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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, outubro 31, 2020

 

NESTE DIA

há 5 anos

Brasilino Godinho

31 de Outubro de 2015  ·

 

MARCELO: EDUCADOR? OU DESEDUCADOR?

 

Hoje, 31 de Outubro de 2015, no jornal i, Pacheco Pereira:

“MARCELO É O GRANDE EDUCADOR DO JORNALISMO POLÍTICO”

 

Eu, Brasilino Godinho, contraponho:

MARCELO É O GRANDE DESEDUCADOR DO JORNALISMO POLÍTICO!

 

Explico-me:

Desde os meus oito anos (1939) que passei a estar de ouvidos atentos às conversas dos adultos, aos rádios e com olhares fixados nos jornais e revistas portuguesas, de diferentes correntes de opinião.

Minhas leituras e audições em cadências, diária e semanal:

Jornais portugueses: Diário de Notícias, Século, Primeiro de Janeiro, Jornal de Notícias, Comércio do Porto, Novidades, República, Diário da Manhã, Diário Popular, Diário de Lisboa, Sol (director: Lelo Portela), O Trabalhador (director: P.e Abel Varzim), Expresso.

Revistas portuguesas: Vida Mundial, Século Ilustrado, Flama – publicações que existiam antes do 25 de Abril de 1974.

Rádios: Emissora Nacional e Rádio Clube Português.

Televisões: RTP e SIC.

Pós a revolução de Abril de 1974 surgiram novos periódicos, rádios e televisões. Aqui não mencionados para não alongar demasiado o texto.

Daí que, por exemplo, e decorrente da minha apetência pelo conhecimento e pelo acompanhamento do dia-a-dia da sociedade portuguesa, tenha seguido à distância, em terra provinciana, o que se ia passando em Lisboa, Estoris e arredores, com o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa desde que ele deu os primeiros passos da sua vida académica, associados ao jornalismo, com a sua colaboração (rubrica GENTE) no semanário Expresso, fundado em 1973.

Mas posso recuar a um tempo em que Marcelo nem sequer tinha nascido. Lembro-me do seu pai, Baltasar Rebelo de Sousa, jovem universitário do curso de Medicina, ter sido dedicado braço-direito de Marcelo Alves Caetano, Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa, durante o período de 1940-1944. Então, entre os dois estabeleceu-se uma grande amizade a tal ponto que Marcelo foi padrinho de casamento de Baltasar. Quando a este nasceu o primeiro filho, foi-lhe dado o nome de Marcelo, significando o grande apreço que havia por parte dos progenitores para com Marcelo Alves Caetano, que até esteve para ser padrinho de baptismo.

Isto escrito para denotar que conheço relativamente bem os trajectos académico, jornalístico, radiofónico e televisivo de Marcelo Rebelo de Sousa, a partir da sua juventude.

Esse específico conhecimento dos percursos de vida e da personalidade multifacetada de Marcelo Rebelo de Sousa, não sendo de ontem ou de algumas escassas e próximas décadas, assenta, sim, num espaço temporal superior a 40 anos e habilita-me a dizer relativamente a Marcelo Rebelo de Sousa o seguinte:

- É uma pessoa inteligente. Inteligência acima da média.

- Tem uma brilhante carreira universitária.

- Possui o dom da palavra, do discurso fluente e, formalmente, bem articulado. Mas não há maneira de acabar com a expressão (dita e repetida até à exaustão): “última da hora”. Também, neste caso de incorrecta fala, se mostra incorrigível…

- É um cidadão de trato afável. Mesmo nos contactos telefónicos e pela Internet que tivemos, foi sempre correcto; não obstante, confrontado com as minhas rigorosas críticas (por sinal, inalteradas) a atitudes de Marcelo Rebelo de Sousa que o Brasilino Godinho considerava serem procedimentos marcelistas de censura a publicações editoriais.

