Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, abril 25, 2013

Abrenúncio!

Brasilino Godinho
Por imperativos de consciência, de Ética e de obrigação cívica, retomo - em escrita - por momentos, a palavra.
Igualmente, porque não resisto à necessidade de desabafar...
Depois de, neste 25 de Abril de futura má memória, ver a inexplícita, cavacal, suprema figura do Estado ( a que chegámos) e de ouvir a sua oca, desconexa e enviesada discursata, estou triste e penso numa Nação traída, em desespero...

terça-feira, abril 23, 2013


Informação
De: Brasilino Godinho
Aos meus leitores fiéis,
Aso meus leitores infiéis,
Aos meus leitores ocasionais e indiferentes,
Aos meus leitores indignados ou hostis,
Aos leitores "amigos da onça",
Aos distintos sujeitos mais visados na minha escrita,

Por motivos de força maior e de grande relevância pessoal vou conceder-me um período de abstinência da escrita; o qual, será compreendido entre a presente data e o p. f. mês de Outubro.
Na actual circunstância, contemplo-me na oportunidade de vos desejar um bem passado tempo de férias, temperadas com um clima ameno e a melhor das disposições: anímicas, afectivas e de saúde.
Também, com muitas, boas e... proveitosas leituras.
A propósito e se me é permitida a recomendação, outrossim praticando, sem desfalecimento embaraçoso, a higiene mental. Atente-se que ela é muito necessária e útil nesta conturbada época em que multidões de indígenas, são vítimas indefesas das tremendas destruições e dos imensos estragos, produzidos pela coelhada que, emergindo do famigerado pântano denunciado pela criatura guterreana de obscura memória, ocupa o desprotegido campo lusitano...


segunda-feira, abril 22, 2013


Aí está uma boa notícia...

Brasilino Godinho

A partir da próxima data de posse de um alto cargo governamental por parte de uma prendada senhora açoriana, conhecida militante do PSD, diminuirá umas escassas milésimas a taxa de desemprego em Portugal. É um valor pequenino, mas que incorpora, no chamado sistema, uma mais valia simbólica... Há que festejar o evento.
Porquê? - perguntará o desprevenido cidadão. Porque, tal iniciativa do governo sediado em Lisboa é, inegavelmente, um notável e paradigmático contributo para o bem estar social decorrente e consequencial do sortilégio das aparências de bem cuidar da administração do Estado...
Quem ousa dizer que o governo não está no bom caminho?

Vamos ao facto encorajador:
A Dr.ª Berta Cabral, açoriana de gema, é economista, licenciada em Finanças, pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa, especializada em Gestão Avançada e para Executivos, ex-técnica superior da Junta Nacional dos Produtos Pecuários, tendo desempenhado vários cargos de chefia em administrações de empresas sediadas nos Açores.
Também desempenhou as funções de presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, S. MIguel, Açores e foi candidata derrotada nas últimas eleições para o governo regional açoriano.
Desde então, confinada às tarefas caseiras, estava - a título oficioso - desempregada. Era um desperdício oficial. Uma pena!
Agora, o governo chefiado pela excelentíssima coelhal figura, finalmente desperto para o problema do desemprego, dá um resoluto passo em frente e emprega a Dr.ª Berta Cabral na reservada instituição governamental: secretária de Estado, do Ministério da Defesa.
Assim fica demonstrado que o grande chefe Passos Coelho e seus ajudantes, compreenderam que as profícuas práticas de bem fazer e proteger se exercitam, em primeiro lugar, no seio da família; seja ela, pessoal ou política...
Está bem visto... por quem facilmente se avalia.
Só há uma pequenina coisa que não entendemos. Como é que uma senhora economista que já lidou com assuntos pecuários, de vacas loucas no Continente e de vacas saudáveis, esbeltas e de olhos meigos, nos Açores (aquelas que tanto encantaram o presidente Cavaco... recordam-se?) e que, presumivelmente, nem prestou serviço militar vai, de-repente, daqui a dias, decerto sem precedência de inspecção médica de recrutamento profiláctico, assentar praça no Ministério da Defesa e, de seguida, num repente, conseguir manobrar os complicados mecanismos dos equipamentos militares afectos aos vários serviços ou unidades operativas do bélico ministério, por demais branqueado...
Aliás, este caso faz-nos lembrar aqueloutro do engenheiro ferroviário que caiu sem se aleijar - de pára-quedas(?) ou por descarrilamento(?) de composição em trânsito pelas vias da alfacinha cidade - no requintado gabinete de uma formosa senhora secretária de Estado, das Finanças, ali ao Terreiro do Paço...
Enfim, aqui fica exposto perante a opinião pública, o extraordinário cuidado que a governança tem na selecção e recrutamento de bem qualificada e melhor recomendada gente, ocasionalmente, sem vistoso emprego oficial...

Nota: Esta crónica foi escrita com activo repúdio do novo Acordo Ortográfico.

sábado, abril 20, 2013


Agua mole em pedra dura, tanto dá até que fura...

FINALMENTE!
NÃO ESTAMOS SÓS A PREGAR NO DESERTO...
Uma temerária suposição de Brasilino Godinho

