Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, abril 22, 2013


Aí está uma boa notícia...

Brasilino Godinho

A partir da próxima data de posse de um alto cargo governamental por parte de uma prendada senhora açoriana, conhecida militante do PSD, diminuirá umas escassas milésimas a taxa de desemprego em Portugal. É um valor pequenino, mas que incorpora, no chamado sistema, uma mais valia simbólica... Há que festejar o evento.
Porquê? - perguntará o desprevenido cidadão. Porque, tal iniciativa do governo sediado em Lisboa é, inegavelmente, um notável e paradigmático contributo para o bem estar social decorrente e consequencial do sortilégio das aparências de bem cuidar da administração do Estado...
Quem ousa dizer que o governo não está no bom caminho?

Vamos ao facto encorajador:
A Dr.ª Berta Cabral, açoriana de gema, é economista, licenciada em Finanças, pelo Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa, especializada em Gestão Avançada e para Executivos, ex-técnica superior da Junta Nacional dos Produtos Pecuários, tendo desempenhado vários cargos de chefia em administrações de empresas sediadas nos Açores.
Também desempenhou as funções de presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, S. MIguel, Açores e foi candidata derrotada nas últimas eleições para o governo regional açoriano.
Desde então, confinada às tarefas caseiras, estava - a título oficioso - desempregada. Era um desperdício oficial. Uma pena!
Agora, o governo chefiado pela excelentíssima coelhal figura, finalmente desperto para o problema do desemprego, dá um resoluto passo em frente e emprega a Dr.ª Berta Cabral na reservada instituição governamental: secretária de Estado, do Ministério da Defesa.
Assim fica demonstrado que o grande chefe Passos Coelho e seus ajudantes, compreenderam que as profícuas práticas de bem fazer e proteger se exercitam, em primeiro lugar, no seio da família; seja ela, pessoal ou política...
Está bem visto... por quem facilmente se avalia.
Só há uma pequenina coisa que não entendemos. Como é que uma senhora economista que já lidou com assuntos pecuários, de vacas loucas no Continente e de vacas saudáveis, esbeltas e de olhos meigos, nos Açores (aquelas que tanto encantaram o presidente Cavaco... recordam-se?) e que, presumivelmente, nem prestou serviço militar vai, de-repente, daqui a dias, decerto sem precedência de inspecção médica de recrutamento profiláctico, assentar praça no Ministério da Defesa e, de seguida, num repente, conseguir manobrar os complicados mecanismos dos equipamentos militares afectos aos vários serviços ou unidades operativas do bélico ministério, por demais branqueado...
Aliás, este caso faz-nos lembrar aqueloutro do engenheiro ferroviário que caiu sem se aleijar - de pára-quedas(?) ou por descarrilamento(?) de composição em trânsito pelas vias da alfacinha cidade - no requintado gabinete de uma formosa senhora secretária de Estado, das Finanças, ali ao Terreiro do Paço...
Enfim, aqui fica exposto perante a opinião pública, o extraordinário cuidado que a governança tem na selecção e recrutamento de bem qualificada e melhor recomendada gente, ocasionalmente, sem vistoso emprego oficial...

Nota: Esta crónica foi escrita com activo repúdio do novo Acordo Ortográfico.