Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, setembro 25, 2008

Estimadas senhoras,

Caros senhores,

Juntamos um texto de “SARAIVADAS” .

O conhecido arquitecto-jornalista José António Saraiva regressou de férias e "atirou-se" ao trabalho no seu jornal.

Apresentou-se naturalmente cansado pós esforçada vida de lazer? Rejuvenescido?

Pelos indícios recolhidos dos seus escritos chegámos a algumas conclusões que explanamos na crónica que se segue a esta introdução.

Apresentamos os melhores cumprimentos.

Brasilino Godinho

SARAIVADAS…

Ou as confissões do Arq.º Saraiva…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Tema: SARAIVA, regressou de férias. Para não variar e desiludir os seus leitores, veio um pouco confuso…

O famoso arquitecto-jornalista José António Saraiva esteve de férias no mês transacto. Entretanto, elas terminadas eis que, há dias, se apresentou ao serviço do seu semanário. Em que estado? E com que desenvoltura?

Antes de nos debruçarmos sobre as respostas às perguntas formuladas importa fazer uma anotação pertinente.

Está inculcada nas mentes das dúbias almas instaladas no desacreditado campo do faz-de-conta que as pessoas ao regressarem das férias vêm remoçadas, com goelas afinadas e manuseando as canetas de maneira mais liberta das usuais peias e… com maior genica para o trabalho. Quiçá, possuídas de alguma abertura de espírito adquirida pelo contacto com outros horizontes mais abrangentes do que as rotineiras vistas da selva urbana desfrutadas a partir dos seus poisos de trabalho e dos locais de residência.

Relativamente a José António Saraiva e interpretando aquilo que escreveu na edição do seu semanário de 20 de Setembro de 2008, chega-se a uma desoladora conclusão: nele, não se verificam os pressupostos atrás mencionados. Pelo contrário, a criatura dá nota de manter a confusão no seu espírito. Parece estar assoberbada com as contradições habituais e o estranho pendor para continuar sendo cativa da credulidade. Esta, a condição distintiva que se fixou em permanência ad aeternum na respeitável e maior cabeça pensante deste país – que, por sinal, é a do cidadão José António Saraiva (fixem o nome!). Note-se: esta importante definição da excelência cerebral do arquitecto-jornalista Saraiva não é da nossa autoria. Graças ao Altíssimo - que o terá inspirado, numa noite de lua cheia, precedendo a incursão de temível lobisomem no lugar de meditação (automóvel do próprio, circulando nas ruas da capital) da saraival figura - foi o distinto e putativo candidato ao Prémio Nobel da Literatura que, no seu alto e invulgar critério, determinou a si mesmo esse - até então desconhecido – predicado. Certamente por ele assinalado com o louvável propósito de exarar para a História o imprescindível apontamento de elogio e em glória da raça lusitana…

De forma sucinta e objectiva pode-se afiançar que o jornalista Saraiva se apresentou no seu habitual estado interessante de confusão no campo das ideias e de desorientação no tempo e nos espaços próprios, adjacentes e a perder de vista até onde alcançam, a reduzidas distâncias, os seus peculiares olhos de lince meio atordoado

Antecipando juízos maldizentes ou observações incrédulas da justeza das nossas apreciações sobre o ser pensante Saraiva, atrás expressas, repare-se no parágrafo do editorial “Um Jardim nos Açores”, da sua autoria, que transcrevemos: “Em Portugal, os atritos entre Belém e S. Bento sempre foram prejudiciais ao Governo”. O que sugere a leitura desta preciosidade linguística? Interroguemos: Em Portugal? Será que os atritos entre Belém e S. Bento também ocorreram na China, na França, na Guatemala? Ou em qualquer outro pais onde Belém e S. Bento levados através do espaço sideral se fixaram durante algum tempo? E nessa altura e nesses lugares da estranja os atritos entre Belém e S. Bento teriam sido favoráveis ao Governo, beneficiando da influência do clima ou de outras quaisquer circunstâncias que escapam ao racional entendimento de anónimo indígena? Enigma aparentemente indecifrável que só Saraiva pode explicarOu não fosse ele o homem dos mistérios insondáveis

