Em tempo de compasso…
Ele, timoneiro pitosga e obcecado,
orienta o barco para o
naufrágio.
Brasilino Godinho
Hoje,
o ministro das Finanças, respondendo a uma interpelação na Assembleia da
República, disse:
“Como num
barco no meio duma tempestade, é crucial manter o sentido do rumo,
independentemente de a viagem ocorrer [ou não] no calendário previsto”.
O ministro Gaspar, detentor do leme da caranguejola
financeira em que assenta a velhacaria governamental, referia-se à política de
austeridade que está sendo imposta por si, pelo Coelho de oscilantes Passos
vários e pelo malcasado e, sobremodo, mal-afeiçoado (des)governo.
De facto, estamos no meio de uma terrível tempestade
que está produzindo devastadores estragos no país.
Porém, a ministerial figura, Victor Gaspar, falha na
avaliação do sentido de rumo do barco que timona. Aqui evidencia a sua
lamentável condição de pitosga.
E não só estado de deficiência ocular. Também forma de
obsessão. Porque na sua estreita visão e limitada percepção, nem se apercebe (ou
recusa aperceber-se?) de que o rumo aponta para o precipício. E se o barco está
navegando sob temporal, há que redobrar cuidados e alterar a orientação que
está sendo seguida para, rapidamente, se afastar da borrasca e prosseguir, com
alguma segurança, na melhor rota que leve ao destino previsto no roteiro da
viagem. E tal rota benfazeja para a grei, como todos sabemos, não é aquela que
está no desígnio de Victor Gaspar e de seus acompanhantes na esquisita aventura
governamental em curso.
No que concerne ao calendário da trágica viagem que
Gaspar comanda, há que tomarmos consciência que ele será muito dilatado e,
pelos vistos, respeitante a um errado rumo da viagem. Pior, ainda, este destino
vai continuar sob o furacão, com a inevitável consequência de o mesmo causar a
destruição do país e o aniquilamento da nação.
Este, o futuro quadro trágico do país, que se
prefigura sem margem para dúvidas. Porque tendo em conta o desastrado comando
da incrível equipa que, de forma continuada, irresponsável, e, ostensivamente,
contrariando as repetidas promessas eleitorais e outras tantas reiteradas nos
últimos 18 meses, desgoverna Portugal e reduz a nada, em todas as suas
componentes, o património colectivo da nação portuguesa.
Uma situação insustentável, que justifica a
inquietante pergunta: Para quando a mudança nos comandos do navio Portugal? Se
ele já está naufragando, porque perder mais tempo? Espera-se o quê?
Fim
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