Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, junho 29, 2018



150. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
29 de Junho de 2018
A NAÇÃO SOFRE DE MAU-OLHADO…
DECERTO QUE TEM DE IR À BRUXA

01. Quem acompanha atentamente o dia-a-dia da nação portuguesa vai tomando conhecimento da sucessão de desgraças que a atingem; das mais variadas naturezas e diferentes formas, que diariamente ocorrem nas dispersas áreas onde radica o espaço, a coisa e o ser português.
Os meios de comunicação social cumprem a tarefa de informar os indígenas com maior ou menor rigor dessa persistente, tenebrosa desgraceira. Algumas vezes sem nenhum rigor porque, ligados a obscuros interesses, a omitem ou a encobrem ardilosamente.
Ela, a terrível anomalia existencial da nação, expressa-se em domínios tais como: esfera individual, vida societária, actividade política, administração pública, governo, parlamento, autarquias, partidos, sindicatos, banca e alta finança, justiça, instituições hospitalares, forças armadas, milícias de segurança, estabelecimentos de ensino, comunidades religiosas, lojas das seitas maçónicas, capelinhas da Prelatura da Opus Dei, órgãos de comunicação social, actividades desportivas, meios artísticos, grupos associativos, sociedades recreativas e agremiações folclóricas.
Nenhum sector da sociedade é espaço virgem de actos criminosos, de procedimentos ilegais, de falcatruas, de corrupções, de atentados à Moral e à Ética, de negócios fraudulentos e ruinosos para o Erário e património nacional.
A rotina dos procedimentos irregulares, lesivos dos interesses da grei, ofensivos da Moral e das normas de boa conduta e harmonia social, é tão patente e conhecida do público que se dispensa a exaustiva enumeração dos mesmos.
02. Sendo este o negro quadro da existência da nação portuguesa temos, a contragosto, de considerar que há um gravíssimo problema para o qual não se vislumbra rápida e objectiva solução.
E das duas, uma: ou efectivamente se dá um autêntico milagre da Senhora da Ladeira que nos salve a todos desta infernal situação e seja cientificamente comprovado; ou haverá que reconhecer estarmos face a uma maldição de mau-olhado de maligno feiticeiro – e, neste caso, tenhamos santa paciência, haverá que fazer consulta a reputada bruxa que tenha bom currículo profissional na capital alfacinha…
Talvez que com este expediente a coisa (regeneração virtuosa da Nação) vá ao devido sítio…

quinta-feira, junho 28, 2018



149. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
28 de Junho de 2018
FRANCAMENTE, GOSTEI!

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, encontrou-se ontem na sala oval da Casa Branca, com o presidente norte-americano Donald Trump.
Pelo que vi na televisão e foi descrito nos jornais, o presidente Marcelo teve um desempenho da sua alta função de Supremo Magistrado da Nação verdadeiramente honroso e dignificante da Nação.
Deu uma lição de história ao seu interlocutor, mostrou classe, grande à-vontade e pose de estadista. Em momento algum, terá sido subserviente ou manifestado atitude de subalternidade. Não foi arrogante. Mas mostrou segurança na troca de impressões com o seu homólogo. Que desta vez foi discreto e, nalguns momentos, esteve algo contraído – o que não é usual em Trump.
Gostei!
Celebro o acontecimento, até porque, com a idade que tenho (86 anos), nunca vi um presidente português mostrar alguma altivez na pose e no discurso em face aos seus homólogos, como sucedeu agora com o actual presidente.
É inédito, por isso o meu agradável espanto e regozijo. Outrossim, daqui dirijo felicitações ao Presidente Marcelo e a Portugal. A Portugal, porque já era tempo de um Presidente da República não nos envergonhar por fraco ou deprimente desempenho em reuniões internacionais.

sexta-feira, junho 22, 2018

O artigo de Brasilino Godinho sobre o Rossio de Aveiro, aqui inserido, foi publicado na edição do Diário de Aveiro, de hoje, 22 de Junho de 2018



O ACTUAL ROSSIO DE AVEIRO PERDEU A VALIDADE?            
QUAL A RAZÃO?
Brasilino Godinho