Já perdemos a conta do número de crónicas em que temos chamado a atenção dos portugueses para a política de extermínio que o actual governo vem prosseguindo nos dois anos que leva de exercício. A sensação apercebida é a de que estamos pregando no deserto.
Mas agora, finalmente, uma senhora D. Maria, de sua distinta graça, talvez porque vinda de um espaço sagrado (Belém) e a condizer com seu fácies angélico e voz de querubim pairando em celestiais galáxias, surgiu na televisão a reconhecer as práticas mortíferas que estão à vista de quem esteja com os olhos bem abertos e sem teias de aranha na mioleira...
Uma vez que assim aconteceu, parece (sublinhamos: parece...) que a partir da noite de ontem e de uns momentos de debate televisivo, ficámos prosseguindo no território desértico, sobranceiro à sombria área pantanosa da pasmaceira nacional, desta vez, na suave e animadora companhia de uma criatura feminina que enternece o mais sisudo cidadão - o que para nós é sempre agradável, atendendo à natural tendência para a contínua adoração face ao belo sexo que nos é intrínseca.
Pois, leitores, dêem-se à benéfica ousadia de acreditar no acontecimento. Que a crer na notícia posta a circular na Internet, ocorreu na indicada circunstância e que se impõe ser facto registado e enaltecido: a deputada Maria de Belém pôs a delicada boca no trombone, não se feriu, nem desafinou, com enorme estridência,  o tom; simplesmente, com a candura habitual disse o seguinte:
"O que esta liderança da UE, em cumplicidade com a grande banca especuladora e suas troikas estão a fazer aos cidadãos dos países em dificuldades começa a configurar uma nova forma de extermínio, através do empobrecimento e da anulação dos cuidados de saúde, sobretudo para os mais velhos. Os responsáveis por estas decisões deviam começar a pensar que um dia, no futuro, poderão ter que responder por elas num tribunal penal internacional".
Todavia, quatro elementares coisas escaparam à observação da Dr.ª Maria de Belém:
- A primeira, é que não mencionou os governantes portugueses; os quais, sem qualquer margem para dúvidas, se situam na frente da galeria dos maiores agentes executores do mencionado morticínio. Esta omissão é de extrema gravidade e releva uma deplorável atitude de branqueamento das responsabilidades dos mesmos.
- A segunda, é que a prática criminosa não começa a configurar - já está configurada e muito documentada em decorrência de bastantes casos fatais ocorridos em Portugal. Estamos a referir-mo-nos ao aniquilamento de pessoas e famílias.
A terceira, é que eles, os criminosos, nem são possuidores do pensamentos de receio quanto ao futuro e às hipóteses de julgamentos, porque estão confiantes no poder e influência que ostentam com o maior despudor. Além de que tal tempo nunca chegará, pois que as vítimas já cá não estarão, neste vale de lágrimas, para se vingarem ou para os arrastar aos tribunais ou aos raros pelourinhos que ainda existem dispersos na terra lusa... Tal é a diabólica grandeza da razia programada pelo governo português.
A quarta, é que a Dr.ª Maria de Belém, misericordiosa, reservada quanto baste,  e dispensando-se de presenciar (ou conhecer) as eventuais cenas chocantes ligadas às condenações judiciais, não as antecipa para o tempo presente, antes as remete para imprevistas datas de um futuro mais ou menos distante... Joga pelo seguro - também incluindo o chefe de fila do PS...
E, supremo deslize: mostra-se complacente com os implacáveis agressores que tanto e diversificadamente violentam o Zé-Povinho.
Este, é um paradigmático caso que obriga à anotação de que a Dr.ª Maria Belém continua a ser muito ingénua, algo imprecisa e a corresponder à imagem de piedosa criatura; por sinal, figuração bem impressa na sua risonha fisionomia...
Melhor vista a situação decorrente do seu desempenho televisivo, importa reconhecer que de pouco préstimo nos servirá a antevista companhia da Dr.ª Maria de Belém no combate que urge travar em prol da sobrevivência de inúmeros cidadãos portugueses.
E aqui, igualmente, pela nossa parte, considerando o dever de abdicar da satisfação pelo desfrute da presença feminina ao nosso lado. Obrigação que se sobrepõe por força imperativa de um bem superior; qual seja, o concernente à vida humana.

