Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, julho 18, 2011

A EXCITANTE NOVELA BAIRRÃO QUE

FALTAVA PARA, TEMPESTIVAMENTE,

(DES)ANIMAR A CRÉDULA MALTA…

Brasilino Godinho

Breve sinopse da novela Bernardo Bairrão

A presente sinopse é feita com base em textos da novela citada em epígrafe, publicados na imprensa e nas declarações prestadas às televisões pelos respectivos intérpretes; por sinal, conceituados artistas da melhor sociedade teatral radicada na alfacinha cidade.

Peça: Novela Bernardo Bairrão

Protagonistas (por ordem de entrada em cena):

- Miguel Macedo, Ministro da Administração Interna.

- Bernardo Bairrão, ex-administrador da TVI.

- Manuela Moura Guedes, expedita e ladina jornalista de televisões várias.

- Passos Coelho, Primeiro-Ministro do governo da República.

- Semanário “Expresso”.

- Ricardo Costa, director do “Expresso”.

Episódios já exibidos:

1º. Miguel Macedo, convida Bernardo Bairrão para exercer o cargo de Secretário de Estado da Administração Interna. Bernardo Bairrão aceita.

2º. Bairrão formaliza pedido de demissão do cargo de administrador da TVI.

3º. Manuela Moura Guedes telefona a Passos Coelho, protestando contra a nomeação.

4º. Miguel Macedo contacta Bernardo Bairrão a dar o dito por não dito.

5º. Em sequência óbvia, Bairrão “desiste” da nomeação das hipotéticas funções governamentais.

6º. O “Expresso” noticia que o primeiro-ministro pediu informações aos serviços secretos sobre as actividades ou negócios de Bairrão.

7º. O governo ou alguém por ele, nega que tenha havido tal solicitação aos serviços secretos.

8º. Bairrão exige que seja publicado o relatório correspondente ao pedido efectuado aos serviços secretos.

9º. Ricardo Costa, confirma que a notícia do Expresso é verdadeira.

10º. Passos Coelho, em declarações prestadas aos jornalistas e às televisões, assevera que é falsa a notícia do “Expresso”.

Neste momento, não se conhecem os termos dos novos episódios.

Porém, facilmente se deduz que a “história” está mal contada e que há um ou diversos mentirosos, quais gatos a descoberto com rabo escondido…

E assim sendo e melhor explicitando, a partir de agora, deparam-se duas hipóteses: Ou o governo e Passos Coelho processam judicialmente o “Expresso” e o seu director, Ricardo Costa, por estarem a difamar o governo e o seu chefe e a denegrir-lhes o bom-nome e arrastando pela lama a indissociável respeitabilidade que se exige aos governantes; ou invertem-se as posições e será o “Expresso” e Ricardo Costa que metem governo e o respectivo chefe em apuros de processos judiciais, porque está em jogo a credibilidade e a imagem das duas entidades da comunicação social junto dos seus leitores e da opinião pública.

Consequência do desenrolar da peça em cenário de ampla exposição e face à respeitável assistência que vem, estupefacta, assistindo ao deprimente espectáculo, o episódio terminal da novela “Bernardo Bairrão” só poderá ter a interventiva representação judicial.

A crer no benefício das melhores aparências e a crédito de que ainda há algum decoro e pundonor nos agentes sociopolíticos da inexplicável sociedade lisboeta