- Como comentador televisivo classifico Marcelo Rebelo de Sousa de manipulador. Por usar um equívoco discurso, muito subtil e elaborado a tal extremo que umas vezes parecendo dar uma no cravo, outra na ferradura e noutras ocasiões sugestionando o espectador de que está sendo isento, habilmente instila o veneno (alaranjado) da ideia que pretende incutir em quem o vê e ouve. Usa com mestria o disfarce e a sugestão da mensagem insidiosa que quer transmitir e radicar no juízo de quem o ouve. Julgo ser, em versão portuguesa, um distinto personagem dúplice de Nicolau Maquiavel e de Charles-Maurice Talleyrand-Périgord.

- Uma faceta da personalidade de Marcelo Rebelo de Sousa é que está continuamente a declarar que é isento – o que é cabal demonstração que não o é. Por que qualquer pessoa que tem consciência de que pratica naturalmente a isenção, não precisa de o dizer. Claro que quem assim não procede está mostrando que, para além de querer dar uma falsa imagem de si próprio, também quer convencer-se a si mesmo de uma inverdade; a qual, por tão repetida, talvez um dia a sua mente inculcará como se fosse uma verdade. Só que um interlocutor perspicaz, não se deixará ludibriar por malabarismos de linguagem.

Porém, convenhamos que a maioria dos portugueses, por carências linguísticas e fragilidades culturais, não se apercebe do logro em que vai caindo ao absorver facilmente, sem esforço de apreciação crítica, a linguagem de Marcelo. E disto, tem plena presciência Marcelo; que abusa do expediente. O que mais avoluma a gravidade e a inconveniência ética da sua postura enquanto comentador televisivo.

Abreviando: um educador de jornalismo político tem, forçosamente, de ser isento e usar um discurso coeso, uniforme, deontológico, ético e transparente.

Concluindo e sem reticências:

MARCELO REBELO DE SOUSA É UM DESEDUCADOR DO JORNALISMO POLÍTICO.

Assim o entendo. E aqui o declaro.

 

Legenda da foto anexa:

Marcelo estupefacto:

Eu, que sou - desde que me conheço como ser emancipado - um criador nato de ficção e de factos políticos, “grande educador do jornalismo político?”

Nunca me apercebi! Tem piada!


 

 

 

UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

31/Outubro/2020

 

EM PORTUGAL TEM SIDO MAL CONDUZIDA

A LUTA CONTRA A PANDEMIA COVID-19

 

01. A pandemia Covid-19 em Portugal veio dar visibilidade e realce a fragilidades da sociedade portuguesa. Algumas bastantes conhecidas. Outras não devidamente apercebidas ou encaradas com sentido realista.

Desde logo, em inúmeros portugueses, a prevalência da deseducação, da irresponsabilidade, da idiotia; esta, em muitos casos, ligada intimamente a estupidez.

Trata-se de uma situação anómala que muito deriva da negligência, desvirtuação e abandono que têm sido dados à Educação das novas gerações que se tem sucedido ao compasso do tempo.

O País bastante tem denegrido e, na actualidade, com a evidência de tal anomalia social ser factor determinante do agravamento da calamidade que está afligindo a nação portuguesa.

As multidões que há dias se concentraram em Portimão e Nazaré e as centenas de pessoas que participam em festas, casamentos e reuniões mostraram que nem possuem básicas noções de civismo e que nelas falecem o sentido de responsabilidade e o respeito que deveriam prestar a si próprias e a todos os seus semelhantes.

É assim configurado um aberrante e enegrecido quadro que augura um tenebroso futuro da nação portuguesa.

Como se isso de dramático e mesmo aterrador, não fosse demasiado penoso, acresce para mais nos inquietar, estarmos confrontados com a preocupante realidade de termos, em Portugal, um Regimento de Infantaria Governamental, disfarçado de governo central, que vem manifestando inoperância e confrangedora incapacidade para actuar com diligência, seriedade, eficácia, no combate à pandemia.

 

02. Com tantas desgraças se acumulando em Portugal existe um sector que está atravessando um período de assinalável prosperidade: o das agências funerárias.

Tudo indica que este sector, sob o impulso do vírus corona, terá largo futuro de enriquecimento; num país que segue rumo de colapso, de empobrecimento e de morticínio geral. 

Outro sector também lucrativo será o do fabrico das máscaras, embora o mercado comece a ficar saturado com tanta concorrência de fabricantes.

