Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, outubro 11, 2012


Ao compasso do tempo…

O registo, os factos e as perguntas…
Brasilino Godinho

Quase todos os dias os portugueses são confrontados com notícias sobre insólitos factos, por demais escabrosos, relacionados com o descalabro sociopolítico em curso. 
Talvez fosse relevante, numa perspectiva histórica e sob os pontos de vista cívico e do imprescindível funcionamento regular da Democracia e da Governação, que uma entidade idónea fosse fazendo a estatística e o inventário dos inúmeros disparates, das imensas transgressões às leis e aos bons costumes, dos enormes desmandos e dos muitos excessivos e oportunistas aproveitamentos pessoais (nos exercícios de funções oficiais), dos bens do Estado, praticados por uns tantos agentes políticos e governamentais destituídos de pundonor e do espírito de servir a comunidade.
Aqui e agora, faz-se o registo de três casos hoje vindos ao conhecimento do público.

01.           O Registo dos factos

Primeiro caso: Grupo parlamentar do P S gasta 210 mil euros em 4 automóveis topo de gama, pagos pelo orçamento da Assembleia da República. (Rádio Renascença).

Segundo caso: O chefe do governo, Passos Coelho tem 11 secretárias pessoais (Jornal Correio da Manhã).

Terceiro caso: Miguel Relvas ajudou empresa ligada a Passos Coelho a ter monopólio de formação em aeródromos (Jornal Público).

02.           As perguntas:

Primeiro caso: Onde está acomodada a austeridade na Assembleia da República?
E em que espaço de boa higiene mental e estado de maturidade, se encontra o sentido de acatamento, por parte dos deputados do PS, do impreterível dever cívico e da imprescindível Política (com letra maiúscula, claro!) naturalmente associados a uma boa gestão dos dinheiros dos contribuintes e, também, a uma elementar contenção de despesas. Igualmente, deputados sujeitos à generalizada obrigação de os responsáveis políticos e governamentais adoptarem procedimentos concernentes às necessárias reduções do défice e da dívida estatais.   

Segundo caso: Conseguirá Passos Coelho arranjar trabalho para tantas (11) secretárias pessoais? Ou, pela inversa, que farão tantas secretárias ao serviço de Passos Coelho? Aquele gabinete, com tantas secretárias – e uma delas até praticou abuso de confiança – mais parece um harém de sultão das Arábias.
Se juntarmos as dezenas de assessores, especialistas, motoristas, automóveis, etc, etc, mais reforçada fica a ideia de que temos a opulência do Médio Oriente representada em Lisboa na sua máxima grandeza… Infelizmente, em deprimente contraste com a miséria e a fome circundantes.
E, sublinhe-se, ao arrepio da austeridade que é imposta ao povo, dos abusivos cortes de rendimentos dos trabalhadores e dos incorrectos despedimentos na função pública. 
A propósito: Os despedimentos na função pública em sede de Orçamento serão extensivos aos numerosos grupos das secretárias de Passos Coelho e dos seus ministros? Também contemplando os deputados? Por que não despedir os imprestáveis ministros e os secretários de Estado e todos os que lhes estão associados nos respectivos departamentos?...
Quão grande não seria a recomendável diminuição da despesa do Estado se efectuados que fossem os cortes em tais gorduras corporais… que se apresentam, acintosamente e com escândalo, mui adiposas e desagradáveis à vista de toda a gente.

Terceiro caso: No facto citado, sobressai o aspecto das ligações perigosas que os políticos estabelecem entre si. Cria-se um grau de dependência e de comunhão de interesses que, a dada altura, começa por os irmanar e que, depois, os condicionam ou determinam no futuro. Actualmente, a dupla Coelho/Relvas (será Coelho que, imprudente, come Relvas? Ou Relvas que, indigestas, envenenam o Coelho?) compartilha funções de governabilidade e demonstra essa mesma total paridade; ou seja: inequívoca sujeição mútua. O que, como parece evidente, se sobrepõe ao propósito de boa governação e ao interesse nacional.
Fim