Ao compasso do tempo…
CUIDADO COM OS LOUREIROS DE UMA CERTA ESTIRPE…
PRAGA? REGRESSÃO GENÉTICA? ANOMALIA DA NATUREZA?
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
A Natureza em Portugal é rica em espécies vegetais e animais. A flora, bastante diversificada, encontra-se distribuída por todos os recantos do território nacional: seja no continente; seja nos Açores e na Madeira. A fauna é numerosa e variada, integrando várias famílias. Não existem recenseamentos das respectivas populações mas é de supor que os mamíferos primatas levam vantagem numérica. Entre estes, distinguem-se, pela compleição física e racionabilidade, os animais vulgarmente conhecidos por seres humanos.
Os membros da actual espécie humana que radicam em Portugal, até há pouco tempo, não se diversificavam dos homólogos de outras paragens próximas ou distantes; com natural exclusão dos indígenas de África, da Ásia e das Américas, que ainda vão permanecendo em menores e deploráveis estádios: de selvajaria, de subnutrição e de atrasos civilizacionais.
Verdade que, se as criaturas humanas portuguesas se situavam num patamar consentâneo com a ideia da modernidade, ultimamente vão-se notando preocupantes sinais de que algo está a mudar afectando o perfil-tipo do indígena português, sobretudo naqueles exemplares que aparentam mais formação intelectual e são melhor acolhidos nos telejornais das televisões… - o que também poderá significar que estas estupidificam as pessoas.
Seja como for, daqui decorre a suspeita de se virem processando mutações genéticas que nem se sabe se serão de geração espontânea ou se provocadas por elementos externos gerados em laboratórios de pesquisas nos campos da biologia e da genética. É de recear que o conhecido e distinto professor Faria, detentor de elevada reputação internacional, que durante dezenas de anos trabalhou num laboratório sueco e aprofundou estudos sobre células vegetais e humanas, tenha conseguido quaisquer soluções (vacinas) que, eventualmente, poderão ter sido aplicadas aos animais, já depois de se ter aposentado e retornado à mãe pátria. E se assim aconteceu, talvez que Portugal tenha sido escolhido como área de experimentação de tais pesquisas científicas. Porém, os resultados patentes à vista desarmada não auguram nada de útil, prestável ou merecedor de confiança e regozijo.
Senão, vejamos.
De todos os casos que se tornaram conhecidos só nos lembramos de um que foi e continua sendo um sucesso extraordinário. Queremos referir-nos ao fenómeno Murteira Nabo. Tendo sido um produto híbrido resultante da junção de uma murta, planta arbustiva pertencente à família das Mirtáceas, com o nabo, planta herbácea da família das Brassicáceas, também chamado cabeça de nabo, com o decorrer do tempo foi-se transformando, gradualmente, numa verdejante e excelente nabiça. O que aconteceu de forma relevante, visto que nem consta ter mudado de sexo. A um tal ponto de desenvolvimento sustentado por muitos factores económico-financeiros que, relativamente à criatura em causa, não faz sentido chamar-se cabeça de nabo, já que o nabo foi à vela… e, sem margens para dúvidas, ficou a cabeça… Estamos face a um esplêndido ser - indubitavelmente animal mui racional - que se encontra exposto na feira de vaidades da região saloia de Lisboa, onde pode ser apreciado e, eventualmente, aplaudido.
Ora se este ex-Nabo é um caso ímpar de sucesso da evolução biológica nos domínios do hibridismo e dos mamíferos primatas, o que está acontecendo com os Loureiros representa um rotundo fracasso. Um retrocesso na evolução das espécies.
Quer o loureiro simplesmente plebeu, quer o loureiro-real, são plantas pertencentes à família das Lauráceas, que parecem ser geneticamente incompatíveis com as famílias da Murteira e do Nabo… Quem sabe se por isso e por efeitos de más relações de proximidade, tenham falhado nos loureiros as aplicações feitas pelos cientistas.
Aqui chegados, importa prevenir que estamos tratando esta matéria, tão delicada e complexa, com todos os cuidados e sob o ângulo das conjecturas suscitadas por certas ocorrências anómalas que deixaram todo o mundo perplexo.
Mas íamos dizendo que alguns exemplares de loureiros se estão desviando das rotinas, transgredindo as normais funções inerentes à ruralidade; para as quais estão predestinados a exercer no seu habitat natural: o campo.
Desde logo, deparamos com o Loureiro mais publicitado nas televisões e nos jornais. Aquele que depois de ter estado plantado no quartel da tropa foi arvorado em militar graduado e, mais tarde, levado pelos ventos da história para os arraiais políticos; onde, depois de reformado do Exército, o baptizaram com o epíteto de major valentão. Até àquela altura nunca se tinha visto, no seio das forças desarmadas, um loureiro ser distinguido com semelhante chancela. Menos ainda que um loureiro, mesmo assumindo a configuração humana, fosse tão irrequieto, assaz vociferador e, sobremodo, agressivo para com o meio ambiente circundante ao vasto pomar das laranjas. De certo modo, uma aberração da Natureza que deu água pela barba à família política onde ingressou com armas, bagagens e… muito “bagaço”.
O outro Loureiro que se lhe segue em protagonismo é aquele que antecede o apelido com a designação de Dias. Esta alma de Deus, vítima de erro baptismal (pois devia ter o apelido de Noites), apresenta-se sempre com um ar vago, de semblante tristonho, chateado, sombrio, receoso e de negro vestido. Dá a impressão de andar com as ideias baralhadas. O que, afinal, agora se confirmou, peremptoriamente, pela boca do próprio.
Explicando melhor
Tudo visto e analisado, uma conclusão se tira: os loureiros, para além de serem prejudiciais à saúde e provocarem o cancro (segundo a opinião de alguns médicos), são plantas rústicas que não se cheiram, nem servem para ornamentar as administrações dos bancos e dos órgãos do Estado.
O que está a dar, com alta cotação na bolsa das acções e no mercado das inacções, é certo tipo de nabiça alfacinha, de grande porte, que mais não é que uma murta-nabo transgénica…
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