Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, novembro 30, 2019


REGIONALIZAÇÃO À PORTUGUESA EXPRESSÃO
É COISA ABSURDA FALACIOSA E INACEITÁVEL

Brasilino Godinho

01. PRESIDENTE MARCELO põe travão na ganância dos tachos da regionalização de Portugal, que é só uma média região europeia.
Esta atitude do Presidente Marcelo foi manifestada hoje no Congresso dos Municípios Portugueses, realizado em Vila Real.
Reina uma raiva de frustração, dificilmente contida, entre os que se preparavam para, às portas da Regionalização, reivindicar mais um tacho.
Felicito o Presidente Marcelo pela meritória atitude que deverá ser bem acolhida por todos, quantos portugueses não são tachistas insaciáveis e põem os interesses da Pátria acima de tudo.

02. Existem na Europa regiões maiores do que a região (Portugal continental). Grandes regiões que não se propõem “regionalizarem-se” a si mesmas”, à maneira da pretendida, falaciosa, regionalização portuguesa.

03. Regionalizar Portugal continental, uma média região europeia, para além de ser uma pacóvia e servil imitação do que se passa nalguns países da União Europeia que entenderam dela obter benefícios, visto que lhes faltava a tradição do municipalismo; é coisa escandalosa, inaceitável, altamente dispendiosa e incomportável num Portugal muito endividado.
Mais: seria uma aberração de tripla configuração: política, administrativa e geográfica. Uma anomalia só admitida por uma classe política medíocre, incompetente e ambicionando criar mais uma frente de distribuição de tachos alternativos aos existentes nas juntas de freguesias, nas câmaras municipais, nos governos, no parlamento, na presidência da república e no vasto leque de estabelecimentos, repartições, fundações, observatórios, institutos, departamentos do Estado, etc.

04. Claro que isso premeditado e obcessivamente ansiado nos últimos anos, por bastantes políticos de rasteira visão política, movidos por interesses vários em que predomina a aliciante, tentadora, perspectiva de lhes ficar mais acessível e rentável a prática de saltimbancos; quais artistas entretidos a saltitar de um tacho para outro, ornados dos respectivos penachos e auferindo as mordomias que, generosamente e com descaro, são concebidas e institucionalizadas, em oportunista proveito próprio.

Concluindo:
- As juntas de freguesias e as câmaras municipais cumprem satisfatoriamente as suas atribuições políticas e administrativas e de relacionamento com as populações que lhes estão adstritas – preservando e alentando uma tradição secular de municipalismo numa nação que é a quinta mais antiga da Europa.
- A fantasmagórica regionalização, à usança portuguesa, se nalgum dia acontecer, será mais uma desgraça nacional. Pela razão de ser grande sorvedouro das diminutas finanças do Estado. Ou seja: acrescentada causa da ruína da Nação.



Há dois anos

34. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
01 de Dezembro de 2017

NÃO CESSE O QUE A MUSA DE CAMÕES CANTA…
QUE OUTRO VALOR MAIS ALTO NÃO SE ALEVANTA

Camões, exultante, nos Lusíadas, proclamou:
“Cesse tudo o que a musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta.”

Nós, com sentir amargo, a 1 de Dezembro de 2017, parafraseando o grande e imortal épico, prevenimos:
Não cesse o que a antiga musa de Camões canta, que outro valor mais alto não se alevanta. Infelizmente!

No estado de grande enfermidade em que se encontra Portugal faz o melhor sentido evocar a musa de Camões.

Desde logo e atendendo ao simbolismo do feriado do 1.º de Dezembro, comemorativo da Restauração da Independência de Portugal a 1 de Dezembro de 1640, impõe-se aos portugueses tomar consciência de que o país - se então corajosamente se libertou do domínio espanhol – cento e sessenta e um anos depois voltou a estar ocupado. Desta vez, a partir do ano de 1801, na região de Olivença, devido ao desfecho da guerra das laranjas. É que os soldados espanhóis não se limitaram a roubar as laranjas que levaram para a sua pátria. Deixaram a peçonha da ocupação política, do autoritarismo administrativo e da opressão militar.

Abusivamente e com violação do Congresso de Viena de 1815 que obriga a Espanha a devolver a Portugal a plena soberania de Olivença, o Reino de Espanha persiste na ocupação desta região portuguesa.

Atente-se que Portugal (embora parcialmente) continua com soberania limitada e, para os efeitos legais e subvertendo a sua Constituição, é um país ocupado pela Monarquia de Espanha. Talvez por essa razão os governantes persistem em serem subservientes com os governos de Madrid. Agora, também receosos de serem corridos como o foram os nacionalistas da Catalunha? Ou como ameaçava o general Franco que, algumas vezes, pensou em invadir Portugal.

Enquanto for mantida esta situação violadora do Direito Internacional e os governantes portugueses continuarem o exercício cobarde de se acomodarem a ela, têm os portugueses, dignos da sua condição, de sentir a desonra nacional.

Daí a necessidade da musa de Camões se fazer audível e repercutir pelas quebradas do nosso espaço pátrio e a obrigação de se registar com amargura que nenhum outro valor mais alto se alevanta na actual, amarga, conjuntura.




sexta-feira, novembro 29, 2019


UM NOVO CONCEITO
EM MAU CONTEXTO
29/Novembro/2019

Brasilino Godinho

Na última semana o Presidente da República teve uma iniciativa de longo alcance(…) que não foi assinalada como devia ter sido e cuja importância passou despercebida do grande público. O que é demonstrativo do atraso cultural e intolerável menor índice de literacia existentes na nação portuguesa.

Sua Excelência, com a desenvoltura que lhe é geralmente reconhecida, criou um novo conceito formalizado em duas versões de nítido recorte presidencial marcelista:
- a razoável indeterminação no contexto português, admitida em sentido virtual inconformista e negativista;
- a razoável determinação no contexto português, considerada objectivamente conformista no sentido pretensamente positivo e assaz bastante equivocada quanto ao alcance enquadrável na frágil concepção marcelista do que é a caracterização da actual sociedade portuguesa.

Se me é permitida uma observação pessoal sobre tão transcendente assunto e tomando como referência pragmática a própria afirmação do Presidente Marcelo de que:
a) o aumento de 35% no salário mínimo nacional de € 600 é razoável, no contexto português;
b) a injecção de milhões de euros no NOVO BANCO, ainda este ano, é admitida como razoável, no contexto português;

- eu direi que muito mal vai a nação portuguesa se acolher como aceitável tal conceito redutor e de condescendência para com um abominável estádio social que nos degrada, penaliza e humilha perante o mundo civilizado. E que, igualmente, nos antecipa um horizonte de desventura, desgraça e desesperança, sem remissão a longo prazo.