Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Ao compasso do tempo…

HUMANOIDES QUE SOMOS,

ARREIGADOS NO DESERTO

QUE HÁ NOME PORTUGAL…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Os portugueses, na sua maioria de milhões de seres mais ou menos racionais, mamíferos, primatas, quaisquer que sejam as suas raças, os seus traços fisionómicos, compleições físicas, cores de cabelos e de olhos, habilitações literárias, credos, profissões, conservam características comuns às espécies humanas de outros lugares da Terra, mormente as que habitam a Europa. Porventura, nem dos europeus se diferenciarão muito nas práticas de procriação, nos hábitos alimentares, no vestir, no calçar, na maneira de andar, nas rotinas de comportamentos civilizacionais, nas artes e nos ofícios. Todavia, hemos que exceptuar alguns maus costumes e retrógradas mentalidades, que constituem as suas desinteressantes imagens de marca, tais como: acérrimos maldizentes nos convívios das tertúlias; obstinados, mas inconsequentes acusadores dos governantes; grandes invejosos dos vizinhos; inveterados cuspidores na via pública; serem falhos de pontualidade; desprezarem, abandonarem e desvalorizarem, os idosos; vangloriarem-se da esperteza saloia; praticarem a subserviência perante o estrangeiro; e darem-se, servilmente, à obediência e veneração face ao senhor abade da paróquia que - diga-se - regra geral, é solteiro, não constitui família, nem suporta encargos com sustento e educação de filharada própria ou alheia (factor importante nestes tempos de crise e de misérias) e tem o gozo da fama de ser “bom rapaz”, embora pouco virtuoso e assaz pecador

Mas, nas últimas décadas reportadas ao fim do século XIX e com realce desmesurado para o que se vai passando na actualidade do regime pomposamente rotulado de democrático, assistimos à progressiva desertificação de Portugal e à consequente passagem regressiva da superior qualidade de humanos para a baixa condição de humanóides; aqueles classificados como seres de 1.ª classe e estes últimos catalogados em duas subcategorias: a dos animais de 2.ª classe (quais resquícios da classe média) e os restantes como animalejos de 3.ª classe.

Sem olvidar a transfiguração física do território continental nas regiões algarvia e alentejana, temos que reconhecer que o país mais ocidental da Europa é um deserto - lugar onde não vive gente. Dito de outra maneira: neste canto ocidental europeu não vive multidão de pessoas; gente, que como tal se sinta. Estamos num deserto de almas. Num ermo onde, dificilmente, sobrevivem os humanóides lusos. Assim estabelecidos num estádio de menoridade e humanóides que somos a maioria dos seres vivos arreigados no rincão lusitano, permanecemos condenados a vegetar, enquanto quase todos se contemplam displicentemente nessa triste e desumana situação. Humanóides com semelhanças às criaturas de outras atrasadas paragens, que - para além de vegetarem ou por essa razão - não pensam, nem reagem às adversidades e aos estímulos. Desgraçadamente perdidos num turbilhão de perigos, de transtornos, de aberrantes carências e submetidos a inúmeros atropelos à dignidade do ser humano. Imensos indígenas não lêem, não se cultivam. Tão-pouco percebem o que ouvem, o que vêem e o pouquíssimo que vão soletrando com extrema dificuldade. É aterrador o quadro dos três analfabetismos crónicos instalados no seio da comunidade dos humanóides lusos: o primário, o funcional e o cultural. Tudo conjugado, deu nisto: estão abúlicos! Conservam-se pasmados. E, simplesmente, como seres amorfos que são, amocham! O panorama em que se enquadram é desolador. A Nação sucumbe a cada dia que passa e os indígenas, postergados os seus direitos de cidadania, permanecem indiferentes. Inclusive, estão perdendo a sua identidade que lhes é concernente através da linguagem escrita e falada. O Português está sendo, gradualmente, substituído pelo Inglês, por tudo que é sítio (por exemplo: Allgarve), estabelecimento, escola, universidade, colóquio, documento, livro, meio de comunicação social. Os governantes promovem a língua inglesa. Alguém os vê a incentivarem a aprendizagem do Português? Será um expediente para se desculpabilizarem do mau uso que fazem da Língua Portuguesa? Uma vergonha nacional! Um cataclismo social e identitário!

É justo referir que aos humanóides portugueses não se lhes podem assacar as maiores culpas pelas deploráveis situações que os demarcam, vergonhosamente, no mundo contemporâneo. Eles são vítimas dos sistemas políticos que se foram sucedendo e dos predomínios de forças e interesses ocultos que os cercam, os dominam, os manipulam, os atrofiam e os bloqueiam nas débeis tentativas de se libertarem das amarras das sujeições que os exploram e martirizam.

