PAULO DE PORTAS
ABERTAS
PARA PORTAS DE PAULO
Caso inédito, brumoso e suplicativo
Paulo Portas refreando os
ânimos dos companheiros:
Calma aí. Até ao lavar dos
cestos é vindima…
"Ao fim de quase 16 anos, não me podem pedir
mais", diz Paulo Portas.
Brasilino Godinho comenta:
Paulo
Portas em grande estilo…
Fantasioso!
Destemido! Fantástico! Certamente que tanto o estilo, como o sujeito…
Claro que, os não nomeados suplicantes, podem! E
decerto que, sejam eles quais forem, contariam com a sua entusiástica
concordância… Também o seu incondicional apoio… Outrossim, nem faltariam os
aliciantes, fogosos, incentivos que levassem de vencida qualquer imprevista
timidez ou absurda hesitação…
É que grande-chefe Paulo Portas é dotado de um magnânimo
coração que, facilmente, se enternece com os apelos ao sacrifício de se
contemplar a si próprio e de fazer causa-comum com os seus simpáticos
compinchas das aventuras político/partidárias em que participa o CDS do PP
(Paulo Portas).
Eis explícito o magnífico e irrevogável expediente
do certamente revogável Paulo. Que de Portas é possuído e de elas, convenientemente
abertas, percebe, com grande acuidade funcional e não menor proveito pessoal.
Além disso, Paulo Portas é famoso especialista em
tudo que seja espectáculo mediático, beijoca em peixeira, intriga jornalística,
manobra palaciana, cartão gold, compra de submarinos e (ou) participação em
viagens de negócios e de turismo pelo estrangeiro.
Atente-se
que no fraseado de Portas está impressa a subtil insinuação… Venha daí um
pedido de mais um poucochinho e eu, Paulo Portas, sacrifico-me e darei o meu não
revogável sim… Mas não confundam as palavras; ou seja, arredem uma qualquer
suspeita parecença com aqueloutro irrevogável sim, em tempos nem muito
recuados, dirigido ao saudoso, dilecto, amigo
da onça Passos Coelho.
Pois,
tal sucedendo, terei mais uns anitos para satisfazer o meu ego e para animar a
malta da nossa corda.
Também
de ponderar a hipótese de Paulo Portas estar pregando uma rasteira aos
companheiros com vista a certificar-se da lealdade que têm para com ele. Logo
medida pela desenvoltura com que se apressem para lhe suceder no comando da
pequena, residual, falange do CDS.