Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, outubro 01, 2012


NA ÁREA DA ECONOMIA PORTUGUESA
QUEM SERÃO OS IRRACIONAIS
E OS “COMPLETAMENTE IGNORANTES”?
PORVENTURA, TALVEZ SEJAM
“OS COMPLETAMENTE INTELIGENTES”…
Brasilino Godinho

A LOUCURA DA AUSTERIDADE EM PORTUGAL E NA EUROPA
Nem sou eu que, para já, vai responder directamente à questão colocada em epígrafe.
De imediato, passo a transcrever do “Diário Económico”, edição de hoje, dia 01 de Outubro, a seguinte nota sobre a crise:
“O economista Paul Krugman critica os defensores da austeridade, dizendo que estes se esqueceram das pessoas. Espanhóis e gregos “estão certos” ao protestar contra mais austeridade. “Os verdadeiros intervenientes irracionais” são os políticos que exigem cada vez mais sacrifícios, escreveu o Nobel da Economia na sua habitual coluna de opinião no “New York Times”, intitulada esta semana de “A loucura da austeridade na Europa”.
A seguir, devo informar que os sublinhados foram aqui introduzidos para destacar a lucidez e suprema autoridade decorrentes da apreciação feita por Paul Krugman, detentor de prémio Nobel da Economia. E, também, cumpre-me chamar a atenção do leitor para o elucidativo pormenor da referência quanto à exigência dos sacrifícios que na linguagem dos nossos governantes aparece escamoteada no eufemismo da expressão: “os sacrifícios pedidos aos portugueses” – o que, neste particular aspecto, sobreleva de impudência e de hipocrisia. Uma coisa é pedir; outra é exigir. Qual exigência, se traduz por impor os sacrifícios arbitrariamente aos indígenas na modalidade de ”custe o que custar”. Porém, haja a percepção de que, quanto ao autor da arrogante expressão, Passos Coelho e demais companheiros da desastrosa aventura governamental, que a subscrevem, certamente, as privações e as dificuldades existenciais, passando-lhes ao lado, pouquíssimo ou nada os tirarão do sossego e lhes afectará o bem-estar. Aliás, Passos Coelho, revelando a sua enorme falta de sensibilidade, já informou urbi et orbi que dormia descansado, sem sobressaltos de consciência.
Uma última observação para enaltecer a oportuna lição dada por um Mestre de Economia que com saber e discernimento faz a correcta avaliação do calamitoso quadro concernente à famigerada austeridade.
Também, aqui expresso um voto com sentido didáctico/pedagógico: que os “completamente inteligentes” versados em alguma área de Economia, aprendam com quem sabe da específica matéria e se remetam à demonstrada condição de “completamente ignorantes” que, afinal, é significativa representação da sua insignificância social e da sua nulidade política.
E há que ponderar: personalidades tão “completamente inteligentes” esgotaram a capacidade do espaço cerebral onde radicam as faculdades de alma e por isso ficaram remetidos a um vazio onde não cabem: a sabedoria repartida por múltiplas e úteis abrangências; o conhecimento de várias disciplinas; a perspicácia de observação; o sentido do rigor, da objectividade, da isenção e da transparência; a formulação de um pensamento bem estruturado; e o desenvolvimento de uma mentalidade consentânea com valores e princípios de boa, salutar, genuína, aplicação universal.
E a este triste ponto chegados, nem admira que tais economistas caseiros de tão “completamente inteligentes” como se julgam, se encontrem, sim, num estádio de “completamente ignorantes”…
Fim