Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, junho 28, 2014

Confirmado!

A EXPEDIÇÃO À CHINA,
COMANDADA PELO GRANDE CHEFE ANÍBAL,
FOI ACÇÃO TURÍSTICA...

Por Brasilino Godinho


                Cavaco Silva, atarantado, na China. Espreita o quê? Será coelho escondido? Mistério...
               A esposa, D. Maria, está um pouco atrás, com olhar apreensivo. Um embaraço chinês...

Decorridos dois meses sobre a realização da badalada expedição à China, superiormente comandada pelo grande-chefe Aníbal, não foi apresentado ao povo – obrigado agente financiador do despesismo que ela comportou - pelos serviços da corte presidencial, um qualquer relatório sobre as operações que teriam sido desenvolvidas e que, inequivocamente, justificassem a iniciativa.

E com vista à aplicação desse elementar expediente informativo e de transparência das actividades dos detentores do Poder, solicitámos através de crónica publicada no transacto dia 12 de Maio, a sua excelência Cavaco Silva que se dignasse apresentar, tempestivamente, à Nação o relatório da expedição.
Então, escrevemos:
«Esperamos que o Presidente - que tem uma numerosa corte palaciana de servidores e lacaios - logo após o regresso, tenha a mínima bondade, a suficiente gentileza, a pequena parcela de lucidez a brotar do privilegiado cérebro que nunca se engana e raramente tem dúvidas e, ainda, o louvável bom gosto, de apresentar aos portugueses um circunstanciado relatório*dos resultados práticos desta sua inoportuna e esquisita iniciativa.»
Foi tempo perdido. Papel gasto. Tinta consumida. Tudo em vão!
E como também anotámos:
No retorno dos expedicionários há que bem “espremer o limão”. De custo elevado, veremos que sumo será extraído?”

Mais advertíamos:
«Uma coisa, devemos intuir: se Cavaco não apresentar relatório, isso será a confirmação de que se tratou de uma excursão ou passeio turístico de média duração – no caso, de uma semana. Visto que as excursões turísticas não implicam a obrigatoriedade legal ou cívica de serem objectos de relatórios.»

Portanto, se naquela altura nos limitámos a descascar parcialmente o limão, agora é a ocasião de o espremer. Infelizmente está seco. Nem dele brota um pingo de sumo.

E nem necessitamos de dizer algo mais do que repetir parcial e sucintamente o que escrevemos a 12 de Maio p.p. e que, agora, é confirmado pela omissão de presidente Cavaco Silva e o silêncio ensurdecedor advindo do Palácio de Belém.

Afinal, tratou-se de uma esbanjadora viagem de natureza turística muito dispendiosa em termos financeiros, custeada com os dinheiros dos contribuintes. Avantajada despesa que não se compreende, nem se aceita num tempo de penúria generalizada em Portugal e de grandes privações (imensas carências do necessário à vida, generalizada miséria, muita fome) e sofrimentos que afectam milhões de portugueses. Precisamente tudo aquilo que passa ao lado dos acomodados expedicionários à China…

Sem margem para dúvidas: esta é uma questão de muito melindre porque a ida de presidente Cavaco e seus acompanhantes à China tendo sido uma excursão ou passeio turístico, à pala dos contribuintes, efectivou-se num período de grave crise financeira do Estado e de dramáticas consequências para a maioria dos portugueses. E assim tendo acontecido, o facto deve suscitar um generalizado repúdio de todos os cidadãos idóneos e com sentido das responsabilidades.

Além de que no actual tempo de profunda crise, de avassaladora austeridade, de pobreza generalizada a grande parte da população, de enorme endividamento externo e de quase falência técnica do Estado, o povo português não deve tolerar estas excursões turísticas ao estrangeiro e outros esbanjamentos de meios financeiros que, depois, faltam para satisfazer necessidades básicas do Estado e da população portuguesa.

Caso para manifestarmos a nossa revolta e gritarmos: BASTA! BASTA! BASTA!


