Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, maio 30, 2015



Passos Coelho e as aranhas em 2012…
Com teias de aranhas,
andou às aranhas…
Viu-se em palpos de aranha com um ponto  de interrogação manhoso

Passos Coelho, algures, fotografado quando tentava avistar o ponto de interrogação. Nota-se o ar apreensivo. Parece que vai chorar.

Domingo, Janeiro 22, 2012
Ao compasso do tempo…
QUEM DIRIA?
“PONTO DE INTERROGAÇÃO”
AINDA NÃO DESAPARECEU DO PAÍS.
PERDIDO? ACHADO? ONDE ESTARÁ?
Brasilino Godinho
O primeiro-ministro Passos Coelho falando hoje no encerramento de uma conferência a que assistiram representantes do trio tutelar do país - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - e depois de informar que "agora temos pela frente o ano de 2012, que será a muitos títulos crucial para a nossa vida colectiva”, acrescentou que “não vou dizer que o ponto de interrogação desapareceu”.
Logo de seguida, talvez melhor traduzindo a profundidade do seu pensamento, admitiu a permanência do intrigante “ponto de interrogação” pelas certamente malfadadas “circunstâncias externas atravessadas por riscos que todos conhecem”. Mais advertiu que “ Portugal sozinho não pode controlar”.
Relativamente às importantes e embaraçosas afirmações do chefe do governo, acima transcritas, haverá interesse em as analisar, assim a modos de quem espreme um limão para lhe extrair o sumo; geralmente, na convicção de que o mesmo não é seco e imprestável…
A importância das declarações de Sua Excelência é sempre devidamente considerada no meio indígena, nos ambientes recatados das aparelhagens partidárias que dão suporte ao governo e nas outras tertúlias politicas da capital. Obviamente que, nem por a criatura governamental falar muito e regularmente dizer pouco, nos deixamos tentar por subestimarmos o sentido e largo alcance das suas habituais, expeditas, voluntariosas, fantásticas, perorações.
Assim, no caso em apreço, registam-se alguns embaraços na interpretação da linguagem utilizada pelo governante.
Comecemos por não nos determos naquilo “que será a muitos títulos crucial para a nossa vida colectiva”, visto que é algo inexpressivo. Para ser inteligível houvera necessidade de mencionar quais eram esses títulos que se constituiriam ornamento ou figuração na frente do ano de 2012 ou mesmo inseridos no próprio ano em curso. E com influência na vivência da sociedade portuguesa.
Mas, antes que nos esqueçamos, devemos contemplar-nos na consoladora certeza que nos dá o primeiro-ministro do governo português de que, sem margem para hesitações, agora temos pela frente o ano de 2012. Aleluia!!! Festejemos o anúncio! Toquemos o Hino à Alegria, de Beethoven! Bem-haja, Excelência!
Deveras enigmática e por demais preocupante é a referência de Sua Excelência de que não virá dizer “que o ponto de interrogação desapareceu”. Que desfeita! Uma desconsideração para com o Zé-Povinho. Tal omissão ou birra do jovem governante suscita várias dúvidas e confusões; qual delas a mais perturbante para quem esteja empenhado em apreender a sabedoria e o fulgor contidos na aludida afirmação... Vejamos umas e outras:
Qual é o “ponto de interrogação”? É o ponto ou é a interrogação que está em causa? Qual a importância absoluta ou relativa do ponto, seja ele mesmo de interrogação? E se é simplesmente interrogação por que motivo ou obrigação Sua Excelência a quer associar ao ponto? O ponto, dito de interrogação, desapareceu e Passos Coelho receia confirmar tal ocorrência, julgando que isso prejudicaria a sua imagem de responsável pela preservação do património que aqui nem se percebe se é do governo, do país ou da gramática nacional?... Mas se de facto o famigerado “ponto de interrogação” desapareceu, o chefe do Governo não se sente obrigado a informar o País das eventuais, terríveis consequências, que advirão para os portugueses? Ou de afincadamente o procurar no pressuposto que se trata de coisa importante e que lhe é bastante querida?
Também duas dúvidas se colocam e que têm um alto grau de probabilidade de, qualquer delas, corresponder a um facto:
- O “ponto de interrogação” não será pertença pessoal do primeiro-ministro?
- O “ponto de interrogação” não será ele próprio, dirigente máximo da governação, em toda a plenitude do seu ser?
Por outro lado, alargando o leque das hipóteses, se o “ponto de interrogação” permanece algures escondido, afastado dos olhares cobiçosos ou invejosos de gente pouco recomendável e (ou) antipática para o selecto colégio governamental, ocorre perguntar: Onde está? Estará bem guardado? Alguém, com malévolas intenções, aproveitando um descuido da vigilância, nem irá apropriar-se dele?... Se tal acontecer a interrogação, viúva do seu companheiro, não irá à vida, para nossa eventual infelicidade, remetida para outra galáxia do nosso perene desespero?...
Esta última hipótese haverá que ponderar seriamente porquanto, como Sua Excelência considerou num alarde de grande agudeza de espírito, existem “circunstâncias externas atravessadas por riscos que todos conhecem”.
Ademais, para agravar a situação e como se não bastassem per se as circunstâncias externas, estas são atravessadas por traiçoeiros riscos… O que é uma grande chatice! E quem diria? Bem se dispensavam os riscos. Ainda neste ponto (que não é de interrogação) importa observar que Pedro Passos Coelho está enganado. “Todos” desconhecem os riscos. E muitos nem percebem o que será essa misteriosa coisa de as mal-amanhadas circunstâncias serem atravessadas por tenebrosos riscos que: tanto podem ser de vida, de morte, de acidente, sulcos, rabiscos num papel, lapsos de linguagem ou de perda de memória. Talvez de incêndio, de inundação e de naufrágio.
E por falar de naufrágio e concluindo, não será que o “ponto de interrogação” naufragou num mar de confusões, de ambiguidades e de superficialidades ou nas profundezas de um abismo centrado num imenso vazio de ideias conexas à realidade e à objectividade?...
Aqui bate o ponto… que, de exclamação, se substitui ao famigerado de “interrogação” do Senhor dos Passos de Pedro Coelho. Pois nem a Portugal sozinho ou acompanhado foi possível evitar o surgimento, na mente da Excelência, desse esquisito e desgraçado “ponto de interrogação”!

