Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, outubro 29, 2014


ABREM-SE BOAS PERSPECTIVAS
AO TURISMO PORTUGUÊS...

Brasilino Godinho

De Espanha chegaram hoje animadoras notícias que, decerto, vão encantar as gerências dos hotéis, dos restaurantes e dos mais diversos estabelecimentos comerciais de Lisboa.
Sucederam-se numerosas prisões de governantes espanhóis acusados de diversas falcatruas e de muita corrupção.
É um acontecimento de Espanha que não tem similar em Portugal.
O ter acontecido aquela cousa sem graça nenhuma em Espanha, demonstra que aqueles políticos que 'foram dentro' e alguns mais que estarão prestes a seguir o mesmo caminho, são uns patetas convencidos, simples anjinhos, uns grandes idiotas ou pessoas demasiado incompetentes e dadas a facilidades, sem tomarem as devidas precauções de encobrimento. Deixarem-se apanhar por juízes indiscretos, extremamente atrevidos e muitíssimo desrespeitadores dos bons nomes e melhores imagens dos envolvidos na esquisita operação de básica limpeza em dupla sede de terapêutica e profilaxia político/partidária, é algo que nem passa pela cabeça de Demónio mal intencionado em rápido e ocasional trânsito pelas avenidas de Lisboa. Em Portugal não acontece nada que se lhe assemelhe.
Será que, de imediato, não se percebe isso?
Logo, se conclui que as rapaziadas (governamental e política) espanholas devem ser alertadas e virem céleres aprender em Lisboa como se fazem as cousas à luz do dia, pela calada da noite e pelas madrugadas não dormidas.
Têm na capital portuguesa os melhores mestres da especialidade. Estão á mão de semear. E com uma estadia de alguns meses, relativamente barata, podem (e devem – se, por agora, não forem trouxas e por beneficiarem de um custo de vida mais barato do que em Espanha) fazer na capital portuguesa um promissor estágio de aprendizagem na lucrativa arte em que, pelos vistos, são uns simplórios, desprevenidos, amadores.
Esta, a aliciante e benfazeja perspectiva que se abre no sector do turismo lisboeta.

Caso para nos interrogarmos:
- Será agora que de Espanha virá o 'bom vento e o bom casamento'?
Nós cremos que sim. Está na calha o enlace de mútuas vantagens entre políticos espanhóis ingénuos e inexperientes e reputadas entidades portuguesas mui sabedoras do seu ofício, que, segundo rezam as crónicas de-mal-dizer, integram o famoso circo político português.
Fim

quinta-feira, outubro 23, 2014


Em Lisboa, nos ministérios e empresas de regalo
passam-se os processos pelas portas dos fundos...
Mas, em Portugal, não se passa nada...

Brasilino Godinho

Em tempo não muito dilatado, no ministério da Defesa, Paulo Portas, esteve uma noite e madrugada ocupado a extrair milhares fotocópias, segundo o que veio publicado nos jornais. Mais tarde, descobriu-se que faltam, no referido ministério, documentos (por acaso) relacionados com o famigerado contrato de aquisição de dois submarinos.
Agora, noutros locais afamados, deu-se pela falta de recibos e documentos (por acaso) referentes a negócios em que esteve envolvido Passos Coelho antes de ser chefe do governo.
Que conclusão se extrai destes factos? A de que está acontecendo algo misterioso... Sempre, perdas de documentos correlacionadas com específicas actividades de gente graúda com pouso, cama, mesa, nos palácios da governação nacional.
Vaticino: anda bruxedo nestas trapalhadas dos desaparecimentos de documentos...
E, grande, insólita e emblemática circunstância temporal: no meio ambiente da alfacinha capital prevalece o silêncio das catacumbas do Estado a que chegámos.
Pois o ruído que, por vezes, se ouve é o da chuva a cair e a inundar as avenidas da urbe lisboeta...
Certamente por tudo isso... em Portugal não se passa nada.