*Aliás, todos os agentes e dignitários do Estado deviam estar obrigados, por lei, a apresentar relatórios das suas deslocações oficiais ao estrangeiro, com expressa indicação contabilística dos respectivos custos. Talvez que, dessa forma, se acabasse de vez com as grandes viagens à estranja realizadas por alguns senhores deputados sem sequer, por artes mágicas, saírem de Lisboa...
E por referirmos custos, vem a talho de foice observar que o Palácio de Belém parece ter maldição: os seus inquilinos/presidentes tendem a tornarem-se viajantes compulsivos e a esbanjarem fortunas em viagens e noutras coisas (por exemplo Jorge Sampaio: gastou milhares e milhares de euros em medalhas que distribuiu por amigos e compadres; Mário Soares que fez imensas viagens: numa, que efectuou à India, deu-se a extravagância de se fazer acompanhar de 150 pessoas – segundo o que citaram os jornais da época).
Por tudo isto e pelo muito mais que se sabe e pelo imenso que se ignora (por se conservar encoberto), vai sendo mais que tempo de a nação portuguesa saber a quanto ascende anualmente o rombo no Erário que advém das iniciativas turísticas e outras várias dos altos quadros do Estado. Há que pôr travão neste descalabro. Era por esta área que se deveria ter começado a operar a austeridade e a executar os cortes cirúrgicos.
Portugal não pode contemporizar com semelhante dissipação das finanças públicas. Outrossim, continuar no rumo de destruição progressiva que lhe é implícito.
Fim

sexta-feira, junho 27, 2014



A ISALTINADA NOVELA DE MORAIS,
O GRANDE SENHOR DE OEIRAS
O entrecho introdutório do novo episódio


Por Brasilino Godinho

Lusa
Isaltino Morais, ex-presidente da Câmara Municipal de Oeiras


Na nossa peça anterior referente ao novo episódio de A ISALTINADA NOVELA DE MORAIS, O GRANDE SENHOR DE OEIRAS, faltou inserir o entrecho introdutório por não ter sido revelado pela entidade promotora da novela.
Hoje suprimos a falta com as anotações apropriadas que nos foram facultadas através da leitura da matéria correspondente que consta na página 14, do jornal PÚBLICO, edição de 26 de Junho de 2014.

O entrecho a que aludimos é corporizado num documento emanado do Tribunal da Relação de Lisboa, que o jornal designa por «Acórdão».
Portanto, trata-se de uma peça jurídica que vale como prova concludente de que Isaltino Morais é pessoa da maior respeitabilidade social, que “os crimes que cometeu foram uma falha ética” e que ele “afirma a sua atitude como moralmente condenável”. Mais o documento alude que “O arguido reparou todo o mal do crime, repondo as quantias”.

Escritas estas apreciações, os juízes questionam por duas vezes:
  • Não significa isto arrependimento? - em relação à afirmação de reconhecimento da “atitude moralmente condenável”.
  • Não é este também um sinal de arrependimento?- no que se relaciona com a reposição das quantias.

Sobre esta matéria de nítido recorte sentimental há que anotar o seguinte: Não haja qualquer dúvida que pessoas sensíveis, como nós nos prezamos de ser, ficamos irresistivelmente enternecidos com tanta solicitude dos magistrados para com Isaltino Morais; a qual, é demonstrativa do grande sentido humanitarista de quem se esforça por melhorar a situação do ser humano – na circunstância contemplada: o Grande Senhor de Oeiras.
Será isto pieguice? Simplória fraqueza nossa? Oxalá que para esta falha (que não é ética...) do Brasilino Godinho também haja a compreensão dos juízes que são, inegavelmente, os leitores. Igualmente, bem-vinda a complacência dos juízes que exercem a magistratura judicial.

O jornal PÚBLICO dá conta que outro era o entendimento do juiz do Tribunal de Execução de Penas. Este magistrado argumentou que “o arrependimento teria de ser provado e não apenas verbalizado”.
Neste ponto, que se diria nevrálgico, somos tentados a exclamar: Claro! - simplesmente, como a alvura da neve...

Outra referência importante dos juízes do Tribunal da Relação de Lisboa, autores do «Acórdão», é a de que “o ex-autarca não deverá reincindir na prática de crimes. Sublinham que este demonstrou uma «mudança comportamental».

Finalmente, da parte do Tribunal da Relação de Lisboa prevalece a confiança de que “Isaltino Morais, antigo procurador do Ministério Público, antes de ser autarca, se manterá no futuro, um «homem fiel do direito» (Transcrições do PÚBLICO).”

A nós, que não somos formados em Direito mas percebemos alguma coisa de semântica, faz-nos confusão que os crimes possam ser classificados como falha ética, ainda por cima agrupados na forma singular e não serem um acumular de falhas éticas – o que pode sugerir que assim se afasta a configuração de continuados hábitos de faltas éticas e, absolutamente, se dispensa a consideração da gravidade do previsível quadro penal.

