Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, abril 20, 2013


Agua mole em pedra dura, tanto dá até que fura...

FINALMENTE!
NÃO ESTAMOS SÓS A PREGAR NO DESERTO...
Uma temerária suposição de Brasilino Godinho

Já perdemos a conta do número de crónicas em que temos chamado a atenção dos portugueses para a política de extermínio que o actual governo vem prosseguindo nos dois anos que leva de exercício. A sensação apercebida é a de que estamos pregando no deserto.
Mas agora, finalmente, uma senhora D. Maria, de sua distinta graça, talvez porque vinda de um espaço sagrado (Belém) e a condizer com seu fácies angélico e voz de querubim pairando em celestiais galáxias, surgiu na televisão a reconhecer as práticas mortíferas que estão à vista de quem esteja com os olhos bem abertos e sem teias de aranha na mioleira...
Uma vez que assim aconteceu, parece (sublinhamos: parece...) que a partir da noite de ontem e de uns momentos de debate televisivo, ficámos prosseguindo no território desértico, sobranceiro à sombria área pantanosa da pasmaceira nacional, desta vez, na suave e animadora companhia de uma criatura feminina que enternece o mais sisudo cidadão - o que para nós é sempre agradável, atendendo à natural tendência para a contínua adoração face ao belo sexo que nos é intrínseca.
Pois, leitores, dêem-se à benéfica ousadia de acreditar no acontecimento. Que a crer na notícia posta a circular na Internet, ocorreu na indicada circunstância e que se impõe ser facto registado e enaltecido: a deputada Maria de Belém pôs a delicada boca no trombone, não se feriu, nem desafinou, com enorme estridência,  o tom; simplesmente, com a candura habitual disse o seguinte:
"O que esta liderança da UE, em cumplicidade com a grande banca especuladora e suas troikas estão a fazer aos cidadãos dos países em dificuldades começa a configurar uma nova forma de extermínio, através do empobrecimento e da anulação dos cuidados de saúde, sobretudo para os mais velhos. Os responsáveis por estas decisões deviam começar a pensar que um dia, no futuro, poderão ter que responder por elas num tribunal penal internacional".
Todavia, quatro elementares coisas escaparam à observação da Dr.ª Maria de Belém:
- A primeira, é que não mencionou os governantes portugueses; os quais, sem qualquer margem para dúvidas, se situam na frente da galeria dos maiores agentes executores do mencionado morticínio. Esta omissão é de extrema gravidade e releva uma deplorável atitude de branqueamento das responsabilidades dos mesmos.
- A segunda, é que a prática criminosa não começa a configurar - já está configurada e muito documentada em decorrência de bastantes casos fatais ocorridos em Portugal. Estamos a referir-mo-nos ao aniquilamento de pessoas e famílias.
A terceira, é que eles, os criminosos, nem são possuidores do pensamentos de receio quanto ao futuro e às hipóteses de julgamentos, porque estão confiantes no poder e influência que ostentam com o maior despudor. Além de que tal tempo nunca chegará, pois que as vítimas já cá não estarão, neste vale de lágrimas, para se vingarem ou para os arrastar aos tribunais ou aos raros pelourinhos que ainda existem dispersos na terra lusa... Tal é a diabólica grandeza da razia programada pelo governo português.
A quarta, é que a Dr.ª Maria de Belém, misericordiosa, reservada quanto baste,  e dispensando-se de presenciar (ou conhecer) as eventuais cenas chocantes ligadas às condenações judiciais, não as antecipa para o tempo presente, antes as remete para imprevistas datas de um futuro mais ou menos distante... Joga pelo seguro - também incluindo o chefe de fila do PS...
E, supremo deslize: mostra-se complacente com os implacáveis agressores que tanto e diversificadamente violentam o Zé-Povinho.
Este, é um paradigmático caso que obriga à anotação de que a Dr.ª Maria Belém continua a ser muito ingénua, algo imprecisa e a corresponder à imagem de piedosa criatura; por sinal, figuração bem impressa na sua risonha fisionomia...
Melhor vista a situação decorrente do seu desempenho televisivo, importa reconhecer que de pouco préstimo nos servirá a antevista companhia da Dr.ª Maria de Belém no combate que urge travar em prol da sobrevivência de inúmeros cidadãos portugueses.
E aqui, igualmente, pela nossa parte, considerando o dever de abdicar da satisfação pelo desfrute da presença feminina ao nosso lado. Obrigação que se sobrepõe por força imperativa de um bem superior; qual seja, o concernente à vida humana.