NESTE DIA

há 6 anos

Brasilino Godinho

30 de Junho de 2015 

 

ALELUIA! SURGIU UM ALBERT EINSTEIN PORTUGUÊS…

 

Nesta peça inclui-se uma foto de Cavaco Silva supostamente tirada quando estava alheado do mundo, completamente absorvido no estudo da sua teoria matemática.

Depois, obtida a solução, ela - imagem de profundo meditabundo - teria sido exposta ao público.

A referida teoria matemática concebida por Cavaco Silva é um achado fantástico do tipo ‘ovo de Colombo’. E o autor definiu-a, surpreendentemente, em poucas e muito singelas palavras, recorrendo à actualizada figuração mitológica grega – o que releva de, em Cavaco Silva, estar desperta uma consistente formação de cultura clássica de (imagine-se!) ambiência e figurações modernaças.

Retenha-se o ensinamento que está demonstrado na subtracção que terá sido difícil de concretizar. Ei-lo, chegado através da Internet e DN:

"Eu penso que o Euro não vai fracassar, é uma ilusão o que se diz. A zona do Euro são 19 países, eu espero que a Grécia não saia, mas se sair ficam 18 países" (nossos sublinhados).

Perspicaz a observação de Cavaco Silva, a lembrar as doutas e retumbantes palestras do seu antecessor almirante Américo Tomás… Ele, Cavaco, pensa. E por que pensa, a ilusão desaparece. Como? Por encanto ou prestidigitação cavacal.

Simplesmente, não sendo ilusão é – repetimos - uma fantástica operação matemática. Definitivamente concludente e apontada para conveniente registo nos serviços da União Europeia.

O irradiante brilho do acontecimento teve hoje, dia 29 de Junho de 2015, o fulcro em Paços de Ferreira, enquanto decorria a quinta jornada do roteiro para uma Economia Dinâmica.

A ocasião foi bem escolhida. O presidente da República teve a feliz ideia de a uma intricada operação matemática contrapor a Dinâmica de uma Economia em roteiro (por acaso, desconhecido).

Matemática e Economia, dois campos da ciência, que costumam convergir em comuns pressupostos, resultados, aplicações. E, por vezes, coincidindo em objectivos e soluções que se complementam.

Deste acontecimento ressalta a consolação de saber-se que, quase por geração espontânea, terá despontado um novo Albert Einstein, português. E uma nova teoria da Relatividade. Esta, estabelecendo um importante nexo entre uma vulgar operação aritmética e a complexa relação de entrecruzamento entre zona euro, moeda única, Comissão Europeia, Banco Europeu e um Estado: o grego.

Este anúncio da cavacal figura acaba por ser, também, um desfecho algo previsível, visto que decorrente do facto de que há muito tempo, em Portugal, nos vermos gregos. Embora não com os ditos mas com os cujos, que se acoitam em Lisboa, na ‘Linha’ e arredores.

Embora saudando o sucesso imediato da descoberta de Cavaco Silva e não sendo especializado em matemática, permito-me apontar uma falha na interessante teoria aqui em causa.

A teoria tal como foi apresentada aponta para a conclusão de que se a Grécia sair da zona do euro ficam nela 18 países. Acredito nessa primorosa dedução do presidente Cavaco Silva. E vou mais longe e fundo: assinalo que é, até, a primeira vez que concordo com o encadeamento do seu pensamento; o qual, acho quase sempre ilógico e obtuso.

Porém, fico baralhado e dou contínuas voltas ao miolo para adivinhar qual seria a solução encontrada por Cavaco Silva se acaso a Grécia, por artes mágicas do espírito das trevas que paira sobre a destrambelhada Europa, não saísse da zona do Euro. Concretamente: não saindo a Grécia e dado que são agora 19 países, quantos países ficariam? É um problema complicado que Cavaco Silva se esqueceu de equacionar na elaboração da sua teoria. Daqui lhe chamamos a atenção para o inglório esquecimento. Com esperança de que sua excelência, brevemente, elucide a grei portuguesa sobre o que pensa em definitivo sobre esta transcendente e momentosa questão matemática.

Fim

Nota acrescida a 30 de Junho de 2021

Hoje, decorridos seis anos, informo os leitores de que baldadas foram as esperanças quanto à resolução do problema que hei suscitado a Cavaco Silva. Sua Excelência esteve-se nas tintas para satisfazer a pretensão de os portugueses ficarem sabendo o seu pensamento definitivo sobre aquela questão matemática. O que foi pena ou não fosse ele aquela criatura que um dia proclamou que nunca se enganava e nem sequer tinha dúvidas sobre o que quer que fosse…

 

 

 

O CHEFE CENTRISTA FEZ DESCOBERTA

DE UM MODERNO “OVO DE COLOMBO”

 

Brasilino Godinho

30/Junho/2021

 

Em Portugal crescem a bom ritmo as descobertas de novos “Ovos de Colombo”; tidos e apreciados como sucedâneos dos famosos “Fenómenos do Entroncamento” que, regularmente, aconteciam no século XX e que é suposto terem levado sumiço por iniciativas persecutórias da malta envolvida no PREC (processo revolucionário em curso) que se seguiu à data de 25 de Abril de 1974…

Ontem aconteceu mais um achado da espécie criada pelo grande navegador. Teve como feliz, entusiasta e inspirado descobridor o presidente do CDS. E para a sobrevivência do partido o novo “Ovo de Colombo” tem muita importância, dado que nos últimos anos o clã centrista tem prosseguido um rumo - dir-se-ia que imparável - de decadência.