quarta-feira, setembro 24, 2008

Estimadas senhoras da nossa maior admiração,

Caros senhores de boa reputação e apreciada respeitabilidade,

Prezados amigos das horas boas e más,

Contemplando-me na qualificada bondade dos vossos acolhimentos às minhas prosas condimentadas com sal quanto baste e muita pimenta, tomo a liberdade de vos trazer uma crónica que foca a criação de mais uma palavra variável na Língua Portuguesa: o verbo experienciar.

Recomendo contenção a quem se proponha festejar o acontecimento. A Língua não se enriqueceu. Pelo contrário, ficou mais adulterada. Embora o termo se adeqúe à definição dos procedimentos dos políticos, dos governantes e dos numerosos, bastante nutridos, melros, papagaios, sanguessugas e outros parasitas, que conduziram o País para a desastrosa situação actual.

Com os melhores cumprimentos.

Brasilino Godinho

Ao compasso do tempo…

FINALMENTE!...

DESCOBERTO O TERMO QUE FALTAVA NO NOSSO LÉXICO SOCIOPOLÍTICO…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Hoje, dia 04 de Setembro de 2008 ao ler o “Diário de Aveiro”, página 7, deparo no topo um título garrafal: “Jovens cientistas do país “experienciam” na Universidade”. A princípio fiquei perplexo. Mas rapidamente se fez luz na minha cachimónia e exclamei para os meus botões: Eureka! E interpelei-me: Como não percebi, no instante da leitura, o sentido semântico do novo verbo “experienciar” que, inopinadamente, vem carregar tonalidade negra na escuridão do nosso viver quotidiano? Para responder à pergunta socorro-me da desculpa da minha boa fé. Outrossim, de alguma ingenuidade; um pouco difícil de explicar na minha condição de jovem de avançada idade.

Neste ponto há que referir a circunstância, não despicienda, de o novo verbo ter sido apresentado ao respeitável público, aos idiotas, aos irresponsáveis abusadores da paciência do Zé-Povinho, às prendadas meninas e desenvoltas senhoras da nossa periclitante sociedade e aos menos letrados facilmente influenciáveis pelos vendedores da banha de cobra, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, sem quaisquer explicações sobre o respectivo significado. Uma falha que se revestiu de gravidade como era fácil de prever dado o impacto que a nova palavra terá no historial da nação lusíada… Esta será a consequência inevitável… Mais uma desgraça linguística a juntar a tantas outras que dilaceram a língua portuguesa.

Todavia, sob ângulo de visão pessoal do escriba, autor da presente crónica, afigura-se oportuno que ele se permita o desplante de “dar a volta” ao caso e reviravolta ao texto, com o atrevido propósito de recolher alguns louros (passe a imodéstia) compensadores do esforço dispensado na penosa tarefa aqui exposta pormenorizadamente… Por isso, neste artigo de opinião, escrevo: Atendendo à importância do acontecimento, sinto-me orgulhoso por, sem delongas embaraçosas, o meu espírito ter absorvido num ápice a verdadeira significação do fenómeno linguístico que bem realça a plenitude do generalizado desconhecimento da língua mater, graças às más “artes” que, nos últimos decénios, vêm sendo cultivadas nos estabelecimentos de Ensino inferiormente orientados pelos controversos elencos ministeriais que alternam no alojamento do palacete da Educação Nacional.

Posta a questão nos precedentes termos devo anotar a seguinte reflexão:

Se por intuição decorrente do contexto da peça jornalística, bem interpreto o significado do verbo “experienciar” é caso para todos embandeirarmos em arco, considerando que estamos confrontados com uma descoberta sensacional. Deveras oportuna. Claramente objectiva. Que tal como o Toyota veio para ficar – pelo menos enquanto o povo português se sentir na apagada e vil tristeza de que falava o imortal poeta dos “Lusíadas”.

