Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, outubro 06, 2013


O decadente circo político português
internacionaliza-se...
Agora, na Suécia e em Angola...

Brasilino Godinho

01. O circo político português tem grandes tradições de maus e repelentes espectáculos. Ao longo dos tempos o teatro-circo de natureza político/partidária foi dispondo de vários grupos de artistas que com maior ou menor desenvoltura e preponderância se evidenciaram no desempenho das multifacetadas artes de mal entreter e pior molestar o respeitável público da terra portuguesa.
Mas nos últimos tempos a qualidade dos espectáculos circences desenrolados no limitado campo da política nacional tem vindo a degradar-se continuamente.
Os artistas que, na época actual, compõem o elenco das sumidades do teatro/circo político destacam-se, sobremodo, pelo seu inglório contorcionismo e pelos excessos de prestidigitação rasca e malabarismo bacoco que caracterizam as suas deprimentes actuações.
Então, o grupo de grandes figuras que compõem a hierarquia suprema actuante no cenário do espaço vulgarmente designado por poder central, têm ultrapassado negativa e arbitrariamente todos os decentes limites da regular funcionalidade democrática do sistema republicano - esta, admitida como instrumento ou condição essencial para acreditar-se o engenho e a arte dos intervenientes na simultânea, ampla, gestão corrente dos interesses socioculturais da nação portuguesa e das boas expectativas dos esforçados, sacrificados, explorados, espectadores portugueses das classes humilde e média.
De assinalar que, actualmente, a tais actores da comédia política já não lhes basta o palco lisboeta, para nele exercitarem os seus patéticos desempenhos funcionais e as suas incríveis piruetas e obscenas acrobacias verbais - estas, principalmente, centradas nos sonsos monólogos e nos obtusos diálogos que, desregradamente, travam consigo próprios, com o aplauso infame de quantos, abusivamente, se sentam à mesa do Orçamento. Eles, medíocres actores, identificados fautores das misérias morais e materiais que proliferam como cogumelos no pântano citado por António Guterres e que todos conhecemos de ginjeira, por todos os lados se apresentam impantes mostrando-se determinados a actuarem intramuros e no estrangeiro, como aconteceu nos últimos dias em Angola e na Suécia.

02. Sem nos remetermos aos recentes tempos aureos da criatura titular de uma licenciatura arrelvada e da enigmática, mitológica, sombria, victoriana figura gasparina, tivemos nos últimos dias as surrealistas representações da personagem cavacal com assento no palacete de Belém, do coelhal espécime que é o mestre do coro alaranjado, do irrequieto, endiabrado e beijoqueiro paulinho das feiras e mercados e, ainda, desse extraordinário inovador das incorrecções factuais/mentiras que há nome de instrumento de música (machete/cavaquinho) - ente/instrumento que até vem a calhar num espectáculo de circo que se quer confuso, animado e revolto.
Para abreviarmos considerações vamos anotar as intervenções mais espectaculares: as das figuras cavacal, machetal e coelhal.

03. A presidencial figura cavacal, já no ano em curso, se referiu, nos seus discursos, com notória ênfase à dívida do Estado acentuando a nota de que era insustentável.
Na passada sexta-feira, dia 04 de Outubro, em Estocolmo, capital da Suécia, sua excelência, ostensivamente colocada em pose de pompa e circunstância, disse que a dívida de Portugal era sustentável e lamentava que analistas e economistas portugueses andassem a dizer que ela era insustentável. E acusou-os - ali, se acusou a si mesmo sem disso se dar conta - de masoquistas. Repetiu, com nítido, desagradável, esgar: Masoquismo! Masoquismo!!
Em sedes de enorme incoerência, de desmedida incontinência verbal e de um malabarismo verbal inconsequente, absurdo, incongruente, sua excelência não poderia ser mais expressiva e desastrada. Porém, situando-se na habitual linha seguida pelos nossos políticos de se contradizerem com o maior despudor e total irresponsabilidade.
Também de verberar a insistência do ser presidencial no discurso censório sobre as intervenções dos cidadãos que exigem mais coerência, maior rigor, superior competência e apurados sentidos de ética, de justiça e de serviço à comunidade, por parte dos governantes e políticos.
De tão alta personalidade se esperaria um discurso mais objectivo e consentânio com o Bem-Comum.