terça-feira, abril 16, 2013


Aqui exposto,
um importante documento
com profundo significado
e de grande actualidade.
Iniciativa de Brasilino Godinho
A AMIGA DE PINOCHET
Decididamente, tenho cada vez mais dificuldade em publicar textos meus nos jornais, e não será certamente pelo facto de estar a escrever pior do que já escrevi - nem certamente pior do que os artigos escritos com os pés publicados quase todos os dias nos jornais.
Poucas horas depois de saber que Margaret Thatcher tinha morrido, escrevi, ontem, dia 8, o artigo que a seguir reproduzo («NA MORTE DA AMIGA DE PINOCHET») e enviei-o, ainda ontem à tarde à direcção do PÚBLICO solicitando a publicação.
Recebi hoje a resposta (não interessa de quem) do seguinte teor:
«Caro Alfredo Barroso: neste momento, excepcionalmente, tenho compromissos para publicação de artigos extra praticamente todos os dias até terça-feira. Fica tarde de mais…».
Só me resta, assim, enviá-lo aos amigos e conhecidos do costume, que constam das listas (porventura desactualizadas por acção e por omissão) arquivadas no meu computador, e publicá-lo na minha página do «facebook», onde não muito apropriado afixar textos longos. Há certamente directores de jornais que esfregarão as mãos de satisfação ao constatarem que estão a fechar-se todas as portas a este «dissidente» politicamente incorrecto, incómodo e «impertinente». Não sou crente mas apetece-me dizer-lhes: deus os guarde e lhes conceda muitos «frutos» do trabalho tão «dedicado» que estão a fazer… Aqui vai, então, o meu artigo:
NA MORTE DA AMIGA DE PINOCHET
por ALFREDO BARROSO
Morreu Margaret Thatcher, uma das principais responsáveis pela contra-revolução neoliberal que há mais de 30 anos vem devastando os regimes democráticos ocidentais, deformando a economia, tornando as sociedades democráticas cada vez mais desiguais, destruindo a coesão social, impondo o «casino da especulação monetária» e a ditadura dos mercados financeiros globais que hoje mandam em nós.
Morreu, além disso, a amiga de Pinochet, um dos ditadores mais sanguinários e corruptos da América Latina, que permitiu que o Chile se tornasse banco de ensaio das políticas ultraliberais preconizadas pela famigerada «escola de Chicago» e levadas a cabo pelos «Chicago boys», apadrinhados por Milton Friedman e Friederich von Hayek, figuras tutelares do pensamento de Margaret Thatcher, além da mercearia do pai. 
Não faço esta acusação de ânimo leve. São factos conhecidos, designadamente a sua acendrada admiração por Augusto Pinochet, como se projectasse nele aquilo que ela desejaria impor, mas nunca conseguiria, na velha democracia inglesa. Há muitas fotos em que aparecem ambos sorridentes, lado a lado, quer quando o ditador estava no poder, quer quando o detiveram em Londres na sequência do pedido de extradição efectuado pelo juiz espanhol Baltazar Garzon, que o acusou de ser responsável, durante a ditadura, pelo assassínio e desaparecimento de vários cidadãos espanhóis.
Esta mulher a quem chamaram «dama de ferro», como poderiam ter chamado «de zinco» ou «de chumbo», nutria um profundo desprezo pelos grandes intelectuais ingleses do seu tempo, designadamente Aldous Huxley, John Maynard Keynes, Bertrand Russell, Virgínia Woolf e T. S. Eliot, conhecidos como o «círculo de Bloomsbury» (do nome do famoso bairro londrino de editores e livreiros e de boémia intelectual). A frustração dela perante o talento e a inteligência que irradiavam deles, e que ela não conseguia captar, levaram-na a considerá-los «intelectuais estouvados, que conduziram o Reino (Unido) pelos caminhos nada recomendáveis da segunda metade do século XX». Ao diabo as «literatices» da «clique de Bloomsbury», dizia ela. «O meu Bloomsbury foi Grantham» (onde o pai tinha a famosa mercearia) (…) Para compreender a economia de mercado, não há melhor escola do que a mercearia da esquina». Deve ser por isso que as mercearias estão a falir…
Thatcher considerava «a distância entre ricos e pobres perfeitamente legítima» e proclamava «as virtudes da desigualdade social» como motor da economia. A verdade dos números é, no entanto, bastante diferente. Como salienta John Gray, um dos mais importantes pensadores contemporâneos, na Grã-Bretanha da chamada «dama de ferro» os níveis dos impostos e das despesas públicas eram tão ou mais altos, ao fim de 18 anos de governos conservadores, do que quando os trabalhistas deixaram o poder, em 1979. Ao mesmo tempo, nos EUA de Ronald Reagan, co-autor da «contra-revolução neoliberal», o mercado livre e desregulado destruiu a civilização de capitalismo liberal baseada no New Deal de Roosevelt, em que assentou a prosperidade do pós-guerra.
Convém dizer que John Gray, autor de vários livros editados em português, entre os quais Falso Amanhecer (False Dawn), chegou a ser uma das figuras dominantes do pensamento da chamada «Nova Direita», que teve uma grande influência nas políticas que Thatcher pôs em prática. Mas ficou desiludido e alarmado com as terríveis consequências dessas políticas e tornou-se um dos críticos mais lúcidos e implacáveis dos «mercados livres globais», cuja desregulação tem causado os efeitos mais perversos nas sociedades contemporâneas, provocando a desintegração social e o colapso de muitas economias. O capitalismo global parece funcionar, segundo Gray, de acordo com as regras da selecção natural, destruindo e eliminando os que não conseguem adaptar-se e recompensando, quase sempre de maneira desproporcionada, os que se adaptam com sucesso. Estas são, logicamente, as inevitáveis consequências do pensamento de Thatcher, ao pôr em prática «as virtudes da desigualdade social» como motor da economia.
A pesada herança de Margaret Thatcher, tal como a de Ronald Reagan - adoptadas não apenas pela direita ultraliberal, mas também por uma certa esquerda neoliberal (Tony Blair, Gerhard Schröder e alguns discípulos da Europa do Sul, designadamente lusitanos) - é esta crise brutal em que a UE e os EUA estão mergulhados há já cinco anos. E o mais terrível é que é o pensamento dos principais responsáveis por esta crise que continua e prevalecer na maioria dos governos que prometem acabar com ela à custa da austeridade, do empobrecimento dos cidadãos e do confisco dos seus direitos sociais. 
Lisboa, 8 de Abril de 2013


Um apontamento de Brasilino Godinho
Quem diria?
Afinal, o presidente da República tem grandes ideias...
Por agora e, porventura definitivamente, para calar os críticos mal-intencionados(...) que o acusam de não dar uma para a caixa, apresentou aos jornalistas - quando em voo para a Colômbia - duas de melhor qualidade cavacal.
Ei-las:
- A interessante e inovadora ideia de que Durão Barroso teve papel relevante na melhoria da imagem de Portugal, após o famoso chumbo do Tribunal constitucional.
- A fantástica ideia de que há dias houve e ainda haverá (algures, na Parvolândia) uma melhorada imagem de Portugal.
Diremos que justamente por obra e (des)graça de Durão Barroso...
Ideias brilhantes!... A crédito da Excelência!
E - imagine-se ou lamente-se - nós e o mundo lusitano que nem nos apercebemos do brilharete barrosinho e do embaciado brilho (passe a antinomia) da imagem de Portugal. Andámos distraídos... Se calhar, nem somos assim tão perspicazes como, por vezes, nos julgamos. Certo, é que a presidencial figura, na aérea circunstância e no formal (des)entendimento, se houve com inusitada argúcia e superior avaliação... Palmas! O falecido actor Solnado diria: Tem música!
Pois é! Os leitores têm que se render às evidências emanantes da surpreendente figura presidencial... Até porque o País irá mui longe com estes destaques... Talvez, em velocidade de incómodo cruzeiro por mares tenebrosos. E, a breve trecho, terminando a odisseia já submerso na gélida e inóspita região antárctica...
Esta nossa oportuna referência a tão transcendente afirmação do presidente Cavaco, decorre de um despacho da agência LUSA; do qual extraímos o seguinte esclarecedor fragmento:
15 de Abril de 2013, 22:42
Presidente República destaca papel de Barroso na melhoria imagem de Portugal
O Presidente da República destacou hoje o papel do presidente da Comissão Europeia na melhoria da imagem de Portugal na imprensa internacional depois do 'chumbo' do Tribunal Constitucional a algumas normas do Orçamento do Estado para 2013.
(Fim de citação)

segunda-feira, abril 15, 2013

O que, dramaticamente, decorre das "cegueiras"
da alemã Merkel e do português Coelho
Por Brasilino Godinho
Transcrevemos, a partir da Lusa e do Económico, os elementos do mui elucidativo texto do York York Times