Mais se pode afiançar que era o termo que faltava na nossa língua para caracterizar as imprestáveis acções de quantos se comprometeram no alcance da vergonhosa e deplorável situação a que se chegou em Portugal. Faz-se esta afirmação sem omitir o oportuno reparo de os ”jovens cientistas”, já neste precoce estádio de evolução curricular, iniciarem muito mal o seu percurso de sapiência; isto é, negligenciando o seu douto estatuto, contentam-se pela mediocridade de experienciar nos domínios da Ciência. Mau presságio quanto ao futuro da Ciência em Portugal

Decerto que assumo um risco ao atribuir ao recém-criado vocábulo um conteúdo nocional ligeiramente aparentado com o do verbo experimentar. Pois que, no meu entender, o verbo “experienciar” é assim a modos de uma palavra que designa a acção executada ou sofrida por um sujeito imbuído do espírito dúbio de fazer primários simulacros de experiências, de exercitar práticas equívocas sem preocupação de acertar nos resultados adequados, de ocupar o tempo, simulando, a fazer de conta que trabalha com algum rigor e objectivo definido em prol do Bem Comum. Portanto, “experienciar” é procedimento blasfemo, incompetente e nocivo para a sociedade porque não oferece garantias de seriedade, de conhecimento, de saber, de rigor e de utilidade (no âmbito pessoal) para os indivíduos, de proveito para o colectivo dos cidadãos e de eficácia e revigoramento para o desenvolvimento do País.

Aliás, atentemos que se chegámos ao descalabro geral prevalecente em Portugal isso se deve a que, com algumas excepções no nosso meio social, quase todos temos andado a “experienciar”.

Sim! Não são unicamente os “jovens cientistas do país” que “experienciam” ocasionalmente na Universidade de Aveiro. Aliás, repare-se na afirmação da jornalista: “jovens cientistas”. Perguntaríamos: Quais? O artigo da jornalista informa: 75 jovens entre os 15 e os 23 anos”. Nós registamos: tão novinhos e cada um já ostentando o rótulo de “cientista” e o correspondente peso da irresponsabilidade de arcar com tal qualificativo – o que condiz com a institucionalizada cultura das facilidades inculcada nas mentes juvenis.

Feita esta observação a propósito da ligeireza com que se encaram os acontecimentos e se manifesta o à-vontade dos promotores dos encómios, retomo o tema para dizer simplesmente que vão decorridas muitas luas em que o verbo “experienciar” tem sido conjugado por muita gente, em jogadas de antecipação premonitórias do seu actual surgimento. Em primeiro lugar, os governantes “experienciam” continuamente. Porfiam e não se cansam. Os políticos não lhes ficam atrás. As televisões, os jornais de Lisboa e Porto, as rádios nacionais, “experienciam” todos os dias, sem quebras de continuidade. Mas quem toma a dianteira a uns, a outros e a entidades quejandas, são os iluminados “mestres” e os fantasiosos “sábios” das sociedades secretas. Estes “experienciam” a todos os instantes. São os mais empenhados.

Decerto que existem muitíssimos mais portugueses que “experienciam”; não valendo a pena enumerá-los num qualquer inconclusivo rol – o que se tornaria trabalho ciclópico de investigação e averbamento, demasiado fastidioso para mim e aborrecido para os leitores.

