OBRAS DE BRASILINO GODINHO

 

 Sexta obra:

DONA GRAMÁTICA

Opúsculo de elogio à Gramática

Editada em 2019

 

 

OBRAS DE BRASILINO GODINHO

 

Quinta obra:

ANTERO DE QUENTAL: UM PATRIOTISMO 

PROSPECTIVO  NO PORVIR DE PORTUGAL

Tema: Tese doutoral

Editada em 2019

 

 

OBRAS DE BRASILINO GODINHO

  Quarta obra:

VIDA UNIVERSITÁRIA DE BRASILINO GODINHO

Tema: Retrato dos 8 anos de vida universitária do autor (2008-2016)

Editada em 2018

 

 

OBRAS DE BRASILINO GODINHO

Terceira obra:

A QUINTA LUSITANA

Tema: ensaio sociopolítico

Editada em 2004

OBRAS DE BRASILINO GODINHO

Segunda obra:

UM DIA DESCI À CIDADE

Tema: poesia intimista

Editada em 2001 

 

Tema da obra O PRESIDENTE
Poesia satírica. Em foco: presidente de câmara municipal.

OBRAS DE BRASILINO GODINHO

De si, talvez a curiosidade.

De mim, a presteza do informe

Que vai seguir-se neste lugar.

A primeira obra de Brasilino Godinho editada em 1993.

BRASILINO GODINHO
246. Apontamento
24/Junho/2019

TRÊS CASOS DA PRÁTICA

DO ABSURDO E DO IRRACIONAL

Na sociedade portuguesa acontece que muitas pessoas habituaram-se a falar sem se aperceberem da vacuidade, do absurdo e da irracionalidade, das expressões que usam na sua linguagem. É uma realidade que chega a ser confrangedora. E casos há de comunicação oral e transmissão escrita que se tornam insuportáveis de ouvir ou de ler, devido à persistente insistência dos mesmos – apesar das advertências correctoras que, por vezes, são efectuadas publicamente por gente disposta a prestar esse serviço cívico.  

A conversar e a ler nos entendemos ou discordamos. Será pois de interesse mui abrangente no seio da comunidade, que se pratique uma linguagem correcta e racional na sua formulação coloquial, na exposição discursiva e na elaboração literária.    

Aqui e agora, trato de três casos do mau uso de fraseado que é de interpretação sem rigor e sem objectividade.

Primeiro caso: “Descanse em paz”.

É uma expressão de pesar muito usada quando a pessoa comenta uma notícia de um falecimento.

Sempre que ouço ou leio tal disparate apetece-me dizer: descansa, uma ova!

O descanso é coisa dos seres vivos. Aos mortos só lhes está destinado o indevidamente chamado “descanso eterno” - a morte; com todas as implicações de inanidade e de ausência de manifestações de vida que esse estado comporta no defunto. E que por isso, também é uma designação inadequada; a qual, existindo no léxico, não tem vera conexão semântica ou real sentido.

Considerada a expressão no plano religioso ela per se releva de uma insanável contradição. Se é desejado ao morto um descanso em paz subentende-se que ele se situará no reino celestial onde, certamente, não haverá guerra e conflitos de qualquer natureza e onde nem existirão questiúnculas e aversões entre quantos seres existentes nos domínios do Senhor Deus, Divino Criador. E se no Céu prevalece a paz celestial não tem qualquer cabimento desejar-se ao falecido o descanso em paz. É um pouco como “chover no molhado” como diriam os brasileiros…

Pois, como anotamos, a contradição, se até enquadrada no âmbito religioso, é por de mais evidente e repugnante a quem preza o rigor e a seriedade em que se contempla a racionalidade exigível num discurso sensato e objectivo.

Segundo caso: “Até amanhã se Deus quiser”

Esta expressão é frequentemente dita por mutas pessoas em momentos de despedida de um encontro.

Desde logo, é desperta a questão: E se Deus não quiser?

Por outro lado o indivíduo religioso que deseja um “Até amanhã se Deus quiser” expressa uma dúvida factual e uma redundância incoerente com a sua fé religiosa. Então ele não acredita que a Deus cabe o dom supremo de tudo decidir quaisquer que sejam a situações dos humanos.

Devia saber que é dado adquirido que o amanhã será exclusiva decisão do Ser Supremo. Porquê o “se Deus quiser”? Ou julga que consegue pressionar ou obrigar Deus a cumprir o que parecerá ser um seu ridículo, patético e impositivo desejo?

