Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, junho 21, 2018



148. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
21 de Junho de 2018
DEGRADAÇÃO SUPREMA
A QUE CHEGOU A NAÇÃO

01. O mundo português: governantes de boas, regulares e más administrações e de soberbas desgovernações; deputados de todas as deputações; partidos suficientemente quebrados e alguns penosamente alquebrados; inteiriços grupos de interesses vários; empresários matreiros ou de refinada estirpe; sindicalistas de agitadas manifestações e reivindicações; especialistas das mais díspares perversões e corrupções; artistas de diversas artes e engenhos; operários de bastantes ofícios, suportando ancestrais sujeições; intelectuais de abstractas visões no vasto panorama citadino da grande Lisboa e seus arredores saloios; aposentados vergados ao peso de grandes reformas milionárias (como o famoso engenheiro Jardim Gonçalves); administradores inoperantes; religiosos de falsas virtudes; cidadãos de diversas etnias comandados e descomandados sem rei nem roque; fadistas com regular assento nas tascas de Alfama e Mouraria; futebolistas e dirigentes tipo isaltinado e de bruno formato; até prostitutas das Avenidas Novas e do Parque Eduardo VII, da capital alfacinha; enfim, multidões inquietas, sempre prontas a alinhar em movimentações das marias que vão com as outras, sem se aperceberem do rumo que seguem; é todo um singular grupo de criaturas que se conglomeram no recanto mais ocidental da Europa e que está possuído da febre que podemos designar por patologia da protecção de dados.
Toda a gente tem sido convocada para conhecer as linhas com que se cosem os tecidos que aparentem melhor garantir as protecções dos famosos dados que vieram pôr em alvoroço a malta.
Diga-se em abono da verdade (que, por mau sinal, anda por aí pessimamente molestada) o seguinte: contam-se por milhares os muitos indígenas que se interrogam sobre o que seja essa coisa dos dados. E desde logo desconfiam deles. Interrogam-se: Qual a sua natureza? Quantidade? Formato? Embrulhados? Qual a embalagem? Quem os dá? Com que misteriosa finalidade? Onde eles se encontram? E têm razão de ser?

Depois, em reforço de contraposição, observa-se: nesta época de generalizado egoísmo, como admitir o surgimento súbito de inúmeros dados que deixam aturdido o gentio. Aliás, haja a percepção de que “quando a esmola é grande o pobre desconfia…”

02. Explicitado o português quadro negro no qual encaixa todo o dispositivo legal da protecção de dados importa referir que se é assim tão abrangente a preocupação que ela suscita e vigorosa a amplitude de meios e de funcionalidades que lhe dão largo suporte e configuração de garantida eficácia; também há que considerar absolutamente reprovável que a poderosa arma de defesa e protecção exclua o maior, mais importante e superlativamente valioso dado de Portugal e de todos os portugueses: a LÍNGUA PORTUGUESA.
Dos milhões de dados que preenchem os discos rígidos dos computadores que integram os equipamentos informáticos do Estado, o dado LÍNGUA PORTUGUESA é o único excluído da fortaleza protectora. Ele não está protegido contra a sanha de agressões, de assaltos furtivos e dos ataques destruidores.
O que reflecte o desprezo dos governantes e de muitos indivíduos nativos pela língua nacional. Enquanto promovem exageradamente, intramuros, o inglês e o chinês. Assim renegando o valor, a importância e o prestígio de uma língua falada por 250 000 000 de pessoas dispersas por diversas comunidades em todo o Mundo.

Uma conclusão a extrair: estamos chegados a um nível de suprema degradação nacional.