinção. Há
que ter em atenção que o juvenil Passos Coelho e seus rapazes tudo
fazem, relativamente a tais indefesos cidadãos, para conseguir, a
breve prazo, o seu extermínio. As condições propiciadoras para
esse objectivo final vão sendo criadas a acelerado ritmo e com o
almejado êxito; o qual, é devido à utilização de sofisticados
métodos de actuação, que hemos denunciado várias vezes.
O segundo erro ocorre quando
formula a súplica: "Peço
a Passos Coelho para se lembrar dos pobres".
Desta expressão diriam os brasileiros que "É
chover no molhado"...
O grande chefe Coelho, incrustado em corpo franzino e de alma insensível, aparentando desconhecer os preceitos e as práticas da higiene mental, nem precisa de ser lembrado dos pobres. É coisa que não lhe sai da distinta cabeça, desde a primeira hora da tomada de posse do cargo de presidente do Conselho de Ministros. A famigerada criatura governamental vem insistentemente proclamando que os portugueses têm de empobrecer, "custe o que custar" (para os concidadãos mais carenciados isso há-de acontecer, que não para ele, Coelho & Comp.ª L.ª). Aliás, como se vem comprovando através das medidas avulsas com que, sem pejo, vai contemplando os indígenas. Nisso tem revelado invulgar pertinácia e grande sanha persecutória que é desenvolvida por acinte - o que é altamente condenável. Neste particular domínio, nunca se notou em Passos Coelho qualquer esmorecimento no empenho e no ardor destrutivo.
O grande chefe Coelho, incrustado em corpo franzino e de alma insensível, aparentando desconhecer os preceitos e as práticas da higiene mental, nem precisa de ser lembrado dos pobres. É coisa que não lhe sai da distinta cabeça, desde a primeira hora da tomada de posse do cargo de presidente do Conselho de Ministros. A famigerada criatura governamental vem insistentemente proclamando que os portugueses têm de empobrecer, "custe o que custar" (para os concidadãos mais carenciados isso há-de acontecer, que não para ele, Coelho & Comp.ª L.ª). Aliás, como se vem comprovando através das medidas avulsas com que, sem pejo, vai contemplando os indígenas. Nisso tem revelado invulgar pertinácia e grande sanha persecutória que é desenvolvida por acinte - o que é altamente condenável. Neste particular domínio, nunca se notou em Passos Coelho qualquer esmorecimento no empenho e no ardor destrutivo.
O pior que, nas actuais circunstâncias, poderia
acontecer era alguém fazer um pedido como aquele do bispo de Vila
Real, que aqui é focado.
Apesar dos riscos de se suscitarem dúbias
interpretações em mentes pouco esclarecidas, certamente que melhor
seria que Passos Coelho não se lembrasse dos pobres... Sobrar-lhe-ia
tempo e disposição para se distrair e, com alcance
benfazejo, se alhear do obscuro propósito de maltratar pobres,
idosos e funcionários públicos - o qual, é um desígnio que tanto
o entusiasma, o motiva e, paradigmaticamente, o realiza como
canhestro político e impreparado governante. A dar-se essa
distracção, Passos Coelho ficaria mais liberto de espírito para se
ocupar das manobras de bastidores existentes na casa governamental e
das viagens e contactos que vai fazendo com a habitual cadência e
operacionalidade eleitoralista. Assim, se esquecia dos pobres e
outros cidadãos afins; daí resultando que lhes deixava tempos,
modos e espaços livres de aflições, de pesadelos e de maus tratos.
Portanto, do pedido do Bispo de Vila Real
endereçado a Passos Coelho se poderá dizer que "De boas
intenções está o Inferno cheio". Eventualmente, até daquelas
que têm origens episcopais...
sábado, abril 13, 2013
O
quarteto maligno:
Angela
Merkel, Wolfgang Shauble, Durão Barroso e Passos Coelho, estão a
levar a Europa e Portugal para a ruína.
Entretanto,
o Mundo quer super-Banco Central Europeu.