Entretanto, num ou noutros pequenos e selectos espaços que, significativamente, se designam por oásis, encontram-se acantonados alguns mamíferos (os tais seres de 1.ª classe) a gozarem, regaladamente, das bem-aventuranças, decerto conferidas por Deuses mal-intencionados, velhacos e pouco afeitos aos sentimentos humanos.

Todos sabemos que oásis é lugar onde existe água, que é fonte de vida, vegetação e culturas, que fornecem alimentação com que se nutrem os corpos e onde, também, se cria gado que serve de instrumento de trabalho e de nutrição aos donos. Ao fim e ao cabo, falamos de coisas agradáveis só ao alcance de privilegiados que se estão marimbando para as carências e sofrimentos dos humanóides que desgraçadamente, cada vez mais se vêm afastados das abastanças existentes nos oásis, repartidos pelo espaço nacional.

Porém, há um importante detalhe que devemos ponderar: esses oásis mais não são que lodaçais que, considerados no conjunto, formam o tal famoso pântano guterreano (lembram-se?). E nele chafurdam, desenvoltos e satisfeitos, vários animais asquerosos.

Também não esqueçamos que nas margens dos referidos oásis pousam aves raras compenetradas das suas prerrogativas e obrigações inerentes à espécie – o que, de certo modo, dá outro colorido à paisagem e contribui para algum desanuviamento do mau ambiente circundante…

Não obstante, elas mesmas correm perigo. Trata-se de uma espécie animal em vias de extinção.

Por todas as razões, que nos afligem, dissonantes da condição humana a que temos direito a aceder, a qual é incompatível com a falta de qualidade de vida de humanóides que somos (nunca é demais persistir na afirmativa desta incómoda referência), insistimos que haverá urgência em pôr ordem no sistema e, rapidamente, desbravar caminho até chegarmos aos famigerados oásis de algumas opulências, ora estranhas e indecentes, com localizações conhecidas e dispersas no imenso pântano de que falava o célebre António de Oliveira Guterres… Afinal, como antes acentuámos, são áreas onde existe e se regala uma fauna mal cheirosa e repelente…

Fim

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Ao compasso do tempo…

FACE À SITUAÇÃO ESCURA,

SEJAMOS CLAROS!...

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Quando o regime do Estado Novo ruiu em 25 de Abril de 1974 como se fosse um castelo de cartas, grande parte do mundo português respirou de alívio e meio deslumbrado com as “amplas liberdades” que surgiam, admitia que vinha aí uma era de prosperidade e de regeneração da sociedade portuguesa. Acreditava-se nos homens e mulheres das novas gerações que despontavam para a vida política, tomando nas suas mãos o governo do País.

Depressa se compreendeu que houve uma profunda ilusão. Em primeiro lugar, a maioria dos entusiastas nem se apercebeu que os novos agentes políticos não estavam preparados para tão complexos e exigentes trabalhos de recuperação, de saneamento e de desenvolvimento, em sintonia com o necessário encadeamento político, social, orgânico, da estrutura do Estado.

Tomados da vertigem do Poder, obcecados pelas teorias neoliberais, alguns deles deslumbrados e fanáticos seguidores do grande mentor do neoliberalismo económico o Dr. Milton Friedman, inexperientes, demasiado incompetentes e sobranceiros, os novos senhores e alguns safados oportunistas começaram por fazer tábua rasa de algumas componentes válidas do regime derrubado. De uma assentada aniquilaram praticamente tudo o que era prestável. Foi um expediente insensato e que não tardou a produzir desastrosos resultados.

A seguir e até aos nossos dias, desenrolou-se um quadro desordenado de actividades partidárias, síncrono das más governações prosseguidas por sucessivos governos que foram arrastando a Nação para a actual situação ruinosa.

Agora, devemos estar precavidos quanto às conversas de chacha. Não venham dizer que as tremendas dificuldades que hoje sentimos derivam da desfavorável evolução económica causada pelo descalabro financeiro do gigante comercial norte-americano. Quando essa calamidade eclodiu nos Estados Unidos da América havia muito tempo que o nosso país se defrontava com a derrapagem da sua economia e com a acentuada deterioração das condições de vida da maioria da população portuguesa.

Por ser esta a verdade dos factos que nos deixaram em transe existencial, urge reconhece-la sem sofismas e assacar toda a responsabilidade à classe política que tomou o Estado à sua posse, dele tem extraído proventos, enquanto de forma irresponsável vai conduzindo mal e porcamente a governação de Portugal.

