Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, novembro 01, 2012


Em tempo de compasso…

A FAUNA QUE INFERNIZA
A NOSSA VIDA COLECTIVA…
(Alguns aspectos vivenciais de recente data)
Brasilino Godinho

Na actualidade, prevalece o sentimento generalizado de que todos os animais devem ser protegidos; e, sobretudo, deve estar acautelada a sua sobrevivência no seu habitat natural. Há, até, legislação que favorece esses propósitos.
No que concerne a Portugal, verifica-se a insólita situação de que a espécie humana é aquela que está mais desprotegida, apesar de haver a Constituição da República Portuguesa e a Carta Universal dos Direitos do Homem que, supostamente, assegurariam um número razoável de direitos.
Para isso, contribuem indivíduos de várias e peculiares naturezas que tudo fazem para dificultar, senão mesmo aniquilar, as vidas de inúmeros dos seus pares.
E é, precisamente, da área onde se situam, regaladamente, as criaturas governamentais que surgem, diariamente, as mais diversas, violentas. danosas, agressões contra a maioria dos cidadãos portugueses. 
Abreviando considerações e exemplificando com elementos sugestivos, fazemos três referências a outros tantos exemplares da perniciosa fauna que, levando uma vida desafogada, inferniza a nossa existência colectiva.
Nesta ordem de ideias, temos:
- 1.ª ref.ª). Coelho, a endiabrada lebre, do (des)governo, que corre, velozmente, para o abismo da desgraça nacional.
- 2.ª ref.ª). Ulrich, o desengraçado falcão, da banca, que se tornou atrevido e insensato pregoeiro ao serviço do colapso da Nação.
- 3.ª ref.ª). Teles, a velha raposa das arquitecturas paisagísticas que, de vez em quando, paira num fantasioso céu nublado, que julga situar-se sobre um reino de uma bicharada perdida na memória dos tempos de antanho.

Assim, falando:

- Da lebre Coelho
Um exemplar de tal conformidade identitária que, sendo o famigerado Coelho promotor de tantas atormentações individuais e colectivas, se pode incluir no rol da coelhada existente no país. Também possui enriquecidas características de mamífero roedor muito esquivo, algo saltitante e bastante voraz (entenda-se, destruidor). Para além destas intrínsecas, (dir-se-ia, sofisticadas) qualidades(…), o invulgar Coelho, das nossas perdidas esperanças num decente e risonho futuro existencial, está mui convenientemente domesticado, segundo os engenhos manipuladores e os corrosivos preceitos ditados por uma prendada senhora alemã: Angela Merkel, de sua anafada graça; relativamente à qual, existe firmada a suspeita de ser a autoritária madrinha tutelar do grande chefe Coelho.
Este chefe Coelho, sendo o natural (e recomendado por insinuantes famílias de bons costumes), cabecilha do Grande Processo Revolucionário em Curso de Destruição de Portugal (GPRCDP), também acumula duas singulares posições complementares: uma, já antiga, de arrogante personagem de ópera bufa; outra, de agora, em plena crise existencial da nação, a de caudilho político/militar que comanda, com mão-de-ferro, as mortíferas operações desencadeadas por esse detestável órgão abstraccionista, vulgarmente conhecido pela alcunha de governo português.
Todos conhecemos de ginjeira os desastrosos excessos da terrífica corrida que a coelhal figura, a partir de má hora eleitoral, empreendeu com notória falta de fôlego, acentuada carência de sensatez, absoluta imprudência e, ainda, perdendo completamente o sentido do melhor rumo para Portugal. O sujeito anda assaz desnorteado. Dá para perceber que se move aos tombos, num labirinto de tremendas contradições e imprecisões. Ele encontra-se disperso, mal figurado, no desconchavado circo político de Lisboa. E o pior é que, não se dando conta disso ou desdenhando a situação real do país, são os inditosos portugueses que sofrem no corpo e na alma as inerentes e terríveis consequências das suas desastradas actuações, que – destaque-se - tanto deprimem e molestam os seus compatriotas.

- Do falcão Ulrich
Esta ave, designada de rapina, tem nome de antiga peça de artilharia que lançava projécteis de ferro.
Trata-se de um pequeno animal, agourento, desagradável, soberbo, que tem reacções intempestivas, muito intensas, de grande agressividade. Parece estar sempre predisposto para desferir ataques nos mais diversos lugares e sempre direccionados a precisos alvos. Funciona à semelhança da antiga peça de artilharia, já referida. Com uma, por enquanto, benfazeja diferença: não arremessa ferros incandescentes. Valha-nos isso! Porém, pia muitíssimo. Tais actos de piar ferem os tímpanos de muitos indígenas, assim se tornando bastante incómodos e perigosos para a conservação das espécies.
Há que assinalar o seguinte: o falcão Ulrich, em data recente, durante uma sessão pública, ousando assumir a tarefa de pregoeiro oficial, permitiu-se afirmar em tom patético e num alarde de fanfarronice, que Portugal pode aguentar mais medidas de austeridade. Repetiu: “Portugal aguenta! Aguenta! Aguenta! Ai, que Aguenta!”.
Pois se o dito falcão, circunscrito e enredado no cume da sua megalómana pesporrência, considera que milhões de portugueses ainda podem aguentar mais gravosas condições de vida, porque não admitir a imperiosa obrigação de a comunidade providenciar no sentido de a altaneira ave de rapina, habituada a altos, agradáveis e cómodos voos, ser obrigada a conservar-se em terra chã enquanto durar a avassaladora crise, suportando todas as privações que recaem sobre a maior parte das espécies autóctones indígenas. Certamente, que perdia o pio…
Entretanto, segundo os costumes e por larga temporada, iremos encontrar tal agressiva ave esvoaçando por inacessíveis alturas, sobre o espaço português, demasiado entretida a piar, a piar, a piar, desabridamente, sem rei nem roque…
Importa não dar importância a pios tão absurdos e desafinados… Nem desculpar a abusiva, invasora, insuportável estridência; porque tal anomalia contribui para o agravamento da poluição sonora, com nocivos efeitos na sanidade da população…

- Da velha raposa Teles
Este mamífero carnívoro, conhecido Teles, investiu com ímpeto sobre as hortas e as capoeiras alfacinhas. Para lhe facilitar o ataque a frágeis mamíferos e a algumas aves menos ariscas, plantou uma passadeira especial que tem estado estendida ao longo do percurso que se propõe seguir, com fé e determinação, nos próximos tempos: um luzidio manifesto da causa monárquica onde se toca a rebate para os indígenas virem à praça pública atear o fogo que alumie a campanha do senhor Duarte Pio para aceder ao (hipotético) trono de Portugal.
A velha raposa, eufórica, antevê que a pia criatura será a encarnação do mito de El-Rei D. Sebastião – o salvador da Pátria.
Como factor de distracção e de pausa momentânea das angústias que estamos vivendo, justifica uma saudação. E realce-se o benefício do ócio que proporciona, a piada que tem o condão de divertir e a descontracção que faculta, à sofredora malta…
Mas, sejamos práticos, com  sentido da realidade, na apreciação da descabida iniciativa: esta é, simplesmente, uma raposia do velho e muito ágil(…) mamífero carnívoro, que, a seu modo, também é um emblemático indivíduo da vasta fauna que desequilibra e maltrata o nosso ecossistema…    
Fim