Nota: Entenda-se «regalo» como significando vida tranquila:para os administradores.

quarta-feira, outubro 15, 2014

António Costa meteu o pé na... inundação.
Ficou encharcado e transtornado!
Brasilino Godinho
Hoje, madrugada do dia 15, transcrevo notícia (de ontem) do Facebook:
«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, disse hoje que "não existe solução" para as cheias na cidade, refutando as críticas dos partidos da oposição que pedem a execução do plano de drenagem.
"O plano de drenagem não faz desaparecer estas situações. A solução não existe", afirmou hoje o autarca, à entrada para a assembleia municipal, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ocorrência de inundações como as que se registaram na segunda-feira e o impacto que poderá ter o plano.
Segundo o socialista, "não haverá nenhum sistema de drenagem que permitirá evitar situações deste género", podendo apenas "minimizar" o problema.
António Costa reforçou ainda que a situação verificada na segunda-feira nada teve a ver com a falta de limpeza das sarjetas e dos sumidouros.»


Estas declarações do presidente da Câmara Muinicipal de Lisboa suscitam-me uma interrogação:
Quais são os conhecimentos do Dr. António Costa, licenciado em Direito, sobre as disciplinas de Engenharia, de Hidráulica e de Saneamento Básico?
A solução não existe”? Como assim? Com que autoridade técnica se permite o Dr. António Costa fazer uma afirmação de tal gravidade? Espanta os cidadãos conscientes e responsáveis a ligeireza dos políticos em darem palpites sobre assuntos tão delicados que não dominam e que, pela sua natureza, exigem o maior rigor e sabedoria nas respectivas abordagens.
Considere-se como hipótese admissível que - atendendo ao estado de negligência na construção e conservação de redes de esgotos de águas pluviais a que se chegou em Lisboa e na maioria dos municípios do País - as resoluções dos problemas que existem quanto ao mau funcionamento das redes de saneamento básico venham a ser muito onerosas para o Erário.
Mas importa referir que, na maioria dos casos, o problema tem a ver, principalmente, com a elaboração do projecto de construção da rede. Isto é: projecto é mal elaborado e os cálculos dos calibres dos colectores são feitos deficientemente porque pouco se atendeu às eventuais ocorrências das chuvadas críticas, como a recente em Lisboa.
Já no século passado se iniciou o correlativo expediente de encurtar os diâmetros dos colectores por evocadas razões de economia e de poupança dos dinheiros públicos. E ao ter-se procediido assim diminuiram-se as secções de vazão dos canos com o consequente resultado de não comportarem os caudais nas situações das repentinas e volumosas quedas de água. Acresce ainda que, por vezes, na construção das redes não é respeitado o projecto e não há efectiva fiscalização que acompanhe o desenrolar da obra.
Outro factor desfavorável é que os traçados das redes nem sempre são os mais adequados a um regular funcionamento do sistema de drenagem.
Pior, ainda, não se conservarem limpos as sarjetas e os sumidouros e os próprios colectores, desprezando-se, radicalmente, a utilização funcional das câmaras de visita. Sobretudo, nas redes de águas residuais domésticas e industriais é incrível como às câmaras de corrente de varrer não se lhes dá a necessária aplicação à sua específica funcionalidade.
Os meus leitores que têm a rotina da leitura e da assistência aos telejornais já se terão dado conta de que sempre que chove mais intensamente, em cidade ou vila, há grande inundação. E observado, muitas vezes, pessoas que, em situações de ruas transformadas em canais de correntes caudalosas, se afadigam na vã tentativa de desentupir as sarjetas e sumidouros.
Há que anotar que as excessivas impermeabilizações dos solos nos grandes centros urbanos também são um factor de grande risco associado ao fenómeno das inundações citadinas. Lisboa está nessa condição de vulnerabilidade.
Numa cidade como Lisboa e quando há um presidente que assobia para o lado e acrescenta que não há solução para a drenagem da capital, pois vão os lisboetas pondo as barbas de molho porque qualquer dia não serão só as vias rodoviárias (avenidas e ruas) transformadas em rios caudalosos. Também serão os túneis do Metro que, de repente, se tornarão canais de grandes correntes de água. Imaginem a calamidade.


Mais uma vez não consegui ficar indiferente a uma confrangedora assobiadela para o lado de um governante. O tema das inundações tem sido recorrente na minha prática de escrita para o público.

segunda-feira, outubro 13, 2014



O QUE SE CHAMA PEGAR OS TOUROS PELOS CORNOS

      Como leitor atento da brilhante crónica taurina que se segue, tenho a obrigação cívica de felicitar vivamente o autor, coronel Carlos de Matos Gomes.

