A Quinta Lusitana
Entre nesta "quinta"! Atente na sua beleza formal! Apodere-se do seu "recheio"! Pondere... Divirta-se com as paródias e os "artistas" do circo... Resista à tentação de chorar face aos quadros mais tristes... E recupere a auto-estima!... Visto, lido e respigado: Vai gostar!... Também, no seu interior, conheça de quantos irão detestar a QUINTA LUSITANA... Do mesmo modo, vai saber porquê...
Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!
SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA
SE FIXOU TODINHA EM LISBOA
NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...
Motivo: A "QUINTA LUSITANA "
ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...
QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...
e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!
SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA
SE FIXOU TODINHA EM LISBOA
NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...
Motivo: A "QUINTA LUSITANA "
ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...
QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...
e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho
segunda-feira, outubro 28, 2013
Governo,
acossado, em apuros...
Prepara-se
para descalçar a bota...
Delimita
o terreno. Transforma-o em campo de minas...
Por
Brasilino Godinho
Segue-se
a novela...
O
cenário está montado!
Os
"artistas" ligados à governação vão ensaiando, aos
tropeções, os desempenhos!
A
publicidade já está seguindo seu rumo de manipulação dos
portugueses.
O
desfecho está programado!
Pois
que o governo elaborou o ORÇAMENTO DE 2014 incluindo medidas
inconstitucionais com o deliberado objectivo de provocar o chumbo do
Tribunal Constitucional e, a seguir, se arvorar em vitima e proclamar
que não tem condições para governar.
Isto
é o que está à vista!
Ocorre
perguntar: E o que de programa de textura dramática estará em
arquivo nos esconsos dos palácios de São Bento e de Belém?
Esta,
uma grave, acrescida, preocupação. Precisamente agora que, segundo
a "descoberta" do presidente Cavaco, os gabinetes estão
possuídos da faculdade de falarem entre si... E que se entendem
bem...
Ainda
por cima, gabinetes com interessantes, operativos, laços familiares...
Fim
terça-feira, outubro 22, 2013
Registo
de um jornalista,
tal
qual como membro
da
subfamília coelhal...
Por Brasilino
Godinho
"EM
FEVEREIRO
VOU
A
ANGOLA"
"Como nunca
consigo visto -
tal como os meus
colegas do
Expresso - em
fevereiro entro
na comitiva de
Passos e vou
a Luanda. Como
sempre, serei
muito bem tratado.
Como
sempre, tudo ficará
na mesma".
(Expresso,
edição de 19 de Outubro de 2013, 1.º Caderno, p. 03.)
01.
Caracterização do escrito
Escrito
elaborado como da maior transparência...
Escrito exibido
como se estivesse fixado na portada da coutada de caça ao manhoso e
fugidio coelho, sita na região saloia de Lisboa...
Escrito lido
como ornamento circunstancial da fachada de uma construção de
desencanto...
Escrito
indiciador de sombria malformação arquitectónica...
Escrito a
suscitar a ideia de inconfidência com origem na subfamilia
representada ao mais alto nível do governo pelo grande Coelho
(desorientado, sem rumo certo, em apuros) e pelo pequenote Paulo
(Portas a dentro, irrevogavelmente desacreditado e consumido).
Escrito aqui
respigado por causa das repelentes moscas que, como se sabe, poluem o
ambiente, são transmissoras de penosas infecções e, por vezes,
abusando da nossa tolerância, nos irritam e chagam a paciência...
(Caso para nos lembrarmos da célebre "mosca da televisão"
que parece ter dado às de vila-diogo para parte incerta...).
02.
Daí que:
-
Lei-se e pasma-se!
(Quem
apresenta o escrito é Ricardo Costa, director do Expresso).
03.
Ricardo Costa, à semelhança de Cavaco Silva, sabe tudo e, com
inusitada segurança, faz previsões infalíveis.
Resoluto
(leia-se: firme e despachado q. b.), peremptório, terminante,
decisivo, categórico, Ricardo Costa afirma que Passos Coelho vai em
Fevereiro a Luanda; apesar de, para os indígenas, não ser claro
como vai evoluir o clima tempestuoso existente no arco atlântico
abrangido entre Lisboa e Luanda.