New York Times

"Remédio da austeridade está matar o doente europeu"

Económico com Lusa  
15/04/13 11:34
O Conselho Editorial do norte-americano New York Times escreve hoje que a "medicina amarga" da austeridade está a matar o doente, usando o exemplo de Portugal para defender a emissão de títulos de dívida apoiados pela zona euro.
"Há mais de dois anos que os líderes europeus têm imposto um 'cocktail' de austeridade orçamental e de reformas estruturais em países debilitados como Portugal, Espanha e Itália, prometendo que isso será o tónico para curar as maleitas económicas e financeiras, mas todas as provas mostram que estes remédios amargos estão a matar o paciente", escreve o Conselho Editorial do jornal norte-americano New York Times, um dos mais vendidos nos Estados Unidos da América.
O artigo de opinião explica que o principal problema de as medidas de austeridade não estarem já a ter o efeito pretendido - crescimento económico - é, para além do aumento do desemprego, a criação de um descontentamento popular que favorece grupos como o Movimento Cinco Estrelas, em Itália.
"O verdadeiro perigo para a Europa é que movimentos como esse aumentem e que os eleitores e os decisores vejam cada vez menos vantagens em permanecer no euro. Se os países começam a sair da moeda única, isso causaria pânico generalizado no Continente e milhares de milhões de dólares em perdas para os governos, os bancos e os investidores na Alemanha e noutros países ricos europeus, já para não falar no resto do mundo", escreve o jornal, sublinhando que "se os líderes europeus deixaram essas forças políticas ganharem força, toda a gente no Continente, e não apenas os portugueses ou os italianos, ficarão pior".
Numa parte dedicada exclusivamente a Portugal, o jornal escreve que "o Governo de Passos Coelho cortou a despesa e aumentou os impostos, tanto que o défice orçamental caiu cerca de um terço entre 2010 e 2012" e acrescenta que o resultado destas e de outras reformas é que o desemprego subiu para os 18%. Assim, "os economistas dizem que Portugal vai provavelmente ter um défice orçamental, este ano, maior que o acordado [com a 'troika'] (...) porque as políticas nacionais, sem surpresa, causaram uma recessão mais profunda que o previsto".
O artigo defende, por isso, que líderes como a chanceler Angela Merkel parem de insistir na austeridade e "ajudem a aumentar a procura, por exemplo, permitindo que os países mais frágeis possam emitir dívida pública apoiada pela zona euro", o que, no entender deste Conselho Editorial composto por editores e antigos directores, e que responde directamente ao presidente do grupo detentor do New York Times, ajudaria os países a sair da "espiral recessiva".
"Os decisores políticos em Portugal e em Itália teriam a vida facilitada na defesa da necessidade de reformas se não tivessem de, ao mesmo tempo, cortar programas e apoios sociais", diz o texto, que argumenta que "um crescimento económico mais rápido e um desemprego mais baixo criariam os recursos que podiam ser usados, mais tarde, para cortar a dúvida e reduzir o défice".
(Nota: Algumas alterações gráficas foram introduzidas por Brasilino Godinho)

"Alemanha tem que decidir se quer sair do euro",

diz George Soros

Trigésimo homem mais rico do mundo critica a gestão alemã da crise das dívidas soberanas e diz que é a altura do país decidir se quer ou não sair do euro.
Liliana Coelho
12:54 Segunda, 15 de Abril de 2013 Última atualização há 23 minutos
EPA/Alejandro Garcia George Soros acredita que só é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando a política


O multimilionário e investidor George Soros, numa entrevista publicada hoje pelo jornal "El País", tece duras críticas ao papel da Alemanha na gestão das crises europeias e defende a necessidade de se recuperar o espírito de cooperação e solidariedade entre os países-membros da União.
"A Alemanha deve decidir se quer refazer a Europa da forma em que originalmente estava destinada a ser, que pressupõe aceitar as responsabilidades necessárias para avançar nessa direção, ou deve considerar sair do euro e deixar o resto dos países que acreditam nos eurobonds e podem combater a crise", diz George Soros ao "El País".  
Segundo o investidor, que está na 30ª posição do ranking dos bilionários da revista "Forbes", só é possível parar a espiral recessiva na União Europeia alterando as políticas.
"A política atual leva a uma dinâmica que consiste em sofrer uma crise atrás da outra, porque só quando o quadro se torna muito feio os países credores liderados  pela Alemanha extendem apoio aos devedores", acrescenta Soros, sublinhando que essa política não funciona porque peca por ser demasiado tardia.

Saída não significaria fim do euro



Questionado sobre se a saída da Alemanha da zona euro significaria o fim da moeda única, George Soros diz claramente que não, apontando para o papel importante do Banco Central Europeu. Na visão do investidor, os  países devedores teriam necessariamente de seguir uma política comum para manter o euro, caso contrário pagariam um "preço terrível."
George Soros diz também acreditar que se a Alemanha saísse do euro, os países devedores de transformariam em economias competitivas e as suas dívidas diminuiriam fortemente face à desvalorização da moeda única. O principal prejudicado seria o próprio país, defende.
"O preço do ajuste recairia sobre a Alemanha, que teria que lidar com dificuldades, porque de repente os seus mercados seriam inundados por importações do resto da Europa", explica Soros. 