E porque enredados nesta história de falhas éticas, não nos passam despercebidas duas recentes falhas surpreendentes de Isaltino Morais. Estas, já ocorridas na fase embrionária deste reinício da novela que tem a figura isaltinada como principal protagonista. Estamos a referir-nos a falha de previsão e a falha de natureza financeira. Pois está na cara que Isaltino Morais podia ter prescindido do advogado de defesa e assim poupava uma grossa maquia. Ele será tão rico a pontos de se permitir tal luxo despesista? Porque face aos resultados ora conseguidos em sede de tribunal, qualquer indígena dotado de mediano entendimento interpelaria Isaltino Morais: Homem! Para que lhe serviu o advogado?... Como adorno? Objecto de estimação? Para que efeitos ou representações cénicas?

Também de registar o aspecto insólito que, de todo, julgaríamos arredado das mentes de juízes: o da ingenuidade com que os magistrados confiam que Isaltino Morais “se manterá no futuro um homem fiel do direito” - o que, diga-se, não podendo ser remetido para o passado deixa antever que, no presente, faz-se um interregno por tempo indeterminado, ficando Isaltino Morais liberto da obrigação de ser fiel do direito. E “fiel do direito no futuro”? Qual futuro? Quando decorrido o indefinido presente ele terá início? Porventura, apontado às calendas gregas?

A propósito e concedendo a bondade da certeza dos juízes quanto à fidelidade de Isaltino Morais ao Direito, lembramo-nos da ideia que aventámos na anterior crónica: a de ele, na condição de zeloso devoto, beneficiar da especial protecção do Grande Arquitecto do Universo.
Assim, ungida e fraternalmente protegida a isaltinada figura, se consumará: quer o desígnio dos juízes, quer as bem-aventuranças de Isaltino Morais; ou no que a ele toca: a perfeição última do Grande Senhor de Oeiras.

Aqui deixamos registado o entrecho que faltava na continuidade da novela isaltinada.
Entrecho que é uma peça literária, não fictícia, da mediática novelística portuguesa, que deve ser lida e apreciada com a maior atenção. Para que seja convenientemente apreendida no contexto da respectiva encenação teatral e na sua paradigmática significação. Sobremodo, elucidativa do estado da Nação!...
Fim

