Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, julho 30, 2011

Dir-se-á sob postulado da Opus Dei…

Virtude do beneficiado?...

Pecado da generosa sacerdotiza?...

Comentário de Brasilino Godinho

Primeiro-Ministro intervindo hoje, 29 de Julho de 2011,

na Assembleia da República:

“Os portugueses vão ter que fazer um esforço colossal

e muitos sacrifícios”.

Importa esclarecer o seguinte:

1. Não haja dúvidas que milhões de portugueses vão passar por situações trágicas ou aflitivas decorrentes das privações e agravamentos do custo de vida determinados pelo governo, para ser cumprido o memorando imposto pelo FMI e pela União Europeia.

Quanto aos sacrificados nem é possível enumerá-los: é um imenso grupo.

2. Não haja dúvidas que alguns, privilegiados, não sentirão a crise e passarão por situações agradáveis e de regalo, porque haverá maneiras de os dispensar dos sacrifícios e do cumprimento das restrições impostas pelo governo para satisfazer o compromisso com o FMI e com a União Europeia.

Quanto aos privilegiados é fácil identificá-los. Como é o caso do político que foi contemplado pela nova Presidente da Assembleia da República; a qual, através de um dos seus primeiros despachos, lhe concedeu as benesses mencionadas no texto publicado em Diário da República, que a seguir se transcreve – ao qual tivemos acesso pelo correio electrónico.

_________________________

A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir ao seu colega Mota Amaral, na qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um BMW 320 e um motorista.

Eis o respectivo despacho:

"Despacho n.º 1/XII — Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da República.

Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março, determino o seguinte:

a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre do Palácio de São Bento;

b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;

c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a

Anabela Fernandes Simão;

d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;

e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge

Lopes Gueidão;

Palácio de São Bento, 21 de Junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR, II Série-E, Número I.

24 de Junho de 2011

___________________________

Nossa nota final: No despacho da segunda figura cimeira da hierarquia do Estado estão mencionadas colossais regalias (se tomadas em confronto com as míseras condições de milhões de portugueses que estão passando fome, sem dinheiro para transportes, para vestir, para cuidar da educação dos filhos e para tratamentos de saúde, sujeitos a muitíssimas privações) atribuídas a quem seria suposto que desse exemplo de exercício cívico e, em comunhão de fraternidade e de igualdade, se sentisse obrigado a também participar activamente nos “colossais esforços” e nos muitos sacrifícios exigidos aos seus semelhantes.

É assim que o instalado Poder está repartindo os custos da famigerada crise.

terça-feira, julho 26, 2011

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Para rir com a brincadeira...

ou com a "maldade" do cronista?


Prezadas leitoras.

Caros leitores,

Apresento-vos uma pequena crónica escrita em Fevereiro de 2008.
Não perdeu actualidade.

A Paulinha, voluntariosa dama do jogo político, já é ministra e vice do actual chefe do partido laranja. Por enquanto… Provavelmente virá o dia em que será a “chefe” do PSD.

A Mariazinha, prendada senhora dos bastidores do teatro da política à portuguesa, mais comedida nas suas ambições, foi ministra da Saúde (ou da doença guterreana?...) e por ora é a chefe do grupo parlamentar do PS.

E o Crespo?… Bem, esse persiste: desenxabido, inerte, abstracto, parado no tempo e contemplando-se na sua habitual e obtusa expressão corporal…

Atentamente,
Brasilino Godinho

A propósito da Paulinha…

Texto de: Brasilino Godinho

Falámos da Paulinha e da SIC. Surgiu-nos a lembrança das suas prestações no serviço de notícias da noite da SIC apresentado pelo inexplicável Mário Crespo. Este profissional da comunicação social, sempre com ar insosso e desconsolado que é a sua imagem de marca, todas as semanas nos fornece uma extravagância: a dupla Dr.ª Paula Teixeira Cruz e a Dr.ª Maria de Belém. Trata-se de singular parelha religiosa constituída por duas mulheres muito diferentes: uma, a Paulinha carregando a Cruz; outra, a Mariazinha, por mero acaso, vinda de Belém. Mas enquanto a Paulinha, provavelmente pelo peso da sua crucificação, apresenta aquelas expressões de chorona, chateada, triste e crispada; a Mariazinha suscita a ideia de deslumbramento com as luzes e mostra candura de criança mimada constantemente a rir-se por tudo e por nada. A Paulinha assusta - quase faz chorar a malta. A Mariazinha exagera - quase que põe toda a gente a rir. No centro, o Crespo, celebrante, estático, não dá para rir, nem para chorar…

terça-feira, julho 19, 2011

Ao compasso do tempo…

A “AVENIDA”…

Prestadia… Vítima… Cobiçada…

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

01. A “Avenida” entrou na gíria aveirense como designação abreviada da Avenida Dr. Lourenço Peixinho; a qual, durante bastantes décadas, foi a principal artéria da cidade de Aveiro.