Estaria inclinado a dizer que a questão de um renovado Rossio de Aveiro, inoportunamente surgida este ano, me deixou estupefacto.
Seria uma meia-verdade. Não verdade inteira pela razão de que em Portugal já nada me surpreende. Arrisco dizê-lo. Embora com reserva de não impressão infalível.
Boquiaberto, desde logo, pelo facto de ninguém contestar vigorosamente a necessidade da renovação total do parque a ponto de o transfigurar completamente.
Lembro-me que a última renovação do Rossio – que está expressa no actual ordenamento urbano e na formulação paisagística – foi obra planeada e executada logo nos primeiros anos dos mandatos do Dr. Girão Pereira.
Contrariamente ao que se tem verificado ultimamente na discussão sobre o Rossio, a iniciativa de Girão Pereira, foi acatada sem oposição política e malquerença da população, visto que toda a gente reconhecia que algo havia que fazer e melhorar substancialmente.
Agora, deparar-se a obsessão por grandes obras de transfiguração do Rossio julgo ser mais um indício do modismo que se instalou na sociedade portuguesa: de se fazerem grandes obras, com elevados custos para os contribuintes; os quais, vêm os seus dinheiros desbaratados e muito mal utilizados.
Geralmente, pergunta-se: Porquê estas obras e os seus elevados encargos financeiros? Porquê não se toma em consideração que o Estado e as autarquias estão muitíssimo endividados? Porquê esbanjar dinheiros públicos em obras avantajadas (por vezes, supérfluas) quando faltam verbas para cobrirem necessidades básicas na Administração Pública, na Saúde, no Ensino, na Segurança Social, nas Forças Armadas e da Segurança Pública, nas Obras Públicas, na defesa e protecção das florestas? Como ignorar a grave crise financeira do Estado e os tempos difíceis que se aproximam? O que impõe prudência nos gastos públicos.
A resposta dos governantes descuidados ou distraídos vem traduzida em poucas palavras: Porquê? Porque sim! E a condizer em primarismo vocabular, rematam: Prontos!
Claro que se conhece a tendência de muitos autarcas em marcar os seus mandatos com obras sumptuosas de arregalar o olho. E pensam (já ouvi dizê-lo): “Quem vier a seguir que feche a porta”. (Estar habilitado a fazer esta citação é uma vantagem de quem tem 86 anos de fado existencial mui preenchido de experiências múltiplas).
E por referir obras de excessiva grandeza ou de elevada despesa e o gigantismo disfuncional das mesmas, é espantoso que no meio citadino ninguém fale na monstruosa aberração urbanística que é aquela estrutura de ferro que aparenta ser travessia de peões sobre a avenida de acesso ao hospital. Aquilo é um execrável aborto que envergonha a cidade, desvaloriza os técnicos de planeamento urbano e evidencia a que extremo ponto de irresponsabilidade chegaram os governantes que tão mal terão gerido as finanças de uma autarquia enfrentando uma agonia financeira.
Volvendo à questão do Rossio, pergunto: Não será uma falsa questão? Desperta sem racional objectividade. Não haverá outras prioridades a contemplar no imediato? Será que em Aveiro as obras têm prazos de validade? Como o Rossio que foi renovado pelo Dr. Girão Pereira e que nos querem fazer crer que atingiu o termo da sua eficaz utilização. Validade que conta uma existência de aproximadamente 40 anos.
Decerto que, face ao esbanjamento de dinheiros públicos ora programado, haverá conveniência de a autoridade municipal de Aveiro informar os munícipes de que, a partir de agora, as grandes e dispendiosas obras da autarquia passarão a ter a utilização restringida a 40 anos.
Uma última observação: Como é possível admitir-se, com uma ligeireza impressionante, um parque subterrâneo naquele local, junto à ria, em subsolo lagunar, de nível aquífero quase superficial, que acarretaria enormes custos de construção em que sobressaem as fundações e as impermeabilizações? Há noção do volume de tais encargos financeiros?
Se há coisa inadmissível naquele Rossio é precisamente um parque de estacionamento subterrâneo e por ele atrair os inconvenientes fluxos de trânsito.
O enorme gasto de construção do parque subterrâneo de 3 pisos (se bem me recordo) da Praça Marquês de Pombal, que nem as moscas a ele afluem, não é exemplo suficiente para se pôr liminarmente de parte a incrível ideia?
Uma prevenção há que fazer: mesmo que, por absurdo, haja parecer técnico favorável a semelhante solução deve considerar-se que, muitas vezes, os tais controversos pareceres são feitos com o propósito dos seus autores auferirem as altas percentagens de honorários dos respectivos projectos, cobrados em função das grandes estimativas orçamentais; e que em Portugal são, por via de regra, largamente ultrapassadas no final das obras, a que corresponde a actualização dos honorários dos projectos.  
Uma coisa me inquieta e, sobremodo, me surpreende: Na Câmara Municipal de Aveiro, não há ninguém que se aperceba da gravidade da chamada questão do Rossio? E que, de imediato, ponha cobro às despesas com o famigerado projecto?
Oxalá, que o bom senso e o sentido de bem servir a comunidade prevaleçam, contra tudo e contra todos que se obstinem em se determinarem pelos seus preestabelecidos equívocos e deslumbramentos funcionais.