Brasilino Godinho

Monday, October 13, 2014

",,,,QUE SERVEM PARA NOS TOUREAR"



Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.
Molière. 

BISCATES 
 
por Carlos de Matos Gomes

Para que servem as primeiras páginas dos jornais e os grandes casos dos noticiários das TV?

Se pensarmos no que as primeiras páginas e as aberturas dos telejornais nos disseram enquanto decorriam as traficâncias que iriam dar origem aos casos do BPN, do BPP, dos submarinos, das PPP, dos SWAPs, da dívida, e agora do Espírito Santo, é fácil concluir que servem para nos tourear.
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Desde 2008 que as primeiras páginas dos Correios das Manhas, os telejornais das Moura Guedes, os comentários dos Medinas Carreiras, dos Gomes Ferreiras, dos Camilos Lourenços, dos assessores do Presidente da República, dos assessores e boys dos gabinetes dos ministros, dos jornalistas de investigação, nos andam a falar de tudo e mais alguma coisa, excepto das grandes vigarices, aquelas que, de facto, colocam em causa o governo das nossas vidas, da nossa sociedade, os nossos empregos, os nossos salários, as nossas pensões, o futuro dos nossos filhos, dos nossos netos. 
 .
Que me lembre falaram do caso Freeport, do caso do exame de inglês de Sócrates, da casa da mãe do Sócrates, do tio do Sócrates, do primo do Sócrates que foi treinar artes marciais para a China, enfim que o Sócrates se estava a abotoar com umas massas que davam para passar um ano em Paris, mas nem uma página sobre os Espirito Santo! 
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É claro que é importante saber se um primeiro ministro é merecedor de confiança, mas também é, julgo, importante saber se os Donos Disto Tudo o são. E, quanto a estes, nem uma palavra. 
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O máximo que sei é que alguns passam férias na Comporta a brincar aos pobrezinhos. Eu, que sei tudo do Freeport, não sei nada da Rioforte! E esta minha informação, num caso, e falta dela, noutro, não pode ser fruto do acaso. Os directores de informação são responsáveis pela decisão de saber uma e desconhecer outra.
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Os jornais, os jornalistas, andaram a tourear o público que compra jornais e que vê telejornais.
Em vez de directores de informação e jornalistas, temos novilheiros, bandarilheiros, apoderados, moços de estoques, em vez de notícias temos chicuelinas.
 .
Não tenho nenhuma confiança no espírito de auto critica dos jornalistas que dirigem e condicionam o meu acesso à informação: todos eles aparecerão com uma cara à José Alberto de Carvalho, à Rodrigues dos Santos, à Guedes de Carvalho, à Judite de Sousa (entre tantos outros) a dar as mesmas notícias sobre os gravíssimos casos da sucata, dos apelos ao consenso do venerando chefe de Estado, do desempenho das exportações, dos engarrafamentos do IC 19, das notas a matemática, do roubo das máquinas multibanco, da vinda de um rebenta canelas uzebeque para o ataque do Paiolense de Cima, dos enjoos de uma apresentadeira de TV, das tiradas filosóficas da Teresa Guilherme. 
 .
Todos continuarão a acenar-me com um pano diante dos olhos para eu não ver o que se passa onde se decide tudo o que me diz respeito.
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Tenho a máxima confiança no profissionalismo dos directores de informação, que eles continuarão a fazer o que melhor sabem: tourear-nos. Abanar-nos diante dos olhos uma falsa ameaça para nos fazerem investir contra ela enquanto alguém nos espeta umas farpas no cachaço e os empresários arrecadam o dinheiro do respeitável público.
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Não temos comunicação social: temos quadrilhas de toureiros, uns a pé, outros a cavalo. Uma primeira página de um jornal é, hoje em dia e após o silêncio sobre os Espirito Santo, um passe de peito.