Depois,
impressiona a certeza de Costa de entrar na comitiva de Passos, sem
vislumbrar qualquer impedimento por parte dos gorilas da coelhal
figura. Aliás, denotando facilidades de intromissão que, à
distância de 4 meses, lhe asseguram, infalivelmente, um lugar na
comitiva do famoso mamífero roedor da governança nacional.
E como se isso
fosse pouco Ricardo Costa reconforta os leitores com a intrigante
declaração de que será muito bem tratado. Embora sem elucidar se
por Coelho (o de Passos, de Pedro) se pela comitiva e gorilas deste,
se pelas forças vivas de Luanda ou por quem quer que seja. Também,
se melhor instalado num hotel de luzídias estrelas, se opiparamente
alimentado a caldos de galinha, faisão, caviar, a carne assada à
cafreal, lagosta, camarão-tigre, tudo bem regado com cerveja Sagres?
champagne francês Chandon? espumoso italiano Franciacorta? vinho
espanhol Benjamin Contador? tintol português Esporão Reserva? Claro
que Costa sabe como vai ser mimoseado, mas em matérias hoteleiras,
gastronómicas e de libações, faz caixinha...
Só não se
percebe bem a enigmática observação de que "Como sempre, tudo
ficará na mesma".
Que "tudo"?
E que "mesma"?
04.
Mistérios: uns, das inabaláveis certezas de Ricardo Costa.
Mistérios: outros, das expressões "tudo" e "mesma".
Pela nossa
parte, somos tentados a considerar que - turista oferecido, folgazão
e, eventualmente, obsequioso - perdido por lá, na baixa luandense,
certamente não ficará o director do Expresso; visto que, à
distância e à partida, conta com as prestimosas atenções da
subfamília coelhal...
Fim
domingo, outubro 20, 2013
Registo
de um 'soldado'
com
invulgar sentido de lealdade
Por
Brasilino Godinho
01.
Antigamente havia em diversas camadas da população um generalizado
hábito de se cultivarem valores emblemáticos da civilização
cristã/ocidental. O que acontecia com refinado apego. Eles eram
respeitados e fazia-se profissão de fé em lhes dar a correcta
interpretação, mesmo quando, de todo, faltava a correspondente
prática. Não se rebuscavam artifícios para lhes iludir o alcance
da sua clara objectividade.
A
retórica estava circunscrita a uma área cultivada pelas elites.
Sobretudo, ela era superiormente exercitada nos debates dos políticos
e nas discussões doutrinais dos intelectuais e dos filósofos.
No
nosso tempo, assistimos ao deprimente espectáculo de se usar a nobre
arte da retórica nas ignóbeis e ignaras tentativas de subverter os
princípios e de adulterar os valores inerentes aos nobres
sentimentos que dão configuração e valor à vida humana e ao
harmonioso viver quotidiano da sociedade.
02.
Outrossim, na instituição militar, existe a prática ritual (desde
outrora, até hoje) do juramento de bandeira; o qual, implica a
afirmação de lealdade à Pátria. O que pressupõe a existência de
soldados que põem acima de tudo a defesa e o respeito de Portugal e
do povo português.
Em
tais termos se via consubstanciada a condição/qualidade do soldado
português.
03.
Todavia, nesse domínio e no negro quadro da vivência colectiva
agora existente, parecem estar alteradas as circunstâncias, as
condicionantes e as vontades de alguns cidadãos. Vejamos:
O
actual ministro da Economia, Dr. António Pires de Lima, no p.p.
sábado, dia 19 de Outubro de 2013, em declarações prestadas às
televisões veio informar o público que, actualmente, existem - por
aí, dispersos no campo governamental - alguns soldados que, em vez
de defenderem os portugueses e de lhes serem leais, se obstinam em
ser vassalos submissos ao governo - o que resulta em prejuízo e
agravo do país e da sua maltratada gente.
É
o que se depreende quando ele, ministro Lima,
se declarou na condição de um soldado leal ao
governo. Por isso, se acomodou aos desígnios governamentais,
esquecendo as profissões de fé que formulara em datas recentes e
que incidiam na conveniência de se implementarem políticas de
recuperação da Economia e de melhoria das condições de vida da
atormentada população portuguesa.