George Soros, o famoso investidor, propõe que a
Alemanha saia do euro. De facto, até será uma boa ideia. O estado
alemão, através da dupla Merkel e Shauble, é o fautor maior da
desgraça que atinge a Europa; dado que lhe são concedidas, com a
maior subserviência e docilidade, todas as margens de manobra para
impor os seus interesses e ditar as extraordinárias políticas
redutoras (sobretudo, as das - continuamente - acrescidas
austeridades) da União Europeia.
Neste quadro sombrio, Barroso e Coelho, assemelham-se
a mansos cordeiros propensos à degola pascal, sem deixarem de ser
fanáticos discípulos e afilhados da senhora Merkel; ou seja: peões
de um xadrez alemão que jogam, arrogantemente, de forma pusilânime,
com os dramáticos resultados conhecidos que tanto atormentam
portugueses e europeus.
Brasilino
Godinho
Porque em consonância
com o exposto, transcrevemos do sítio do SOL,
com a devida vénia:
Mundo
quer super BCE
UA,
Espanha, França, FMI e até George Soros apelaram esta sena à
Europa para abrandar a austeridade e usar o BCE como fonte de
dinheiro da economia para estimular o crescimento. Alemães disseram
«nein» e Bruxelas exigiu mais sacrifícios aos Estados-membro.
Depois
de se assumir como ‘o bombeiro’ da crise do euro, nos últimos
três anos, alguns dos principais líderes europeus e mundiais
acreditam que é no Banco Central Europeu (BCE) que está a única
salvação da moeda única.
De mero guardião da inflação, a instituição de Frankfurt passou a ser um dos órgãos mais poderosos do euro: já emprestou dinheiro ilimitado à banca salvando o sector da bancarrota, evitou novos resgates com a compra de dívida pública e uma simples frase do seu presidente, Mario Draghi, em meados do ano passado, foi suficiente para evitar o colapso da Zona Euro e cortar os juros dos países periféricos para metade.
Com três anos de crise, dois de recessão, um desemprego galopante e a falência do modelo da austeridade pela austeridade na região, o apelo agora é para que o BCE siga os restantes bancos centrais mundiais – como os dos EUA, Japão ou Reino Unido – e adopte medidas drásticas. Ou seja, mudar os estatutos da instituição europeia para que possa imprimir dinheiro, inundando a economia com dinheiro barato, e assim estimular o investimento e o crescimento da economia.
luis.goncalves@sol.pt
EUA enviam peso pesado
Os apelos para um BCE com um papel mais interventivo e como motor de uma política económica na Zona Euro assente mais no crescimento e com menor dose de austeridade foram, esta semana, sublinhados de forma explícita por vários líderes. Dentro da Europa, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi o mais directo: exigiu uma injecção de liquidez do BCE na economia e que Bruxelas use todos «os instrumentos disponíveis». Já François Hollande, presidente francês, não usou directamente o nome do BCE, mas pediu menos austeridade e novos estímulos à economia.
Mas as pressões para um volte-face na austeridade estão a sentir-se além-fronteiras. O presidente norte-americano, Barack Obama, enviou ao Velho Continente, também esta semana, o seu secretário de Estado do Tesouro, Jacob J. Lew, para pressionar os líderes europeus a travar a austeridade e usar o BCE para estimular o crescimento na Zona Euro – região que é a principal parceira comercial dos norte-americanos.
Lew esteve em Paris, Berlim, Frankfurt e Bruxelas e tentou demonstrar que os EUA estão a recuperar da crise mais depressa do que a Europa, através de injecções de dinheiro da Reserva Federal norte-americana (FED) e apoios ao consumo privado. George Soros, o investidor mais famoso do Mundo, foi mais longe. Pediu a saída da Alemanha do euro, o lançamento dos eurobonds e salientou que a austeridade não funciona com todos os países a fazer o mesmo. Mais discreta, Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), pediu que a Europa se centre no crescimento e emprego, alertando para as tensões sociais nos países resgatados.