quinta-feira, maio 28, 2015



1.                                                


Depois do pecado, veio a penitência?…

Brasilino Godinho

Ontem, demos notícia sobre a história mal contada pelo ministro Mota Soares acerca dos cortes das pensões.
Hoje, chega-nos a foto em que o jovem ministro parece estar a rezar.
Pelo que e a propósito, chamamos a atenção para uma faceta deste Soares: quando fala está sempre a abanar a cabeça, para baixo e para cima. Às vezes e repentinamente, faz esquisitas variações laterais.
Sem pretendermos fazer comparações indevidas – e com o devido respeito pelo ministro Soares (de antiga mota que usava in illo tempore) e pelos cavalos – até parece um cavalo a fazer cortesias numa praça tauromáquica.
Mas se tais meneios do capacete podem, eventualmente, ser confundidos com cortesias cavalares, outra interpretação poderá estar-lhes associada. Ou seja: a referida criatura ministerial não estando possuída da certeza ou verdade daquilo que fala, sente a necessidade (que nele será compulsiva) de acenar com a cabeça para insinuar-se no público e assim dar maior ênfase e alguma credibilidade a algo em que ele mesmo nem acredita. Bem traduzido: actuações de disfarce, de embuste, de engano próprio e, por arrasto visual, dos interlocutores que facilmente aceitam a publicidade da venda de banha da cobra…

terça-feira, maio 26, 2015



Não é só Coelho que lança
pérolas no mercado eleitoral.

Brasilino Godinho

Maus exemplos são contagiosos.
Aí temos outro artista na produção de pérolas.

Hoje, 25 de Maio de 2015, disse o ministro Mota Soares:
“Neste momento não há proposta para cortar pensões”.
Acredito!
O que haverá é a ideia.
Aliás, a ministra da Finanças, já deu a respectiva confirmação.
E todos sabemos que as más ideias governamentais de hoje, serão as agressivas e amaldiçoadas medidas impostas num próximo amanhã.

COM A TUA ‘VERDADE’, MINISTRO MOTA SOARES, AOS IDIOTAS E INGÉNUOS ENGANAS.

domingo, maio 24, 2015



EM ÉPOCA DE ELEIÇÕES,
CONTINUA A PRODUÇÃO PEROLÍFERA DE COELHO,
COM O GRANDE PATROCÍNIO DO SEMANÁRIO SOL

Brasilino Godinho

A revista Tabu, no seu n.º de hoje, dia 22 de Maio de 2015, traz a público mais algumas pérolas de marca coelhal.
Só que desta vez a direcção do SOL não deixa os seus créditos de admiradora e veneradora da coelhal figura, por mãos alheias. E assume de forma muito subtil, inequívoca e prestimosa, essa especial condição de envolvência político/partidária.
O que faz com superior mestria. Disso faz demonstração ao exibir uma jóia representativa da invulgar aptidão dos três artistas/jornalistas a quem se deve atribuir a respectiva autoria.
Bem se poderá dizer que se trata da jóia da coroa de glória da revista do SOL. Tão brilhante que, per se, se apresenta ao público como preciosa informação de embasbacar a malta: ele, Passos Coelho, “respondeu sempre directamente às perguntas, não fugindo ao tema nem as tentando rodear.” (os sublinhados são nossos).
Para além do intrínseco valor artístico da peça, é transmitida a impressão de a mesma ter deixado enternecidos as três pessoas aquentadas pelo Sol; as quais, suprema ventura, compartilharam com Passos Coelho um interessante convívio e uma fraterna solidariedade político/ideológica. Com um pouco de boa vontade e abertura de espírito até se poderá vaticinar que terão sentido uma radiosa felicidade.