Situação
pessoal de ministro/soldado Lima que,
sendo recruta de um exército governista, manifestamente desligado do
juramento de fidelidade ao povo que seria suposto servir com lealdade
e afinco, deixa antever que a sua acção bélica no seu privilegiado
campo de luta, se vai desenrolar num invertido combate que não
augura nada de bom e de útil para a grei portuguesa.
Aliás,
o motivo da sua intervenção televisiva (aqui focada): a
apresentação do ORÇAMENTO de 2014, é já uma concludente
demonstração da gravidade que está inerente à sua demissão de
soldado empenhado no combate pelas boas causas do povo português.
Fim
Dois
registos
De
Brasilino Godinhorasilino Godinho
Primeiro.
Na
manifestação da CGTP, de hoje, dia 19 de Outubro de 2013, uma
dirigente desta organização sindical declarou frente às câmaras
das televisões: «Não percebo porque o governo não
se demite».
Nosso
comentário: Não percebe? É fácil entender. Os actuais governantes
não se demitem porque dispõem de uma clientela de ajudantes que
meteram as mãos no pote (como no ano transacto dizia o grande chefe
Coelho). E claro que a eles e à clientela não deve ser aplicada a
austeridade e a teoria/prática dos cortes. O que a acontecer tais
imposições restritivas lá se quebrava o pote... e o seu fascínio
relegado para a rua das amarguras. Mais, as delicadas mãos das
ilustres criaturas ficariam inoperantes, perdidas no desamparo e
desconforto da inoportuna desocupação no interior do sobredito...
tais
imposições
Segundo.
O presidente Cavaco Silva, dando informação sobre um fenómeno
cavaquista de natureza funcional, dizia que os gabinetes
presidenciais de Lisboa e Luanda, na passada terça-feira,
estabeleceram um contacto telefónico focado no imbróglio
diplomático criado pelo incrível ministro dos Negócios
Estrangeiros (ineficaz negociante dos mesmos), Rui Machete e pelas
declarações do Presidente José Eduardo dos Santos, proferidas no
debate sobre o Estado da Nação angolana. Pois, nesta data, Cavaco
Silva, peremptório, afirmou: «Na passada terça-feira
os dois gabinetes conversaram
e a conversa decorreu bem».Si
Nosso
comentário: Quem imaginaria um tão esquisito fenómeno, ainda que
de contextura cavaquista? Duas salas de trabalho dos palácios
presidenciais de Lisboa e de Luanda a conversarem... A que estádios
de inteligência de coisas e elementos - que dir-se-ia seres
inanimados - chegámos na capital alfacinha que até as salas já
possuem faculdades de alma e de fala que possibilitam comunicar-se
entre si, relegando presidente Cavaco e assessores ao insignificante
papel de ouvintes, certamente, pasmados e contrafeitos; quiçá
sobressaltados?
Também
ocorre formular duas perguntas:
-
E se as referidas salas presidenciais de trabalho não tivessem tido
a tal boa conversa? Como ia o presidente Aníbal Cavaco Silva
'descalçar a bota' diplomática?
-
E se a sala de trabalho do Palácio de Belém, já substitui o
presidente Cavaco, o que estão lá a fazer os inúmeros membros da
corte palaciana, incluindo o próprio presidente?
Esta
última pergunta é bastante pertinente. Ou não estivessemos em
época de imposição governamentai de cortes financeiros no pessoal
da Administração Pública. Por maioria de razão deveria ser
aplicada em tudo que é supérfluo...
domingo, outubro 13, 2013
Título
do Diário de Notícias
ENTREVISTA
ESTADO DA
NAÇÃO MÁRIO
SOARES
Comentário de
Brasilino Godinho
Esta
tarde aconteceu-me algo inédito na minha vida; a qual leva a conta
de oito decénios. São inúmeras as entrevistas de personalidades
mais ou menos conhecidas que figuram no meu rol de leituras e de
audições radiofónicas e televisivas. E sempre deparei com trechos
ou respostas que me suscitavam algumas restrições ou discordâncias.
