A CRIATURA MINISTERIAL NEM SE APERCEBE…
Brasilino Godinho
20/08/2022
Ao que acaba de transpirar para o público Fernando Medina, actual ministro das Finanças, “para não dar o braço a torcer”, dispõe-se a preencher o lugar de “consultor de políticas públicas” com que pretendia contemplar o televisionado Sérgio Figueiredo (que, face ao clamor suscitado se declarou desistente da nomeação).
Percebe-se o intento do ministro. Pretende insinuar que o lugar não foi criado propositadamente para nele se instalar o seu amigo pessoal. E assim, em simultâneo, cometendo o abuso de pensar que lhe é permitido ofender a inteligência de português não analfabeto. Como se no país fosse grande o número de mentecaptos, que não se apercebem das falácias dos políticos mal relacionados com a ciência política.
Também de uma coisa importante não se dá conta Fernando Medina: ao criar a esquisita e imprecisa função de “consultor de políticas públicas” está passando a si próprio um público atestado de inaptidão para o desempenho do lugar de ministro das Finanças. E demonstrando falha de discernimento sobre a gravidade dessa sua menoridade funcional.
De mencionar que nenhum ministro das Finanças jamais fez semelhante manifestação de incapacidade para o regular exercício das actividades governativas.
Mas como estamos sendo (des)governados sob ditatorial regime neofascista, disfarçado de regime democrático; ele, remanescente, reciclado e modernizado, de matriz da “Democracia Orgânica”, de Oliveira Salazar, tudo é possível acontecer de gravoso em Portugal.
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