Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, setembro 30, 2013

Via Internet recebemos e aqui inserimos.
Brasilino Godinho





ANTONIO COSTA abriu a boca.
Comentadores e analistas políticos não têm a coragem de dizer o que disse António Costa, em menos de 3 minutos, no programa "Quadratura do círculo".


LEMBRAR

E aqui está textualmente o que ele disse (transcrito manualmente):

(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.

E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.

Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer isto? Podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!

A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.

Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."

domingo, setembro 29, 2013



Um AMIGO (que não se confunde com os "amigos da onça") enviou-me a mensagem que aqui, no blogue "A Quinta Lusitana", transcrevo em sinal do meu reconhecimento pelo seu genuíno carácter.
E, a bom propósito, tomemos consciência - da insofismável verdade - de que é nas horas difíceis que se conhecem os AMIGOS. Os verdadeiros!
Brasilino Godinho
AMIGOS E CAMINHOS

Vá frequentemente à casa de  um amigo, pois as ervas daninhas obstruem o caminho não usado.
Ralph Waldo Emerson


Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
Amir Klink

Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você.
Kim Hubbard

Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno

Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão.
Benjamin Franklin

Amigo é aquele diante de quem podemos pensar em voz alta.
Ellen G. White

Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.
Antoine de Saint-Exupéry

O melhor espelho é um velho amigo.
George Herbet

Escreve na areia as faltas de teu amigo.
Pitágoras

Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui.
Clarice Lispector

Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
Sócrates (filósofo grego).

A amizade é um amor que nunca morre.
Mário Quintana

Um amigo seguro revela-se na adversidade.
Eurípedes
Nunca é longe demais o caminho que nos conduz à casa de um amigo.
Juvenal.

segunda-feira, setembro 23, 2013

MACHETE,
O MÁGICO DO PALEIO GOVERNAMENTAL...

Brasilino Godinho

01. Os portugueses vão-se acostumando penosamente às sucessivas desgraças que procedem da área governamental. E, geralmente - estando elas associadas aos emblemáticos protagonistas e figurantes do insuportável elenco teatral de marionetas, designado por governo e desenvolvendo-se rotineiramente - acontece que os pacatos cidadãos nem se dão conta que nelas se representam apuradas artes de prestidigitação, de malabarismo e de contorcionismo físico e mental desses contumazes acrobatas que se exibem no circo político que se reparte entre o Largo de São Bento e o Terreiro do Paço, na alfacinha cidade.
Daí, que os deprimentes espectáculos se repitam sem suscitarem a devida apreciação repulsiva dos cidadãos contribuintes.
Tais representações de obscurante, dramática e trágica teatralidade, vão arrastando o país para o abismo e a maioria da população para o empobrecimento, com todo o cortejo de sacríficios e tormentos que lhe são subjacentes.
E se no campo material os efeitos são tenebrosos, na área dos valoes atinentes à Moral, à Ética, à Política, à Sociometria, à Democracia e à Cultura, as consequências deletérias e calamitosas nem serão menos devastadoras.
E aqui, temos de nos confrontar com a perversa fala dos governantes: desvirtuadora da realidade, ofensiva da inteligência do indígena, manipuldora das consciências e mentirosa na formulação dos dados, dos comentários e dos relatos ou declarações sobre factos da gestão dos negócios públicos e da vida pessoal e profissional de cada grande finório da situação político/governamental.
Desde logo, sob este focado elemento - da mentira - do discurso dos governantes, o destaque vai para o actual chefe do governo - e para uma numerosa lista de governantes que o precederam. Outros ministros da actual época do circo político e do folclore governamental, como Miguel Relvas, Victor Gaspar, Paulo Portas, Maria Luís Albuquerque, Rui Machete, têm sido acusados de mentir em diversas instâncias do Poder e perante os órgãos da Comunicação Social.
Neste preciso domínio das vigentes impunidade e irresponsabilidade dos audaciosos governantes, importa fazer um reparo muito simples: é indmissível que alguém detentor de um alto cargo do Estado use a mentira para encobrir as suas faltas, sejam elas quais forem. Uma pessoa que não tem coragem e hombridade para assumir as suas responsabilidades não pode ser um governante sério, digno, competente, isento, respeitável e credenciado para o exercício das funções oficiais.