Convenhamos, que é coisa normal suceder a quem, leitor exigente,
exercita o sentido crítico e que pensa pela sua própria cabeça.
Ora,
como dizia, nesta data, sucedeu um facto invulgar: li na edição
dominical do Diário de Notícias, a extensa e bem elucidativa
entrevista do Dr. Mário Soares. Ela comporta as respostas às 72
perguntas formuladas pelos dois jornalista entrevistadores. Preenche
inteiramente as páginas 4, 5, 6 e 7, do referido jornal. E dá-se a
circunstância de ser uma entrevista notável. Talvez por isso, que
decorre da justeza e da grande oportunidade das considerações de
Mário Soares, dei-me conta, no final da leitura, de que
relativamente a cada uma das suas 72 respostas não teria dúvidas em
as subscrever sem a mínima reserva mental.
Desde
logo, porque as análises de Mário Soares sobre a gravíssima
conjuntura nacional, o descalabro da política governamental e os
desastrosos procedimentos dos detentores do Poder em Portugal, são
lúcidas, ajustadas à realidade, muito objectivas e particularmete
incisivas, expostas sem papas na língua e com a acuidade que se
exige a quem se posiciona numa perspectiva do interesse nacional.
Dito
de outra forma: o teor da entrevista coincide, em absoluto, com tudo
aquilo que há muito tempo tenho vindo a escrever sobre a política
praticada por gente deveras imatura, bastante incompetente e (ou)
verosimilmente mal intencionada.
Esta
minha concordância com o tom e os sentidos da entrevista de Soares é
manifestada com a maior desinibição, visto que bastantes vezes
escrevi crónicas mui críticas relativamente ao fundador do Partido
Socialista, ex-chefe do Governo e ex-presidente da República, Mário
Soares.
Desta
vez, o entrevistado dr. Mário Soares, tem a minha total aceitação
dos seus - agora expressos - pontos de vista; os quais, considero
perfeitamente ajustados à extrema gravidade da situação
político-administrativa de Portugal.
Impõe-se
a enorme conveniência pública e destaca-se o superior interesse
pátrio, de que o maior número de portugueses leiam a meritória
peça jornalística que é, indubitavelmente, a entrevista ao Dr.
Mário Soares, inserida na edição de hoje, dia 13 de Outubro de
2013, do Diário de Notícias, de Lisboa.
domingo, outubro 06, 2013
O
decadente circo político português
internacionaliza-se...
Agora,
na Suécia e em Angola...
Brasilino
Godinho
01. O circo
político português tem grandes tradições de maus e repelentes
espectáculos. Ao longo dos tempos o teatro-circo de natureza
político/partidária foi dispondo de vários grupos de artistas que
com maior ou menor desenvoltura e preponderância se evidenciaram no
desempenho das multifacetadas artes de mal entreter e pior molestar o
respeitável público da terra portuguesa.
Mas nos últimos
tempos a qualidade dos espectáculos circences desenrolados no
limitado campo da política nacional tem vindo a degradar-se
continuamente.
Os artistas que,
na época actual, compõem o elenco das sumidades do teatro/circo
político destacam-se, sobremodo, pelo seu inglório contorcionismo e
pelos excessos de prestidigitação rasca e malabarismo bacoco que
caracterizam as suas deprimentes actuações.
Então, o grupo
de grandes figuras que compõem a hierarquia suprema actuante no
cenário do espaço vulgarmente designado por poder central, têm
ultrapassado negativa e arbitrariamente todos os decentes limites da
regular funcionalidade democrática do sistema republicano - esta,
admitida como instrumento ou condição essencial para acreditar-se o
engenho e a arte dos intervenientes na simultânea, ampla, gestão
corrente dos interesses socioculturais da nação portuguesa e das
boas expectativas dos esforçados, sacrificados, explorados,
espectadores portugueses das classes humilde e média.