Alemanha deve aceitar eurobonds



O investidor húngaro-americano volta ainda a defender a necessidade de converter a dívida existente em eurobonds para se sair da crise, frisando que cabe à Alemanha mudar de direção e aceitar os eurobonds o mais breve possível, a fim de evitar que a situação se deteriore ainda mais. 
Neste sentido, George Soros defende a necessidade de se recuperar o espírito de "cooperação" na União Europeia, entre países credores e devedores, salvaguardando o futuro.
"A crise do euro transformou a União Europeia numa associação voluntária entre Estados iguais numa relação entre credor e devedor. E em situação de crise, os credores ditam o fim da relação, que leva a que os devedores fiquem sempre numa pior situação. E isso condena a União Europeia a um futuro muito sombrio", remata.
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domingo, abril 14, 2013


"Nesta casa desgovernada,
vivem pessoas de carne e osso"...
Palavras do Bispo de Vila Real (Entrevista ao JN - edição de 14/4/13)

Porém, nela e neste período de trevas conotadas com o (des)governo alaranjado, as pessoas vão ficando aliviadas(...) sem as carnes; e, enquanto não morrem, quedam-se famintas, resignadas, agradecidas à suprema coelhal figura da (des)governação nacional... Também, postas em excelente silêncio, beneficiando da fascinante e acalentadora oportunidade de se tornarem demasiado contemplativas dos próprios ossos esqueléticos...
(Comentário, simplesmente, inofensivo e oportuno(...) de Brasilino Godinho)



Bispo ingénuo? Ou excessivamente complacente?
Brasilino Godinho

A entrevista de D. Amândio Tomás é interessante e - embora focando a grave situação da maioria da população portuguesa – representa-se algo rebuscada em português suave. Ao que se intui, com vista a não ferir susceptibilidades dos governantes mais responsáveis pelas condições dramáticas que tanto atingem o dia-a-dia dos cidadãos portugueses.
Todavia, nas declarações do Bispo de Vila Real sobressaem dois erros de apreciação.
O primeiro erro, quando diz que "O interior do nosso país é um interior de velhos". Se ainda o é, nem tarda o dia em que não o será. Isto porque os velhos e pobres constituem duas espécies em vias de extinção. Há que ter em atenção que o juvenil Passos Coelho e seus rapazes tudo fazem, relativamente a tais indefesos cidadãos, para conseguir, a breve prazo, o seu extermínio. As condições propiciadoras para esse objectivo final vão sendo criadas a acelerado ritmo e com o almejado êxito; o qual, é devido à utilização de sofisticados métodos de actuação, que hemos denunciado várias vezes.
O segundo erro ocorre quando formula a súplica: "Peço a Passos Coelho para se lembrar dos pobres".
Desta expressão diriam os brasileiros que "É chover no molhado"...
O grande chefe Coelho, incrustado em corpo franzino e de alma insensível, aparentando desconhecer os preceitos e as práticas da higiene mental, nem precisa de ser lembrado dos pobres. É coisa que não lhe sai da distinta cabeça, desde a primeira hora da tomada de posse do cargo de presidente do Conselho de Ministros. A famigerada criatura governamental vem insistentemente proclamando que os portugueses têm de empobrecer, "custe o que custar" (para os concidadãos mais carenciados isso há-de acontecer, que não para ele, Coelho & Comp.ª L.ª). Aliás, como se vem comprovando através das medidas avulsas com que, sem pejo, vai contemplando os indígenas. Nisso tem revelado invulgar pertinácia e grande sanha persecutória que é desenvolvida por acinte - o que é altamente condenável. Neste particular domínio, nunca se notou em Passos Coelho qualquer esmorecimento no empenho e no ardor destrutivo.
O pior que, nas actuais circunstâncias, poderia acontecer era alguém fazer um pedido como aquele do bispo de Vila Real, que aqui é focado.
Apesar dos riscos de se suscitarem dúbias interpretações em mentes pouco esclarecidas, certamente que melhor seria que Passos Coelho não se lembrasse dos pobres... Sobrar-lhe-ia tempo e disposição para se distrair e, com alcance benfazejo, se alhear do obscuro propósito de maltratar pobres, idosos e funcionários públicos - o qual, é um desígnio que tanto o entusiasma, o motiva e, paradigmaticamente, o realiza como canhestro político e impreparado governante. A dar-se essa distracção, Passos Coelho ficaria mais liberto de espírito para se ocupar das manobras de bastidores existentes na casa governamental e das viagens e contactos que vai fazendo com a habitual cadência e operacionalidade eleitoralista. Assim, se esquecia dos pobres e outros cidadãos afins; daí resultando que lhes deixava tempos, modos e espaços livres de aflições, de pesadelos e de maus tratos.
Portanto, do pedido do Bispo de Vila Real endereçado a Passos Coelho se poderá dizer que "De boas intenções está o Inferno cheio". Eventualmente, até daquelas que têm origens episcopais...

sábado, abril 13, 2013

O quarteto maligno:
Angela Merkel, Wolfgang Shauble, Durão Barroso e Passos Coelho, estão a levar a Europa e Portugal para a ruína.
Entretanto, o Mundo quer super-Banco Central Europeu.
George Soros, o famoso investidor, propõe que a Alemanha saia do euro. De facto, até será uma boa ideia. O estado alemão, através da dupla Merkel e Shauble, é o fautor maior da desgraça que atinge a Europa; dado que lhe são concedidas, com a maior subserviência e docilidade, todas as margens de manobra para impor os seus interesses e ditar as extraordinárias políticas redutoras (sobretudo, as das - continuamente - acrescidas austeridades) da União Europeia.
Neste quadro sombrio, Barroso e Coelho, assemelham-se a mansos cordeiros propensos à degola pascal, sem deixarem de ser fanáticos discípulos e afilhados da senhora Merkel; ou seja: peões de um xadrez alemão que jogam, arrogantemente, de forma pusilânime, com os dramáticos resultados conhecidos que tanto atormentam portugueses e europeus.
Brasilino Godinho

Porque em consonância com o exposto, transcrevemos do sítio do SOL, com a devida vénia:
Mundo quer super BCE
13 de Abril, 2013 por Luís Gonçalves

UA, Espanha, França, FMI e até George Soros apelaram esta sena à Europa para abrandar a austeridade e usar o BCE como fonte de dinheiro da economia para estimular o crescimento. Alemães disseram «nein» e Bruxelas exigiu mais sacrifícios aos Estados-membro.
Depois de se assumir como ‘o bombeiro’ da crise do euro, nos últimos três anos, alguns dos principais líderes europeus e mundiais acreditam que é no Banco Central Europeu (BCE) que está a única salvação da moeda única.