Uma segunda página será uma sorte de bandarilhas. Um editor é um embolador, um tipo que enfia umas peúgas de couro nos cornos do touro para a marrada não doer. Um director de informação é um “inteligente” que dirige uma corrida.
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Quando uma estação de televisão convida um Camilo Lourenço, um Proença de Carvalho, um Gomes Ferreira, um João Duque, um Judice, um Marcelo, um Miguel Sousa Tavares, um Angelo Correia, devia anunciá-los como um grupo de forcados: Os Amadores do Espirito Santo, por exemplo. Eles pegam-nos sempre e imobilizam-nos. Caem-nos literalmente em cima.
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As primeiras páginas do Correio da Manhã podiam começar por uma introdução diária: Para não falarmos de toiros mansos, os nossos queridos espectadores, nem de toureios manhosos, os nossos queridos comentadores, temos as habituais notícias de José Sócrates, do memorando da troika, da imperiosa necessidade de pagar as nossas dividas.
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Todos os programas de comentário político nas TV deviam começar com a música de um passo doble. Ou com a premonitória “Tourada” do Ary dos Santos, cantada pelo Fernando Tordo.

O silêncio que os “negócios “ da família "Dona Disto Tudo" mereceu da comunicação social, tão exigente noutros casos, é um atestado de cumplicidade: uns, os jornalistas venderam-se, outros queriam ser como os Espirito Santo. Em qualquer caso, as redacções dos jornais e das TV estão cheias de Espiritos Santos. Em termos tauromáticos, na melhor das hipóteses não temos jornalistas, mas moços de estoques. Na pior, temos as redacções cheias de vacas a que se chamam na gíria as “chocas”.

O que o silêncio cúmplice, deliberadamente cúmplice, feito sobre o caso Espirito Santo, o que a técnica do desvio de atenções, já usada por Goebels, o ministro da propaganda de Hitler, revelam é que temos uma comunicação social avacalhada, que não merece nenhuma confiança.

Quando um jornal, uma TV deu uma notícia na primeira página sobre Sócrates( e falo dele porque a comunicação social montou sobre ele um operação de barragem pelo fogo, que na altura justificou com o direito a sabermos o que se passava com quem nos governava e se esqueceu de nos informar sobre quem se governava) ficamos agora a saber que esteve a fazer como o toureiro, a abanar-nos um trapo diante dos olhos para nos enganar com ele e a esconder as suas verdadeiras intenções: dar-nos uma estocada fatal!
,
Porque será que comentadores e seus patrões, tão lestos a opinar sobre pensões de reforma, TSU, competitividade, despedimentos, aumentos de impostos, gente tão distinta como Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Angelo Correia, Soares dos Santos, Ulrich, Maria João Avilez e esposo Vanzeller, não aparecem agora a dar a cara pelos amigos Espirito Santo?
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Porque será que os jornais e as televisões não os chamam, agora que acabou o campeonato da bola?
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Um grande Olé aos que estão agachados nas trincheiras, atrás dos burladeros!
Carlos de Matos Gomes.
-
Nascido em 24/07/1946, em V. N. da Barquinha. Coronel do Exército (reforma). Cumpriu três comissões na guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais «comandos».

(Texto transcrito do sítio 'AQUI TAILÂNDIA')

domingo, outubro 12, 2014

Magnífico!
Assim é que é falar!
Até que enfim!
Alguém se opõe a Bruxelas.

Está na hora de comparar a firmeza e sentido de Estado dos governantes franceses com a pusilanimidade e subserviência dos governantes portugueses.
Portugueses! Abram os olhos para a triste realidade do Portugal destroçado! – obra e desgraça colectiva prosseguidas por um presidente insignificante, por um governo autoritário e por uma maioria de incompetentes. Todos festivamente alaranjados e exploradores da “QUINTA LUSITANA”.
Brasilino Godinho

Transcrevemos, com a devida vénia, um despacho de Daniel Ribeiro, proveniente de Paris.

Austeridade. Governo francês eleva a 'voz' contra Bruxelas

Primeiro-ministro francês rejeita críticas de Bruxelas. "Somos nós que decidimos sobre o Orçamento. Não aceito lições de boa gestão", afirma Manuel Valls: "É preciso respeitar a França, é um grande país"
Daniel Ribeiro, correspondente em Paris |
10:54 Domingo, 12 de outubro de 2014

Endurece o braço de ferro entre Paris e Bruxelas, sobre o Orçamento francês para 2015. O primeiro-ministro, Manuel Valls, eleva a voz e defende o projeto de lei de finanças do seu Governo, que adia para 2017 o cumprimento pela França do limite de 3% de défice. Para 2015, ano em que o país deveria atingir essa meta (depois de já ter beneficiado, em 2013, de um anterior adiamento de dois anos, o Governo francês prevê um défice de 4,3 %.