De assinalar
que, actualmente, a tais actores da comédia política já não lhes
basta o palco lisboeta, para nele exercitarem os seus patéticos
desempenhos funcionais e as suas incríveis piruetas e obscenas
acrobacias verbais - estas, principalmente, centradas nos sonsos
monólogos e nos obtusos diálogos que, desregradamente, travam
consigo próprios, com o aplauso infame de quantos, abusivamente, se
sentam à mesa do Orçamento. Eles, medíocres actores, identificados
fautores das misérias morais e materiais que proliferam como
cogumelos no pântano citado por António Guterres e que todos
conhecemos de ginjeira, por todos os lados se apresentam impantes
mostrando-se determinados a actuarem intramuros e no estrangeiro,
como aconteceu nos últimos dias em Angola e na Suécia.
02. Sem nos
remetermos aos recentes tempos aureos da criatura titular de uma
licenciatura arrelvada e da enigmática, mitológica, sombria,
victoriana figura gasparina, tivemos nos últimos dias as
surrealistas representações da personagem cavacal com assento no
palacete de Belém, do coelhal espécime que é o mestre do coro
alaranjado, do irrequieto, endiabrado e beijoqueiro paulinho das
feiras e mercados e, ainda, desse extraordinário inovador das
incorrecções factuais/mentiras que há nome de instrumento de
música (machete/cavaquinho) - ente/instrumento que até vem a calhar
num espectáculo de circo que se quer confuso, animado e revolto.
Para abreviarmos
considerações vamos anotar as intervenções mais espectaculares:
as das figuras cavacal, machetal e coelhal.
03. A
presidencial figura cavacal,
já no ano em curso, se referiu, nos seus discursos, com notória
ênfase à dívida do Estado acentuando a nota de que era
insustentável.
Na passada
sexta-feira, dia 04 de Outubro, em Estocolmo, capital da Suécia, sua
excelência, ostensivamente colocada em pose de pompa e
circunstância, disse que a dívida de Portugal era sustentável e
lamentava que analistas e economistas portugueses andassem a dizer
que ela era insustentável. E acusou-os - ali, se acusou a si mesmo
sem disso se dar conta - de masoquistas. Repetiu, com nítido,
desagradável, esgar: Masoquismo! Masoquismo!!
Em sedes de
enorme incoerência, de desmedida incontinência verbal e de um
malabarismo verbal inconsequente, absurdo, incongruente, sua
excelência não poderia ser mais expressiva e desastrada. Porém,
situando-se na habitual linha seguida pelos nossos políticos de se
contradizerem com o maior despudor e total irresponsabilidade.
Também de
verberar a insistência do ser
presidencial no discurso censório sobre as intervenções dos
cidadãos que exigem mais coerência, maior rigor, superior
competência e apurados sentidos de ética, de justiça e de serviço
à comunidade, por parte dos governantes e políticos.
De tão alta
personalidade se esperaria um discurso mais objectivo e consentânio
com o Bem-Comum.
04. A menos que
especulando sobre os termos identitários da criatura presidencial
cheguemos à conclusão de que, desse desiderato, ela esteja
naturalmente impedida pelas inatas características do seu ser.
Socorrendo-nos das referências enciclopédicas vejamos rapidamente:
Termos de
Identidade: Aníbal
de Cavaco e de Silva.
Aníbal
- nome de general cartaginês de quem o nosso cidadão algarvio não
terá herdado o génio militar. Do português, só se conhecem as
badaladas façanhas prosaicas: subir em calções um coqueiro em
terras atlânticas; comer sofregamente um pastel de nata em marcha
acelerada numa via pública, enredar-se na trapalhada do número dos
cantos dos Lusíadas e nas confusões potenciadas pelas mínimas
leituras dos livros e dos jornais e dizer que nunca se enganava ou
sentia dúvidas.
Cavaco
- é um designativo "de origem obscura". O que logo induz
perplexidade, temor e cuidados a ter no trato com o indivíduo.
Silva
- é um nome vulgar atribuído à maioria das espécies da família
das rosáceas... No caso em apreço será um híbrido pertencente a
uma subtribo de silvas de Boliqueime que degenerou e se incorporou
contranatural no pomar alaranjado...
Contextualizando
as referências admite-se que a figura presidencial é complexa, algo
sombria no facies e cinzenta no traquejo funcional, distante,
reservada, despertando pouca simpatia e afectuosidade na generalidade
da população portuguesa.