Quando foi iniciada no dia 3 de Junho de 1918, a obra estava condicionada não só pela falta de recursos financeiros, mas pelos escassos e rudimentares meios operacionais existentes à época e, também, pelas insuficiências técnicas urbanistas então prevalecentes e pelos condicionalismos locais que, de alguma forma, delimitavam ou impediam o alcance de soluções mais qualificadas, extensas, e abrangentes, quaisquer que elas fossem perspectivadas para o futuro; este, encarado numa visão de evolução do desenvolvimento da urbe. Assim, a modos, do singular procedimento tido pelo Marquês de Pombal, arquitecto Eugénio dos Santos e engenheiro Manuel da Maia, relativamente à construção do Passeio Público que precedeu a actual Avenida da Liberdade, em Lisboa.

Apesar de todos os aspectos depreciativos com que actualmente se encara a sua situação, a “Avenida” ainda conserva funcionalidade, interesse turístico e a imagem de marca da cidade a nível nacional.

02. Pela minha parte, desde que a conheci no ano 1963 (altura em que fixei residência em Aveiro), que lhe devoto afeição e me despertou, por vezes, atenção particular; nomeadamente quando, nos meados da década de noventa, escrevi uma crónica em que sugeria o prolongamento da “Avenida” para além da estação ferroviária – sugestão que, ao tempo, se bem estive atento, só suscitou uma reacção negativa de alguém que, não se apercebendo da implícita hipótese de túnel, enviou carta ao director do “Diário de Aveiro” manifestando a sua indignação e dizendo que o cronista pretendia arrastar a demolição da estação da CP. Uns cinco ou seis anos depois era iniciada a construção do túnel. É uma obra importante.

03. A meu ver, o túnel não deveria ser aproveitado para entrada e (ou) saída de um qualquer parque de estacionamento. Antes, poderia ser uma ligação rodoviária entre a “Avenida” e o amplo espaço além da via férrea onde se radicaria uma natural área de expansão da cidade – a nova zona nobre da urbe aveirense que englobaria a Praça do Município e, nela construído, o imóvel que falta – os novos Paços do Concelho. Nada mais, nem menos, que o emblemático equipamento público, por excelência, que muito nobilitaria Aveiro.

04. Também, naquela época, escrevi que era do maior interesse construir uma variante da linha da CP que possibilitasse a remoção do troço que atravessa a cidade. E neste ponto, há que registar que a linha do TGV vai contemplar tal hipótese. E vem a talho de foice, com a maior pertinência, perguntar por que não construir uma variante à actual linha do Norte que, no atravessamento do território concelhio, acompanhasse em paralelo, o traçado da dita linha do TGV? Com este posicionamento tal variante comportaria um encargo financeiro algo acessível ao Erário e ao orçamento da CP. Causa-me uma certa perplexidade que as entidades oficiais do concelho e as forças mais representativas da sociedade aveirense, ainda não tenham acolhido essa possibilidade.

05. Claro que antecipo a rejeição do meu ponto de vista, uma vez que percebo que na fase actual de envolvimento da autarquia no processo dito de requalificação da “Avenida”, não haverá vontade para aceitar esta sugestão. Mas deixo o registo para a posterioridade. E, face à hipotética recusa, lamento!

Em primeiro lugar, porque qualquer das duas precedentes sugestões, se aceites, dariam azo a que não só a “Avenida” beneficiaria com o enquadramento zonal mas, outrossim, a cidade ficaria enriquecida com uma qualificada e excelente centralidade, desde que a sua planificação fosse de superior qualidade urbanística e deveras funcional. Depois, porque se houver precipitação de julgamento na apreciação da problemática em causa e não forem acautelados os superiores interesses da cidade e dos seus residentes, surgirão desagradáveis consequências num futuro, que - inequivocamente, se entenda - haverá sempre que projectar no devir acumulado das gerações que nos hão-de suceder. Assim acontecendo a rejeição do ora proposto, ter-se-ão desperdiçado oportunidades de adopção de instrumentos e de aquisição de equipamentos, uns e outros, susceptíveis de assegurar melhor qualidade de vida às populações e de muitíssimo valorizar a cidade. O que é uma tremenda responsabilidade de quantos são, na hora que passa, os detentores do Poder.