Europa dá nega
Os dois principais centros de decisão na Europa, a Alemanha e a Comissão Europeia, reagiram, porém, com um rotundo e directo não a estes apelos. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, respondeu aos EUA dizendo que não haverá mexidas no BCE e que a austeridade e o crescimento se fazem ao mesmo tempo. Já Bruxelas, num documento preparatório para o Eurogrupo de hoje em Dublin, negou qualquer alívio nas restrições orçamentais e pediu mesmo medidas extras de austeridade a França, Itália e Espanha e a sete outros estados-membro.
Sozinho entre os seus pares
De facto, o BCE é o único banco central das economias desenvolvidas que não usou a injecção directa de dinheiro na economia como forma de travar a recessão. Frankfurt injectou um bilião de euros na banca, mas as verbas foram sobretudo usadas para recapitalização das instituições financeiras e não para dar crédito à economia, como é necessário.
Por seu lado, os EUA (país em que os estados federados se ajudam entre si) já asseguraram que vão dar dinheiro sem limite até a taxa de desemprego descer abaixo de 6,5% – está hoje nos 8%. Já o Japão quis ir mais longe e anunciou esta semana a maior intervenção do seu banco central de sempre – injectar 54 mil milhões de euros por mês na economia, durante dois anos, num total de um bilião de euros.
A realidade é que a Europa está a perder terreno face aos seus principais concorrentes directos. A Zona Euro terá em 2013 o segundo ano consecutivo de recessão – inédito na sua história – com mais de metade dos estados-membro estagnados ou em contracção. O desemprego está num máximo histórico (12%) e existe o risco de a região fechar o ano com seis dos seus 17 países resgatados (Se a Eslovénia cair). Enquanto isso, EUA, Japão e até o Reino Unido vão continuar a crescer em 2013 e 2014.
De mero guardião da inflação, a instituição de Frankfurt passou a ser um dos órgãos mais poderosos do euro: já emprestou dinheiro ilimitado à banca salvando o sector da bancarrota, evitou novos resgates com a compra de dívida pública e uma simples frase do seu presidente, Mario Draghi, em meados do ano passado, foi suficiente para evitar o colapso da Zona Euro e cortar os juros dos países periféricos para metade.
Com três anos de crise, dois de recessão, um desemprego galopante e a falência do modelo da austeridade pela austeridade na região, o apelo agora é para que o BCE siga os restantes bancos centrais mundiais – como os dos EUA, Japão ou Reino Unido – e adopte medidas drásticas. Ou seja, mudar os estatutos da instituição europeia para que possa imprimir dinheiro, inundando a economia com dinheiro barato, e assim estimular o investimento e o crescimento da economia.
luis.goncalves@sol.pt
EUA enviam peso pesado
Os apelos para um BCE com um papel mais interventivo e como motor de uma política económica na Zona Euro assente mais no crescimento e com menor dose de austeridade foram, esta semana, sublinhados de forma explícita por vários líderes. Dentro da Europa, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi o mais directo: exigiu uma injecção de liquidez do BCE na economia e que Bruxelas use todos «os instrumentos disponíveis». Já François Hollande, presidente francês, não usou directamente o nome do BCE, mas pediu menos austeridade e novos estímulos à economia.
Mas as pressões para um volte-face na austeridade estão a sentir-se além-fronteiras. O presidente norte-americano, Barack Obama, enviou ao Velho Continente, também esta semana, o seu secretário de Estado do Tesouro, Jacob J. Lew, para pressionar os líderes europeus a travar a austeridade e usar o BCE para estimular o crescimento na Zona Euro – região que é a principal parceira comercial dos norte-americanos.
Lew esteve em Paris, Berlim, Frankfurt e Bruxelas e tentou demonstrar que os EUA estão a recuperar da crise mais depressa do que a Europa, através de injecções de dinheiro da Reserva Federal norte-americana (FED) e apoios ao consumo privado. George Soros, o investidor mais famoso do Mundo, foi mais longe. Pediu a saída da Alemanha do euro, o lançamento dos eurobonds e salientou que a austeridade não funciona com todos os países a fazer o mesmo. Mais discreta, Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), pediu que a Europa se centre no crescimento e emprego, alertando para as tensões sociais nos países resgatados.
