Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, junho 22, 2014


PORTUGAL, meteram-no a pique!



Brasilino Godinho

Com a devida vénia à memória de Eça de Queirós transcrevemos o seguinte texto:

“ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”
(Eça de Queiroz, 1867 in 'O distrito de Évora')

Em 1867, escrevia Eça de Queirós:
  • todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises”.
Em 2014, escreve Brasilino Godinho:
  • Actualmente está por demonstrar que todos os ministros são inteligentes. Mas sabemos que falam e escrevem mal, discursam sem cortesia, insultam-se a toda a hora e que é impura a dicção. Os do nosso tempo continuam a ir a faustosas inaugurações, são medíocres convivas e alguns costumam frequentar as tascas da Severa. E, também, são nulos a resolver crises. Levam a palma na criação das mesmas.
Em 1867, escrevia Eça de Queirós:
    • Os ministros “não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA.”
Em 2014, escreve Brasilino Godinho
- Os ministros além de não terem austeridade fazem coisa pior: impõem-na aos indígenas. Também neles falha a concepção, lhes falta o instinto político e, por completo, neles está ausente a experiência e se avantaja a incompetência.
Finalmente, parafraseando Eça de Queirós, Brasilino Godinho acrescenta:
De forma mais gravosa do que no tempo de Eça de Queirós são, agora, “regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País administrado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha,” já nem se fala na conservação da independência.
Pela razão de que ela está perdida por obra e (des)graça dos coveiros da Pátria - os artistas que temos tido a actuar no circo político. Outrossim, pela submissão dos mesmos ao grande capital internacional.
Igualmente, por em Portugal existir a situação apontada pelo ex-ministro das Finanças, do ex-governo chefiado pelo engenheiro António Oliveira Guterres, Prof. Doutor António Sousa Franco, no dia 27 de Outubro de 2003, numa intervenção nas «Conferências da Arrábida», citada no Jornal de Notícias, edição de 28 de Outubro de2003, que transcrevemos:
«Há uns senhores cinzentos que mandam mais que os eleitos. Hoje ninguém tem dúvidas de que não é o líder de nenhum partido que manda mais, mas alguém com grande poder económico e social».
Assim chegámos à decadência mais profunda que nem terá sido imaginada pelo grande escritor.
Portugal caído a pique!