Ou por outra: se já referi membros das sociedades secretas, governantes, políticos e órgãos de comunicação social, como obstinados praticantes do nefasto ofício de “experienciar”, afinal foquei os principais autores e actores, maiores responsáveis, da enorme, dramática, parada da paródia que é a situação que se vive em Portugal. Na sua falaciosa representação diária eles se entretêm com infatigável determinação, grande ousadia, bastante proveito próprio e sem resquícios de vergonha. Cínicos, práticos, limitam-se a “experienciar”

SIM! Repetimos: Eles “experienciam”. E de que maneira!…

Ao compasso do tempo…

UM ELUCIDATIVO

TELEGRAMA DA AGÊNCIA LUSA

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

“Guimarães, 20 Setembro (Lusa) -- O PS conseguiu hoje encher completamente o Pavilhão Multiusos de Guimarães para o comício que assinala o início do ano político socialista, reunindo milhares de pessoas, muitas das quais transportadas em inúmeras camionetas provenientes de vários pontos do país” .

Antes de mais, concentremos atenção na referência às “inúmeras camionetas provenientes de vários pontos do país”. Quer dizer: houve uma mobilização geral e, provavelmente, os “excursionistas” terão sido obsequiados com transportes gratuitos. Algumas perguntas surgem de imediato no nosso subconsciente: Quem pagou as facturas dos transportes? Teria havido ofertas de farnéis? Quem os custeou? Cada indiferenciado participante terá recebido verba pela comparência? Que entidades estiveram envolvidas nos pagamentos?

Como estamos habituados aos espectáculos do circo político, geralmente associados às cantigas e aos volteios dos folclores partidários exibidos pelos artistas das várias trupes que alternam e se confrontam no reservado espaço da política portuguesa que lhes é tão caro, a notícia acima transcrita, do telegrama da Agência Lusa, não causou impressão ou alvoroço.

Mas tem profundo significado. Ninguém que se preocupe com o exercício da POLÍTICA o negará. Sobretudo, os sobreviventes atentos da época da Ditadura que, na época, se insurgiam contra as grandes mobilizações de populares que, transportados em autocarros pagos pelo organismos oficiais e empresas ligadas ao regime, acorriam às festivas celebrações do Estado Novo ou em apoio ao idolatrado chefe Oliveira Salazar.

Em Abril de 1974 aconteceu a Revolução. Nessa altura se dizia que com o seu triunfo acabava o regabofe das manifestações de idolatria, dos pantagruélicos almoços, das jantaradas e das dispendiosas viagens ao estrangeiro à custa do Erário.

Depois da imediata embriaguês a que deu azo a euforia da liberdade e da libertação do jugo da Ditadura, veio o período da ressaca que nos trouxe profundos amargos de boca, nos atingiu o bestunto e nos trouxe, por um vale de lágrimas, ao actual estado de sofrimento, de miséria, de abulia e de estupidez; o qual vai prosseguindo agravado pelas malquerenças de uns tantos figurões de coturno, preponderantes no meio sociopolítico, sempre determinados em complicar a vida do semelhante; sobremodo explorando, chateando, espezinhando e violentando o vulgar indígena.

Porque tais costumes se mantiveram e até atingiram nesta terceira república maior expressão, dir-se-ia que o colectivo dos cidadãos perdeu a memória do tom virulento com que os democratas advenientes, arvorados em fanáticos defensores dos valores da democracia e da ética na política, verberavam nos primeiros meses pós revolução, os procedimentos dos agentes e seguidores do Estado Novo.

Agora, todos os dias, somos confrontados com as práticas dos políticos e as manobras dos governantes que dominam a cena do teatro político em tudo semelhantes às que prevaleciam durante a vigência do salazarismo. É, precisamente, o caso posto em foco nesta crónica.

Tal como dantes, também na actualidade, os clãs partidários, alinhados na disputa do poleiro do Estado, continuadamente mobilizam as hostes para as comparências nos comícios e nas jantaradas. Arrebanham os indivíduos, acenam-lhes com as passeatas, facultam-lhes graciosamente os meios de transporte. Os objectivos são conhecidos: casa cheia, muitas bandeiras desfraldadas, que importa reportar nos telejornais das televisões em horários nobres. É uma festa. Saloia. Estupidificante. Obscena. Mas os presentes em tais eventos gostam. E entre os milhões de papalvos que os contemplam nas imagens transmitidas pelas estações de Televisão, sempre há milhares que, basbaques por deformação mental genética, ficarão entusiasmados e rendidos ao desempenho mais ou menos artístico e falacioso dos protagonistas do acontecimento.