quinta-feira, junho 26, 2014




A ISALTINADA NOVELA DE MORAIS,
O GRANDE SENHOR DE OEIRAS
Um novo episódio


Por Brasilino Godinho



Foto: Diário Digital

O estabelecimento oficial designado por Cadeia de Carregueira, no concelho de Sintra, é bastante conceituado devido à selecta clientela que nele encontra excelente alojamento. Dir-se-ia que foi concebido por uma inteligente cabeça - que se resguarda da curiosidade do público - e com uma benemérita intenção: a de bem acolher, com o maior conforto, os seus seleccionados clientes. Por acaso, distintos membros da melhor sociedade discreta e (ou) da mais representativa sociedade mediática que, por singular deferência dos magistrados judiciais, são encaminhados para aquela estância de lazer com vista a usufruirem de uma retemperadora pausa nas suas mui preenchidas vidas...
E assim, naturalmente, sucedeu a Isaltino Morais. Porém, este conhecido político de Oeiras, quando há anos esforçados agentes do Estado lhe acenaram com essa benesse, de aliciante ócio, mostrou-se muito reticente; decerto, porque não estava predisposto a gozar tais férias oferecidas pelo Estado e por entender que mais lhe interessava prosseguir as tarefas que tinha em suas habilidosas mãos: as quais, compreensivelmente, queria manter sempre ocupadas de modo a evitar que nelas entrasse o carunchoso reumático.... Atilada decisão de Isaltino Morais pois que 'homem prevenido vale por dois'...
Passaram-se os anos (sete, ao que consta dos jornais) até que em princípios de 2013, Isaltino Morais, contrariado, aborrecido com tanta insistência e após ter gasto uma pipa de massa com expedientes dilatórios tendentes a dispensar-se, airosamente, sem ferir susceptibilidades dos convidantes da prometida jornada de lazer na famigerada estância da Carregueira, lá se resignou a aceder ao convite de cavalheiros que, devidamente mandatados e uniformizados como estabelece o protocolo, se apresentaram na Câmara Municipal de Oeiras e, cortezmente, se dispuseram a acompanhá-lo ao palacete da Carregueira, onde o instalaram com as devidas atenções inerentes ao seu elevado estatuto de grande senhor de Oeiras.
O que acabámos de descrever sucintamente é aquilo que se chama com bastante propriedade e não menores prosperidades(...) a A ISALTINADA NOVELA DE MORAIS, O GRANDE SENHOR DE OEIRAS.
Na nossa descrição faltam referências aos inúmeros episódios da isaltinada novela que, anteriormente, preencheram os programas das emissões televisivas. Mas julgamos que ela dá uma ideia do que tem sido a excitante sucessão de episódios, mais ou menos melodramáticos e a que as televisões vêm dedicando muitos tempos de antena e os jornais consumindo inúmeras resmas de papel.
E a quando da instalação da isaltinada criatura no citado estabelecimento de Carregueira a novela interrompeu-se de imediato. O que deve ser encarado naturalmente; uma vez que o principal protagonista ficou indisponível e não devia ser importunado no seu período de absoluta tranquilidade. A interrupção da narrativa manteve-se durante 426 dias, até que...
Eis senão quando, ontem ocorreu mais uma filmagem de um novo episódio da dita novela.
Rezam as crónicas - confirmadas pelas visões, informações e interpretações, das filmagens transmitidas ao respeitável público - que três horas depois de ter sido exarado o despacho do Tribunal da Relação de Lisboa (entidade que, ao que se presume, superintende na atribuição de férias de tão específica natureza) que determinava a saída do famoso hóspede do estabelecimento em que esteve hospedado, já Isaltino Morais saía prazenteiro com liberdade subordinada à condição de não se ausentar de Portugal durante os próximos seis meses. Recomendação reveladora de perspicácia por parte da entidade competente. Também, a evidenciar especiais cuidados com a saúde e o bem-estar de Isaltino Morais. É que o imprevisível Isaltino, folgado e rejuvenescido, poderia tentar-se a fazer grandes e cansativas excursões pelo estrangeiro correndo desnecessários riscos de acidentes nos percursos turísticos ou nas tentadoras actividades de esqui nas neves da Suíça – país que se julga ter lugar privilegiado no seu altruísta coração.
Também foi prestada a informação de que o espera (imagine-se!) o lugar de presidente de uma fundação. Uma instituição que terá escapado às consequências dos ajustamentos da austeridade. Por sinal, tâo discreta que nem dela se sabe a designação e o objecto da respectiva actividade.

Felizardo Isaltimo Morais! Porque tem sempre um lugar, uma função, um rico desempenho, que pacientemente espera por ele. Interroguemo-nos: Isaltino a preencher o lugar? Não! Simplesmente: O lugar a preencher Isaltino!
Dá a impressão que o Supremo Arquitecto do Universo pousa nele a divina mão ptotectora. Curioso facto que se assinala em contraposição com o que sucede 'ao menino e ao borracho' que 'põe Deus a mão por baixo'...
Aliás e pensando melhor: como Isaltino é um peso-pesado, de sólida composição de morais várias, talvez nem o divino ser, ao pôr a mão debaixo do seu corpanzil, aguentasse o desconforme peso...

Enfim, mais uma última nota referente ao grande entusiasmo evidenciado pelas jovens jornalistas que, acorrendo na hora certa à Carregueira, lestas que nem um pronto-socorro dos bombeiros, eufóricas, fizeram a reportagem do sintomático acontecimento mediático...

Ponderando: As coisas e as loisas portuguesas de um desencantado tempo e sombrio clima de Portugal.
Igualmente, originalidades portuguesas que deixam o indígena com um grande amargo de boca...
Fim

quarta-feira, junho 25, 2014

Ao rigoroso inspector alemão, Joachim Gauck, o bom aluno português, Cavaco Silva, disse-lhe:

Aprendemos a lição dos últimos anos”



