Leitor,
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Leia!
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, setembro 11, 2020

 

UM TEXTO SEM TABUS…

Brasilino Godinho

10 de Setembro de 2020

 

«MARCELO COM "SENSAÇÃO DE INJUSTIÇA"

APÓS PORTUGAL FICAR FORA

DOS CORREDORES TURÍSTICOS INGLESES»

 

01. O título da presente cónica é transcrição de notícia inclusa num sítio da Internet.

O Presidente da República referia-se à decisão do governo britânico de excluir Portugal dos corredores turísticos por causa da pandemia Covid-19 que, actualmente, se expande no nosso país.

Não partilho da ideia de injustiça do presidente Marcelo. Face ao incremento do número de vítimas portuguesas e ao previsível conhecimento da grave situação sanitária de Portugal tido em Londres, talvez mais aprofundado do que aqueloutro que é transmitido aos portugueses pelas duas senhoras da Saúde, era de esperar que o nosso país fosse excluído desse canal turístico. Trata-se de uma medida de defesa e de segurança nacional da Grã-Bretanha que releva de superior desempenho das suas autoridades sanitárias.

Aliás, ela até devia servir de exemplo e modelo para os governantes portugueses.

Portanto, por muito que isso prejudique as actividades turísticas de Portugal há que reconhecer a razão do governo britânico e excluir, liminarmente, apressadas e descabidas “SENSAÇÕES de injustiça” formuladas pelas altas entidades do Estado português.

02. Atendo-me à expressão “SENSAÇÃO de injustiça” ela causou-me estranheza por estar em desuso em Portugal e ser uma novidade introduzida na linguagem presidencial.

Até esta data, não me tinha dado conta de que presidente Marcelo tivesse sensações. Nele e nas suas falas de inveterado comentador televisivo e presidencial, sempre apercebi certezas apreendidas pela observação dos factos e das coisas visionadas ou pelo hábito de subjectivamente formular juízos e conclusões óbvias mais ou menos objectivas, especificas ou abstractas.      

Claro que dada a característica de privilegiado e assíduo interlocutor com o Divino Espírito Santo (de que in illo tempore deu informação) era suposto que, assim possuidor de tamanha riqueza espiritual, estaria livre do incómodo de ser tentado em interiorizar sensações.

Era minha convicção que estaria, naturalmente, iluminado o ego do presidente Marcelo. Liberto de sombrias cogitações suscitadas por uma qualquer excitação produzida pelo mundo exterior; mesmo que advinda do espaço monárquico inglês.

Daí a minha surpresa! E a confirmação de que o actual presidente é personalidade imprevisível nas suas reacções…

03. Relativamente ao desuso da expressão “SENSAÇÃO de injustiça” no seio da nação portuguesa a explicação faz-se em poucas palavras. O povo português não tem “SENSAÇÃO de injustiça”. Nem tem ideia do que seja. Nunca a sente. Pois que tem a certeza da existência da INJUSTIÇA, sempre omnipresente e sofrida por milhões de cidadãos, em Portugal.

INJUSTIÇA que é continuamente aplicada em todos os sectores da sociedade. 

Concluindo: deixo a nota curiosa de que aos governantes nunca se lhes ouviu a expressão “SENSAÇÃO de injustiça”. Porquê? Porque a INJUSTIÇA em Portugal se mascarou de Justiça e se manifesta em toda a parte e a qualquer hora. Por de mais sentida e ofensiva da dignidade da pessoa humana.

“SENSAÇÃO de injustiça”? Uma ova!...