PRESIDENTE MARCELO:
- SALÁRIO MÍNIMO DE 635
EUROS É
“RAZOÁVEL NO CONTEXTO
PORTUGUÊS”
OS DADOS DA DITA “RAZOABILIDADE”:
-
Ponto 1. Em Portugal:
01. Versão oficial: só é
pobre quem auferir mensalmente menos que 468 euros.
02. Salário mínimo nacional =
600 €.
03. Aumento do salário
mínimo: 35 € - o que dá líquidos 31,15 € por mês e
aproximadamente 1 € de aumento diário.
04. Salário mínimo nacional
635 €, em 2020.
- Ponto 2. Se em Portugal as situações de pobreza
estivessem confinadas aos portugueses que pouco sobrevivem com os quantitativos
compreendidos até ao montante de 468 euros, conforme é anunciado pelas
entidades governamentais, então o governo não se dispensaria de proclamar que a
pobreza não estaria tão generalizada como é a impressão geral da população e
como vem sendo apontado nos meios bem informados internacionais, nomeadamente por
diferentes órgãos da União Europeia.
- Ponto 3. Mas acontece que essa não é a dramática
realidade. Os mais de setecentos mil cidadãos que recebem o ordenado mínimo
nacional vivem em condições de pobreza. E milhões de portugueses estão
molestados na sua dignidade e passam inúmeras dificuldades decorrentes dos seus
baixos salários e dos elevados custos dos produtos essenciais à vida quotidiana
– os quais são cobrados por valores semelhantes ou superiores aos praticados
nos países mais ricos da União Europeia.
De assinalar que tal deprimente situação persiste em
contraste com os elevados rendimentos dos membros de duas castas: de políticos
e de poderosos: uns e outros que - numa nação pobre e endividada - escandalosamente,
recebem milionários proventos mensais (vencimentos, subsídios, comissões e
reformas) até muito superiores aos dos seus homólogos europeus e
norte-americanos.
- Ponto 4. Afirme-se vigorosamente:
- Portugal - um país em que tudo é caro ou
caríssimo e milhões de portugueses têm baixíssimos rendimentos ou estão
limitados a receber ordenados insuficientes para usufruírem harmoniosa vida
digna e de regular consistência familiar.
- Uma nação de milhões de pessoas pobres,
confrontada com uma predominante e soberba oligarquia composta de um
relativamente pequeno número de dominadores e oportunistas exploradores da “Quinta
Lusitana” em que abusivamente transformaram Portugal e lhe chamaram um figo…
suculento.
- Um povo que - sendo pobre e analfabeto nas três
ou nalguma das componentes do analfabetismo: primária, funcional, cultural -
não é livre, nem vive sob regime democrático. E que nem sequer lhe é facultada
qualquer hipótese de colher o benefício da aplicação das regras consignadas na
Declaração Universal dos Direitos do Homem; a qual, lhe é desconhecida no seu
articulado.
ESTE É O VERDADEIRO “CONTEXTO PORTUGUÊS”.
TAMBÉM É O “RAZOÁVEL” QUE LHE ESTÁ ADSTRITO.
RAZOÁVEL? O TANAS!!!
- Ponto 5. E pelo andamento da carruagem em que uma coisa e outra se
anicham, é dado adquirido de que os governantes se entretém a contemplá-la de
longe, sem se incomodarem com a certeira perspectiva de que ela, um dia, vai
descarrilar fragosamente no abismo que lhe é apontado pela cegueira dos ordenadores
da fatídica circulação. Esta, iniciada há muitos anos, não está atreita a
correcções de roteiros que possibilitem alcançar horizontes de regeneração e de
aprovisionamento de uma sociedade que configurasse outro melhor estruturado contexto
português e a útil, benéfica, verdadeira, razoabilidade de que agora está
lamentavelmente desprovida a nação portuguesa.
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