E acrescentou:
Aprendemos a lição dos últimos anos. O povo português teve um comportamento extremamente responsável e queremos agora entrar numa trajectória de crescimento económico e de criação de emprego, em particular pensando nos nossos jovens que tem tido alguma dificuldade no acesso ao mercado de trabalho", afirmou o chefe de Estado português.” (Sublinhados de Brasilino Godinho) Texto da Agência Lusa.
A afirmação de Cavaco Silva (“Aprendemos a lição”), acima reproduzida, é enigmática e de certa maneira condiz com o ar sombrio que apresenta na fotografia aqui inserida.
A “lição” se foi dos “últimos anos” não se percebe como o tempo consumido proporcionou per se matéria de estudo (ou de penalização); decerto, exclusivamente aprendida por Cavaco Silva, pelos seus amigos e seguidores - visto que milhões de portugueses não foram tidos e achados na apreensão e classificação da mesma.
Todavia, se por lapso de linguagem, Cavaco Silva queria referir-se a factos ocorridos, comportamentos e procedimentos de entidades várias ou a outras matérias, confrontamo-nos com indefinições que inviabilizam o conhecimento e o alcance da referida “lição”; a qual, ainda por cima, nem é delimitada no tempo da duração com que se foi processando, aparentemente sem hiatos, mas anote-se: sem data de início.
Qualquer que seja a forma de encarar este imbróglio da “lição” que Cavaco Silva atribuiu aos últimos anos, ressaltam dúvidas e sobreleva a nossa perplexidade: os últimos anos detém lição por serem simplesmente anos? Ou por serem anos últimos? É uma descoberta de Cavaco Silva que nos atordoa e que não sabemos se é de aplaudir ou de patear...
Depois, as dúvidas são múltiplas:
Se fosse possível os últimos anos serem, por si mesmos, a “lição” de Cavaco Silva teríamos de nos interrogar qual será a lição inerente aos outros anos não incluídos no espaço temporal abrangido pelos anos últimos (quais?) da predilecção da figura presidencial.
Por outro lado, queria Cavaco Silva referir-se ao conhecimento que, eventualmente, adquiriu com algum revés de fortuna? (aqui, neste ponto, lembramos os desabafos sobre os seus diminutos(...) vencimentos e de sua extremosa esposa).
E por acaso, Cavaco Silva, estaria pensando numa qualquer unidade temática?
Além de que outras interrogações se colocam. Por exemplo: Se os anos não têm substância intrínseca que proporcionem lições, então qual é a “lição” e a respectiva matéria acolhidas nas faculdades de alma de Cavaco Silva? Quiçá algum castigo? Severa punição? Quem deu a “lição”? Que alma danada deu o castigo? Quem ditou a sentença de punição?
Dada a circunstância do presidente Cavaco Silva ter falado na presença do seu homólogo alemão Joachim Gauck é de crer que a “lição” tenha sido proporcionada pela sr.ª Angela Merkel, coadjuvada pelo sr. Wolfgang Schauble.
Ainda tendo em linha de conta o cenário em que ocorreu a intervenção aqui em foco, que mais parecia uma sessão de inequívoco apuramento da situação escolar do aluno face ao inspector interessado em conhecer ao pormenor o desempenho do discente, seria interessante saber-se qual a verdadeira avaliação da personalidade tutelar Joachim Gauck... O inspector alemão teria ficado convencido da bondade do aluno? Bem ciente de que ele aprendeu a “lição”?
Um dado devemos reter como inequivocamente adquirido: Foi deprimente ver um professor português a assumir-se como aluno que se esforça para convencer o inspector estrangeiro da sua boa vontade em se creditar como bom aluno seguidor da cartilha a que de bom grado se submeteu.
Em todo o caso como portugueses devemos estar envergonhados com todo este espectáculo de subserviência ao estrangeiro e com a pública, oficial, demonstração de Estado e de Nação, colonizados e tutelados pelos dirigentes germânicos. Também à mercê dos senhores cinzentos de que falava o falecido Prof. Doutor António Sousa Franco.
Um reparo se torna necessário fazer ao presidente da República: do grande drama nacional configurado nos milhares de jovens que não conseguem trabalho e de outros tantos milhares que, sem condições de vida em Portugal, são compelidos a emigrarem, o presidente Cavaco Silva só tem a ligeira impressão que expressa deste modo indiferente: “nossos jovens que têm tido alguma dificuldade no acesso ao mercado de trabalho". (Em reacção observamos: para o presidente da República a coisa nem tem sido muito chata... só alguma dificuldade – coisa sem importância...).
Porém, é nossa imperiosa obrigação destacar as palavras jovens têm tido alguma dificuldade”, isto dito em contraposição ao que todos sabemos acerca das tremendas dificuldades, grandes sofrimentos e muitas preocupações, que atingem os jovens portugueses.
Fim