"Somos nós que decidimos sobre o Orçamento, o que unicamente pedimos aos europeus é que tenham em conta a realidade que infelizmente se impõe a todos: a crise que mina a zona euro", declarou neste sábado à noite Manuel Valls.

O primeiro-ministro francês respondeu desta forma ao presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Djsselbloem que, em entrevista à agência Reuters,  disse: "Temos a impressão que o projeto de Orçamento da França está bastante longe do objetivo, a um tempo em termos de défice nominal e de medidas efetivas, no que respeita ao défice estrutural e ao número e à qualidade das reformas que devem ser realizadas”.
"Já tínhamos dado à França dois anos e a questão é: como utilizaram eles (os franceses) este tempo? Para ser franco, creio que não utilizaram este prazo para fazer reformas", acrescentou o presidente da zona europeia.

Na resposta, Manuel Valls foi contundente: "É preciso respeitar a França, é um grande país. Não aceito lições de boa gestão. Peço a cada um muito sangue-frio, muito respeito, sobretudo da parte dos parceiros europeus".
Além disso, o chefe do executivo francês diz que os custos das intervenções militares francesas no estrangeiro deverão ser tidos em conta por Bruxelas na sua apreciação sobre o Orçamento: "As nossas intervenções militares e financeiras devem ser integradas... A França, com a Grã-Bretanha, assume as suas responsabilidades, não apenas para defender a Europa, mas também o Mundo".

Já Michel Sapin, ministro francês das Finanças, atacou frontalmente o presidente do Eurogrupo. "O senhor Djsselbloem não é a Europa, não representa a Europa!", exclamou.



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quinta-feira, outubro 09, 2014



A CENSURA QUE SE FAZ EM PORTUGAL
Um testemunho elucidativo


Brasilino Godinho

Ontem, publiquei a minha crónica sobre o DIÁRIO DE NOTÍCIAS e os jornalistas Baptista Bastos e João Marcelino, na qual fazia referência à censura encoberta que se vem praticando em Portugal.
Hoje, estou aqui a transmitir aos leitores a mensagem (suscitada pela leitura da referida crónica) que recebi, ao início da tarde, do Eng,º Manuel Andrade, actualmente residindo em Marrocos, meu conhecido e amigo desde os meados do ano 2004. O que faço precedendo sua autorização.

É um espontâneo testemunho. Bastante elucidativo. Importante!


Manuel Andrade

12:30 (Há 2 horas)

para mim


AMIGO E SR BRASILINO
 A JUNTAR  TENHO AINDA O FACTO DE HA ALGUNS ANOS ATRAS EU E UM AMIGO MEU  O TOME FOMOS A LIVRARIA DO DIARIO DE NOTICIAS NO ROSSIO, EM LISBOA. EU QUERIA COMPRAR UM LIVRO “A QUINTA LUSITANA” PARA OFERECER AO TOME. ENTÃO NOS FOI DITO QUE O LIVRO NÃO EXISTIA.
AQUELE ABRAÇO
 MANUEL ANDRADE


Vale a pena acrescentar que - partindo de Lisboa, da mesma empresa editorial do Diário de Notícias, umas semanas antes desta ocorrência e através do telefone - um director intimava o gerente da livraria (a filial) que existia no Forum de Aveiro, a retirar o livro da montra, plenamente sabedor que, nas duas últimas semanas, era a obra mais vendida.
 Repare-se no embuste de a mesma empresa ter os seguintes procedimentos:
  • vende o livro A QUINTA LUSITANA com sucesso em Aveiro, durante duas semanas. Foi a obra que, nesse espaço de tempo, teve mais vendas. Não lhe agradando a situação – o que, desdo logo é muito estranho sob o ponto de vista comercial - impõe a retirada da montra dos exemplares que nela estavam expostos;
  • em Lisboa, na livraria do Rossio, tendo alguns exemplares em armazém, afirma que o livro A QUINTA LUSITANA não existe.
Poderia acrescentar mais relatos de actos censórios de que tenho sido vítima. O que seria repetir o muito que tenho escrito sobre esta vergonhosa prática; mais perversa - assinalo - do que aquela que estava institucionalizada no Estado Novo.
Por agora, fica este registo para a posteridade e para calar de vez os intrujões e os idiotas que andam por aí proclamando que não há censura em Portugal.
Fim

quarta-feira, outubro 08, 2014


O 'Diário de Notícias', subtilmente criticado...
O Baptista'magoado' e bastante elogioso...
O Marcelino que nem deve tocar o hino...