Sendo esta a conclusão extraída por qualquer cidadão no pleno uso das suas faculdades, descomprometido com interesses obscuros e sem vinculações partidárias que lhe obliterem o raciocínio, impõe-se a obrigação cívica de se exigirem responsabilidades aos detentores do Poder.

Rapidamente e com forte determinação criem-se mecanismos de avaliação de desempenho dos políticos e deputados em geral, mas, sobretudo, dos governantes em particular. Estes, não podem continuar a apontar as suas baterias de ataque aos professores obrigando-os a uma avaliação permanente e complexa que praticamente os desvia das suas funções específicas de ensinar, enquanto eles, governantes, se passeiam ufanos, ridículos, sem decoro, por tudo que é sítio de turismo, local de devaneio circense, recinto de mostra publicitária. Essa gente que todos os dias deambula pelo território nacional e pela estranja, gastando à tripa-forra, esvaziando os cofres do Erário e fazendo de conta que governa o país, tem de, obrigatoriamente, passar a ser avaliada em todos os capítulos das suas funções oficiais por aquilo que, normalmente, faz mal e pelo que de bom não executa ou negligencia. Avaliação que deverá ser feita segundo um modelo idêntico àquele que concebeu para os professores que permita conhecer, classificar e punir: as faltas de assiduidade ao serviço público; os incumprimentos das tarefas programadas; os danos ocorridos no tecido social decorrentes das arbitrárias e desconexas políticas prosseguidas; os desleixos praticados; as incompetências demonstradas; os custos das viagens e dos tempos das ocupações em actividades extras e partidárias durante os horários de trabalho; a não apresentação de circunstanciados relatórios bem elaborados, redigidos em português correcto, sobre as intervenções ou missões desempenhadas no estrangeiro. E já agora, se não der muita maçada às personalidades que estão colocadas nos mais altos cargos da estrutura do Estado, que demonstrem os êxitos das suas ditas presenças de apoio a entidades públicas e a sectores de actividades económicas; os quais, são muito apregoados durante as recepções tidas em diferentes locais e referidos nas inevitáveis, descabidas e presunçosas declarações prestadas aos jornalistas das televisões e dos jornais.

Estamos falando de uma avaliação que terá de ser permanente e feita por peritos devidamente credenciados e isentos; uma vez que a Assembleia da República, no que se refere a fiscalização dos exercícios do Poder, é um zero: tanto à esquerda, como à direita ou ao centro. Ela própria a necessitar de ser severamente classificada e sancionada.

Sim! A avaliação dos governantes é uma obrigação inadiável. Uma tarefa prioritária! Para começar imediatamente! Sem delongas!

Desde já, se faça a prevenção: Não venham com a treta de que a avaliação é feita nas eleições legislativas. Treta que vai servindo de desculpa e de grosseira manobra de diversão para desviar as atenções sobre a dramática realidade e apontá-las na direcção do povo a quem se acusa de ser responsável porque os elege – o que é uma grande falácia, com evidente carga de hipocrisia.

Nas actuais circunstâncias, são os membros do governo que precisam de ser avaliados em primeiro lugar e com aquele máximo rigor que a inexplicável ministra da (des)Educação reserva para os professores. Chefe do governo e ministros estão no topo da hierarquia do Estado. Sendo os maiores responsáveis da Administração Pública têm de dar o exemplo. E serem os primeiros a se sujeitarem à avaliação: contínua, efectiva, autêntica, insofismável. Verdadeira!

Assim terá de ser! Se no circo político ainda houver um mínimo de decência

Entretanto, antecipemo-nos e façamos essa imprescindível avaliação rigorosa das acções e disfunções dos governantes, dos deputados palavrosos e inconsequentes e de quantos, detentores dos vários poderes, estão a por o pé na poça, de forma persistente e desavergonhada. Uma tarefa que cabe a todos os cidadãos e que urge ser levada à prática com a necessária firmeza e a devida predisposição a despedi-los por justa causa...

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Para a Srª Ministra da Educação

(Os professores na Finlândia)

Fonte: INTERNET


A ministra quer o ensino português igual ao finlandês?
Nós também!! É só corrigir estes pequenos pormenores...