segunda-feira, junho 23, 2014

Humor negro!
A anedota de hoje!
Alberto da Ponte... de ligação a Passos Coelho    

Por Brasilino Godinho
O Dr. Alberto da Ponte, presidente do Conselho de Administração da RTP, deu uma entrevista ao canal Etv, que hoje foi transmitida e amplamente divulgada pelos jornais.
O grande Sr. da Ponte assentada em área da RTP aproveitou para dar um ar da sua graça. Ou seja: expressar, preto no branco, um grande desejo de ser actor. E pareceu traduzir em palavras aquilo que disse saber fazer com gosto e habilidade: «simular ».
Pelo menos, ficámos sabendo que se alguém do alto poleiro do Poder Central acreditou em Alberto da Ponte investido na função de presidente da RTP; Alberto da Ponte, agora, com aprazimento de oportunidade, retribui a atenção e acredita nessa extraordinária figura de medíocre artista político, fora de série, que se chama Pedro Passos Coelho.
Lido, visto e ouvido, sobressai a existência de uma funcional ponte de ligação entre o Alberto e o Pedro orientada num determinado sentido e entre o Pedro e o Alberto implantada noutro sentido inverso; mas ambos, sentidos fenomenais, esperançosamente, convergentes num alcance comum ainda por identificar – o que, afinal, não destoa de aqueloutro sentido utilitário da Ponte intrínseca de Alberto.
Quanto ao humor negro ele transparece da anedota dita - sem se rir, mas com um cândido e leve sorriso amarelo estampado no róseo semblante - pelo Dr. Alberto da Ponte:
«Passos Coelho é o melhor primeiro-ministro desde Sá Carneiro!»
Até hoje, em Portugal, nem aos melhores humoristas e nem aos mais taciturnos e fantasiosos cultores do humor negro, tinha ocorrido tão sugestivo, obscuro e desconchavado informe/parecer anedótico.
Como diria o falecido cómico brasileiro, Badaró: «Toma e embrulha!»
Certamente, que muito leitores se interrogam:
  • Anedota para rir?
  • Ou anedota para chorar?
        


     

LEIAM MARCELO... E PASMEM!

Brasilino Godinho

Ontem, à noite, no tempo de antena da TVI que lhe é dedicado, o Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, teceu na parte final da sua intervenção, algumas considerações sobre a ocorrência, em Ermesinde, de insultos no campo do socialismo caseiro,  que me trouxeram à lembrança as suas afirmações de 26 de Maio de 1995.
Mais uma vez se comprovou que o Prof. Marcelo, decorridos dezanove anos, não alterou hábitos. Pelo contrário, tem acentuado a negativa e peculiar maneira de estar na montra da exposição pública. E porque faz disso gala, com os inerentes proventos, sujeita-se que muitos portugueses, enfastiados com as suas conversas para indígena estupidificar, formulem e expressem juízos sobre os seus desempenhos nos órgãos de comunicação social que, eventualmente, lhe causarão algum incómodo. Estou integrado no grupo dos que não alinham na sociedade do elogio mútuo a que parece estar associado o conhecido comentador das televisões.
Pela minha parte, prevalece o interesse público dos exercícios da crítica e da formulação do contraditório; dos quais não abdico.
Isto escrito, transcrevo do extinto semanário 'Tal & Qual', edição de 26 de Maio de 1995, as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, prestadas ao redactor do referido jornal:
«Posso provar que sou isento: nunca ninguém, mesmo da oposição, foi capaz de dizer o que eu disse e repito: a incultura de Cavaco Silva, política e não só, é abismal – e o seu triunfo foi o da vulgaridade. Vejam lá se algum comentador teve a coragem de dizer isto...»
Marcelo Rebelo de Sousa,
«Tal & Qual», 26/5/95