06. Vejo com a maior apreensão a ideia do parqueamento subterrâneo na “Avenida” ou na área alem da via-férrea. Existem na “Avenida” e espaços adjacentes, vários parques silos de estacionamento e outros poderão ser instalados em novas construções. Além de que os parques subterrâneos implicam grandes custos de construção e manutenção. Alguém já apurou a rentabilidade do parque subterrâneo da Praça Marquês de Pombal? O avultado encargo financeiro da construção já foi ressarcido? Qual a estatística da utilização que lhe é dada pelos automobilistas?

Se é preocupação das entidades envolvidas no famigerado processo, o “enobrecimento sério” que “conferisse modernidade” à “Avenida”, será que um parque de estacionamento subterrâneo lhe irá “devolver dignidade”?

07. Se já anotámos que a “Avenida” continua a ser prestimosa, há que referir que, ao correr do tempo, foi vítima de algumas agressões. Não vamos enumerá-las. Porém, importa dar menção de que as maiores terão sido perpetradas no seu edificado. Aliás, desastradamente e, também, por acinte, atentados decorrentes da peregrina ideia de que todos os edifícios antigos devem manter a traça das suas fachadas e ser inamovíveis, contrariando, até, as leis da natureza. E deste modo, esquecendo um princípio basilar: de que uma fachada de um edifício é a decorrência normal, geométrica, funcional e estética das soluções das respectivas plantas. E por manifesta ignorância ou não se haver respeitado este princípio básico, deparamos com a aberração da existência na “Avenida” e suas adjacências, de edifícios que designamos por os postiços (por exemplo: a sede da agência do Banif, com aquela fachada de traça da primitiva construção e sobre ela a sobrepor-se, num plano um pouco mais recuado, uma incrível e inestética “gaiola” que está ali “metida a martelo” ou aquele edifício incaracterístico ao qual foi encaixado um fingido frontispício de uma banalíssima e folclórica composição geométrica, como se tratasse de uma relíquia arquitectónica; o qual, está situado no gaveto da “Avenida” com o pequeno troço de extensão da Rua Eng.º Oudinot a ligar à rotunda).

Depois, a existência de edifícios degradados que se mantêm indefinidamente devolutos e abandonados, porque sendo antigos os respectivos proprietários estão impedidos de os substituírem por novas construções com gabaritos iguais aos que lhes são contíguos, constitui uma agressão extremamente grave à estética, à panorâmica, à segurança e ao ambiente urbano. Igualmente, uma abusiva, injusta, e absurda imposição que gratuitamente lesa os legítimos direitos dos respectivos proprietários.

08. Mas, também, encaro frontalmente algo que se pode conjecturar dos enunciados que têm vindo a público sobre a “Avenida”.

Parece-me intrigante que - em curto prazo e postos em movimentos uniformemente acelerados, que irromperam com inusitadas velocidades iniciais - tenham despertado, avassaladores, tão grandes empenhos pela chamada “requalificação da Avenida”, pela travessia do Albói e pela fantástica ponte pedonal do Rossio. Antevê-se que tantas e dispendiosas obras de ordenamento urbano possam representar um dispêndio de milhões de euros. Então, é concebível que perante o actual quadro - de avultado endividamento da câmara aveirense; de ocorrência de um tempo de profunda crise em que se recomenda contenção nas despesas, cortes salariais e drásticas reduções nas dotações financeiras advindas do Estado para as autarquias; e, sobretudo, com o país à beira da banca rota - a Câmara Municipal de Aveiro estabeleça um programa que contempla o início das obras da “Avenida”, sob projecto concebido e elaborado à pressa, já no próximo ano? Francamente, interrogo-me se neste território municipal não haverão outras prioridades. Porventura, demasiado gritantes? Como é possível vaticinar a revitalização do comércio na “Avenida” por obra e graça das referidas obras? Onde os comerciantes vão buscar o capital para os investimentos? O Fórum, ali postado à ilharga, não é um agradável espaço pedonal? Um pólo comercial de enorme relevância? Por favor, digam-me, se não representar grande incómodo e desassossego nas aquietadas, quiçá sonolentas, consciências ora solicitadas a pronunciarem-se, em que extraordinários recantos citadino ou nacional se vão encontrar os agentes com capacidade, sobretudo, financeira para arriscar investimentos, precisamente numa época de tantas carências e incertezas, em que sobreleva tudo aquilo que de nefasto e arrasador se vislumbra no imediato e curto período contado entre dois a seis anos?