Brasilino Godinho

Hoje, quarta-feira, 8 de Outubro de 2014, o 'Diário de Notícias' publica a crónica 'Ponto final', de Baptista Bastos.
Nela, o conhecido jornalista dá-nos a conhecer que lhe aconteceram duas desgraças:
  • que foi afastado do quadro de colaboradores do 'Diário de Notícias';
  • que meteu (não o pé... como seria previsível) a mão na poça... imunda da censura que existe em Portugal.
Em referência ao afastamento não nos compete ajuizar.
Já no que concerne à segunda desgraça temos a obrigação cívica de tecer breves considerações; também por respeito para com o público e para que se realce a ligeireza com que em Portugal se elevam aos altares indivíduos que são grandes pecadores e que devido a essa condição nem são merecedores da admiração dos seus concidadãos.
Baptista Bastos, no artigo em causa, põe ênfase em duas componentes que muito sobressaem no contexto do mesmo: os lamentos que expressa com certa amargura; e os rasgados elogios ao anterior director do jornal, João Marcelino; que, acintosa e desmedidamente, inscreve em contraposição com o tratamento que agora lhe foi dispensado pelo Diário de Notícias – anote-se que a actual direcção do jornal não lhe censurou o texto.
É sobre esta parte elogiosa referente a João Marcelino, do artigo de Baptista Bastos, que recai a nossa atenção e a que se vão cingir os comentários que se seguem.
Escreve Baptista Bastos que o seu amigo João Marcelino tem grandeza, possui rectidão de carácter e pratica a cortesia.
Sobre a grandeza do jornalista João Marcelino diremos, simplesmente, que de facto muito imperfeita e primária ela é. Por isso, ninguém se dá conta dos seus resquícios; exceptuando os amigos, como Baptista Bastos.
Rectidão de carácter? Cortesia? Decerto que andam pelas ruas da amargura. Estamos conversados sobre esta matéria.
Mediante prova concreta acessível ao público, patente no livro A QUINTA LUSITANA, explicitamos:
Bem nos lembramos que João Marcelino, nome que fixámos ad perpetuam, e que aparece frequentemente na Televisão a lançar de si opiniões sobre futurologia política, era director do diário 'Correio da Manhã' na noite de 7 de Abril de 2004. Nessa noite, pelas 23h:30', precedendo aceitação do texto por parte do consultor jurídico do jornal, executada a 'maquete' (temos fotocópia) pelas 17 horas e quando a respectiva grelha ia ser metida na máquina impressora, o director João Marcelino, inopinadamente, através do telefone interno, deu ordem peremptória a proibir a publicação da minha Carta Aberta a José Saramago, como anúncio pago (Publicidade) - a carta aberta a Saramago veio, na mesma altura, a ser publicada no Diário de Aveiro, de 16 de Abril de 2004 e no semanário lisboeta Tal & Qual, de 23 de Abril de 2004.
Sobre esta inqualificável atitude do jornalista João Marcelino não vamos poupar nas palavras: Ela foi um ignóbil acto de censura.
E afirmamos que quem assim procede à sorrelfa, pela calada da noite, director de jornal com responsabilidades de integral cumprimento dos deveres deontológicos, não tem grandeza moral, nem maturidade ética, tão-pouco virtude cívica. Menos ainda que se lhe possa atribuir rectidão de carácter e nele aperceber hábitos comportamentais de cortesia.
O facto relatado teve uma utilidade: ser demonstração inequívoca da prática da censura que é feita, sub-repticiamente, nos órgãos de comunicação social em Portugal.
Finalmente, uma última observação: este episódio de elogios excessivos a um jornalista com telhados de vidro é, também, exemplo de como funcionam em Lisboa certas sociedades, mais ou menos afamadas, de elogios mútuos fraternalmente repartidos.