Nessas andanças os oradores usam e abusam dos elogios de si próprios, enaltecem sem pudor as acções que desenvolveram ou prometem realizar. Atitudes pouco escrupulosas que, se bem avaliadas por pessoas idóneas e isentas, decerto, representam um tiro de descrédito saindo-lhes pela culatra. Também, nessas ocasiões os intervenientes aproveitam para atacar, desvalorizar e “condenar” os adversários. Igualmente de forma desavergonhada.

Tudo isto se traduz numa incessante palhaçada que, distraindo o pagode, nada contribui para a creditação da Democracia, nem serve de inspiração, base de suporte ou alavanca para a adopção de uma objectiva política regeneradora do País.

Uma vez que a situação sociopolítica é demasiado séria para andarmos distraídos, resignados (embora sofredores e aflitos), sem cuidarmos de exigir o maior empenho e rigor na adopção de uma nova Política por parte do Governo, impõe-se que se faça a caracterização dos insuportáveis espectáculos das mobilizações de gentes conduzidas como rebanhos, que já cansam e indignam os portugueses.

Sim! Inegavelmente eles são: Espectáculos medíocres… Complicados passatempos de imprestáveis lazeres…. Desempenhos de mau teatro, de um faz-de-conta, pleno de hipocrisia, sem qualquer relação com a realidade e desprovido do sentido de utilidade. Para que servem? Visam confundir e intrujar os cidadãos mais facilmente influenciáveis pelas aparências e pelas palavras cínicas dos grandes manipuladores dos concidadãos mais ingénuos – os quais estão inclusos na definição dada pelo filósofo Le Senne: indivíduos cuja apreciação de qualquer acontecimento é imediata, primária, cingida ao presente e, portanto, sem percepcionarem a sua essência e sem alcançarem a inerente e real compreensão.

Logo: Vamos estar de olhos bem abertos a observar as pantominas e a ler - com natural repugnância - as prosas dos vendedores de banha da cobra. Igualmente, de ouvidos atentos aos ruídos em surdina que nos chegam de certos lugares malcheirosos

Porquê? Pela imperiosa razão de ser altura de denunciar a podridão existente e dar fim à insuportável parada da paródia…

sexta-feira, setembro 12, 2008

Transcrevemos da Internet

A ANEDOTA em que se transformou o nosso País:

-Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing.

- Um jovem de 18 anos recebe 200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma 236 depois de toda uma vida do trabalho.

-Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.

-O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.

-Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2 000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.

-Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.

- O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados. No Fórum Montijo a WC da Pizza Hut fica a 100mts e não tem local para lavar mãos.

- O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos).

- Nas prisões são distribuídas seringas gratuitamente por causa do HIV, mas é proibido consumir droga nas prisões!

- No exame final de 12º ano és apanhado a copiar e chumbas o ano, o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa e mandou-o por fax e é engenheiro.

- Um jovem de 14 anos mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal. Um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga, é violência doméstica!

- Uma família a quem a casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra, o estado não tem dinheiro para fazer uma nova, tem de viver conforme podem. 6 presos que mataram e violaram idosos vivem numa sela de 4 e sem WC privado, não estão a viver condignamente e associação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu.

- Militares que combateram em África a mando do governo da época na defesa de território nacional não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra, mas o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa da pátria no KOSOVO, AFEGANISTÃO E IRAQUE.

- Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem, não pagas as finanças a tempo e horas passado um dia já estás a pagar juros.

- Fechas a janela da tua varanda e estás a fazer uma obra ilegal, constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.

- Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num oficio respeitável, é exploração do trabalho infantil, se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe!

- Numa farmácia pagas 0.50€ por uma seringa que se usa para dar um medicamento a uma criança. Se fosse drogado, não pagava nada!

Obrigado Portugal. Estamos orgulhosos.

terça-feira, setembro 09, 2008

Ao compasso do tempo…

FACE AOS INÚMEROS PERIGOS,
TRATEMOS DA SEGURANÇA.


Brasilino Godinho
brasilino.godinho@gmail.com
http://quintalusitana.blogspot.com

No dia 20 de Agosto de 2008, pelas 14 horas, a população de Madrid, capital de Espanha, ficou em estado de choque por ter ocorrido uma queda de avião comercial em plena pista do Aeroporto de Barajas, que arrastou para a morte 151 pessoas (tripulantes e passageiros) e provocou dezenas de feridos em estado grave.
Mais uma ocasião em que apesar da desgraça que deixou enlutada a nação espanhola, prevaleceu a relativa sorte: o desastre não ter ocorrido em zona habitacional. Porque se tal tivesse acontecido o acidente atingiria maiores proporções. Enormes prejuízos materiais. Grande número de vítimas. Uma imensa catástrofe.
Convém não esquecer o factor sorte. Até como elemento determinante do (recomendável) estado de espírito de nela não confiar cegamente ao ponto de menosprezar cuidados e de rejeitar as alternativas de transferências daquelas estruturas aeroportuárias das actuais localizações citadinas para áreas fora dos centros urbanos das cidades. Tem todo o cabimento manter viva, nas mentes dos cidadãos e dos responsáveis da Administração Pública, a preocupação pela segurança de pessoas e bens materiais nos espaços adjacentes aos aeroportos. A qualquer momento, em local indeterminado, a tragédia pode acontecer. O que faz lembrar o ditado: “Tantas vezes vai o cântaro à fonte que alguma vez lá fica a asa”.
Quando tivemos conhecimento do infausto acontecimento de Barajas de imediato nos recordámos dos acidentes idênticos ocorridos nos últimos anos; quer nas proximidades dos aeroportos, quer neles mesmos, localizados em plenas áreas urbanizadas de grandes cidades. Casos da tragédia de Camarate, dos sinistros de Los Angeles, da queda do Concorde nos arrabaldes de Paris, dos dois acidentes no Aeroporto de Congonhas, em S. Paulo, ilustram o potencial de risco inerente à existência de aeroporto dentro de uma qualquer grande cidade. Estes graves acontecimentos levam-nos a considerar quão frágil, bastante insegura e extremamente perigosa, é a existência (e o funcionamento) do Aeroporto da Portela, em Lisboa.
Felizmente que ainda não se registaram grandes catástrofes nas cidades que possuem aeroportos de grande tráfego. Mas tais ocorrências podem acontecer a qualquer momento. É realista antecipar que isso um dia vai suceder. As tragédias são imprevisíveis. Os atentados que provocaram as destruições das duas torres gémeas de New York evidenciam essa ameaça latente sobre tudo e todos. Apesar dos avanços da Ciência e da Tecnologia jamais haverá garantias de absoluta segurança: seja ela pública, de vida dos indivíduos, dos tráfegos rodoviários, nas circulações ferroviárias, nas laborações das centrais nucleares, nas produções industriais.
Com a consciência que a segurança é algo de muito complexo e que são inúmeras as limitações que temos ao lidarmos com a falta dela a cada instante, preparemo-nos, indivíduos e autoridades, para a encarar como tarefa prioritária do nosso dia-a-dia. Os perigos são muitos, diversificados, constantes e imprevisíveis. Estejamos alerta!