Daí, que seja
de encarar a hipótese de que a cavacal
figura jamais ultrapassará as suas naturais limitações e
mais do que considerar-se que engana os indígenas se deverá
reconhecer que ele, sobretudo, se engana a si mesmo. E aqui de mal
sobra demasiado para os inúmeros portugueses encaminhados para
trajectos de vidas miseráveis e de inenarráveis sofrimentos físicos
e mentais.
Voltando um
pouco atrás e sob um prisma de abrangente apreciação analítica,
havemos de realçar que, se há clima de generalizada hostilidade aos
actores do circo político, são estes os únicos responsáveis,
porque deles emanam os maus exemplos e as piores consequências das
suas atitudes e actividades.
05. Quanto ao
senhor de compleição machete,
com a significativa identidade sinónima de cavaquinho, esteve
recentemente em Luanda, deu entrevista à Rádio Nacional de Angola e
- fazendo jus ao instrumento - deu música aos deliciados ouvintes,
dirigentes políticos angolanos. Meteu os pés pelas mãos,
interferiu no campo da Justiça que lhe estava naturalmente interdito
e afirmou que recebera informações da Procuradoria Geral da
República - o que foi prontamente desmentido pela senhora
procuradora geral. Depois e como se isso não fosse um deplorável,
inconcebível, excesso de linguagem não diplomática de tom lesa
pátria, pediu desculpas em nome de Portugal pelas investigações em
curso referentes a personalidades de Angola. Face ao alarido e aos
protestos que se desencadearam em Portugal a singular personagem
machete emitiu comunicados
com esfarrapadas e pretensiosas justificações sem nexo e nula
objectividade. Ainda por cima, explicações/contradições ofensivas
da inteligência do vulgar cidadão. Igualmente, uma elaborada
machetada concebida e posta
em execução segundo os costumes da rapaziada que vai andando por aí
a fingir que pratica a política.
Afinal, o
ministro dos Negócios Estrangeiros continua a saga das "incorrecções
factuais" e formais que já são a sua imagem de marca.
Por outras
palavras e atendo-nos a outra significação de machete,
fazemos referência a "grande faca de mato para abrir passagem
nas florestas". Ou seja - considerando a pessoa protagonista do
referido acontecimento e aquilo de substancial que aqui,
necessariamente, está posto em causa - machete,
a grande faca, desajeitada, de mato rasteiro, escolha do famigerado
roedor, da família dos Leporideos, que vai abrindo passagem nas
florestas do absurdo, da falácia, da desconformidade quanto aos
factos que, como no caso vertente, redunda em prejuízo para a imagem
do País, para o prestígio da República e para a dignidade do povo
portugês.
06. Por outro
lado, o desagregador chefe de
coelhal formatação identitária, esse grande senhor dos
ziguezagueantes passos cruzados e incertos, veio a terreiro proclamar
que o cidadão do cavaquinho/machete
usara "uma expressão infeliz".
Da parte da
singular coelhal figura:
mais do mesmo. Ou não fosse ele próprio e o governo (com destaque
para o chefe e alguns ministros), autênticas expressões infelizes e
demoníacas incorrecções factuais ou formais: quer na essência dos
seres; quer nas maquiavélicas actuações que desenvolvem no sentido
do empobrecimento das populações e da destruição do país.
07.
Definitivamente, tais atitudes e desempenhos - atrás descritos - são
procedimentos inaceitáveis em altos dirigentes da República
Portuguesa.
Notação
de última hora: O Diário de Notícias,
edicão de hoje, dia 06 de Outubro de 2013, insere em título de
primeira página:
"MACHETE
TRABALHOU NO ESCRITÓRIO QUE DEFENDE ANGOLANOS INVESTIGADOS NA PGR".
Da nossa parte,
por ora e para não carregar mais na dolorosa ferida, formulamos uma
simples observação que é, também - para bom entendedor - o
inerente comentário: Sem comentários!...
Esta crónica
será publicada no meu blogue A QUINTA LUSITANA, na minha página do
Facebook e distribuída pelos meus contactos.