A propósito do sistema de Ensino da Finlândia, veja, Senhora Ministra, se consegue perceber as 9 diferenças:


1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2. Na Finlândia há
auxiliares de accção educativa acompanhando constantemente os professores e educandos;

3. Na Finlândia, os pais são estimulados a educar as crianças no intuito de
respeitarem a Escola e os Professores;

4. Na Filândia os professores têm
tempo para preparar aulas e são profissionais altamente respeitados.

5. Na Finlândia
as aulas terminam às 3 da tarde e os alunos vão para
casa brincar, estudar, usufruir do seu tempo livre;

6. Na Finlândia o ensino é
totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;

7. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com
necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;

8 . Na Finlândia
não há professores avaliadores, professores avaliados nem Inspectores.!!!!!

9. Na Finlândia
não há professores de primeira e de segunda;


Conseguiu perceber as diferenças???

REENCAMINHE..

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Ao compasso do tempo…

CUIDADO COM OS LOUREIROS DE UMA CERTA ESTIRPE…

PRAGA? REGRESSÃO GENÉTICA? ANOMALIA DA NATUREZA?

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

A Natureza em Portugal é rica em espécies vegetais e animais. A flora, bastante diversificada, encontra-se distribuída por todos os recantos do território nacional: seja no continente; seja nos Açores e na Madeira. A fauna é numerosa e variada, integrando várias famílias. Não existem recenseamentos das respectivas populações mas é de supor que os mamíferos primatas levam vantagem numérica. Entre estes, distinguem-se, pela compleição física e racionabilidade, os animais vulgarmente conhecidos por seres humanos.

Os membros da actual espécie humana que radicam em Portugal, até há pouco tempo, não se diversificavam dos homólogos de outras paragens próximas ou distantes; com natural exclusão dos indígenas de África, da Ásia e das Américas, que ainda vão permanecendo em menores e deploráveis estádios: de selvajaria, de subnutrição e de atrasos civilizacionais.

Verdade que, se as criaturas humanas portuguesas se situavam num patamar consentâneo com a ideia da modernidade, ultimamente vão-se notando preocupantes sinais de que algo está a mudar afectando o perfil-tipo do indígena português, sobretudo naqueles exemplares que aparentam mais formação intelectual e são melhor acolhidos nos telejornais das televisões… - o que também poderá significar que estas estupidificam as pessoas.

Seja como for, daqui decorre a suspeita de se virem processando mutações genéticas que nem se sabe se serão de geração espontânea ou se provocadas por elementos externos gerados em laboratórios de pesquisas nos campos da biologia e da genética. É de recear que o conhecido e distinto professor Faria, detentor de elevada reputação internacional, que durante dezenas de anos trabalhou num laboratório sueco e aprofundou estudos sobre células vegetais e humanas, tenha conseguido quaisquer soluções (vacinas) que, eventualmente, poderão ter sido aplicadas aos animais, já depois de se ter aposentado e retornado à mãe pátria. E se assim aconteceu, talvez que Portugal tenha sido escolhido como área de experimentação de tais pesquisas científicas. Porém, os resultados patentes à vista desarmada não auguram nada de útil, prestável ou merecedor de confiança e regozijo.

Senão, vejamos.

De todos os casos que se tornaram conhecidos só nos lembramos de um que foi e continua sendo um sucesso extraordinário. Queremos referir-nos ao fenómeno Murteira Nabo. Tendo sido um produto híbrido resultante da junção de uma murta, planta arbustiva pertencente à família das Mirtáceas, com o nabo, planta herbácea da família das Brassicáceas, também chamado cabeça de nabo, com o decorrer do tempo foi-se transformando, gradualmente, numa verdejante e excelente nabiça. O que aconteceu de forma relevante, visto que nem consta ter mudado de sexo. A um tal ponto de desenvolvimento sustentado por muitos factores económico-financeiros que, relativamente à criatura em causa, não faz sentido chamar-se cabeça de nabo, já que o nabo foi à vela… e, sem margens para dúvidas, ficou a cabeça… Estamos face a um esplêndido ser - indubitavelmente animal mui racional - que se encontra exposto na feira de vaidades da região saloia de Lisboa, onde pode ser apreciado e, eventualmente, aplaudido.

Ora se este ex-Nabo é um caso ímpar de sucesso da evolução biológica nos domínios do hibridismo e dos mamíferos primatas, o que está acontecendo com os Loureiros representa um rotundo fracasso. Um retrocesso na evolução das espécies.

Quer o loureiro simplesmente plebeu, quer o loureiro-real, são plantas pertencentes à família das Lauráceas, que parecem ser geneticamente incompatíveis com as famílias da Murteira e do Nabo… Quem sabe se por isso e por efeitos de más relações de proximidade, tenham falhado nos loureiros as aplicações feitas pelos cientistas.