terça-feira, setembro 02, 2008

Estimadas senhoras,
Caros senhores,

Remeto-vos uma informação sobre as razões de ter cessado a elaboração de apontamentos sobre as desenxabidas e estupidificantes “marcelices” do professor Marcelo, insertas no semanário “SOL”.
Já não havia disponibilidade e pachorra pata aguentar o sacrifício de dar atenção e perder tempo relativamente a um incrível rol de disparates, de fofocas e de incongruências.
Com os melhores cumprimentos.
Brasilino Godinho



POR UMA QUESTÃO DE HIGIENE MENTAL…

Brasilino Godinho
brasilino.godimho@gmail.com
http://quintalusitana.blogspot.com

Provavelmente os leitores do blog http://quintalusitana.blogspot.com.e as pessoas que, habitualmente, recebem as minhas crónicas pela via da Internet já se deram conta que os meus apontamentos sobre as “marcelices” hibernaram na presente época estival. Aparentemente é um paradoxo: o congelamento dar-se na época do calor.
No entanto, as ardências dos disparates e banalidades que se sucedem em catadupa, num progressivo, imparável, delírio compulsivo, vão enchendo o “mal amanhado” caldeirão das “marcelices” do professor Marcelo. E atingem tal envergadura que o benfazejo calor do meio ambiente natural, ainda preservado das várias poluições, as derrete e reduz a nada. Um nada que corresponde a um grau absoluto de arrefecimento total de uma natureza morta enterrada num sepulcro localizado nos confins da Antártida.
Assim, confrontado com a vacuidade de uma situação que se me afigura irreversível, por acentuadas culpas do incorrigível criador e mentor e pelo absurdo e negligente devaneio do agente matizado de estrela, receptador, seria perda de tempo dispensar atenção a algo que, pela matéria e espaço envolvente, tresanda, expõe parvoíce, mostra necrose e antecipa putrefacção.
Também por elementar prática de higiene mental reservo-me o direito de abstrair a existência das enfadonhas “marcelices”.
Tenho dito!
Fica escrito!

Ao compasso do tempo…

TRÊS PERSONALIDADES
DISTINTAS E INCÓMODAS…

Brasilino Godinho
brasilino.godinho@gmail.com
http://quintalusitana.blogspot.com

01 - Em continuidade da nossa anterior crónica “Cuidado com o talento… Ele quer-se em “boas mãos…” hoje, aqui, e sob esta rubrica, vamos ilustrar as considerações nela formuladas com o registo de três personalidades que marcaram posições de destaque nas suas respectivas áreas profissionais. Qualquer delas com a particularidade de não possuírem formação universitária. Enquanto a primeira, natural da Suíça, não teve grandes dificuldades em singrar na sua profissão; a segunda, negra, sul-africana teve um doloroso percurso de vida, devido às restrições impostas pela segregação racial estabelecida pelo regime do apartheid; e a terceira, portuguesa, enfrentou dificuldades até que a partir de 1966 encetou a carreira de escritor que a guindou a uma elevada posição na literatura portuguesa contemporânea.

02 - Começamos por Charles-Édouard Jeanneret-Gris, mundialmente conhecido pelo pseudónimo de Le Corbusier. Nascido na cidade La Chaux-de-Fonds, na Suíça, frequentou a escola de artes e ofícios da sua terra natal. Mais tarde aos 29 anos de idade transferiu-se para Paris. Nunca frequentou uma escola superior de Arquitectura. Por isso se tornou um homem muitíssimo atrevido e escandaloso para todos quantos ciosos dos pergaminhos académicos não o consideravam digno de se apresentar como arquitecto. A valia das suas actividades nas áreas da Arquitectura e Urbanismo impôs-se tão categoricamente que, no século XX, era consagrado como o pai da arquitectura moderna.
Vem a propósito sublinhar um aspecto relevante: precisamente, o da ventura do famoso arquitecto Le Corbusier não ter nascido em Portugal - o país de tão “brandos costumes” e tacanhas mentalidades que nele cabem as maiores intolerâncias, as esplêndidas segregações e… as absurdas doutorices devidamente certificadas, muitas vezes com o brasão da estupidez e o selo de garantia da ignorância. Se nascido e criado aqui, nesta malfadada parcela do continente europeu, Le Corbusier teria ido à vela…
Veja-se só o terrível desacerto formal: um não arquitecto guindado a lugar cimeiro do panorama arquitectónico mundial, em plena época da modernidade.

