UM NOVO CONCEITO
EM MAU CONTEXTO
29/Novembro/2019
Brasilino Godinho
Na última semana o Presidente da
República teve uma iniciativa de longo alcance(…) que não foi assinalada como
devia ter sido e cuja importância passou despercebida do grande público. O que
é demonstrativo do atraso cultural e intolerável menor índice de literacia existentes
na nação portuguesa.
Sua Excelência, com a
desenvoltura que lhe é geralmente reconhecida, criou um novo conceito
formalizado em duas versões de nítido recorte presidencial marcelista:
- a razoável indeterminação no
contexto português, admitida em sentido virtual inconformista e negativista;
- a razoável determinação no
contexto português, considerada objectivamente conformista no sentido pretensamente
positivo e assaz bastante equivocada quanto ao alcance enquadrável na frágil concepção
marcelista do que é a caracterização da actual sociedade portuguesa.
Se me é permitida uma observação
pessoal sobre tão transcendente assunto e tomando como referência pragmática a
própria afirmação do Presidente Marcelo de que:
a) o aumento de 35% no salário
mínimo nacional de € 600 é razoável, no contexto português;
b) a injecção de milhões de euros
no NOVO BANCO, ainda este ano, é admitida como razoável, no contexto português;
- eu direi que muito mal vai a
nação portuguesa se acolher como aceitável tal conceito redutor e de
condescendência para com um abominável estádio social que nos degrada, penaliza
e humilha perante o mundo civilizado. E que, igualmente, nos antecipa um
horizonte de desventura, desgraça e desesperança, sem remissão a longo prazo.
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