Aqui chegados, importa prevenir que estamos tratando esta matéria, tão delicada e complexa, com todos os cuidados e sob o ângulo das conjecturas suscitadas por certas ocorrências anómalas que deixaram todo o mundo perplexo.

Mas íamos dizendo que alguns exemplares de loureiros se estão desviando das rotinas, transgredindo as normais funções inerentes à ruralidade; para as quais estão predestinados a exercer no seu habitat natural: o campo.

Desde logo, deparamos com o Loureiro mais publicitado nas televisões e nos jornais. Aquele que depois de ter estado plantado no quartel da tropa foi arvorado em militar graduado e, mais tarde, levado pelos ventos da história para os arraiais políticos; onde, depois de reformado do Exército, o baptizaram com o epíteto de major valentão. Até àquela altura nunca se tinha visto, no seio das forças desarmadas, um loureiro ser distinguido com semelhante chancela. Menos ainda que um loureiro, mesmo assumindo a configuração humana, fosse tão irrequieto, assaz vociferador e, sobremodo, agressivo para com o meio ambiente circundante ao vasto pomar das laranjas. De certo modo, uma aberração da Natureza que deu água pela barba à família política onde ingressou com armas, bagagens e… muito “bagaço”.

O outro Loureiro que se lhe segue em protagonismo é aquele que antecede o apelido com a designação de Dias. Esta alma de Deus, vítima de erro baptismal (pois devia ter o apelido de Noites), apresenta-se sempre com um ar vago, de semblante tristonho, chateado, sombrio, receoso e de negro vestido. Dá a impressão de andar com as ideias baralhadas. O que, afinal, agora se confirmou, peremptoriamente, pela boca do próprio.

Explicando melhorso. O que afinal agora se veio a confirmar pela boca do pro ilitar graduado e que maistarde se: esta planta dotada de corpo de mamífero primata andava por algures deambulando nas nuvens até que um dia caiu de pára-quedas no Banco BPN – o tal que abriu falência há pouco tempo. E logo por azar pousou, combalido, na administração daquela instituição bancária. Há dias, convocado para se explicar na comissão parlamentar de inquérito, disse: “Sentia-me um pouco perdido no modelo de gestão do BPN”. O que é que traduz esta afirmação? Objectivamente, nada! Todavia, do facto, relevam as seguintes evidências: a criatura lançou uma charada para a mesa dos circunstantes da audiência que ninguém terá decifrado. E era fácil encontrar a solução. O desastrado Loureiro queria dizer o seguinte: em primeiro lugar, que o grande mal terá sido ele sentir alguma coisa que o deixou frouxo e obtuso; em segundo lugar, que teria andado um pouco perdido na gestão do modelo do BPN e não perdido no modelo de gestão do BPN (o que, assim dito, terá sido um lapso de linguagem ou uma desajeitada desculpa…); em terceiro lugar, que outro enorme mal terá sido ele não ter andado muito perdido e assim dar mais nas vistas e proporcionar ensejo a que alguém, com bondade e espírito misericordioso, o encaminhasse até à porta de saída, livrando-o da aflição; em quarto lugar, que ele não teve capacidade para, atempadamente, por si, se encontrar com ele próprio e achar meios pessoais para resolver a complicada situação. Uma falha terrível, simplesmente deplorável.

Tudo visto e analisado, uma conclusão se tira: os loureiros, para além de serem prejudiciais à saúde e provocarem o cancro (segundo a opinião de alguns médicos), são plantas rústicas que não se cheiram, nem servem para ornamentar as administrações dos bancos e dos órgãos do Estado.

O que está a dar, com alta cotação na bolsa das acções e no mercado das inacções, é certo tipo de nabiça alfacinha, de grande porte, que mais não é que uma murta-nabo transgénica…

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

SARAIVADAS…

Ou as confissões do Arq.º Saraiva…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Tema I - Saraiva ao defender Sócrates estatelou-se… e logo, azarento, no chão…

01 – Presunção e água benta…

É facto conhecido. Ditado antigo e de generalizada aplicação. “Presunção e água benta, cada um toma a que quer” em dosagens variáveis e com natural ou preconcebida disposição. O semanário SOL pretende convencer-se, mais que convencer os leitores, de que não há sábado sem SOL. Inteiro engano. Sou disso testemunho. Passaram várias luas e alguns sábados com total ausência do famigerado semanário no meu espaço…

Daí propormos que a direcção do jornal mude o slogan inscrito no saco plástico que serve de embalagem ao semanário para: Não há SOL sem sábado. Estava mais conforme à realidade, uma vez que ele só desponta naquele dia da semana.

