UM TEXTO SEM
TABUS…
Brasilino
Godinho
29 de Setembro
de 2020
PERVERSIDADES E
INDECÊNCIAS
NUM ESTADO
MUITÍSSIMO TORTO
01. Professor de Direito que compara feminismo ao
nazismo foi julgado por violência doméstica.
Simplesmente abomináveis: o comportamento e magistério
do “professor”, a complacência da Faculdade, a absolvição do prevaricador
sujeito inumano e as incríveis intervenções da juíza, durante o julgamento.
Mais uma demonstração de quanto é torto o Direito e
falseada a Justiça, em Portugal.
02.0 O presidente do Fórum para a Competitividade,
Pedro Ferraz da Costa, conhecido activista do grupo ultra-capitalista que não
perde oportunidade de atacar com linguagem altamente agressiva os trabalhadores
e manifestar o maior desprezo pelos cidadãos mais carecidos deste país,
declarou que: “Aumentar o salário mínimo
é criminoso”.
Uma declaração deste teor demonstra - da parte de quem
a proferiu - uma grande desonestidade intelectual.
03. Eu pergunto: num Portugal empobrecido e com
milhares de pessoas a passarem fome, não será criminoso ele receber largos
proventos monetários? Por que não diminuir os salários máximos do presidente do
Fórum para a Competitividade e dos seus apaniguados?
Realmente, é indecente que não haja probabilidade de
pôr o Pedro Ferraz da Costa e outros como ele, partilhando as mesmas ideias
anti-sociais, a receberem durante doze meses, unicamente, o actual salário
mínimo nacional sem lhes ser concedido qualquer outro rendimento e concessão de
crédito. Pelo menos para que, uma vez na vida, sentissem na pele o mal que
propiciam ao próximo menos favorecido de bens essenciais à vida.
04. Em contraposição a tal desaforo de Pedro Ferraz da
Costa, repare-se na observação do Conselho Europeu, agora divulgada: “O ordenado mínimo dos portugueses não
garante um estilo de vida digno”.
Sublinhe-se: Pedro Ferraz da Costa, que se revela
pessoa desumana, sobremodo contemplando-se no seu acentuado egoísmo, está-se
marimbando para que milhões de portugueses tenham as mais desfavoráveis e
pungentes condições de vida.
05. Numa sociedade convenientemente estruturada e num
Estado de Direito ele e tantos como ele, estariam marginalizados e remetidos ao
usufruto das suas peculiares insignificâncias: social, política, moral, ética e
intelectual.
Ter em Portugal indivíduos deste fraco calibre a que
os órgãos de Comunicação Social (televisões, rádios e jornais), concedem
tribunas de promoção como se fossem vendedores da banha de cobra, confrange-nos
e envergonha-nos na nossa condição de portugueses face ao mundo civilizado.
06. Mesmo a nível interno nos sentimos agredidos por tais
parasitas sociais se permitirem tratar todos os portugueses como idiotas ou
mentecaptos; a quem, facilmente, intrujariam e explorariam com a maior das
indecências possíveis e imagináveis em mentes perversas.
Eles, acintosamente, sem um mínimo de vergonha,
hostilizam a inteligência do atento e compenetrado cidadão português.