04. A menos que especulando sobre os termos identitários da criatura presidencial cheguemos à conclusão de que, desse desiderato, ela esteja naturalmente impedida pelas inatas características do seu ser. Socorrendo-nos das referências enciclopédicas vejamos rapidamente:
Termos de Identidade: Aníbal de Cavaco e de Silva.
Aníbal - nome de general cartaginês de quem o nosso cidadão algarvio não terá herdado o génio militar. Do português, só se conhecem as badaladas façanhas prosaicas: subir em calções um coqueiro em terras atlânticas; comer sofregamente um pastel de nata em marcha acelerada numa via pública, enredar-se na trapalhada do número dos cantos dos Lusíadas e nas confusões potenciadas pelas mínimas leituras dos livros e dos jornais e dizer que nunca se enganava ou sentia dúvidas.
Cavaco - é um designativo "de origem obscura". O que logo induz perplexidade, temor e cuidados a ter no trato com o indivíduo.
Silva - é um nome vulgar atribuído à maioria das espécies da família das rosáceas... No caso em apreço será um híbrido pertencente a uma subtribo de silvas de Boliqueime que degenerou e se incorporou contranatural no pomar alaranjado...
Contextualizando as referências admite-se que a figura presidencial é complexa, algo sombria no facies e cinzenta no traquejo funcional, distante, reservada, despertando pouca simpatia e afectuosidade na generalidade da população portuguesa.
Daí, que seja de encarar a hipótese de que a cavacal figura jamais ultrapassará as suas naturais limitações e mais do que considerar-se que engana os indígenas se deverá reconhecer que ele, sobretudo, se engana a si mesmo. E aqui de mal sobra demasiado para os inúmeros portugueses encaminhados para trajectos de vidas miseráveis e de inenarráveis sofrimentos físicos e mentais.
Voltando um pouco atrás e sob um prisma de abrangente apreciação analítica, havemos de realçar que, se há clima de generalizada hostilidade aos actores do circo político, são estes os únicos responsáveis, porque deles emanam os maus exemplos e as piores consequências das suas atitudes e actividades.

05. Quanto ao senhor de compleição machete, com a significativa identidade sinónima de cavaquinho, esteve recentemente em Luanda, deu entrevista à Rádio Nacional de Angola e - fazendo jus ao instrumento - deu música aos deliciados ouvintes, dirigentes políticos angolanos. Meteu os pés pelas mãos, interferiu no campo da Justiça que lhe estava naturalmente interdito e afirmou que recebera informações da Procuradoria Geral da República - o que foi prontamente desmentido pela senhora procuradora geral. Depois e como se isso não fosse um deplorável, inconcebível, excesso de linguagem não diplomática de tom lesa pátria, pediu desculpas em nome de Portugal pelas investigações em curso referentes a personalidades de Angola. Face ao alarido e aos protestos que se desencadearam em Portugal a singular personagem machete emitiu comunicados com esfarrapadas e pretensiosas justificações sem nexo e nula objectividade. Ainda por cima, explicações/contradições ofensivas da inteligência do vulgar cidadão. Igualmente, uma elaborada machetada concebida e posta em execução segundo os costumes da rapaziada que vai andando por aí a fingir que pratica a política.
Afinal, o ministro dos Negócios Estrangeiros continua a saga das "incorrecções factuais" e formais que já são a sua imagem de marca.
Por outras palavras e atendo-nos a outra significação de machete, fazemos referência a "grande faca de mato para abrir passagem nas florestas". Ou seja - considerando a pessoa protagonista do referido acontecimento e aquilo de substancial que aqui, necessariamente, está posto em causa - machete, a grande faca, desajeitada, de mato rasteiro, escolha do famigerado roedor, da família dos Leporideos, que vai abrindo passagem nas florestas do absurdo, da falácia, da desconformidade quanto aos factos que, como no caso vertente, redunda em prejuízo para a imagem do País, para o prestígio da República e para a dignidade do povo portugês.

06. Por outro lado, o desagregador chefe de coelhal formatação identitária, esse grande senhor dos ziguezagueantes passos cruzados e incertos, veio a terreiro proclamar que o cidadão do cavaquinho/machete usara "uma expressão infeliz".
Da parte da singular coelhal figura: mais do mesmo. Ou não fosse ele próprio e o governo (com destaque para o chefe e alguns ministros), autênticas expressões infelizes e demoníacas incorrecções factuais ou formais: quer na essência dos seres; quer nas maquiavélicas actuações que desenvolvem no sentido do empobrecimento das populações e da destruição do país.

07. Definitivamente, tais atitudes e desempenhos - atrás descritos - são procedimentos inaceitáveis em altos dirigentes da República Portuguesa.

Notação de última hora: O Diário de Notícias, edicão de hoje, dia 06 de Outubro de 2013, insere em título de primeira página:
"MACHETE TRABALHOU NO ESCRITÓRIO QUE DEFENDE ANGOLANOS INVESTIGADOS NA PGR".
Da nossa parte, por ora e para não carregar mais na dolorosa ferida, formulamos uma simples observação que é, também - para bom entendedor - o inerente comentário: Sem comentários!...

Esta crónica será publicada no meu blogue A QUINTA LUSITANA, na minha página do Facebook e distribuída pelos meus contactos.