02 – A delicada problemática da imprensa controlada pelos grupos discretos…

Mas já que estamos falando do SOL vem a propósito lembrar a relevante importância dos três órgãos da imprensa que, nas áreas da informação e formação da opinião pública, mais influência exercem junto da sociedade portuguesa. Dois deles, os semanários SOL e Expresso, nas referidas áreas. O terceiro, quinzenário Jornal de Letras, no campo cultural.

E tratando-se de uma actividade jornalística de imenso melindre, potenciadora de consequências várias, benéficas e úteis umas; prejudiciais e lesivas de múltiplos interesses de ordem geral, outras; não é despiciendo enquadrá-la no âmbito da grave conjuntura político-social que atinge Portugal na actualidade.

Nesta perspectiva é preocupante a revelação de José António Saraiva na edição do SOL, de 31 de Janeiro de 2009, que transcrevemos: “Numa reunião com responsáveis do jornal que me questionavam pela diminuta importância que o SOL estava a dar ao tema (*), assumi com tal calor a defesa do primeiro-ministro que a cadeira escorregou e me estatelei no chão” - (o sublinhado é nosso e o tema(*) era o caso do título de engenheiro do cidadão José Sócrates).

Vejamos.

Primeira referência importante que Saraiva deixa escapar e devemos reter: que acima dele estão os responsáveis do jornal que não são mencionados e cujas identidades nem são do conhecimento público. Segunda, que eles o questionam quanto às matérias focadas ou ignoradas pelo jornal. Terceira, que - conforme se subentende - ter-se-á visto de tal modo “apertado” que teve de fazer uma acalorada defesa do primeiro-ministro.

Claro que esta anotação de Saraiva sobre a margem de manobra dos directores dos jornais é escassa e deprimente. Igualmente elucidativa a insinuada amplitude dos graus de dependência a que os directores, as outras chefias e os jornalistas estão submetidos. Assim, José António Saraiva, num desabafo, confirma aquilo que a opinião pública sente relativamente às faltas de liberdade, de isenção, de seriedade e de fiabilidade, perceptíveis nas informações, análises e crónicas de opinião, inseridas nos órgãos da comunicação social com distribuição por todo o país.

Mais sobressai o domínio do poder económico que tudo condiciona, quando não subverte, em benefício dos seus interesses.

Claro que este “deslize” de linguagem em nada constitui novidade para quem conhece a realidade da imprensa portuguesa. Porém, oferece a vantagem de vinda de uma figura de proa da “melhor sociedade” jornalística lisboeta melhor servir a intenção de quantos procuram esclarecer os mais distraídos ou renitentes em aceitar verdades que, pela sua natureza, são indiscutíveis para gente de boa formação moral e de razoável capacidade intelectual.

Atrás, dizíamos que, considerando a gravíssima situação político-social vigente neste país, era preocupante a revelação de José António Saraiva. Pois se pensarmos que não temos em Portugal nenhum periódico - de âmbito nacional - independente e que os dois mais importantes semanários mantém relacionamentos equívocos com as duas poderosas organizações secretas que disputam entre si o domínio do Poder, decerto que, facilmente, notaremos influências perturbadoras no dia-a-dia colectivo. Também se podem conjecturar grandes complicações no devir da nação portuguesa.

Precisando melhor e reportando-nos especificamente a cada um dos jornais antes mencionados, anotamos que o Expresso mais parece um receptáculo das “pranchas” que são trazidas por mãos hábeis de notáveis obreiros desde as lojas até às instalações do palacete S. Francisco de Sales, em Paço d’Arcos. O SOL, com piedoso regalo, situa-se na área da Opus Dei. O Jornal de Letras, prossegue actuações promocionais dos proventos das gentes que praticam os cultos evocatórios de Salomão. Com terríveis consequências para a cultura portuguesa, visto que esta é, pelo jornal, encarada como reserva de caça onde se passeiam os ilustres confrades, com repugnante exclusão dos não aderentes à fraternidade. Um caso para nos interrogarmos: Quantos valores não se terão perdido nos últimos decénios, em desfavor da Cultura devido às obstruções e aos ostracismos impostos pelo quinzenário, cuja imagem de marca é o sectarismo arrogante com que se enfeita a sua política editorial? Arrogando-se a prerrogativa de servir a cultura portuguesa serve-se dela e incentiva, protege e promove a mediocridade, as “capelinhas”, os amigos e os confrades. Eventualmente, disso vai colhendo satisfação fraternal. Quiçá, os factores de subsistência da publicação.