De mero guardião da inflação, a instituição de Frankfurt passou a ser um dos órgãos mais poderosos do euro: já emprestou dinheiro ilimitado à banca salvando o sector da bancarrota, evitou novos resgates com a compra de dívida pública e uma simples frase do seu presidente, Mario Draghi, em meados do ano passado, foi suficiente para evitar o colapso da Zona Euro e cortar os juros dos países periféricos para metade.

Com três anos de crise, dois de recessão, um desemprego galopante e a falência do modelo da austeridade pela austeridade na região, o apelo agora é para que o BCE siga os restantes bancos centrais mundiais – como os dos EUA, Japão ou Reino Unido – e adopte medidas drásticas. Ou seja, mudar os estatutos da instituição europeia para que possa imprimir dinheiro, inundando a economia com dinheiro barato, e assim estimular o investimento e o crescimento da economia.
luis.goncalves@sol.pt

EUA enviam peso pesado
Os apelos para um BCE com um papel mais interventivo e como motor de uma política económica na Zona Euro assente mais no crescimento e com menor dose de austeridade foram, esta semana, sublinhados de forma explícita por vários líderes. Dentro da Europa, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi o mais directo: exigiu uma injecção de liquidez do BCE na economia e que Bruxelas use todos «os instrumentos disponíveis». Já François Hollande, presidente francês, não usou directamente o nome do BCE, mas pediu menos austeridade e novos estímulos à economia.

Mas as pressões para um volte-face na austeridade estão a sentir-se além-fronteiras. O presidente norte-americano, Barack Obama, enviou ao Velho Continente, também esta semana, o seu secretário de Estado do Tesouro, Jacob J. Lew, para pressionar os líderes europeus a travar a austeridade e usar o BCE para estimular o crescimento na Zona Euro – região que é a principal parceira comercial dos norte-americanos.

Lew esteve em Paris, Berlim, Frankfurt e Bruxelas e tentou demonstrar que os EUA estão a recuperar da crise mais depressa do que a Europa, através de injecções de dinheiro da Reserva Federal norte-americana (FED) e apoios ao consumo privado. George Soros, o investidor mais famoso do Mundo, foi mais longe. Pediu a saída da Alemanha do euro, o lançamento dos eurobonds e salientou que a austeridade não funciona com todos os países a fazer o mesmo. Mais discreta, Christine Lagarde, directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), pediu que a Europa se centre no crescimento e emprego, alertando para as tensões sociais nos países resgatados.

Europa dá nega

Os dois principais centros de decisão na Europa, a Alemanha e a Comissão Europeia, reagiram, porém, com um rotundo e directo não a estes apelos. O ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, respondeu aos EUA dizendo que não haverá mexidas no BCE e que a austeridade e o crescimento se fazem ao mesmo tempo. Já Bruxelas, num documento preparatório para o Eurogrupo de hoje em Dublin, negou qualquer alívio nas restrições orçamentais e pediu mesmo medidas extras de austeridade a França, Itália e Espanha e a sete outros estados-membro.

Sozinho entre os seus pares

De facto, o BCE é o único banco central das economias desenvolvidas que não usou a injecção directa de dinheiro na economia como forma de travar a recessão. Frankfurt injectou um bilião de euros na banca, mas as verbas foram sobretudo usadas para recapitalização das instituições financeiras e não para dar crédito à economia, como é necessário.

Por seu lado, os EUA (país em que os estados federados se ajudam entre si) já asseguraram que vão dar dinheiro sem limite até a taxa de desemprego descer abaixo de 6,5% – está hoje nos 8%. Já o Japão quis ir mais longe e anunciou esta semana a maior intervenção do seu banco central de sempre – injectar 54 mil milhões de euros por mês na economia, durante dois anos, num total de um bilião de euros.

A realidade é que a Europa está a perder terreno face aos seus principais concorrentes directos. A Zona Euro terá em 2013 o segundo ano consecutivo de recessão – inédito na sua história – com mais de metade dos estados-membro estagnados ou em contracção. O desemprego está num máximo histórico (12%) e existe o risco de a região fechar o ano com seis dos seus 17 países resgatados (Se a Eslovénia cair). Enquanto isso, EUA, Japão e até o Reino Unido vão continuar a crescer em 2013 e 2014.


Bem-vindos à luta
por um Portugal desparasitado e reabilitado


Saudemos três mosqueteiros do PSD!
Eles cavalgam a onda da rejeição
do governo coelhal:
- 01. A Manuela Ferreira Leite, ex-papisa oficiante das liturgias alaranjadas.
- 02. O António Capucho, ex-secretário da Irmandade Cavaquista, que eclodiu da "linha"... (de Cascais).
- 03. O Pacheco Pereira, conhecido triúnviro da rotineira circular quadratura da SIC.
Brasilino Godinho
Transcrevemos com a devida vénia a quem de direito das respectivas autorias e com origem nos "despachos" transmitidos via Internet. De referir, que introduzimos subtítulos, tipos de impressão e manchas coloridas.
Manuela Ferreira Leite, desperta, sem papas na língua...
A antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, critica as novas medidas de austeridade e desafia os deputados da maioria a travarem o Orçamento do Estado para o próximo ano. Acusa o Governo de insistir numa receita que já provou estar errada e que ameaça "destroçar" o país.