02. A primeira página do Diário de Notícias, edição de hoje (domingo, 22 de Setembro de 2013), insere a seguinte informação:
"Machete diz que negou ações da SLN por engano".
Também atribuída a Machete a afirmação que circula pela Internet e órgãos da Comunicação Social, de que houvera cometido uma "incorrecção factual" ao referir-se à acusação de que mentira no parlamento da República sobre as suas relações e situação de accionista da Sociedade Lusa de Negócios - a proprietária do falido banco BPN, de José Oliveira Costa.
De concreto, estamos perante um golpe mágico de linguagem que se antevê com profundas consequências no devir da nação portuguesa.
Em primeiro lugar, é um achado oportunístico e falaccioso, surpreendente, que se minta por engano. Esta contingência de um indivíduo mentir por engano, se admitida em consenso geral ou em articulado de código de conduta e (ou) disposição legal, virá a ter muitas e graves implicações de ordem sociológia e até judicial. Isto porque toda a gente erra e um erro não é um acto ilícito. Logo, ficam abertos os campos da improcedência e da impunidade em sede de julgamento judicial, visto que os depoimentos poderão ser mentirosos e, uma vez considerados formulados por engano, ainda que por distração inoportuna, deixam de ser sancionados pelo código penal. A ministra da Justiça e a Magistratura Judicial que se cuidem.
Todavia, é na descoberta da expressão "incorrecção factual" como dessignativa da mentira que Rui Machete atinge o paroxismo da imaginação criadora, o esplendor da subtileza artificiosa e a plenitude da sageza relacionada com a chamada esperteza saloia...
O que, matéria congeminada por Machete, está em sintonia com o denunciado sentir dos governantes relativamente aos indígenas. Pois que as excelências governamentais partem do pressuposto que os cidadãos são mentecaptos e permanecem entorpecidos no pântano onde se acoita a parolice. E porque supostamente radicados nesse estádio de debilidade mental não se apercebem das prendadas e artificiosas elaborações, características do paleio bacoco e hipócrita, a que se dedicam as inteligências que tão proficientemente(...) desgovernam e nos prodigalizam desatenções, agravos e inúmeras violências de múltiplas naturezas e formatos.
Sintetizando: a ministra Paulinha da justiça à portuguesa - esta, a complexada gémea da injustiça - que passa pelas ruas das muito sentidas armaguras do nosso quotidiano e os magistrados a quem cabe a ingrata tarefa condicionada de a administrar, enfrentam mais uma contrariedade de suma dificuldade para ultrapassar e um complicado quebra-cabeças para resolver, face às implicações que advirão da prevalência da incorrecção factual em sucedàneo da mentira que se descortinam no horizonte próximo.

03. Realce-se: incorrecção factual - essa grande e sublimada descoberta de Rui Machete, que, no exercício das funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, está naturalmente predestinado para cometer incorrecções factuais - eventualmente, com graves danos para Portugal e a possibilidade de formatar, ao mais alto nível da estrutura do Estado, uma deprimente imagem dos portugueses. Neste ponto, o presidente Cavaco Silva deve estar a pau. Em estdo de alerta para evitar que tenha de pôr a bandeira a meia-haste - o que, a acontecer, seria reflexo de mais uma desgraça nacional.
Uma coisa é certa: Rui Machete fica com lugar marcado na história pátria. Ninguém lhe vai tirar o título do português, extraordinário mágico, inultrapassável alquimista, que conseguiu a estupenda invenção da sua específica pedra filosofal - ou seja: a substância milagrosa que transforma (já transformou...) a rudeza metálica, cinzenta, repugnante, da mentira, na suave, cativante, macieza aveludada de uma agradável matéria plástica dourada que designou por incorreccão factual.
Por isso e definitivamente, fixemo-nos nesta certeza: foi o governante Rui Machete que, parte interessada na questão debatida em público, determinado e objectivo, criou os conceitos de que se mente por engano e que mentir é, simplesmente, uma incorrecção factual. Insistimos: Simplesmente, brilhante!...
Sem pretensões de a Machete lhe ofuscar a celebridade e servir de impedimento a eventuais proventos da descoberta, deixamos uma sugestão que dará maior abrangência ao seu conceito de incorrecção factual. Propomos que a mentira também seja uma incorrecção formal.
É o caso de que com a incorrecção formal e em sede judicial, se poupar na despesa da justificação e se evitar o incómodo das explicações sobre os factos. Muito simples, mais funcional e... supostamente bastante compensatório e de cauteloso resguardo e protecção para os atrevidos e desenrascados mentirosos.

Nota importante: Se nos é permitida a nossa condição de português e contribuinte
aqui lançamos uma lembrança/recomendação ao Supremo Magistrado da Nação.


À atenção do Venerando Chefe do Estado,
professor, doutor, Aníbal Cavaco Silva:
O governante, cidadão Rui Machete, por natural e valorosa decorrência do narrado feito de descoberta (ou achamento) da sua pedra filosofal, é um sério candidato à outorga de condecoração da Ordem de Cristo (mui ligada aos Descobrimentos) com o alto grau de Grande Oficial, em próxima celebração do Dia da Raça, 10 de Junho.
A BEM DA NAÇÃO


Esta crónica foi escrita ao arrepio do novo acordo ortográfico.
Aliás, todos os meus artigos são escritos nesta conformidade.
Brasilino Godinho