Ao compasso do tempo…
A NOTÓRIA PRÁTICA DESTRUTIVA
DO GOVERNO PORTUGUÊS
JÁ TEM UM SEGUIDOR NO JAPÃO
Brasilino Godinho
O leitor interrogar-se-á: Qual política?
Precisamente, a que compagina o que se segue.
Aquilo que são os expedientes - que cumprem os objectivos pretendidos pelos governantes portugueses - de antecipar as mortes dos idosos, dos reformados, dos pensionistas e das pessoas mais carenciadas, vai ter, infelizmente, seguidores no mundo. Para já, na corrida para os morticínios das populações sofredoras e indefesas, antecipa-se o novo governo nipónico.
Se alguém tem dúvidas, leia o despacho da “Lusa” que hoje veio a público e que transcrevo:
Ministro japonês afirma que doentes idosos devem morrer para poupar o Estado.
O ministro das Finanças do novo governo
japonês afirmou que os idosos doentes devem "morrer rapidamente"
para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos.
"Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a
viver até quando quiserem morrer" disse Taro Aso durante uma reunião, em
Tóquio, sobre as reformas da segurança social.
Segundo o jornal britânico Guardian, o ministro está a
ser alvo de fortes críticas por declarações como: "O problema não tem
solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa".
Minha apropriada observação: O ministro
Taro Aso está desejando as rápidas mortes dos idosos. Para isso acontecer e
desde logo, há que não lhes facultar os cuidados médicos. Também conta com a
cumplicidade de Deus. Deseja que ele queira. E se a divina criatura não quiser,
então Taro Aso poderá esperar sentado… Mas não parece resignar-se a esse estado
de inoperância. Pelo que se pode admitir que a opção ministerial japonesa venha
a ser de encaminhar os idosos até às câmaras de gás, como fez Hitler aos
judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.
Apreensivo, um voto de solidariedade
para com as futuras vítimas japonesas, hei por bem expressar nesta crónica: que
o governante japonês, mostrando-se não só amador na função de carrasco dos idosos
seus compatriotas como, também, algo ingénuo e demasiado crente na colaboração
divina, não tenha a tristíssima ideia de vir a Portugal aprender com os seus
homólogos Coelho, Gaspar e Portas, as técnicas de extermínio que estes vêm,
meticulosamente e com inusitado profissionalismo, aplicando aos idosos
carenciados, reformados e pensionistas, de Portugal; a que se juntaria o
recolher bastantes informações sobre o importante papel colaboracionista que algumas
televisões, estações de rádio e vários jornais, desempenham no desenvolvimento
da acção governativa - quando esta é exercida em sede de destruição de grande
parte do tecido social.
Eu pergunto: O que acima se reproduz das
declarações do membro do governo de Tóquio, não é o que o nosso governo vem
fazendo, sub-repticiamente e com notório acinte, no tempo que leva de exercício
do poder executivo?
Os leitores reparem no pormenor muito
significativo de ser o ministro das Finanças japonês que faz a declaração de
guerra aos idosos. E tal e qual como o ministro Gaspar (das Finanças), o chefe
Coelho e o subchefe Portas, do governo português, mostra a maior
insensibilidade, uma enorme malvadeza e a extrema vontade abstrusa de resolver
os problemas dos défices orçamentais através do extermínio dos seus semelhantes.
Sem dó, nem piedade.
Com uma variante: Enquanto o político japonês
procede às claras, sem esconder o propósito; ao invés, os governantes
portugueses fazem o mesmo, à sorrelfa, disfarçando o mais possível. O que até é
mais perverso (leia-se: traiçoeiro, malvado) e abominável.
Considerando que estamos a referir-nos a
pessoas que não têm voz, nem fazem greves, tão-pouco possuem qualquer
instrumento reivindicativo, os leitores prestem-lhes alguma ajuda de carácter
solidário que, no tempo presente e face à terrível situação vigente, poderia
ser divulgarem o mais possível este registo, aqui expresso, através de todos os
meios ao vosso alcance - incluindo a Internet.
Porque importa lutar contra o genocídio
de parte do povo português, concebido e programado pelos actuais governantes
portugueses - o qual, está em plena realização - daqui lanço o apelo:
Que a gente séria deste país erga a sua
voz e combata com determinação a terrível calamidade social, aqui denunciada e
que tanto está atingindo milhões de portugueses.
E que, pelos vistos, pode gerar fenómenos de contágio a
toda a humanidade. O que, definitivamente, sendo uma ignomínia da política
portuguesa e a tal acontecer a nível mundial, daria azo a absoluto descrédito
de Portugal no mundo civilizado.
Pela minha
parte, farto até à náusea da podridão que grassa em Portugal, de que nem cabem
culpas ao sacrificado povo, não posso calar a minha indignação; a qual, demais
a mais, também assente na circunstância de que já me vou sentindo envergonhado
da minha condição de português.
Fim