Se bem ajuizamos e concedendo o benefício da fé no que está escrito na revista, ter-se-á dado a invulgar circunstância de as respostas da criatura coelhal terem sido sempre directas. Imagina-se a frustração que não teria sido sentida pelos três jornalistas se acaso as respostas não tivessem ocorrido em todo o tempo de duração da famigerada entrevista ou que, por demoníaca influência do Belzebu, tivessem sido indirectas ou aos ziguezagues.
Outra coisa de não menor importância foi o facto de Passos Coelho não ter fugido ao cativante tema. Ocorre perguntar: Sendo o tema demasiado favorável à brancura da enegrecida imagem do presidente do Conselho na actual época eleitoral, por que haveria ele de fugir?
Mas, de facto, houve fuga: a do tema. Este, que se pretenderia de real interesse público, é que fugiu de Coelho, como o Diabo foge da Cruz, através do exímio exercício das artes mágicas dos solícitos interlocutores. Deste detalhe não é fornecida informação. Por isso, aqui estamos nós a suprir tamanha falta, enorme descuido, ou encoberta conveniência político/partidária, dos três jornalistas que se deslocaram ao Palácio de S. Bento, para agradável confraternização com o respectivo residente oficial.
Igualmente, em tão alcatifado chão, repousante espaço e acolhedor ambiente, não havia obrigação nem conveniência de Coelho exercitar as suas capacidades de praticante de folclóricas danças de rodear. Aliás, não fosse o Diabo tecê-las, os jornalistas - talvez receosos de serem envolvidos em fatigantes e desajeitados passos de dança - prudentemente mantiveram-se sentados, de pernas cruzadas, ostentando as peças escritas e exibindo elegantes farpelas, coloridas gravatas e os vistosos sapatos; os quais aparecem destacados nas fotos como se estivessem calçados por manequins, numa montra de estabelecimento comercial. Uma nota de elegância que ajudou a compor o quadro para as fotografias do feliz encontro de Coelho com os três jornalistas do SOL.
Anotamos um reparo de observador: se Coelho não fez sapateado de rodear, passos de rodeio do malhão transmontano ou desconcertante corridinho saltitante de cavaco algarvio; mais uma vez e em contraposição, nem se dispensou de fazer demonstração de intrigantes movimentos de dedos e de mãos.
Precisando rápidas conclusões de atenta leitura da peça coelhal da Tabu, dir-se-ia que a jóia atrás focada é a sua parte mais substantiva e imagem distintiva da marca solar.

Porém há, também, que tomar-se em consideração uma grande e sugestiva pérola que sobressai num conjunto de joalharia pechisbeque formado de acessórios de pequena grandeza produzidos no quintal do domínio pessoal/familiar de Passos Coelho e que configuram um segundo catálogo das típicas peças de adorno que, produzidas por ele, são prazenteiramente apresentadas ao povo eleitor, pelo embaciado astro lisboeta, designado SOL.
Ei-la a grande pérola:
(…) vivo muito bem em Massamá (…)
Dando opinião sobre tão reveladora pérola coelhal diremos o seguinte:
O Zé-Povinho andava desconfiado…
Agora Passos Coelho dá a certeza do seu viver.
Estava no ar pairando a dúvida quanto às condições de vida de um Coelho que decretou a generalizada pobreza e a consequente amargura da maioria da população portuguesa.
Por toda a parte da nação portuguesa perguntava-se: Como vive o Coelho causador da nossa desgraça nacional?
Agora face ao empenho do SOL alguém curioso perguntou: Coelho vive bem?
A resposta é imediata: Não!
A seguir, com apoio na pérola da coelhal criatura, contrapõe-se a peremptória afirmação do presidente do Conselho: “Vivo muito bem em Massamá”.
Moral da verídica história: Coelho permite-se o gozo do bem-estar enquanto milhões de portugueses vivem muito mal ou sobrevivem em condições de extrema miséria.
A que Coelho junta a circunstância de, por feliz acaso de natureza futebolística, poder afirmar: “Estou muito contente por o Benfica ser campeão.” Esta, uma das minúsculas peças de pechisbeque caseiro que, não obstante, proporcionam adorno e o conforto do bom viver de Passos Coelho.

Nesta época eleitoral soam as trombetas da publicidade de Coelho.
Enquanto a mesma criatura (de coelhal anatomia) vai assobiando para o lado e, como se estivesse no tempo da outra senhora que se finou a 25 de Abril de 1974, festivamente cantando:
“ Lá vamos cantando e rindo…
Cantando pela regalada vida que levam as rapaziadas que abancam à mesa do ORÇAMENTO.
Rindo? Sim, do Zé-Povinho!
No pressuposto de que ele é cego, surdo e mudo…