Não deixa de ser um caso patético que - num Portugal em que tanta desavergonhada gente andava sempre mascarada para se disfarçar - agora todos portugueses tenham que circular por tudo que é sítio, com máscara sanitária (um artefacto de pano a cobrir-lhes a boca e o nariz) para se defenderem do maldito vírus.

 

03. Esforço e diligência dos portugueses, enquanto o comandante-chefe e os oficiais do Regimento de Infantaria Governamental escandalosamente conservam as fronteiras abertas e facilitam a penetração dos vírus através dos espanhóis que com a maior liberdade e descontracção os espalham em território nacional.

Outrossim, a mesma oficialidade vai dando autorizações avulsas para a realização de eventos a que acorrem centenas ou milhares de pessoas que procedem como se fossem acéfalas. E decreta medidas pontuais e contraditórias, a que faltam uma formulação orientadora, homogénea, objectiva e coerente.

Consequências? Estão à vista! Ontem, especialistas em microbiologia previram que na próxima semana passará a haver, diariamente, mais de 7000 infectados só na região Norte. As camas dos hospitais, nesta zona do país, já estão ocupadas a mais de 90 %.

Em termos de prevenção sanitária a actuação das supremas autoridades responsáveis pela saúde pública tem sido de falência total, desde Fevereiro do ano corrente. Neste específico domínio, nada de substancial e decisivo se promoveu ou foi concretizado com segurança e objectividade.

Uma lástima!

Naquilo que concerne à imprescindível tarefa de contenção da pandemia Covid-19 o balanço igualmente é negativo. Os números estatísticos das vítimas crescem todas as semanas. Por cada 100000 habitantes Portugal tem em percentagem um dos maiores índices da Europa.

Uma tragédia!

 

04. Na ilha açoriana do Corvo e na Nova Zelândia não lhes entrou o coronavírus. Em Macau e Tailândia é diminuto o número de infectados.

Esperar-se-ia que no Regimento de Infantaria Governamental houvesse a preocupação de conhecer os expedientes que nos referidos países foram usados para assegurarem a segurança e protecção das respectivas populações e assim ficarem habilitados a aplicá-los em Portugal. Disso não cuidaram os arregimentados da governação portuguesa. Nem sequer foi manifestado tal propósito. Lamentavelmente!


 

 

sexta-feira, outubro 30, 2020

 

UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

30/Outubro/2020

INFORME DE BRASILINO GODINHO

Há uma semana escrevi que nesta altura os números oficiais de infectados pelo coronavírus se cifrariam nos 5000 por dia. Hoje, ninguém terá dúvidas de que bem ajustada estava a minha previsão.

Perante a sucessão de eventos a que acorrem centenas e milhares de pessoas como aconteceu nos últimos dias em Portimão e na Nazaré e o incumprimento generalizado de básicas práticas de proteção individual, a ocultação da patologia por parte de muitos doentes e a existência de muita gente contagiada sem disso se aperceber, é de admitir que já se ultrapassou largamente os 6000 casos diários de contagiados; os quais vão sendo diariamente agentes promotores da expansão da pandemia.

Com este quadro negro da desgraça que se repercute por todos os sectores da nação e tem continuidade a ritmo avassalador, a situação está configurada como muitíssimo grave.

Infelizmente o governo não tem sabido enfrentar a calamidade. Nem há seguido uma orientação coerente no rumo da erradicação do vírus, que houvesse sido precedida dos maiores e mais adequados, oportunos, cuidados de prevenção.

As supremas autoridades sanitárias não têm estado à altura de um eficaz combate à pandemia. O que se tem traduzido por uma não menor desgraceira nacional.

Aqui mesmo ao lado, vizinha Espanha, a pandemia atingiu enorme gravidade e o governo espanhol já determinou o encerramento de algumas fronteiras regionais. Em Portugal, o governo mantém as fronteiras abertas – o que dá bem a ideia da inoperância dos nossos governantes.

E mais nem é preciso acrescentar para avaliar negativamente a política sanitária do governo nacional.

Que tão nefasta se tem demonstrado ao povo português.