Bem analisado este caso é sob o ponto de vista religioso um aberrante desacerto linguístico e algo ofensivo quanto ao sentimento religioso da fé e veneração de Deus.

Ainda há que apontar outro aspecto. Este concernente aos cidadãos laicos. Para eles a equívoca fórmula religiosa de despedida, aqui colocada em foco, é-lhes indiferente e, decerto, que nem terá aplicação na sua linguagem corrente.

Como curiosidade assinalo que, em Portugal, temos uma respeitável senhora locutora de Televisão que todos os dias, no seu programa, termina a emissão dizendo “Até amanhã se Deus quiser”. Costumo identificá-la como a “Senhora do amanhã se Deus quiser”. Já tive o cuidado de, numa crónica, lhe recomendar que esteja em permanentes boas graças de Deus, não vá ele um dia aborrecer-se com ela por lhe fazer tantas e repetidas, absurdas recomendações.

Terceiro caso: “À última da hora”.

Esta expressão é repetida até à exaustão. Pela malta e por altas personalidades da nossa Partidocracia.

Faço votos que haja apóstolos do Templo da Sabedoria em Linguística Nacional que ensinem os pecadores do linguajar português de que devem dizer e escrever: À ÚLTIMA HORA.

Fim

MENSAGEM DE LANÇAMENTO DA CANDIDATURA 

A DEPUTADO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, 

ENDEREÇADA AOS 4 MAIORES PARTIDOS 

NA DATA DE 07 DE ABRIL DE 2019

BRASILINO COSTA GODINHO

Apartado 549

3801-901 Aveiro

Tel.: 234 424 431

Tlm: 938 461 241

E-mail: brasilino.godinho@gmail.com

E-mail: brasilino.godinho@ua.pt

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Aveiro, 07 de Abril de 2019

Ao Secretariado do Partido (...)

Exm.ºs Senhores,

BRASILINO DA COSTA GODINHO, cidadão português, nascido a 25 de Outubro de 1931, na cidade de Tomar, residente em Aveiro, desde Fevereiro de 1963, portador do CARTÃO DE CIDADÃO n.01515890, habilitado com os graus de LICENCIATURA EM LÍNGUAS E CULTURAS (Português e Espanhol), e DOUTORAMENTO EM ESTUDOS CULTURAIS – ESPECIALIZAÇÃO EM HERMENÊUTICAS CULTURAIS, estando na plena posse das suas faculdades de alma e considerando:

1.     Que a Assembleia da República nunca teve um membro, deputado, que, genuinamente e com espírito de independência, representasse a faixa etária que in illo tempore foi designada por um deputado da Assembleia da República como sendo peste grisalha.

2.     Que já é mais que tempo de - numa Assembleia onde é dado adquirido que estão representadas todas as faixas etárias, com deplorável e acintosa excepção da que está atingida pela patologia (dir-se-ia epidémica) caracterizada por peste grisalha – tal situação seja invertida e que, finalmente, a lacuna possa ser preenchida na próxima legislatura.

3.     Que atendendo à circunstância de o signatário ser enfermo da peste grisalha e se julgar legítimo representante de quantos cidadãos nela se revêm, decidiu propor-se candidato independente à Assembleia da República, com o propósito de nela ser fiel intérprete dos anseios e legítimos direitos de todos os cidadãos que se encontram infestados com a referida peste e que tão desprezados têm sido pelos diversos órgãos de soberania do Estado.

4.     Que a propositura de uma candidatura independente a deputado da nação, tem de ser formalizada em lista de partido político, conforme os termos do n.º 1, do ARTIGO 151.º, da Constituição da República Portuguesa.

5.     O signatário, por esta via epistolar dirigida aos partidos que actualmente têm assento parlamentar: Partido Socialista, Partido Social Democrata, Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda; vem solicitar que haja da parte de algum dos partidos citados, a imprescindível disponibilidade e correlativa anuência do seu nome figurar na respectiva lista de candidatos a deputados da Assembleia da República, na condição de futuro deputado independente.

(O partido CDS não está incluído na lista de consultados, pelo facto de já ter feito a lista dos seus candidatos à Assembleia da República, segundo a respectiva notícia hoje publicada nos órgãos da Comunicação Social).

O signatário agradecendo a atenção dispensada, apresenta-vos os melhores cumprimentos.

Brasilino da Costa Godinho

Anexo: Press Book,

editado pela Universidade de Aveiro

Nota informativa: até hoje, 22 de Junho de 2019, nenhum dos partidos contactados se dignou responder ou dar notação de ter recebido a mensagem.