Europa dá nega
Os dois principais centros de decisão na Europa, a Alemanha e a Comissão Europeia, reagiram, porém, com um rotundo e directo não a estes apelos. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, respondeu aos EUA dizendo que não haverá mexidas no BCE e que a austeridade e o crescimento se fazem ao mesmo tempo. Já Bruxelas, num documento preparatório para o Eurogrupo de hoje em Dublin, negou qualquer alívio nas restrições orçamentais e pediu mesmo medidas extras de austeridade a França, Itália e Espanha e a sete outros estados-membro.
Sozinho entre os seus pares
De facto, o BCE é o único banco central das economias desenvolvidas que não usou a injecção directa de dinheiro na economia como forma de travar a recessão. Frankfurt injectou um bilião de euros na banca, mas as verbas foram sobretudo usadas para recapitalização das instituições financeiras e não para dar crédito à economia, como é necessário.
Por seu lado, os EUA (país em que os estados federados se ajudam entre si) já asseguraram que vão dar dinheiro sem limite até a taxa de desemprego descer abaixo de 6,5% – está hoje nos 8%. Já o Japão quis ir mais longe e anunciou esta semana a maior intervenção do seu banco central de sempre – injectar 54 mil milhões de euros por mês na economia, durante dois anos, num total de um bilião de euros.
A realidade é que a Europa está a perder terreno face aos seus principais concorrentes directos. A Zona Euro terá em 2013 o segundo ano consecutivo de recessão – inédito na sua história – com mais de metade dos estados-membro estagnados ou em contracção. O desemprego está num máximo histórico (12%) e existe o risco de a região fechar o ano com seis dos seus 17 países resgatados (Se a Eslovénia cair). Enquanto isso, EUA, Japão e até o Reino Unido vão continuar a crescer em 2013 e 2014.
Bem-vindos
à luta
por
um Portugal desparasitado e reabilitado
Saudemos
três mosqueteiros do PSD!
Eles
cavalgam a onda da rejeição
do
governo coelhal:
-
01. A Manuela Ferreira Leite, ex-papisa oficiante das liturgias
alaranjadas.
-
02. O António Capucho, ex-secretário da Irmandade Cavaquista, que
eclodiu da "linha"... (de Cascais).
-
03. O Pacheco Pereira, conhecido triúnviro da rotineira circular
quadratura da SIC.
Brasilino
Godinho
Transcrevemos
com a devida vénia a quem de direito das respectivas autorias e com
origem nos "despachos" transmitidos via Internet. De
referir, que introduzimos subtítulos, tipos de impressão e manchas
coloridas.
Manuela
Ferreira Leite, desperta, sem papas na língua...
A antiga
líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, critica as novas medidas de
austeridade e desafia os deputados da maioria a travarem o Orçamento
do Estado para o próximo ano. Acusa o Governo de insistir numa
receita que já provou estar errada e que ameaça "destroçar"
o país.
"Brutalidade de medidas"
A antiga responsável pelas pastas da Educação e das Finanças lança duras críticas às novas medidas de austeridade, que atingem trabalhadores dos sectores público e privado, bem como os pensionistas.
“Esta brutalidade de medidas que foram anunciadas para o Orçamento de 2013, e se calhar ainda não sabemos tudo, para passar de um défice de 5% para 4,5%. Eu pergunto como é que se passa de 4,5% para 2.5%? É com o dobro ou triplo das medidas que foram tomadas agora? Chegamos a que país? O que é que resta?", questiona.
"Brutalidade de medidas"
A antiga responsável pelas pastas da Educação e das Finanças lança duras críticas às novas medidas de austeridade, que atingem trabalhadores dos sectores público e privado, bem como os pensionistas.
“Esta brutalidade de medidas que foram anunciadas para o Orçamento de 2013, e se calhar ainda não sabemos tudo, para passar de um défice de 5% para 4,5%. Eu pergunto como é que se passa de 4,5% para 2.5%? É com o dobro ou triplo das medidas que foram tomadas agora? Chegamos a que país? O que é que resta?", questiona.