Se acabou de ler esta pérola do pensamento do Prof. Marcelo, decerto que está pasmado...
O leitor repare nas quatro primeiras palavras da 'declaração' do Prof. Marcelo. Conhecendo o personagem consegue lê-las sem se rir? Eu, sempre que as leio, farto-me de rir. Não é para menos.
Aliás, dada a faceta insinuante da expressão, permito-me sugerir que o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa edite cartões de visita onde conste tal frase lapidar assim a modos de:
                                                   Marcelo Rebelo de Sousa
Doutor em Direito
Professor da Faculdade de Direito – Universidade de Lisboa
(Posso provar que sou isento)
arcRebelo de Sou
Ao tempo, a referência de Marcelo de Sousa sobre Cavaco Silva, com alguma bonomia para com a cavacal criatura, poderia considerar-se injuriosa. Mas o visado não reagiu, talvez por se sentir reconhecido para com Marcelo.
É que o leitor talvez não saiba: tempos antes, no congresso do PSD, realizado na Figueira da Foz, fora, precisamente Marcelo Rebelo de Sousa quem mais manobrou nos bastidores para Cavaco Silva, o tal cidadão da “incultura política e não só”, ser eleito chefe do Partido Social-Democrata. Estas incoerências fazem parte do correspondente e elucidativo acervo marcelista. 
Quanto a «Vejam lá se algum comentador teve a coragem de dizer isto...», digo, simplesmente, que com a idade de oitenta e três primaveras, não me lembro de nenhum comentador que tão repetidamente se tenha desmentido a si próprio e sido incoerente como o conhecido Prof. Marcelo.
Marcelo Rebelo de Sousa sendo um Mestre de Direito é também mestre de reconhecidos predicados nas disciplinas da Incoerência e da Censura.
Resta-me informar os meus leitores que costumo acompanhar as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa nas televisões. Tenho aprendido muito ao ouvi-lo e a observá-lo. Não com o propósito de me tornar seu companheiro de dislates ou seu discípulo. Mas, sim, para apreender todos os malabarismos, prestidigitações e subtilezas das linguagens oral e gestual do famigerado “criador de factos políticos”, grande mestre das artes mágicas de bem iludir e confundir a opinião pública; com o propósito de ficar melhor habilitado para o interpretar e não me deixar embalar pelo seu discurso falacioso ('homem prevenido, vale por dois').
Um emblemático discurso de quem é um grande e reputado especialista em matérias de incoerência e de ambiguidade, a que associa a condição de detentor de inusitado património de bastantes recursos de equívocos e duplos-sentidos de linguagem.
Creio que se o italiano Nicolau Maquiavel ressuscitasse muito teria a aprender com o português Marcelo Rebelo de Sousa. Provavelmente, ficaria limitado a ser seu modesto discípulo. E lá se perdiam o proveito e a glória da ressurreição…

domingo, junho 22, 2014


PORTUGAL, meteram-no a pique!



Brasilino Godinho

Com a devida vénia à memória de Eça de Queirós transcrevemos o seguinte texto:

“ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”
(Eça de Queiroz, 1867 in 'O distrito de Évora')

Em 1867, escrevia Eça de Queirós:
  • todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises”.
Em 2014, escreve Brasilino Godinho:
  • Actualmente está por demonstrar que todos os ministros são inteligentes. Mas sabemos que falam e escrevem mal, discursam sem cortesia, insultam-se a toda a hora e que é impura a dicção. Os do nosso tempo continuam a ir a faustosas inaugurações, são medíocres convivas e alguns costumam frequentar as tascas da Severa. E, também, são nulos a resolver crises. Levam a palma na criação das mesmas.
Em 1867, escrevia Eça de Queirós:
    • Os ministros “não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA.”
Em 2014, escreve Brasilino Godinho
- Os ministros além de não terem austeridade fazem coisa pior: impõem-na aos indígenas. Também neles falha a concepção, lhes falta o instinto político e, por completo, neles está ausente a experiência e se avantaja a incompetência.
Finalmente, parafraseando Eça de Queirós, Brasilino Godinho acrescenta:
De forma mais gravosa do que no tempo de Eça de Queirós são, agora, “regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País administrado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha,” já nem se fala na conservação da independência.
Pela razão de que ela está perdida por obra e (des)graça dos coveiros da Pátria - os artistas que temos tido a actuar no circo político. Outrossim, pela submissão dos mesmos ao grande capital internacional.
Igualmente, por em Portugal existir a situação apontada pelo ex-ministro das Finanças, do ex-governo chefiado pelo engenheiro António Oliveira Guterres, Prof. Doutor António Sousa Franco, no dia 27 de Outubro de 2003, numa intervenção nas «Conferências da Arrábida», citada no Jornal de Notícias, edição de 28 de Outubro de2003, que transcrevemos:
«Há uns senhores cinzentos que mandam mais que os eleitos. Hoje ninguém tem dúvidas de que não é o líder de nenhum partido que manda mais, mas alguém com grande poder económico e social».
Assim chegámos à decadência mais profunda que nem terá sido imaginada pelo grande escritor.
Portugal caído a pique!

sábado, junho 21, 2014




Dois professores da alta política nacional
a toda a hora pontapeiam a Gramática...

