Prezadas senhoras,
Caros senhores,
Apresentamos as Marcelices da semana.
Dizemos: “SIGA A RUSGA!”.
Porque o “professor”, teimosamente, nos aponta o caminho…
Cordiais saudações.
Brasilino Godinho
“Marcelices”…
Do Prof. Seixa *
*Às vezes, designado Prof. Sousa.
Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.
Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.
Brasilino Godinho
http://quintalusitana.blogspot.com
O Prof. Seixa é uma criatura inteligente. Porventura, essa qualidade até será um fardo. Mas deste não se desobriga, mesmo que faça traquinices e disparates. Outrossim, não se livra da unanimidade com que, no seio da sociedade portuguesa, são valorizadas as suas faculdades de alma. Mas por quaisquer factores que escapam ao entendimento das pessoas melhor informadas, manifesta uma natural inclinação para ser: fiel às rotinas; conservador em elevado grau, embora disfarçando ao máximo; sensível e apelativo aos aspectos folclóricos do meio onde se movimenta; tendencioso, redundante, contraditório e inconstante, nos pensamentos e nas análises políticas; persistente nas conversas da treta com que se entretém e alimenta a curiosidade e bisbilhotice dos amigalhaços e das tias da linha de Cascais; infatigável na acumulação de coisas fúteis que se lhe deparam e que, todas as semanas, expõe na montra da feira de vaidades pessoais e alheias em que se converteu o seu “BLOGUE” - este, encaixado no semanário dirigido pelo conhecido jornalista-arquitecto José António Saraiva. Igualmente, mas menos conhecida e não menos prejudicial à cultura nacional, a faceta de censurador das obras dos autores que menospreza ou que, sendo alheios aos interesses instalados, não participam das capelinhas frequentadas pelo irrequieto “professor” (qual pombo correio que também poisa nas noites domingueiras dos estúdios da RTP).
Sobejamente confirmada a instintiva tendência para a criação de factos políticos – o que releva da sua inquieta mente e fértil imaginação. Uma componente da personalidade do “professor” que, algumas vezes, tem causado inquietações na vida política da comunidade portuguesa.
Do exercício da cátedra na Faculdade de Direito, da Universidade de Lisboa, não são conhecidas indicações em desabono da qualidade do ensino que o Prof. Seixa ministra aos seus alunos.
Resumindo: O professor Seixa é um homem de múltiplas capacidades. Possui enorme ego. Tem o vício – qual deformação profissional - de estar constantemente a atribuir classificações a torto e a direito, por tudo que é sitio e a quaisquer indivíduos que, por isto ou aquilo, lhe tenham despertado a atenção e… o controverso pendor classificativo.
Escrito isto, juntamos o reparo seguinte: É uma dor de alma vê-lo esbanjar o inegável talento, todas as semanas naquele estendal de notinhas (datadas dos sete dias) avulsas, nas quais sobressaem: pequeninos relatos, ridículas fofocas, indiscretas observações, descoloridas referências e absurdos apontamentos que configuram um tipo de escrita empobrecida, insensata, vazia de sentido, sem válido nível cultural. Convenhamos: É um desperdício enorme. Lamentável!
Porém, não haverá volta a dar-lhe. Assim parece. E se vai confirmando. Como, nesta crónica, se exemplifica. Foquemos a atenção nas seguintes pérolas:
“ESCARLATINA”A alegria da estreia do neto Francisco no Portugal-Sérvia teve o reverso da medalha: madrugada cheia de febre. Hoje, piorou. Imagine-se: segunda escarlatina no espaço de um ano! O médico pasma pela raridade. Eu atribuo a escarlatina à malapata daquela noite aziaga”. Imaginamos, sim senhor! Malapata? Olhe que não! Deve ter sido mau-olhado de alguma bruxa pior que estragada pelo uso e abuso… No lugar do professor, teríamos chamado o “amigo de 40 anos”, o Melícias, para exorcismar. Um amigo padre franciscano quer-se para as ocasiões. O professor não se lembrou ou está esmorecendo na fé? Em todo o caso, da nossa parte, votos de melhoras do neto Francisco. Pela vossa banda, mais uma notinha de facto a constar nos anais da família Sousa que vão sendo levados ao conhecimento do vulgar indígena. Por sua vez, o jornal SOL cumpre a nobre missão de informar o respeitável público, trazendo-lhe os esplendores dos grandes eventos nacionais. Provavelmente, aqui ela concretizada com a preciosa ajuda voluntária do Prof. Seixa e a dramática, involuntária, contribuição do netinho Francisco… Caso para exclamar: Oh, sorte madrasta! Tão novinho e já nas bocas do mundo… Por obra e (des)graça do avô Sousa.
“SALGARI Quase à borla. Comprei a velha colecção Emílio Salgari. Para recordar a infância”. Quem diria semelhante coisa… O Prof. Seixa, borlista. Quem foi o pato?
MONCARAPACHO Fiquei a saber que o grupo hoteleiro a que pertence a Quinta das Lágrimas já tem mais duas ou três unidades, está a crescer e uma das coqueluches fica
“BANDEIRA Hoje bandeira vermelha na minha praia, por causa de análises, aliás, porventura não conclusivas. Dei 20 passos para a esquerda e tomei banho na praia ao lado… com bandeira verde. A corrente ia da minha praia para a outra. Vá lá perceber-se Portugal”. Tinha de acontecer. “Tantas vezes vai o cântaro à fonte que alguma vez lá fica a asa”. O “professor” tanto mergulhou e frequentou a praia que, naturalmente – supomos – adquiriu a sua posse por usucapião. A praia está no papo. Para desfazer quaisquer dúvidas, o professor Seixa, por duas vezes, usou a expressão: minha praia (como sublinhámos).
Deu dois passos à esquerda? Cuidado, “professor”! Está a expor-se demasiado… A malta da sua corda, começa a pensar que está a esticar a corda já no limite de resistência. Ponha-se a pau! Nessa área proliferam os amigos da onça, dados a reacções imprevisíveis… Neste ponto, pegando nas palavras do indizível ”coelhone” – aquele bravo socialista celebrizado pela frase: ”Quem se meter com o PS leva”.
Prossegue bonita a brincadeira do Prof. Sousa… Vá lá perceber-se o “professor”.
Para finalizar, demos realce à subtil informação que o “professor” deixou escapar referente ao jornal SOL. Escreveu sobre a festa do primeiro aniversário do semanário de Saraiva e comentou: “Agora, é saber gerir bem e ir apostando sempre na qualidade. E, quem sabe se, um dia, com novos parceiros estratégicos…” (o sublinhado é nosso). Logo a seguir, acrescentou a sibilina “Curiosidade: Almerindo Marques preferiu a festa do SOL ao concerto da RTP na mesma noite”. Pois, “branco é, galinha o põe…”. Se os ovos vieram do cesto do amigo Paulo Teixeira Pinto - que o director José António Saraiva e seus companheiros tratavam com paninhos quentes - e se a capoeira tem outro tratador, tá-se mesmo a ver… que mais ovos terão de ser adquiridos noutro fornecedor mais à mão, no mercado. Sem descartar a anterior proveniência, desde que com novas amizades e diferentes termos de contrato.
Professor Seixa, diga-nos: Certo ou errado?