António
Capucho, dá forte no cravo, algo na ferradura e pouco na
cavalgadura...
Falando aos jornalistas no final
da cerimónia de apresentação do relatório 2011 sobre a
monitorização da qualidade de vida urbana, no Porto, Capucho disse
que “a urgência [de uma remodelação governativa] é enorme”
“Eu defendo a remodelação [do Governo] há um ano”.
Para António Capucho, o despacho
do ministro das Finanças, que proíbe novas despesas, “não tem
ponta por onde se lhe pegue” e “é sintoma de um governo que já
está sem norte e faz disparates desta natureza”.
Pacheco Pereira, chateado, desiludido, incisivo,
defende a demissão urgente do Governo.
Fracasso
da política económica associada a um sentimento de vingança
daqueles "que lhes criam obstáculos", levam o
social-democrata e comentador político a pedir a demissão do
Governo.
Carlos
Abreu
O desastre da política económica
deste Governo associada ao sentimento de vingança em relação a
todos aqueles que lhes criam obstáculos, são motivos mais do que
suficientes para demitir o Governo, defendeu ontem à noite na SIC
Notícias José Pacheco Pereira.
"Este Governo está-se a
tornar vingativo e não é de agora. À medida que vai tendo cada vez
mais dificuldades em cumprir aquilo que deseja, vinga-se em todos
aqueles que lhes criam obstáculos", disse o social-democrata e
comentador no programa "Quadratura do Círculo".
"O desastre da política
económica deste Governo já existia antes da decisão do Tribunal
Constitucional", sublinhou.
Para Pacheco Pereira "o
conjunto destas coisas justificaria a demissão do Governo ou a
dissolução da Assembleia".
"Acho que estamos a atingir
um nível de perigosidade para as instituições, para aquilo que é
a atuação do Governo em função dos interesses nacionais",
acrescentou o antigo deputado do PSD.
Em
Setembro do ano transacto escrevemos a crónica que ora republicamos;
para bem se ajuizar que a fotografia do País, sendo hoje idêntica,
está mais sombria e carregada com tons muito negros... É a chamada
evolução na continuidade... da maligna desgovernação.
Ao
compasso do tempo…
Inaceitável!
Indecente! Indecoroso!Trágico!
Brasilino Godinho
01.
Povo em doloroso transe
O
povo de Portugal, na parte maioritária mais genuína e (nas
perversas condições actuais), excessivamente sofredora e explorada,
está farto dos espectáculos bacocos e das linguagens estultas da
maior parte dos políticos que ocupam a praça pública. E não só
do circo grotesco, da paródia sensaborona e do palavreado descabido.
Também, da corrupção que, qual erva daninha, cresce
desmesuradamente. Igualmente, do compadrio e do tráfico de
influências e participação de interesses que subvertem a coesão
social e são formas de domínio por parte de poderes que manobram
nos sombrios túneis por onde prolifera a impunidade e a audácia de
gente sem vergonha e nenhuns escrúpulos.
Mas,
pior para o cidadão português é sentir a toda a hora a traiçoeira
e repugnante agressão gratuita à sua integridade moral e (ou)
física; o ataque à dignidade da pessoa; o contínuo empobrecimento;
a falta de liberdade; a censura e a repressão dos que protestam; a
tentada e persistente manipulação das consciências; a privação
dos meios de subsistência; e a impossibilidade de tantos carenciados
pagarem os tratamentos médicos. E, ainda, no caso dos reformados,
ter ocorrido o incrível esbulho das suas pensões de que o Estado
era fiel depositário (agora o Governo, travestido de Estado
omnipotente e ditatorial, mostra-se infiel e desprezível
apropriador).
