Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, agosto 20, 2022

 

A CRIATURA MINISTERIAL NEM SE APERCEBE…

Brasilino Godinho

20/08/2022

 

Ao que acaba de transpirar para o público Fernando Medina, actual ministro das Finanças, “para não dar o braço a torcer”, dispõe-se a preencher o lugar de “consultor de políticas públicas” com que pretendia contemplar o televisionado Sérgio Figueiredo (que, face ao clamor suscitado se declarou desistente da nomeação).

Percebe-se o intento do ministro. Pretende insinuar que o lugar não foi criado propositadamente para nele se instalar o seu amigo pessoal. E assim, em simultâneo, cometendo o abuso de pensar que lhe é permitido ofender a inteligência de português não analfabeto. Como se no país fosse grande o número de mentecaptos, que não se apercebem das falácias dos políticos mal relacionados com a ciência política.

Também de uma coisa importante não se dá conta Fernando Medina: ao criar a esquisita e imprecisa função de “consultor de políticas públicas” está passando a si próprio um público atestado de inaptidão para o desempenho do lugar de ministro das Finanças. E demonstrando falha de discernimento sobre a gravidade dessa sua menoridade funcional.

De mencionar que nenhum ministro das Finanças jamais fez semelhante manifestação de incapacidade para o regular exercício das actividades governativas.

Mas como estamos sendo (des)governados sob ditatorial regime neofascista, disfarçado de regime democrático; ele, remanescente, reciclado e modernizado, de matriz da “Democracia Orgânica”, de Oliveira Salazar, tudo é possível acontecer de gravoso em Portugal. 

 


 

sexta-feira, agosto 19, 2022

 

COMO SE FOSSE POUCO…

Brasilino Godinho

19/Agosto/2022

 

SIM! Como se fosse pouco de entusiasmante, para o grupo que se revê participante na idiotia nacional, a fantástica singularidade de em Portugal vigorar um reciclado regime fascista de matriz salazarista, publicitado a toda a hora como regime democrático; está o país enriquecido com mais uma singularidade: a de aqui, neste recanto ocidental do continente europeu, para além dos bombeiros, também os aviões e os carros combatem os incêndios florestais. Deste extraordinário fenómeno nos têm dado conta as televisões e os jornais através das reportagens dos seus atentos/as e expeditos/as jovens jornalistas.

Notícias-tipo que se ouvem e lêem:

“Há um novo fogo na serra da Estrela, agora em Gouveia. Quase 250 bombeiros e 311 veículos tentam conter avanço.”

“Na Serra da Estrela cerca de 260 bombeiros, 10 aviões e 312 veículos combatem o fogo florestal”.

Estranhamente as televisões que estão constantemente a transmitir imagens das chamas, dos repórteres, das pessoas aterrorizadas, dos basbaques gozando o espectáculo, dos bombeiros com mangueiras a lançar jactos de água para o ar, e dos aviões a descarregar o precioso líquido; não mostram os veículos a actuar no campo de batalha contra o terrível inimigo: o fogo.

Anoto minha curiosidade, quanto ao modus operandi dos carros, certamente partilhada por inúmeros portugueses…

Claro que nos cumpre agradecer a gentileza da informação sobre tal fenómeno e do que importante dele releva de perspicácia dos jornalistas dos dois géneros, em o aperceberem com denodo e sabedoria… E adorno de esmero linguístico… - o que bastante extasia o vulgar cidadão da Borda D’Água…


 

quinta-feira, agosto 18, 2022

 

PREVENTIVO/ASSERTIVO DITADO:

QUEM FAZ UM CESTO, FAZ UM CENTO

 

Brasilino Godinho

18/08/2022

 

01. Fiquei surpreendido, mas agradado com a leitura que ontem fiz na primeira página da edição do semanário Tal & Qual. Só lhe faço um reparo quanto à imprecisão do título: ONDE ESTÃO OS PAPÉIS, Dr. PAULO PORTAS? Seria mais preciso que fosse: ONDE ESTÃO OS DOCUMENTOS, Dr. PAULO PORTAS? Visto que não se trata de quaisquer papéis, mas sim de documentos confidenciais respeitantes à segurança nacional e defesa do País.