Em que consistiu a descoberta? Ela teve a expressão seguinte:

O jovem presidente do partido centrista, vulgarmente apelidado de “Chicão”, respondendo a pergunta de jornalista sobre recentes desfiliações de dirigentes do seu grémio partidário, informou que “por cada saída “entram dois novos militantes do partido”. Assim oportuno este registo de algo que se desconhecia…

Também a partir de simples e objectiva penada fica a rapaziada centrista feliz e contente por ser previsto, com autoridade e arreganho da chefatura gremial, um auspicioso futuro do CDS. Pois que, desde já, admite-se a vantagem de todos os centristas saírem do partido nos próximo tempos; o que seria adequado expediente de, rapidamente e com força anímica, o CDS aumentar exponencialmente o número de filiações… e assim recuperar alguma da pouca grandeza de tempos recuados ou do pouco esplendor do “grupo do táxi”…

Aliás, até poderá ocorrer um ciclo de sucessivos movimentos de alternância entre saídas e entradas de filiados. A ele ter concretização, para o ano teríamos formado o maior partido da Partidocracia Nacional e o Chega remetido à condição de associação insignificante da extrema-direita…

Pelo que se depreende, em Lisboa, no Largo do Caldas, e sede CDS/PP, se fez prova de que “há males que vêm por bem”… E, em vésperas de eleições, aconteceu memoriável evento caseiro…

 

 

 

A VISÃO DO AUTOR SOBRE AS SUAS DUAS OBRAS

EM TERMOS DE ELUCIDAÇÁO AOS ADQUIRENTES

 

ANTERO DE QUENTAL – UM PATRIOTISMO PROSPECTIVO NO PORVIR DE PORTUGAL

APONTAMENTOS BRASILIANOS - Volumes I e II

 

Brasilino Godinho

29 de Junho de 2021

 

Estas duas obras de Brasilino Godinho inseridas no acervo da literatura portuguesa são de naturezas invulgares.

 

A primeira, é de textura inédita na vasta e multivariada bibliografia anteriana. Concebida e elaborada sob o imperativo de abordagem científica, em sede doutoral (pois que tese de Doutoramento), faculta leitura relativamente fácil, dado que reflexa do bastante conhecido brasiliano estilo literário que suscita alguma facilidade de apreensão das matérias – o que se conjuga com o despertar de crescente interesse ao compasso da leitura que se vai desenvolvendo.

 

Ela constitui elemento essencial sempre que se pretenda conhecer, estudar e analisar a grandeza da obra anteriana, a envergadura das faculdades de alma do poeta açoriano e a mui consistente estrutura moral da rica personalidade de Antero de Quental.

 

A segunda obra, escrita numa linguagem simples, de leitura acessível, representa-se num formato sui generis - o de reunir diversificados temas; os quais, nas respectivas abordagens, se explanam segundo específicos efeitos de aplicação, interpretação, valimento, tais como: revelação de factos e caracteres; relato de ocorrências várias; crónica de opinião; crítica sociopolítica; denúncia dos actos de violação dos direitos humanos e de outros procedimentos anómalos lesivos dos interesses da sociedade; aplauso de acções e medidas de boa urdidura política, moral e ética; análise serena, isenta, séria, objectiva, sobre questões de grande relevância sociocultural e aqueloutras atinentes: ao ENSINO, EDUCAÇÃO, POLÍTICA, SAÚDE, JUSTIÇA, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CULTURA e DESPORTO.

 

Se é vasta e diversificada a abrangência temática da obra APONTAMENTOS BRASILIANOS, compaginada entre o tratamento inequívoco da complexidade existencial da nação portuguesa e as explícitas referências ao desconforme viver quotidiano de milhões de nossos concidadãos; também, nela têm os leitores matéria, espaço, oportunidade e abertura natural para sorrir e se lhes deparar pretexto de exercitar o uso da faculdade de pensar que lhes é desperta pelas sensações que vão recolhendo no imo durante a sequência da leitura que estarão desenvolvendo sem esforço e decerto beneficiando das características peculiares do estilo brasiliano. Este, caracterizado por persistente linguagem metafórica, irónica e, por vezes, sarcástica; que habitualmente usa nas suas crónicas e com que retrata a forma como analisa a sociedade actual.