Por
todas estas razões de suma importância o Povo está, actualmente,
desiludido, inquieto e revoltado. Em primeiro lugar, deu-se conta de
que Portugal - ora possuído por uma casta de oportunistas, de
impreparados e de desavergonhados actores de baixa política,
destituídos quer de sensibilidade e competência, quer de algum vago
resquício de interesse pelo Bem Comum - está prosseguindo uma via
de extinção como Nação independente e de ruína colectiva. Em
segundo lugar, tomou consciência da sua condição de explorado, de
vítima e de que está indefeso, desprotegido, vilipendiado, à mercê
de todas as violências e arbitrariedades dos detentores e lacaios do
Poder.
E
assim compenetrado da situação em que está envolvido, houve por
bem traduzir seu estado de espírito no p.p. dia 15 de Setembro ao
descer às ruas para manifestar, inequivocamente, que repudia e
despreza todos esses fautores da sua desgraça. Mais, não confia
nessa gente. Outrossim, veio protestar com veemência contra as
políticas de destruição dos tecidos social, industrial e comercial
que vêm sendo prosseguidas pelo desgoverno nacional.
02.
Inaceitável! Indecente!
Indecoroso! Trágico!
Quer
o modo de dizer, o jeito de estar e o expediente de fazer, dos
políticos e governantes que, abusivamente, nos atormentam.
Tudo
isto, de composição aberrante e de aspecto, forma e sentido,
nitidamente ofensivos
para o genuíno ser português, se consubstancia na hipocrisia e no
cinismo vigentes na sociedade.
E
desde logo é, precisamente, na expressão “o governo está a
pedir sacrifícios aos portugueses”, muito usada pelos
governantes, políticos, comentadores, jornalistas e locutores de
rádio e televisão, que está implícita a desfaçatez de quem,
assim levianamente e pela rama, trata as questões de maior
importância. Também, realçada a impropriedade semântica.
Igualmente denunciada a inconformidade objectiva do seu intrínseco
conteúdo.
Pois
que a gritante verdade é que o Governo não pede coisa nenhuma.
Nem exige. Se pedisse, sujeitava-se a uma recusa. Se exigisse,
haveria sempre um qualquer expediente a que recorrer para ignorar,
iludir ou contornar a exigência.
O
que o Governo faz é impor! Com
arrogância, rigor e severidade! Pior, ainda, com o maior
autoritarismo e descaro. E “Custe o
que custar”, conforme proclama sem
quaisquer sentidos de justiça e de solidariedade para com os
cidadãos mais desfavorecidos. O que é factor não despiciendo,
visto que aos governantes, políticos e poderosos o “custar”
não lhes afecta minimamente; ou seja: nem, sequer, a ponta de um
chavelho.
Concluindo:
tudo o que está acontecendo em Portugal, nos domínios da
desgovernação, é:
INACEITÁVEL!
INDECENTE! INDECOROSO! TRÁGICO!
Fim
quarta-feira, abril 10, 2013
Mosaico
n.º 06
Elaborado por
Brasilino Godinho
"GOVERNO
GREGO
BAIXA
SALÁRIOS
DOS
MINISTROS
EM
30 POR CENTO". (Informe via Internet)
OUTROS
GOVERNOS, PARLAMENTOS,
PRESIDENTES EUROPEUS E AMERICANOS,
FAZEM
ALGO SEMELHANTE.
E
O QUE FAZEM O GOVERNO
E
MINISTROS PORTUGUESES?
ENQUANTO
CORTAM
SALÁRIOS,
SUBSÍSDIOS E REFORMAS,
AOS
FUNCIONÁRIOS E PENSIONISTAS,
CONSERVAM
OS SEUS VENCIMENTOS
E
AS MAIS ESCANDALOSAS MORDOMIAS.
OS GOVERNANTES PORTUGUESES
ESBANJAM
EM PROVEITO PRÓPRIO
E A MILHÕES DE CIDADÃOS
ATÉ OS PRIVAM DOS MEIOS DE
SUBSISTÊNCIA.
UMA
MALFEITORIA INQUALIFICÁVEL
O PAÍS ESTÁ NA
BANCARROTA.
AÍ TEMOS OS
SALÁRIOS DE MISÉRIA,
VERSUS RENDIMENTOS
MILIONÁRIOS
(COMO OS MUITOS
MILHÕES DE EUROS
DE PROVENTOS ANUAIS
ATRIBUÍDOS AO
PRESIDENTE DA EDP).
