Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, julho 30, 2020


NOVIDADE!
NOVO RESTAURANTE DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Quando se iniciar o ano lectivo 2020/2021, da Universidade de Aveiro, será inaugurado no Complexo de Refeitórios do Crasto, o Restaurante Vegetariano.
Trata-se de uma iniciativa interessante, na vanguarda do que se subentende de afirmação das potencialidades da UA nos domínios do Ensino Superior, que muito valoriza a universidade aveirense e que facultará aos docentes, estudantes e funcionários, a diversidade de oferta nas ementas do sector de restauração privativo da UA.

Complexo de Restauração do Crasto

quarta-feira, julho 29, 2020


467. Apontamento
Brasilino Godinho
29/Julho/2020

A PROPÓSITO DO ESTUPENDO
“NEGÓCIO” DO NOVO BANCO
TIVE UMA IDEIA A CONDIZER

Acaba de ser anunciado mais um escândalo de se lhe tirar o chapéu.
O Novo Banco vendeu 13000 (treze mil, repare-se no número) imóveis por preço de saldo a um fundo anónimo sediado nas Ilhas Caimão, e emprestou-lhe o dinheiro para financiar a compra. O Fundo de Resolução (dinheiro dos contribuintes) pagou o prejuízo.

Tal “negócio” é manifesta demonstração da abrangência avassaladora da corruptela em Portugal.
A coisa radicou-se de tal forma que começa a generalizar-se a impressão de que estamos confrontados com uma fatalidade ou maldição dos Deuses que abundam por tudo que é sítio terreno e que ninguém ousa confrontar.

Sendo assim e como cidadão atento, ponderei a situação e surgiu-me uma ideia que passo a expor.
Parece que estamos condenados a conviver com os corruptos e com a corrupção. Se não devemos juntar-nos aos ditos prevaricadores por considerandos óbvios, vá o Estado português tirar algum partido além daquele que é desfrutado pelos corruptores e corrompidos.

Em Portugal já existem as festejadas universidades de Jotas, de Verão, de Seniores, de Vãos de Escada, pelo que não aproveitar esta onda de modernidade?
Perguntará o leitor: Como?

Explico-me:

A corrupção está instalada em Portugal e beneficia de estatuto especial de acolhimento e protecção oficial - conforme insinua a Comissão Europeia, instalada em Bruxelas.
Neste país existem grandes, distintos e reputados especialistas que congregam um corpo multifacetado a que haverá interesse estatal em aprovisionar de meios e instrumentos para mais utilitárias e rendosas serem as suas actividades corporativas.

Logo, crie-se a Ordem dos Corruptos e o Sindicato da Classe.
E, sobretudo, funde-se a Universidade das Artes Corruptas, aberta a estudantes dos cinco continentes, que beneficiando das lições de docentes portugueses, altamente especializados, cursariam licenciaturas e mestrados em Artes de Corrupção e em Estudos de Desconsertos Económico/Financeiros.

Uma tal universidade portuguesa, instalada no Terreiro do Paço, em Lisboa, para além do alcance económico/financeiro do seu funcionamento, sem qualquer concorrência a nível mundial, elevaria o prestígio de Portugal como expoente máximo da Corrupção.

Outrossim, promovendo um turismo de rica gente corrupta. O que em tempo de pandemia Covid-19 até dava certo jeito aos sectores de hotelaria e restauração…
Também seria inequívoca manifestação da singular capacidade dos governantes portugueses saberem tirar partido das circunstâncias favoráveis decorrentes da regular e muito badalada natureza corrupta do Estado de Portugal.

E porque o ambiente tresanda a corrupção e para não dar azo a observações maldizentes, previno que não cobrarei honorários pela ideia aqui exposta aos governantes e leitores…



terça-feira, julho 28, 2020

NESTE DIA
há 3 anos
PERGUNTA PERTINENTE…
PEDE A RESPOSTA ÓBVIA!
Brasilino Godinho
 