03 – Os calores de Saraiva…

Outro aspecto a referir é que o conceituado director do SOL de vez em quando toma calores a defender políticos. No caso, aqui referido, o primeiro-ministro. O pior é que, nessas ocasiões, se excede nas temperaturas a tal ponto que as cadeiras resvalam e o seu respeitável traseiro fica desguarnecido e zás: Saraiva estatela-se. E como se isso não fosse, per si, um desastre pouco natural dá-se a circunstância que, podendo estatelar-se no ar, ele se estatela… onde? Imaginem que é mesmo no chão que ele fica estendido. São muitos azares juntos. Grande gaita! Quem diria?

A anteceder a revelação, aqui apontada, escrevia Saraiva: Conto a propósito um episódio caricato.

E logo a seguir à narração do episódio acima transcrito, Saraiva acrescentava: “Quando me levantei, comentei para os meus colegas: “Se o Sócrates visse esta cena não acreditava”. Pela nossa parte consideramos a hipótese colocada pelo arquitecto-jornalista (ela, sim!) verdadeiramente caricata e desinfeliz. É que admitir como provável que Sócrates não acreditava naquilo que decorria á sua frente é o mesmo que considerá-lo “cegueta” ou mentecapto. E para quem se esforçara tanto na defesa do governante é, pelo menos, surpreendente desconsiderá-lo desta maneira… Sem deixar de ser grotesco… Ou, então Saraiva bateu com a cabeça no indevido sítio e ficou zonzo… Uma coisa que pode acontecer a qualquer Saraiva do insólito mundo alfacinha

Tema II - Saraiva, “O casal perfeito” e o perfeito escrito

José António Saraiva na revista Tabu, de 31 de Janeiro de 2009, publicou uma crónica titulada pela expressão “O casal perfeito”. Das melhores que lhe conhecemos.

Trata-se de um texto escorreito, bem entretecido e escrito com estilo literário. Realce para a ponderação e sensatez nele expendidas. Considerações bem formuladas, pertinentes e didácticas – com largo alcance social. Leitura mui cativante. Impecável! Bem-haja!

Francamente, gostei! Parabéns!

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mensagem às leitoras e aos leitores

Prezadas senhoras,

Caros senhores

Aqui estou a renovar os contactos que suspendi na primeira semana de Dezembro do ano transacto.

O interregno prolongou-se devido a motivações de natureza pessoal. Aliás, como foi referido no anúncio de suspensão.

Aos meus leitores fiéis - também aos desconhecidos e infiéis… - peço desculpa por ter dilatado o prazo de um mês de interregno, que me impusera, das crónicas normalmente inseridas neste blog.

A partir de agora tentarei prosseguir na actividade de cronista, embora ela esteja bastante condicionada pelas absorventes ocupações em que estou envolvido.

Assinalo o retorno com uma crónica sobre um assunto da maior actualidade.

Mas tratado sob um ângulo que não se vê apontado na nossa comunicação social, quase toda ela, comprometida com o poder, os grandes jogos de interesses obscuros e, sobremodo, contemplando-se nos aspectos folclóricos, primários, sensacionalistas e superficiais do circo político-social.

Com os melhores cumprimentos.

Brasilino Godinho

Ao compasso do tempo…

FANTÁSTICO! ATÉ AS CORES …

JÁ ENTRARAM NA CRISE…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Decididamente a crise, tal como uma mancha de óleo derramado sobre uma superfície, alastra por todos os lados e recantos de Portugal, levando tudo na sua frente. Com uma diferença substancial - provavelmente devida à atenciosa protecção de um Deus benévolo, conivente, sem escrúpulos - relativamente a certos figurões da praça que, previdentes, atentos, oportunistas, se põem nas conformes posições de não serem incomodados ou sujeitos às desgraças generalizadas neste desditoso e mal cuidado país.

Ressalvadas as conveniências e regalias dos grandes senhores da “Quinta Lusitana”, a tradicional crise, de remota origem, aí está viçosa, enriquecida de miasmas de várias naturezas e desconformidades.

Aqueles incomparáveis amigos Eça de Queirós e Ramalho Ortigão se, ressuscitados do sono eterno, por aí aparecessem na companhia do Guerra Junqueiro, não deixariam de reconhecer como se vão mantendo actuais as considerações que fizeram sobre a famigerada crise já instalada na sociedade portuguesa no final do século XIX. Aliás, para dissipar dúvidas, “revisitem” ‘AS FARPAS’ dos dois amigos (Eça e Ramalho) e releiam a obra do outro (Junqueiro).

Na época presente a crise aumenta avassaladoramente e atinge, de forma dramática, muita gente que vive desesperada sem esperança e alternativas de sobrevivência ou de melhoria da qualidade de vida.