quinta-feira, junho 21, 2018



148. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
21 de Junho de 2018
DEGRADAÇÃO SUPREMA
A QUE CHEGOU A NAÇÃO

01. O mundo português: governantes de boas, regulares e más administrações e de soberbas desgovernações; deputados de todas as deputações; partidos suficientemente quebrados e alguns penosamente alquebrados; inteiriços grupos de interesses vários; empresários matreiros ou de refinada estirpe; sindicalistas de agitadas manifestações e reivindicações; especialistas das mais díspares perversões e corrupções; artistas de diversas artes e engenhos; operários de bastantes ofícios, suportando ancestrais sujeições; intelectuais de abstractas visões no vasto panorama citadino da grande Lisboa e seus arredores saloios; aposentados vergados ao peso de grandes reformas milionárias (como o famoso engenheiro Jardim Gonçalves); administradores inoperantes; religiosos de falsas virtudes; cidadãos de diversas etnias comandados e descomandados sem rei nem roque; fadistas com regular assento nas tascas de Alfama e Mouraria; futebolistas e dirigentes tipo isaltinado e de bruno formato; até prostitutas das Avenidas Novas e do Parque Eduardo VII, da capital alfacinha; enfim, multidões inquietas, sempre prontas a alinhar em movimentações das marias que vão com as outras, sem se aperceberem do rumo que seguem; é todo um singular grupo de criaturas que se conglomeram no recanto mais ocidental da Europa e que está possuído da febre que podemos designar por patologia da protecção de dados.
Toda a gente tem sido convocada para conhecer as linhas com que se cosem os tecidos que aparentem melhor garantir as protecções dos famosos dados que vieram pôr em alvoroço a malta.
Diga-se em abono da verdade (que, por mau sinal, anda por aí pessimamente molestada) o seguinte: contam-se por milhares os muitos indígenas que se interrogam sobre o que seja essa coisa dos dados. E desde logo desconfiam deles. Interrogam-se: Qual a sua natureza? Quantidade? Formato? Embrulhados? Qual a embalagem? Quem os dá? Com que misteriosa finalidade? Onde eles se encontram? E têm razão de ser?

Depois, em reforço de contraposição, observa-se: nesta época de generalizado egoísmo, como admitir o surgimento súbito de inúmeros dados que deixam aturdido o gentio. Aliás, haja a percepção de que “quando a esmola é grande o pobre desconfia…”

02. Explicitado o português quadro negro no qual encaixa todo o dispositivo legal da protecção de dados importa referir que se é assim tão abrangente a preocupação que ela suscita e vigorosa a amplitude de meios e de funcionalidades que lhe dão largo suporte e configuração de garantida eficácia; também há que considerar absolutamente reprovável que a poderosa arma de defesa e protecção exclua o maior, mais importante e superlativamente valioso dado de Portugal e de todos os portugueses: a LÍNGUA PORTUGUESA.
Dos milhões de dados que preenchem os discos rígidos dos computadores que integram os equipamentos informáticos do Estado, o dado LÍNGUA PORTUGUESA é o único excluído da fortaleza protectora. Ele não está protegido contra a sanha de agressões, de assaltos furtivos e dos ataques destruidores.
O que reflecte o desprezo dos governantes e de muitos indivíduos nativos pela língua nacional. Enquanto promovem exageradamente, intramuros, o inglês e o chinês. Assim renegando o valor, a importância e o prestígio de uma língua falada por 250 000 000 de pessoas dispersas por diversas comunidades em todo o Mundo.

Uma conclusão a extrair: estamos chegados a um nível de suprema degradação nacional.