!. A Madeira e os Açores são regiões autónomas de Portugal.
Têm governos e estatutos próprios que configuram os respectivos quadros jurídicos e político-administrativos dos seus territórios.
2. Se assim são as semelhanças nos planos institucional e legal faço a seguinte pergunta:
Tendo o Governo Regional da Madeira, com aprovação da Assembleia Legislativa da Madeira, decretado Aeroporto Cristiano Ronaldo, o que impede o Governo Regional dos Açores decretar Universidade Antero de Quental?
3. Resposta óbvia: O Governo Regional e a Assembleia Legislativa dos Açores não devem ter impedimento legal para fazerem a opção Universidade Antero de Quental. E se houver, a qualquer altura pode ser anulado. As leis, por mais rígidas e bloqueadoras que sejam, podem ser modificadas.
4. Ao Governo Regional, à Assembleia Legislativa dos Açores e ao povo açoriano, cabe a soberana prerrogativa de fazer a opção. O governo central, tal como não teve interferência no caso do Aeroporto Cristiano Ronaldo, não tem que se imiscuir num assunto que deve dizer respeito aos açorianos, tendo em conta que Antero de Quental é a figura central da Cultura Açoriana e que a terra açoriana era a sua natural pátria; embora não subestimasse a pátria portuguesa, mesmo quando aparentemente se alheava dela; e como muito bem reconheceu (outro açoriano) Vitorino Nemésio que considerou nunca Antero de Quental ter abjurado a sua condição de português.
Certo, também, que Antero de Quental é figura cimeira da Literatura Portuguesa e tem posição destacada na História de Portugal.
Mas tudo aquilo que de extraordinário credita Antero de Quental como um dos mais ilustres portugueses não justifica qualquer pretensão, oriunda dos detentores do poder central, que se venha a registar no sentido de se oporem à alternativa Universidade Antero de Quental.
5. Alguns órgãos da comunicação social titularam que Brasilino Godinho quer mudar a designação da Universidade dos Açores para Universidade Antero de Quental.
Equivocaram-se. Brasilino Godinho para querer haveria de ter poder decisório – o que não é o caso.
Como autor de uma tese doutoral centrada na vida e obra de Antero de Quental - Antero de Quental: Um Patriotismo Prospectivo no Porvir de Portugal - limitei-me a fazer uma proposta. E estou convencido de que o prestigiado açoriano, que foi José Bruno Carreiro, autor da mais completa biografia de Antero de Quental, se fosse vivo neste tempo de existência da universidade açoriana, seria ele a fazer a proposta ou a assiná-la como um dos primeiros subscritores.
6. Deixo um último registo: Cabe aos açorianos decidir se querem homenagear a memória do impoluto cidadão, insigne poeta, notável prosador, extraordinário pensador e grande patriota que foi, indubitavelmente, o seu conterrâneo Antero de Quental. E da melhor forma simbólica: outorgando-lhe a titularidade da sua prestigiada universidade.
Ou seja: Universidade Antero de Quental.
 


466. Apontamento
Brasilino Godinho
28/Julho/2020
 
MUNICÍPIO ALENTEJANO DE OLIVENÇA

O Tratado de Alcanizes celebrado a 12 de Setembro de 1297 entre D. Dinis, rei de Portugal e D. Fernando IV, rei de Castela e Leão e sua mãe D. Maria de Molina e o Tratado de Viena, de 1815, celebrado após a “guerra das laranjas” desencadeada a 20 de Maio de 1801, por Manuel de Godoy, estabeleceram “de jure” que o município de Olivença, localizado na província do Alto Alentejo, é parte integrante do território continental de Portugal.
A Monarquia de Espanha nunca deu cumprimento à determinação do Tratado de Viena que subscreveu em 1817, por acalentar a esperança de anexar Portugal.
Desde logo, por naquele século haver uma corrente portuguesa que defendia a criação da União Ibérica, no quadro de um regime republicano; o que, não obstante, ia ao encontro das pretensões do regime monárquico espanhol que se sentia suficientemente capaz de inviabilizar a implantação da república ibérica. De que aliás, havia o precedente da efémera Primeira República Espanhola (Fevereiro/1873-Dezembro/1874).
No século XX com a anarquia da Primeira República de Portugal não havia condições internas e diplomáticas facilitadoras de iniciativa atinente à legal resolução do caso. Durante a vigência do Estado Novo, Oliveira Salazar que tanto se mostrava defensor da manutenção dos territórios coloniais, manteve-se ostensiva e incoerentemente alheio à indecente ocupação de Olivença. Também ele, porventura conhecedor da aversão a Portugal do general Francisco Franco, que desde jovem manifestava a ambição de invadir e anexar Portugal; terá decido não dar qualquer pretexto para o ditador de Espanha, concretizar os seus recalcados propósitos.
Na actual Terceira República os dirigentes políticos que tão mal têm gerido a Nação Portuguesa têm-se preocupado mais em estarem nas boas graças dos congéneres espanhóis e propensos ao beija-mão a Filipe VI, do que zelarem os interesses e a dignidade de Portugal.
Reportando o que de omissão e inoperância tem acontecido à cadência da linha do tempo, relativamente a Olivença, há que, infelizmente, reconhecer a persistente cobardia dos governantes portugueses – o que configura uma intolerável desonra nacional.
É tempo de o governo português exigir o imediato cumprimento da determinação do Tratado de Viena de reversão da legítima soberania de Portugal sobre o seu território.
Até em respeito do Artigo 5.º, N.º1. da Constituição da República Portuguesa.
Uma coisa deve ser liminarmente rejeitada: a realização de qualquer referendo no Município de Olivença. Por uma razão inquestionável: a Monarquia Espanhola ao longo dos 205 anos contados desde 1815, data do Tratado de Viena que estava obrigada a cumprir em curto prazo vem procedendo a intensa colonização. Hoje a população é maioritariamente espanhola. E como espanhóis certamente que votariam pela continuidade do domínio espanhol sobre Olivença e sua colonização por parte da Monarquia de Espanha.
Além de que é uma questão “de jure” o que efectivamente está em causa!
Também haja noção de que da parte de Espanha, hoje ou amanhã, não é de esperar qualquer gesto de mea-culpa e condescendência em acatar as normas de Direito Internacional e as determinações do Tratado de Viena de 1815 e do Tratado de Alcanizes de 12 de Setembro de 1297.

Legenda do mapa anexo:
Localização do alentejano Município de Olivença.