"Brutalidade de medidas"
A antiga responsável pelas pastas da Educação e das Finanças lança duras críticas às novas medidas de austeridade, que atingem trabalhadores dos sectores público e privado, bem como os pensionistas.
“Esta brutalidade de medidas que foram anunciadas para o Orçamento de 2013, e se calhar ainda não sabemos tudo, para passar de um défice de 5% para 4,5%. Eu pergunto como é que se passa de 4,5% para 2.5%? É com o dobro ou triplo das medidas que foram tomadas agora? Chegamos a que país? O que é que resta?", questiona.
António Capucho, dá forte no cravo, algo na ferradura e pouco na cavalgadura...
Falando aos jornalistas no final da cerimónia de apresentação do relatório 2011 sobre a monitorização da qualidade de vida urbana, no Porto, Capucho disse que “a urgência [de uma remodelação governativa] é enorme” “Eu defendo a remodelação [do Governo] há um ano”.
Para António Capucho, o despacho do ministro das Finanças, que proíbe novas despesas, “não tem ponta por onde se lhe pegue” e “é sintoma de um governo que já está sem norte e faz disparates desta natureza”.

Pacheco Pereira, chateado, desiludido, incisivo,

defende a demissão urgente do Governo.

Fracasso da política económica associada a um sentimento de vingança daqueles "que lhes criam obstáculos", levam o social-democrata e comentador político a pedir a demissão do Governo.
Carlos Abreu
8:45 Quarta feira, 10 de abril de 2013
Pacheco Pereira: "O desastre da política económica deste Governo já existia antes da decisão do Tribunal Constitucional"
O desastre da política económica deste Governo associada ao sentimento de vingança em relação a todos aqueles que lhes criam obstáculos, são motivos mais do que suficientes para demitir o Governo, defendeu ontem à noite na SIC Notícias José Pacheco Pereira.
"Este Governo está-se a tornar vingativo e não é de agora. À medida que vai tendo cada vez mais dificuldades em cumprir aquilo que deseja, vinga-se em todos aqueles que lhes criam obstáculos", disse o social-democrata e comentador no programa "Quadratura do Círculo".
"O desastre da política económica deste Governo já existia antes da decisão do Tribunal Constitucional", sublinhou.
Para Pacheco Pereira "o conjunto destas coisas justificaria a demissão do Governo ou a dissolução da Assembleia".
"Acho que estamos a atingir um nível de perigosidade para as instituições, para aquilo que é a atuação do Governo em função dos interesses nacionais", acrescentou o antigo deputado do PSD.


Em Setembro do ano transacto escrevemos a crónica que ora republicamos; para bem se ajuizar que a fotografia do País, sendo hoje idêntica, está mais sombria e carregada com tons muito negros... É a chamada evolução na continuidade... da maligna desgovernação.


Ao compasso do tempo…

Inaceitável! Indecente! Indecoroso!Trágico!
Brasilino Godinho

01. Povo em doloroso transe
O povo de Portugal, na parte maioritária mais genuína e (nas perversas condições actuais), excessivamente sofredora e explorada, está farto dos espectáculos bacocos e das linguagens estultas da maior parte dos políticos que ocupam a praça pública. E não só do circo grotesco, da paródia sensaborona e do palavreado descabido. Também, da corrupção que, qual erva daninha, cresce desmesuradamente. Igualmente, do compadrio e do tráfico de influências e participação de interesses que subvertem a coesão social e são formas de domínio por parte de poderes que manobram nos sombrios túneis por onde prolifera a impunidade e a audácia de gente sem vergonha e nenhuns escrúpulos.
Mas, pior para o cidadão português é sentir a toda a hora a traiçoeira e repugnante agressão gratuita à sua integridade moral e (ou) física; o ataque à dignidade da pessoa; o contínuo empobrecimento; a falta de liberdade; a censura e a repressão dos que protestam; a tentada e persistente manipulação das consciências; a privação dos meios de subsistência; e a impossibilidade de tantos carenciados pagarem os tratamentos médicos. E, ainda, no caso dos reformados, ter ocorrido o incrível esbulho das suas pensões de que o Estado era fiel depositário (agora o Governo, travestido de Estado omnipotente e ditatorial, mostra-se infiel e desprezível apropriador).
Por todas estas razões de suma importância o Povo está, actualmente, desiludido, inquieto e revoltado. Em primeiro lugar, deu-se conta de que Portugal - ora possuído por uma casta de oportunistas, de impreparados e de desavergonhados actores de baixa política, destituídos quer de sensibilidade e competência, quer de algum vago resquício de interesse pelo Bem Comum - está prosseguindo uma via de extinção como Nação independente e de ruína colectiva. Em segundo lugar, tomou consciência da sua condição de explorado, de vítima e de que está indefeso, desprotegido, vilipendiado, à mercê de todas as violências e arbitrariedades dos detentores e lacaios do Poder.
E assim compenetrado da situação em que está envolvido, houve por bem traduzir seu estado de espírito no p.p. dia 15 de Setembro ao descer às ruas para manifestar, inequivocamente, que repudia e despreza todos esses fautores da sua desgraça. Mais, não confia nessa gente. Outrossim, veio protestar com veemência contra as políticas de destruição dos tecidos social, industrial e comercial que vêm sendo prosseguidas pelo desgoverno nacional.

02. Inaceitável! Indecente! Indecoroso! Trágico!
Quer o modo de dizer, o jeito de estar e o expediente de fazer, dos políticos e governantes que, abusivamente, nos atormentam.
Tudo isto, de composição aberrante e de aspecto, forma e sentido, nitidamente ofensivos para o genuíno ser português, se consubstancia na hipocrisia e no cinismo vigentes na sociedade.
E desde logo é, precisamente, na expressão “o governo está a pedir sacrifícios aos portugueses”, muito usada pelos governantes, políticos, comentadores, jornalistas e locutores de rádio e televisão, que está implícita a desfaçatez de quem, assim levianamente e pela rama, trata as questões de maior importância. Também, realçada a impropriedade semântica. Igualmente denunciada a inconformidade objectiva do seu intrínseco conteúdo.
Pois que a gritante verdade é que o Governo não pede coisa nenhuma. Nem exige. Se pedisse, sujeitava-se a uma recusa. Se exigisse, haveria sempre um qualquer expediente a que recorrer para ignorar, iludir ou contornar a exigência.
O que o Governo faz é impor! Com arrogância, rigor e severidade! Pior, ainda, com o maior autoritarismo e descaro. E “Custe o que custar”, conforme proclama sem quaisquer sentidos de justiça e de solidariedade para com os cidadãos mais desfavorecidos. O que é factor não despiciendo, visto que aos governantes, políticos e poderosos o “custar” não lhes afecta minimamente; ou seja: nem, sequer, a ponta de um chavelho.
Concluindo: tudo o que está acontecendo em Portugal, nos domínios da desgovernação, é:
INACEITÁVEL! INDECENTE! INDECOROSO! TRÁGICO!