NO QUADRO EUROPEU,
PORTUGAL É UM PAÍS
ONDE É MAIOR
O FOSSO ENTRE
PROVENTOS DOS RICOS
E AS ENORMES
CARÊNCIAS DOS POBRES.
TAL E QUAL COMO
NUMA REPÚBLICA
DAS
BANANAS E DE INÚMEROS BANANAS.
Krugman Nobel da Economia
arrasa sucesso da austeridade em Portugal
O economista e prémio Nobel Paul Krugman atribui a
descida dos juros da dívida portuguesa à intervenção do Banco Central Europeu
(BCE) e não ao sucesso da política de austeridade em curso no país.
DR
ECONOMIA
13:00 - 09 de Abril de 2013 |
Por Lusa
“Esta descida dos juros não tem nada a ver com a austeridade”, sustenta Krugman
no seu blogue no New York Times, atribuindo-a, antes, à intervenção do BCE na
compra de dívida soberana dos países em dificuldades, nomeadamente Portugal.Neste contexto, o economista critica a Comissão Europeia – que, na segunda-feira, elogiou a determinação do Governo português em prosseguir a política de austeridade apesar do ‘chumbo’ do Tribunal de Constitucional a algumas das medidas impostas – quando esta reclama para si e para a sua política os créditos desta descida dos juros das dívidas soberanas e alega que um abrandamento da austeridade levará a nova escalada.
Para Paul Krugman, esta posição da Comissão resulta do facto de a descida dos juros da dívida ser “o único resultado positivo que tem para apresentar após três anos de austeridade”.
Segundo sustenta o prémio Nobel da Economia, o “risco moral” inicialmente apontado pelos defensores da austeridade relativamente à intervenção do BCE na compra de dívida soberana – por considerarem que esta “ajuda” poderia levar os países em dificuldades a “relaxarem no aperto do cinto” – acabou por se concretizar, mas relativamente aos próprios apoiantes da austeridade.
PUB
“Realmente a intervenção do BCE “ajudou” algumas pessoas, levando-as a
prosseguir as suas más políticas. Mas essas pessoas não são os governos
endividados, são os próprios membros da troika (Fundo Monetário Internacional,
Comissão Europeia e BCE), que usam o argumento da descida dos juros da dívida
para alegarem que a austeridade está a resultar”, afirma Krugman.No domingo, também no seu blogue no New York Times, Paul Krugman, que tem repetidamente criticado a estratégia europeia de resposta à crise na zona euro, instou os portugueses a “dizer não” a novas medidas de austeridade.
‘Just Say Não’, ironizou então o prémio Nobel da Economia, notando que a instabilidade se intensifica em Portugal, agora que o Governo de Pedro Passos Coelho anunciou a intenção de avançar com cortes na educação, saúde, Segurança Social e empresas públicas para responder ao 'chumbo' do Tribunal Constitucional de quatro normas orçamentais que representam um 'buraco' de 1.300 milhões de euros.
segunda-feira, abril 08, 2013
PALAVRAS SÁBIAS DITAS
POR QUEM SABE DA MATÉRIA
Observação de Brasilino Godinho
Digam 'não' a mais austeridade, recomenda Paul Krugman
Nobel
da Economia aconselha portugueses a dizerem "não" a novas medidas de
austeridade que o Governo venha a apresentar.
15:58 Segunda, 8 de Abril
de 2013
"Digam
apenas que não" (Just Say No). Assim deveriam responder os
portugueses às novas medidas de austeridade que o Governo venha a apresentar,
na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional, defendeu ontem o prémio Nobel
da Economia, Paul Krugman.
Num
post telegráfico publicado este domingo no seu blogue no "The New
York Times", Krugman escreve: "o dedo da instabilidade chegou agora a
Portugal, com o Governo, claro está, a propor a cura com mais
austeridade".
Muito
crítico das políticas de austeridade na Europa, Krugman promete voltar ao tema
a que chamou "a próxima fase da crise europeia".