03 - Prosseguimos com a referência ao sul-africano, negro, Hamilton Naki, médico cirurgião de extraordinária categoria. Integrou como n.º2, a equipa de Christian Barnard que efectuou o primeiro transplante de coração, em Dezembro de 1967; do qual beneficiou Louis Weshkanky.
Ele, Naki, frequentou a escola até aos 14 anos. Empregou-se como jardineiro da Escola de Medicina da cidade do Cabo. Durante o regime do apartheid a sua actividade de médico clandestino no hospital foi ocultada do grande público. Era o melhor professor, dava aulas a estudantes universitários brancos, mas por ser negro ganhava como técnico de laboratório. Com a mudança de regime foi condecorado e a Escola de Medicina atribuiu-lhe o diploma de médico honorário.
Hamilton Naki, um médico sem diploma académico, morreu aos 78 anos de idade, no mês de Maio do corrente ano. A imprensa internacional não deu notícia do seu passamento. Percebe-se o alcance da omissão. O seu exemplo é susceptível de desestabilizar sistemas de desgoverno e de exploração do ser humano.

04 - Terminamos com a referência ao escritor José Saramago. Nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, no seio de uma família humilde. Tirou um curso industrial e não frequentou qualquer universidade. Conseguiu a proeza de alcançar o Prémio Nobel de Literatura. Em Portugal, o facto pareceu escandaloso e ainda hoje causa engulhos nos sectores retrógrados da sociedade portuguesa.
E os zeladores das prerrogativas académicas, considerando-se humilhados e ofendidos, não se conformam. Interrogam-se: Como foi possível atribuir o galardão Nobel a um autodidacta português? Quando havia por aí tantos doutores que ficaram a chuchar no dedo.
Pela nossa parte, para fazer pirraça àquela gente despeitada e invejosa e sem menosprezar os apoios dos numerosos e influentes amigos do escritor, admitimos que o respectivo sucesso terá sido conseguido através dos meios próprios de divindade com grande poder sobrenatural e de âmbito universal… ou seja fora das leis naturais.

05 - Observação final
Todas, as três personalidades, se identificam com um traço comum: suscitaram invejas e aversões que muito lhes complicaram as vidas.
Mais: Le Corbusier, Naki e Saramago, fizeram a demonstração que a “Universidade da Vida” – desde que bem frequentada por seres inteligentes, com superior aproveitamento cultural e elevada apreensão do Conhecimento em diversas áreas, num cúmulo de predicados adquiridos pelo labor, pelo estudo e pelas experiências praticadas ao longo dos tempos de suas existências – é, seguramente, uma excelente escola de formação e ombreia em pé de igualdade com as universidades do modelo clássico e oficial de Ensino. A propósito, interroguemo-nos: Nalguns casos, não suplantará?
No nosso país – ao contrário do que acontece nos países desenvolvidos da Europa (por exemplo: Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia) - as universidades e o Estado não valorizam as pessoas capazes e sabedoras. Quanto julgamos saber só a Universidade dos Açores acolhe no seu meio os idosos de relevantes méritos que desejam qualificar oficialmente seus saberes com a aquisição do grau de licenciatura. Também, por este prisma se aquilata dos atrasos sociais, culturais e cívicos, que medram em Portugal.
Daqui saudamos e aplaudimos a Universidade dos Açores!

(Esta crónica foi publicada na edição de terça-feira, 02 de Setembro de 2008, do “Diário de Aveiro”, no blog http://quintalusitana.blogspot.com e distribuída pela Internet).