Fim

quarta-feira, abril 10, 2013

Mosaico n.º 06
Elaborado por Brasilino Godinho




"GOVERNO GREGO
BAIXA SALÁRIOS
DOS MINISTROS
EM 30 POR CENTO". (Informe via Internet)


OUTROS GOVERNOS, PARLAMENTOS,
PRESIDENTES EUROPEUS E AMERICANOS,
FAZEM ALGO SEMELHANTE.




E O QUE FAZEM O GOVERNO
E MINISTROS PORTUGUESES?
ENQUANTO CORTAM
SALÁRIOS, SUBSÍSDIOS E REFORMAS,
AOS FUNCIONÁRIOS E PENSIONISTAS,
CONSERVAM OS SEUS VENCIMENTOS
E AS MAIS ESCANDALOSAS MORDOMIAS.
OS GOVERNANTES PORTUGUESES ESBANJAM
EM PROVEITO PRÓPRIO
E A MILHÕES DE CIDADÃOS
ATÉ OS PRIVAM DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA.
UMA MALFEITORIA INQUALIFICÁVEL



O PAÍS ESTÁ NA BANCARROTA.
AÍ TEMOS OS SALÁRIOS DE MISÉRIA,
VERSUS RENDIMENTOS MILIONÁRIOS
(COMO OS MUITOS MILHÕES DE EUROS
DE PROVENTOS ANUAIS
ATRIBUÍDOS AO PRESIDENTE DA EDP).

NO QUADRO EUROPEU,
PORTUGAL É UM PAÍS ONDE É MAIOR
O FOSSO ENTRE PROVENTOS DOS RICOS
E AS ENORMES CARÊNCIAS DOS POBRES.

TAL E QUAL COMO NUMA REPÚBLICA
DAS BANANAS E DE INÚMEROS BANANAS.


Krugman Nobel da Economia
arrasa sucesso da austeridade em Portugal
O economista e prémio Nobel Paul Krugman atribui a descida dos juros da dívida portuguesa à intervenção do Banco Central Europeu (BCE) e não ao sucesso da política de austeridade em curso no país.


DR
ECONOMIA
13:00 - 09 de Abril de 2013 | Por Lusa
“Esta descida dos juros não tem nada a ver com a austeridade”, sustenta Krugman no seu blogue no New York Times, atribuindo-a, antes, à intervenção do BCE na compra de dívida soberana dos países em dificuldades, nomeadamente Portugal.
Neste contexto, o economista critica a Comissão Europeia – que, na segunda-feira, elogiou a determinação do Governo português em prosseguir a política de austeridade apesar do ‘chumbo’ do Tribunal de Constitucional a algumas das medidas impostas – quando esta reclama para si e para a sua política os créditos desta descida dos juros das dívidas soberanas e alega que um abrandamento da austeridade levará a nova escalada.
Para Paul Krugman, esta posição da Comissão resulta do facto de a descida dos juros da dívida ser “o único resultado positivo que tem para apresentar após três anos de austeridade”.
Segundo sustenta o prémio Nobel da Economia, o “risco moral” inicialmente apontado pelos defensores da austeridade relativamente à intervenção do BCE na compra de dívida soberana – por considerarem que esta “ajuda” poderia levar os países em dificuldades a “relaxarem no aperto do cinto” – acabou por se concretizar, mas relativamente aos próprios apoiantes da austeridade.
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“Realmente a intervenção do BCE “ajudou” algumas pessoas, levando-as a prosseguir as suas más políticas. Mas essas pessoas não são os governos endividados, são os próprios membros da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e BCE), que usam o argumento da descida dos juros da dívida para alegarem que a austeridade está a resultar”, afirma Krugman.
No domingo, também no seu blogue no New York Times, Paul Krugman, que tem repetidamente criticado a estratégia europeia de resposta à crise na zona euro, instou os portugueses a “dizer não” a novas medidas de austeridade.
‘Just Say Não’, ironizou então o prémio Nobel da Economia, notando que a instabilidade se intensifica em Portugal, agora que o Governo de Pedro Passos Coelho anunciou a intenção de avançar com cortes na educação, saúde, Segurança Social e empresas públicas para responder ao 'chumbo' do Tribunal Constitucional de quatro normas orçamentais que representam um 'buraco' de 1.300 milhões de euros.


segunda-feira, abril 08, 2013


PALAVRAS SÁBIAS DITAS

POR QUEM SABE DA MATÉRIA

Observação de Brasilino Godinho

Digam 'não' a mais austeridade, recomenda Paul Krugman

Nobel da Economia aconselha portugueses a dizerem "não" a novas medidas de austeridade que o Governo venha a apresentar.
15:58 Segunda, 8 de Abril de 2013
"Digam apenas que não" (Just Say No). Assim deveriam responder os portugueses às novas medidas de austeridade que o Governo venha a apresentar, na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional, defendeu ontem o prémio Nobel da Economia, Paul Krugman.
Num post telegráfico publicado este domingo no seu blogue no "The New York Times", Krugman escreve: "o dedo da instabilidade chegou agora a Portugal, com o Governo, claro está, a propor a cura com mais austeridade".
Muito crítico das políticas de austeridade na Europa, Krugman promete voltar ao tema a que chamou "a próxima fase da crise europeia".