Um registo/lamento de Brasilino Godinho

Dois professores universitários situados no alto patamar da política à portuguesa, Aníbal Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa, estão a toda a hora a dizer que à última da hora algo se disse ou se dirá ou coisa se fez ou se fará. Ainda esta noite, Cavaco Silva se referiu à última da hora. O seu correligionário Marcelo de Sousa na sua intervenção da noite de domingo transacto, na TVI, frente a D. Judite de Sousa, voltou a empregar, por duas vezes, a mesma expressão.
Relativamente ao professor Marcelo já vão decorridas muitas luas após a data em que, numa crónica, lhe fazíamos o reparo e solicitávamos aos seus amigos que, num gesto de bondade, lhe dissessem que deveria dizer à última hora. Terá sido um pedido que caiu num saco roto. Ou então o professor terá considerado que é um ser superior e se marimba para essa questão comezinha de falar correctamente o português.
É pena, lamentável e de tremendos efeitos sociais, que dois professores universitários não prezem a língua nacional e dêem tão maus exemplos aos seus alunos.
E ao presidente da República mais se lamenta o erro porquanto lhe cabe exercer magistério de bem zelar o uso da língua face aos indígenas que todos somos.
Também se estranha que entre os numerosos assessores, mui bem pagos pelos dinheiros dos contribuintes, instalados no Palácio de Belém, não haja nenhum que corrija sua excelência – o que é alarmante e nos deixa estarrecidos. Ademais, evidenciando o desperdício de tamanho despesismo funcional.
E já que surge a oportunidade de aqui deixarmos uma sugestão ao chefe da presidencial casa civil propomos que se crie uma palaciana classe de ensino de português, para todos quantos ocupem o Palácio de Belém. O que até estaria facilitado, segundo se julga, pelo facto de no palácio coabitar uma distinta senhora de presidencial envergadura, com habilitações literárias para se encarregar da meritória tarefa.
Aliás um procedimento lectivo semelhante ao que na década dos anos cinquenta, do século passado, se fazia semanalmente nos quartéis da GNR, espalhados pelo interior do país, em cujas aulas o comandante do posto dava ditados de português aos soldados da GNR.
Inútil será enaltecer o alcance de tal prática lectiva na GNR à época.
Desde então a sociedade evoluiu muito em diversos domínios mas, em contraposição, também muito se regrediu em várias áreas e se abastardaram muitos valores.
Daí, que hoje se notem grandes necessidades de repor em alguns sectores oficiais as boas práticas de antanho. Tal e qual o caso aqui trazido à colação...
Identicamente seria de aplaudir que algum dos alunos do professor Marcelo tivesse a feliz ideia de corrigir o Mestre em Direito – afinal um marcelino caso paradigmático de que não é possível sermos bons em tudo. Todavia, a qualquer tempo, devemos corrigir os nossos erros. E conhecendo os erros, mantê-los... é um mau sinal! Pelo menos...
Fim

quinta-feira, junho 19, 2014



General Garcia dos Santos
faz certeira síntese
sobre Cavaco Silva

Apontamento de Brasilino Godinho

A síntese da substãncia (ou da sua nulidade?) configurada na personalidade de Cavaco Silva, está bem formulada pelo general Garcia dos Santos, sem papas na língua, da seguinte forma:

Cavaco Silva - O que é que ele fez pelo país? Zero.
O que é que ele diz? Nada.
Quais são as ideias dele? Nenhumas".

General Garcia dos Santos decidido como devem ser os generais, fez hoje e no 'Expresso',  a síntese acima reproduzida. Mais disse que “não pode ver Cavaco nem pintado”.
As declarações do general Garcia dos Santos foram proferidas na sequência do anúncio de ter pedido a demissão do Conselho das Ordens Portuguesas.

Pela nossa parte e em louvor do general Garcia dos Santos, diremos que ele,  usando uma linguagem simples e directa, foi:

- PERTINENTE!
- OBJECTIVO!
- CONCLUDENTE!

E aqui expressamos o nosso aplauso:
Bravo!
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/general-garcia-dos-santos-diz-que-nao-pode-ver-cavaco-nem-pintado=f876401#ixzz350Op7nJH