segunda-feira, outubro 06, 2014


O mistério do fotocopista Paulo Portas

Brasilino Godinho

Imaginando uma história afim da realidade

Para bem nos situarmos na complexidade da mágica de prestidigitação que envolve o intrigante mistério do fotocopista Paulo Portas e das milhares fotocópias que tirou de documentos arquivados no ministério, durante uma noite e madrugada não dormida, mas de presumível azáfama operativa na véspera de cessar funções de ministro da Defesa Nacional, comecemos por imaginar que:
  1. Hoje um jornal diário traz a notícia de que anteontem um modesto trabalhador do Ministério da Defesa Nacional na véspera de cessar as suas funções, em vez de sair no termo do seu horário de trabalho, às 17:30', deixa-se ficar nas instalações e já sem a presença dos restantes funcionários, inicia a exaustiva tarefa de fotocopiar milhares e milhares de documentos. Tarefa que se prolongou por toda a noite e madrugada. Ao que se supõe, o funcionário terá sido ajudado por alguns comparsas amigos.
  2. Anos depois (quando já o facto estiver esquecido pelo público), talvez que, por consequência, descobre-se que desapareceram alguns importantes documentos relacionados com a aquisição de submarinos a uma empresa da Alemanha.
Sobre o caso a que alude o ponto 1 interrogamos o leitor:
a). Qual a razão do funcionário, por seu livre arbítrio, extrair fotocópias de documentos dum órgão tão importante do governo e, possivelmente, com teores de grande confidencialidade e de extrema relevância nacional? Que aplicação lhes dará? O que, o prevaricador, numa acção preventiva, pretende encobrir e (ou) justificar de expedientes e matérias ilícitas? Suas práticas irregulares ou de terceiros que quer proteger?
b). O delito do funcionário é muito grave. Transgride as normas da legalidade que lhe são aplicáveis. É um abuso de confiança e de exorbitação de poder. Ofende os preceitos da ética. Implica a necessidade de investigação judicial porque está em jogo: quer a indevida apropriação de património; quer o custo de materiais utilizados em proveito pessoal; quer a própria segurança da República.
c). Pensemos: Que vai acontecer ao modesto funcionário que cometeu o delito?
Certamente, que será aberto um inquérito, haverá um processo disciplinar e feita a averiguação da responsabilidade criminal. De pronto, é constituído arguido; rapidamente, é julgado e condenado.

