Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, junho 15, 2014





CUIDADO COM OS COELHOS
DA FAMÍLIA GOVERNANTE...


Brasilino Godinho

Temos a impressão de que neste espaço territorial rotulado, pelos publicitários a soldo da governança, de paraíso cavaco/coelhal se desvaneceu o conhecimento da complicada situação vivida nos penúltimo e último quartel do século XX na Austrália e está esquecido pelo Zé-Povinho o alerta que, à época, foi lançado pelo governo australiano relativamente à praga dos coelhos.
E, antes de mais dizer, importa anotar que o coelho doméstico é um mamífero roedor de uma subespécie da família dos Leporídeos, que desperta a simpatia pelo seu aspecto de animal dócil e felpudo. Além disso serve de alimento aos animais racionais que o criam para tal aproveitamento gastronómico. Já o coelho bravo em vez de cativar pela candura suscita a cobiça, a captura ou o abate por parte dos caçadores que fazem da caça o seu desporto favorito. Também, o coelho dos matos é esquivo e nada propenso ao convívio dos humanos.
Mas nos últimos tempos surgiu em Portugal uma nova subespécie de coelhos antipáticos e belicosos que se vem constituindo como uma séria ameaça para os indígenas portuguesas. E tanto mais perigosa quanto por ser de configuração humana e evidenciar instintos depredadores expostos na sanha com que, de forma selectiva, acomete sobre as pessoas idosas, os funcionários do Estado e as condições de vida dos jovens e da população mais carenciada. E como tais coelhos mostram ser extremamente agressivos e insaciáveis há que tomarmos consciência da gravidade da situação em que o País se encontra.
E se já tínhamos com incomodativa, nefasta, presença de três anos um manhoso coelho macho, matulão, chamado Pedro que, qual super-coelho, nos moía o juízo, nos chagava a paciência a todas as horas e, há dias, exigia uma melhor escolha dos juízes do Tribunal Constitucional, agora surgiu, inopinadamente, espavorido, com inusitada violência e rancor um coelho fêmea que acorre ao chamamento de Teresa; o qual, recorrendo a um expediente um tanto desleal, acaba de pôr em alvoroço o país.
Traduzindo em letra de forma: Se coelho macho ordena: Mate-se! Coelho fêmea acrescenta: Esfole-se! Assim, prevalece algo parecido com a lei da selva.
E através do jornal Público (uma novidade: no presente, os coelhos da governança mandam mensagens pelos jornais; já não lhes basta as filmagens das televisões) coelho fêmea lançou um tenebroso aviso aos indígenas:
- daqui para o futuro os juízes do Tribunal Constitucional, escolhidos pelo PSD, terão de se sujeitar às orientações do outro Coelho (o grande-chefe) e serem meros agentes do PSD infiltrados no Tribunal Constitucional para sabotarem as decisões daquele órgão judicial que sejam contrárias aos interesses e instruções do grande-chefe e do referido partido. Pelo andar da carruagem suspeita-se que os futuros juízes antes de tomarem posse dos seus lugares farão, secretamente, um juramento de sangue de total obediência à coelhal figura e(ou) ao seu clã.
Não contente, a mesma criatura Coelho (do sexo feminino), ameaça os juízes recalcitrantes com sanções judiciais.
Muito poderosa se julga a coelho Teresa. A vice-presidência do PSD subiu-lhe à singular cabeça; esta, de suporte a saliente, grande, oscilante, cabeleira que, de quando em quando, lhe cerra a visão.
Uma conclusão se tira: o Tribunal Constitucional fica ameaçado, bloqueado e sob vigilância cerrada da dupla coelhal que domina o aparelho alaranjado. E lá vai ao ar o superior órgão de Justiça que ainda dava algumas garantias de protecção ao vulgar cidadão, num Estado que está longe de ser de Direito.
E se os coelhos australianos foram uma praga, a citada dupla de coelhos portugueses movimenta-se por todo o território a espalhar o medo nas indefesas populações e é, surpreendentemente, também muito devastadora. Aliás, mostra-se cada vez mais empenhada no combate aos indígenas portugueses. Por isso, urge tomarem-se medidas que neutralizem as acções e os ímpetos agressivos da dupla coelhal que, pelos vistos, para destruir Portugal nem necessita de agregar uma prolífera multiplicação da perniciosa subespécie.
Outrossim, extraia-se uma ilação moral: nada de fiar na aparência melíflua dos coelhos... precisamente aqueles que estão bastante melhor nutridos e muito bem acomodados na capoeira da governação.