09. As aparências que sobressaem no plano cívico e no tecido social, considerados os dados e parâmetros expostos ao público, insinuam que a “Avenida” é, afinal, mui cobiçada como meio interventivo e forma ostensiva de os mentores e operadores do projecto, se tentarem pela ideia de se reverem numa obra que os projecte para a posteridade. Se houver a disforme conformação e a desagradável confirmação, estaremos perante um quadro deplorável de abstracção dos interesses e direitos de cidadania da grei aveirense.


Novela Bairrão

Assinalo que a peça de bolorento théâtre de vaudeville, citada em referência, sendo um distinto exemplar da nossa vulgar novelística, encontra-se em exibição nas televisões alfacinhas, é muito festejada nos periódicos da praça lisboeta e, supremo benefício, está despertando uma forte e confusa desanimação junto dos meios mal informados e aqueloutros pior considerados deste país.

Pelos vistos, o que é preciso é desanimar a malta…

Entretanto, os mesmos de sempre continuam, sem tréguas, na maior reinação/animação…

E muitíssimo palradores. Confirmem e vejam “Prós e Contra”, do inefável querubim Fátinha…

Brasilino Godinho


segunda-feira, julho 18, 2011

A EXCITANTE NOVELA BAIRRÃO QUE

FALTAVA PARA, TEMPESTIVAMENTE,

(DES)ANIMAR A CRÉDULA MALTA…

Brasilino Godinho

Breve sinopse da novela Bernardo Bairrão

A presente sinopse é feita com base em textos da novela citada em epígrafe, publicados na imprensa e nas declarações prestadas às televisões pelos respectivos intérpretes; por sinal, conceituados artistas da melhor sociedade teatral radicada na alfacinha cidade.

Peça: Novela Bernardo Bairrão

Protagonistas (por ordem de entrada em cena):

- Miguel Macedo, Ministro da Administração Interna.

- Bernardo Bairrão, ex-administrador da TVI.

- Manuela Moura Guedes, expedita e ladina jornalista de televisões várias.

- Passos Coelho, Primeiro-Ministro do governo da República.

- Semanário “Expresso”.

- Ricardo Costa, director do “Expresso”.

Episódios já exibidos:

1º. Miguel Macedo, convida Bernardo Bairrão para exercer o cargo de Secretário de Estado da Administração Interna. Bernardo Bairrão aceita.

2º. Bairrão formaliza pedido de demissão do cargo de administrador da TVI.

3º. Manuela Moura Guedes telefona a Passos Coelho, protestando contra a nomeação.

4º. Miguel Macedo contacta Bernardo Bairrão a dar o dito por não dito.

5º. Em sequência óbvia, Bairrão “desiste” da nomeação das hipotéticas funções governamentais.

6º. O “Expresso” noticia que o primeiro-ministro pediu informações aos serviços secretos sobre as actividades ou negócios de Bairrão.

7º. O governo ou alguém por ele, nega que tenha havido tal solicitação aos serviços secretos.

8º. Bairrão exige que seja publicado o relatório correspondente ao pedido efectuado aos serviços secretos.

9º. Ricardo Costa, confirma que a notícia do Expresso é verdadeira.

10º. Passos Coelho, em declarações prestadas aos jornalistas e às televisões, assevera que é falsa a notícia do “Expresso”.

Neste momento, não se conhecem os termos dos novos episódios.

Porém, facilmente se deduz que a “história” está mal contada e que há um ou diversos mentirosos, quais gatos a descoberto com rabo escondido…

E assim sendo e melhor explicitando, a partir de agora, deparam-se duas hipóteses: Ou o governo e Passos Coelho processam judicialmente o “Expresso” e o seu director, Ricardo Costa, por estarem a difamar o governo e o seu chefe e a denegrir-lhes o bom-nome e arrastando pela lama a indissociável respeitabilidade que se exige aos governantes; ou invertem-se as posições e será o “Expresso” e Ricardo Costa que metem governo e o respectivo chefe em apuros de processos judiciais, porque está em jogo a credibilidade e a imagem das duas entidades da comunicação social junto dos seus leitores e da opinião pública.

Consequência do desenrolar da peça em cenário de ampla exposição e face à respeitável assistência que vem, estupefacta, assistindo ao deprimente espectáculo, o episódio terminal da novela “Bernardo Bairrão” só poderá ter a interventiva representação judicial.

A crer no benefício das melhores aparências e a crédito de que ainda há algum decoro e pundonor nos agentes sociopolíticos da inexplicável sociedade lisboeta