A realidade afim da hsitória imaginada

A realidade que vamos expor tem a ver com o denso mistério do fotocopista Paulo Portas.
Ao tempo da saída de Paulo Portas do Ministério da Defesa Nacional alguns jornais noticiaram que o governante, na véspera do dia último de exercício das funções de ministro da Defesa Nacional, tinha passado a noite e a madrugada (entretido... será o termo apropriado?) a extrair milhares de fotocópias.
Uma actuação anómala, incompreensível e de contornos obscuros, porque não pode ser dissociada da corrupção assinalada na compra dos submarinos e de outros equipamentos militares. Anote-se que os corruptos alemães envolvidos no fraudulento negócio já foram condenados pelos tribunais germânicos, enquanto em Portugal decorrem há vários anos investigações sem fim à vista; provavelmente, programadas para se articularem com o regime das prescrições.
Ainda há poucos dias um jornalista do diário i deu informação de que, para além dos membros da família Espírito Santo, havia alguém que teria recebido milhões de luvas do negócio dos submarinos. Quem? Que diz a Justiça? Nada!
As autoridades judiciais estavam distraídas e alhearam-se da extrema gravidade delituosa que é de atribuir a tal actuação de Paulo Portas. Anote-se que nem um simples inquérito ou processo disciplinar foi realizado (a propósito: os ministros deviam estar sujeitos a processos disciplinares sempre que indiciados em ilícitos). Os jornalistas assobiaram para o lado. Os governantes e políticos de todos os partidos não lhe dispensaram a devida ponderação.
Há tempos apurou-se no Ministério da Defesa Nacional (repare-se: não é um qualquer ministério de somenos importância) que desapareceram documentos. Quais? Imagine-se: logo haviam de desaparecer os documentos relativos às compras de equipamentos militares, incluindo os famigerados submarinos.
Quer a actuação delituosa de Paulo Portas, quer o desaparecimento de documentos do ministério que chefiou, aconteceram impunemente sem ter havido séria e competente investigação sobre as duas esquisitas situações.
De registar que na semana transacta uma comissão da Assembleia da República concluiu um apelidado inquérito parlamentar que se limitou a isentar de responsabilidades os políticos que, de algum modo, lidaram com os processos de aquisição dos equipamentos militares. Aliás, uma conclusão prevista desde que devidamente compatibilizada com os expedientes de alijar responsabilidades, muito usuais na referida assembleia. Todos sabemos que os inquéritos parlamentares se traduzem em dois procedimentos: de condenar quantos investigados integrantes das minorias; de ilibar os prevaricadores pertencentes aos partidos da maioria.
Em vista disso e, a título de excepção, com um pouco de indulgência, dizemos aos deputados protagonistas dessas comédias dos inquéritos parlamentares o seguinte: contemplem-se na desfaçatez e festejem-se até ao exaustão, no gozo das vossas incoerentes, ilógicas e falseadas decisões. Até a um dia... de higienização geral que tarda em chegar.
Pela nossa parte, caros e atentos leitores, deixemo-nos de tretas. Sejamos objectivos: se milhares de documentos foram no Ministério da Defesa Nacional abusivamente fotocopiados por Paulo Portas em violação de todos os preceitos regulamentares, das normas legais, de elementares regras da Ética e dos imperativos deveres concernentes à Deontologia Governativa, então por que nem admitir que nessa mesma madrugada tenham levado sumiço os tais documentos, porventura muito comprometedores? E se assim terá sido, qual o motivo porque a Paulo Portas não se atribuem todas as responsabilidades? E como não investigar com rigor o aludido procedimento de Paulo Portas? Quem de direito está à espera de quê? E porquê?
Uma última e crucial interrogação: A explicação do que se passou com a negociata dos submarinos e as contrapartidas previstas e nunca devidamente concretizadas, não terá a haver com esta história nunca bem contada das fotocópias do fotocopista Paulo Portas? Talvez que nela esteja fixada a grande matriz do escândalo que vai flutuando nas águas muito turvas e conspurcadas da política nacional.
Deixo as perguntas. Também declaro a minha convicção de que não virá a público nenhuma resposta.
Pela simples razão de Portugal ser um dos países onde:
- mais existe a corrupção;
- subjaz o compadrio e o clientelismo;
- bastante se valoriza a mediocridade e a ignorância encartada;
- muito se aplaude o oportunista e o vendedor de banha da cobra;
- está instalado o medo,
- prolifera a prática da perseguição e vingança por parte dos governantes;
- não há uma justiça que puna exemplarmente os poderosos pelos actos ilícitos; - - existe uma generalizada apatia face à gravíssima degradação sociopolítica vigente.
Fim

Nota marginal – Mais uma preciosidade do Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, apresentada há instantes na TVI.
A hipocrisia consagrada como valor máximo a prosseguir a bem do triunfo da coligação nas próximas eleições legislativas.
O professor advoga que custe o que custar nunca Passos Coelho, Paulo Portas e os dois partidos da coligação, devem transmitir aos portugueses a impressão de que estão desavindos ou com problemas de relacionamento e opiniões divergentes sobre as orientações políticas.

Ou seja: o professor Marcelo entende que é preciso disfarçar. Fingir que estão unidos. Se a coligação quere ganhar as eleições têm de proceder assim. O país nãp importa. Nem a deplorável situação da maioria dos cidadãos portugueses lhe merece atenção. O que interessa ao professor Marcelo, a Passos Coelho, Paulo Portas e aos seus dois partidos é o domínio do Poder e as correlativas benesses e mordomias – numa palavra: a efectiva exploração da QUINTA LUSITANA, sem obstáculos ou impedimentos.
Fiquemos com a certeza: valor importante para o professor Marcelo é o exercício continuado da hipocrisia e do cinismo para muito enganar e confundir os eleitores portugueses. Neste domínio da manipulação das mentes o professor Marcelo sente-se como peixe na água da baía de Cascais. Nesse mar costeiro tem longa prática de flutuação... É consagrado Mestre com créditos firmados e amplamente reconhecidos.
Mais uma grande lição(...) do Professor Marcelo, das muitas semelhantes que tem leccionado ao longo dos muitos anos das suas charlas televisivas.
Enfim, algo bastante elucidativo do elevado magistério moral e superior doutrinação política do famoso comentador televisivo...