Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, novembro 30, 2019


Há dois anos

34. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
01 de Dezembro de 2017

NÃO CESSE O QUE A MUSA DE CAMÕES CANTA…
QUE OUTRO VALOR MAIS ALTO NÃO SE ALEVANTA

Camões, exultante, nos Lusíadas, proclamou:
“Cesse tudo o que a musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta.”

Nós, com sentir amargo, a 1 de Dezembro de 2017, parafraseando o grande e imortal épico, prevenimos:
Não cesse o que a antiga musa de Camões canta, que outro valor mais alto não se alevanta. Infelizmente!

No estado de grande enfermidade em que se encontra Portugal faz o melhor sentido evocar a musa de Camões.

Desde logo e atendendo ao simbolismo do feriado do 1.º de Dezembro, comemorativo da Restauração da Independência de Portugal a 1 de Dezembro de 1640, impõe-se aos portugueses tomar consciência de que o país - se então corajosamente se libertou do domínio espanhol – cento e sessenta e um anos depois voltou a estar ocupado. Desta vez, a partir do ano de 1801, na região de Olivença, devido ao desfecho da guerra das laranjas. É que os soldados espanhóis não se limitaram a roubar as laranjas que levaram para a sua pátria. Deixaram a peçonha da ocupação política, do autoritarismo administrativo e da opressão militar.

Abusivamente e com violação do Congresso de Viena de 1815 que obriga a Espanha a devolver a Portugal a plena soberania de Olivença, o Reino de Espanha persiste na ocupação desta região portuguesa.

Atente-se que Portugal (embora parcialmente) continua com soberania limitada e, para os efeitos legais e subvertendo a sua Constituição, é um país ocupado pela Monarquia de Espanha. Talvez por essa razão os governantes persistem em serem subservientes com os governos de Madrid. Agora, também receosos de serem corridos como o foram os nacionalistas da Catalunha? Ou como ameaçava o general Franco que, algumas vezes, pensou em invadir Portugal.

Enquanto for mantida esta situação violadora do Direito Internacional e os governantes portugueses continuarem o exercício cobarde de se acomodarem a ela, têm os portugueses, dignos da sua condição, de sentir a desonra nacional.

Daí a necessidade da musa de Camões se fazer audível e repercutir pelas quebradas do nosso espaço pátrio e a obrigação de se registar com amargura que nenhum outro valor mais alto se alevanta na actual, amarga, conjuntura.