Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, outubro 31, 2017



9. APONTAMENTO  DE
BRASILINO GODINHO
01 de Novembro de 2017

O DEVIDO RESPEITO
EM SEDE PRESIDENCIAL
DA REPÚBLICA DE PORRTUAL

A Presidência da República, sendo a mais alta magistratura do Estado, impõe ao seu titular a obrigação de preservar a dignidade do cargo, sempre que se envolva em acções inerentes ao desempenho das funções que lhe são próprias. Num qualquer tempo, público lugar, ocasional circunstância - enquanto ocorrerem os vários desempenhos oficiais - não são admissíveis procedimentos que se confundam com outras acções de natureza particular levadas a cabo pelo presidente.
Tem todo o cabimento dizer-se: noblesse oblige!  Por muito que isso custe à entidade presidencial.
Aliás, qualquer presidente quando se candidata ao alto cargo sabe que a função presidencial implica reservas e obrigações, porventura incómodas, relativamente a certas liberdades pessoais e comporta exigências de simbolismo pátrio, comportamentais, de representatividade funcional e de valores e princípios que ao presidente cumpre acatar e, ainda, não só demonstrar firme adesão, como efectivar o convincente e inequívoco exercício inerente às atribuições da Presidência da República.
É no cumprimento escrupuloso dos deveres presidenciais e da expressão prática que deles é observada ou percepcionada pelos cidadãos, que se inscreve o respeito que o presidente manifesta por si próprio e, sobretudo, pelo órgão de soberania Presidência da República, de que é legítimo titular.
E claro que na medida em que o presidente se respeitar a si mesmo, também usufruirá do correspondente respeito; que lhe será facultado pelos cidadãos. Se falta e falha o primeiro, inevitavelmente não ocorrerá o segundo – como vamos observando nas redes sociais em que o presidente é muito maltratado; por vezes, em termos bastante ordinários, da maior grosseria. O que é absolutamente inadmissível.

Isto escrito com referência à desarmoniosa promiscuidade entre actividades presidenciais e a prova de pessoal capacidade natatória no mar açoriano, reportada pelos órgãos de comunicação social, que se registou no último domingo na cidade micaelense da Ilha de S. Miguel, Açores. A que acresceu a caricata travessia da Avenida Marginal de Ponta Delgada pelo Presidente da República, então simplesmente entrelaçado na quase nudez do seu franzino invólucro anatómico, em calção de banho, tronco nu, dilatadas mamas ao léu, pés descalços e, por sinal, bem adornado com a companhia de uma vistosa e atraente beldade. Um espectáculo que - admissível na qualidade de simples cidadão e num tempo de férias - é de todo reprovável quando protagonizado pelo Presidente da República; que na data e hora se apresentava com tal prerrogativa oficial.

Um acontecimento deplorável que, infelizmente, ilustra e documenta o estado de multíplice decadência educacional, cívica, social e ética, a que se chegou em Portugal. Pouca gente de relevo político e projecção social se respeita e se dá ao respeito.

O actual presidente, nos Açores, entrelaçado na sua quase nudez, devidamente escoltado
por uma vistosa beldade e por um indivíduo que talvez fosse o guarda-costas de serviço.