Regozijo-me por, finalmente, na Comunicação Social se aflorar em tom real a situação anómala relacionada com o procedimento indecente, abusivo, ilegal, transgressor da Ética, da Deontologia e da Segurança Nacional, tido pelo Dr. Paulo Portas, no termo do seu exercício do cargo de ministro da Defesa Nacional e com o prosseguido - ao longo dos anos - escandaloso bloqueio/desistência de investigações por parte das autoridades portuguesas.

Importa assinalar que o comportamento do Dr. Paulo Portas foi de extrema gravidade – similar aqueloutra atribuível às autoridades judiciais a quem competia investigar em profundidade tão insólita e ilegal ocorrência e que, simplesmente, se demitiram de agir com determinação no sentido de procederem judicialmente contra o prevaricador ex-ministro Paulo Portas.

Registo o facto jornalístico e aplaudo a publicação da peça que explana descrição da história da extracção de cópias de documentos confidenciais e do desaparecimento de alguns, nomeadamente respeitantes à aquisição fraudulenta de dois submarinos promovida por ele. Uma peça que é relato do modus faciendi operado pelo Dr. Paulo Portas.

 

02. Do Tal & Qual, com a devida vénia, recolho e transcrevo passagens da informação que publicou e a que reporta esta crónica brasiliana.

Na noite de sábado, 12 de Fevereiro de 2005, funcionários de uma empresa especializada em digitalização de documentos copiaram milhares de dossiês classificados (nomeadamente com etiquetas de Submarinos, NATO, Iraque, ONU, carimbados de “Confidencial”), num total de “61893 cópias que Paulo Portas levou para casa” e que terão sido pagas pela quantia de 4200 euros. Em Novembro de 2007, na feira da Golegã, Paulo Portas, em atitude provocatória, perante os jornalistas, declarou: “Fotocopiei, sim senhor! E paguei tudo do meu bolso.”

Em 2012 descobriu-se “que tinham desaparecido do ministério documentos essenciais para a investigação do negócio da compra dos submarinos – o Ministério Público assobiou para o lado. Até hoje.” 

 

03. Que sobressai na história dos factos correlacionados com a actuação de Paulo Portas?

Em primeiro lugar, o facto do delito ter sido cometido à sorrelfa, de noite, fim-de-semana, o que expressa o reconhecimento por Paulo Portas de estar  cometendo grave irregularidade; a qual, lhe convinha ocultar.

Depois, anotar que se o acto de fotocopiar documentos oficiais confidenciais fosse praticado por um funcionário ele, no mínimo, ficava sujeito a processo disciplinar e deixava de ser considerado pessoa responsável e merecedora de confiança.

Impressiona que, em contraposição, Paulo Portas na condição de ex-ministro, actuando tão irregularmente, nem sequer tenha sido depreciado pela Presidência da República, pelos colegas do governo, órgãos da Comunicação Social e personalidades de grande projecção social.

O facto da aquisição fraudulenta de dois submarinos ter suscitados suspeitas quanto à idoneidade e responsabilidade do próprio ministro, devia de ser motivo de ele se abster de tal procedimento irregular; pois que uma vez que ocorrendo desaparecimentos de documentos do dossiê “Submarinos” logo se julgaria ele ter sido o autor de tais actos – neste ponto se evocando o ditado: “quem faz um cesto, faz um cento”.

Também de sublinhar que enquanto os alemães, altamente colocados no pedestal da sociedade alemã que participaram na negociata dos submarinos foram julgados e condenados; em Portugal, os intervenientes de topo hierárquico do Ministério da Defesa Nacional que nela tiveram papel determinante nunca foram adequadamente investigados e apuradas as suas responsabilidades.

O que mais evidencia a inoperância e o descrédito da justiça em Portugal. E realça a inquietante certeza sentida pela maioria dos portugueses: de que não vivemos num Estado de Direito, ainda para maior gravame disfarçado de República Democrática; ela vigente em ampla conformidade de corrupção, ilegalidades, insegurança pública, hipocrisia generalizada, degeneração moral, empobrecimento do povo, decadência da Nação, morticínio dos idosos e aposentados de fracos recursos, domínio e exploração dos “Donos Disto Tudo” e em termos de poder autocrático da Partidocracia exercido ao abrigo de uma falseada maioria absoluta da população portuguesa.

Sintetizando: Portugal, na actualidade, é um reciclado Estado Fascista de matriz salazarista; também ele empenhado em disfarçar essa característica identitária, para inglês ver, norte-americano apoiar, espanhol satisfazer e português iludir.