A Quinta Lusitana
Entre nesta "quinta"! Atente na sua beleza formal! Apodere-se do seu "recheio"! Pondere... Divirta-se com as paródias e os "artistas" do circo... Resista à tentação de chorar face aos quadros mais tristes... E recupere a auto-estima!... Visto, lido e respigado: Vai gostar!... Também, no seu interior, conheça de quantos irão detestar a QUINTA LUSITANA... Do mesmo modo, vai saber porquê...
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!
SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA
SE FIXOU TODINHA EM LISBOA
NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...
Motivo: A "QUINTA LUSITANA "
ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...
QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...
e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho
quinta-feira, novembro 24, 2022
quarta-feira, novembro 23, 2022
A ORGIA DO ESPALHAFATO
MEDIÁTICO EM PORTUGAL
Brasilino Godinho
23/11/2022
A Comunicação Social em Portugal nas últimas quatro semanas tem estado eufórica. Tem-se contemplado com a evocação do centenário de José Saramago, com a novela do Cristiano Ronaldo, o campeonato da bola do futebol do Catar, as decadentes mesas redondas, quadradas, oblíquas das futebolites agudas, as notícias sobre as corrupções em trânsito de impunidade, as peripécias políticas e governativas e com as habituais mexeriquices e palermices dos participantes na patética e indecente narrativa do Big Brother.
Nos jornais, revistas, televisões e sítios da Internet, processa-se uma orgia de obscenas e ridículas fofocas de vida das actrizes e actores, das actividades absurdas de políticos e governantes, que causam repugnância a quem não alinha em seguir tais movimentos e actividades sem nexo de interesse social e recreativo.
E tudo isso é divulgado através das estações televisivas e de publicações que estão atravessando um período de grandes rendimentos, provido do acolhimento que lhes é facultado por milhares de leitores desprovidos de elementar cultura e com fraco discernimento.
É um panorama deprimente e que reflecte um estádio de subdesenvolvimento social, político e intelectual.
Aqui e agora, cinjo-me à expressão de José Saramago do teor seguinte: "O heroico de um ser humano é não pertencer a um rebanho". Ela tem sido ultimamente muito celebrada na imprensa como se fosse uma obra-prima de elevação do pensamento.
Dá-se a curiosidade de José Saramago, que concitava grande oposição em certas camadas da sociedade, agora, a propósito do centenário do nascimento, parece ter suscitado um amplo consenso de magnitude pessoal que fazem temer vir a ser canonizado pela Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana.
Cansa ouvir e ler a toda a hora as intermináveis referências a José Saramago, a Cristiano Ronaldo, aos actores do circo político e do colégio governamental e às amizades, controvérsias e beijocas de filhos, amigas e compadres, trocados e expostos nos sítios da Internet e nos órgãos da Comunicação Social.
Reportando à frase de Saramago, acima reproduzida, ela não é tão expressiva e redutora como aparenta ser. Desde logo, por enfermar de uma característica pessoal de Saramago que, implicitamente, se desvinculou da ideia de ser heroico; pois que ele pertenceu, inequivocamente, ao rebanho comunista.
Por outro lado, há bastante gente que está arrebanhada em partidos políticos, seitas religiosas e maçónicas, Donos Disto Tudo e que se estão marimbando para a heroicidade apregoada pelo escritor Saramago.
Também, por outra vertente, haverá quem se sinta heroico por pertencer integrado em grupo de exploradores que suscita hostilidade generalizada.
A heroicidade deve ser contemplada com admiração, respeito e solicitude, que não com expressões sem nexo com a grandeza do termo e do facto consumado de alto valor moral, social e cívico nele configurado.
Sucintamente, são aspectos que não conferem mérito â afirmação de descabida e equívoca heroicidade expressa na linguagem de José Saramago.
quarta-feira, novembro 16, 2022
MEDITAÇÃO
Sinto o tempo a passar veloz, num ritual
De labores, cansaços, em frenesim.
É a vida a fugir sem esperar por mim.
Que papel é o meu neste teatro actual?
Se pudesse… invertia o sentido do real,
Dando-lhe a forma de um mundo afim
De tudo que merece ser sonho, assim:
- De Deus a dar-nos o paraíso terreal.
Todavia… sem complexos ouso prever
De que, com Deus, ou sem nele acreditar,
Esse sonho ninguém o pode viver.
Por isso, já que tenho de ser paciente,
Minha alma - fiel amante – terá de criar
As condições pra vivermos docemente…
In UM DIA DESCI À CIDADE,,, Brasilino Godinho, 172 páginas.