E a coisa está tão complicada que nem só os cidadãos sofrem as agruras decorrentes do estafermo (a crise, pois claro) que nos vai moendo o juízo e perturbando o nosso viver.

Agora, também os elementos, as substâncias e as impressões que a luz difundida produz no órgão da visão de qualquer indivíduo, foram atingidos pelo “monstro” - assim rotulada a crise pela mão e sapiência do mui famoso Cavaco de especial concepção algarvia.

De facto, estavam as cores postas em sossego e fazendo valer os seus predicados junto dos indígenas, eis senão quando, em recente data, outro não menos famoso, irrequieto e festejado cidadão que usa apelido de um sábio da Grécia antiga (que não merecia tamanha desfeita), veio chamar à colação uma cor que nem, por sua negritude, deveria ser incomodada e metida de supetão numa presumida campanha de maldizer.

Francamente! Chamar a um conjunto de esforços ou iniciativas, quaisquer que sejam, “campanha negra” revela imprudência e um extremo abuso de confiança quanto à dita coloração negra.

Também, desde logo, ao ouvir-se a expressão “campanha negra” proferida aos microfones das televisões num horário que tanto faz ser nobre ou plebeu, em tom dramático, sente-se um calafrio na espinha dorsal que, rapidamente, se estende desde a cabeça aos pés, ao lembrarmo-nos da peste negra que, tendo entrado em Portugal no século XIV e voltado nos séculos XVI, XVII, e XIX, ceifou muitos milhares de vidas.

Outra questão que se põe é o laivo da discriminação racial. Porquê negra? Por que não campanha branca? Lilás? Amarela às riscas? Vermelha tingida de azul? Ou de cor rosa? Isso, rosa; a cor de feição da rapaziada do Largo do Rato, na alfacinha cidade

Em sequência de raciocínio, permitam-nos expressarmos uma curiosidade: Se não fazemos ideia concreta do que é a anunciada “campanha negra” (natureza, forma, expressão) o que será uma campanha branca? Convenhamos que a haver uma “campanha negra”, seguramente que, coincidente ou a posteriori, haverá uma campanha branca, em contraposição

Mas insistimos: O que será uma “campanha negra”? Porventura, suja? Ou tal como a referida peste ela traz consigo a morte? Dela mesma? De outrem? Quem? Ou quais? Poucos? Muitos? A extinção de coisas e algumas loisas? Porquê comprometer a cor negra numa presumida campanha indiciada como destrutiva? Com que direito e sentido de justiça alguém associa a negra a uma ideia de destruição?

A propósito de campanhas e já que está correndo a maré de atribuir cores a torto, a direito e à esquerda - PS incluído - que colorações vão ser postas na face visível e na parte escondida, reservada, discreta, impertinente, da campanha de distribuição de recomendações às bases e aparelhos socialistas (de que foi dada notícia na imprensa)? Recomendações que irão no sentido de elas e eles cerrarem fileiras em torno da figura socrática. Ela, referida campanha, agora intrusa pela porta traseira do palacete róseo do Largo do Rato, vai chamar-se campanha branca? Ou, mais prosaicamente, campanha rosa? Ou vem por aí desgarrada, à revelia, blasfema da Democracia, uma grande manifestação de desagravo à maneira da era de Salazar? Estará na forja o retorno do Movimento Nacional Feminino que prestava entusiástica vassalagem ao Chefe?

Depois, não nos espantemos com as repercussões politicas em Portugal, junto das comunidades escuras e nos países africanos que, muito naturalmente, se sentirão feridos nas suas susceptibilidades por, não sendo idiotas, perceberem na designação negra um sentido de rejeição e uma acintosa manifestação de preconceito racial. Uma coisa e outra em clara violação dos direitos do Homem. Previnam-se a socrática figura e o ministro dos Negócios Estrangeiros porque será de admitir uma qualquer intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sempre atenta a todos os indícios de desunião entre comunidades e povos…

Mais, ainda, de considerar o mal-estar que este facto (a designada ‘negra’) vai causar nas relações entre Portugal e os países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) precisamente numa altura de calmaria induzida pela aprovação do Acordo Ortográfico”.

Tudo isto é extraordinário! Denotando um espanto: ninguém reparar nestas complicações

Entrementes, a Nação está gravemente doente a necessitar de cuidados intensivos ministrados por especialistas sérios e competentes. Ela permanece adormecida. Apática, como se estivesse hipnotizada

Enfim, nem uma simples cor negra escapa ao agravo dos políticos lusos

Fim