Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, setembro 04, 2020

 

496. Apontamento

Brasilino Godinho

04/Setembro/2020

 

À ÚLTIMA HORA DA DESCONFORME

E MUI IGNARA “ÚLTIMA DA HORA”

NAS TRANSMISSÕES TELEVISIVAS

E NAS NOTÍCIAS DA IMPRENSA -

É EVIDENCIADA CARÊNCIA MENTAL

EXISTENTE EM SEDE JORNALÍSTICA

QUE, PASME-SE!

NA FALA DE QUALQUER MINISTRO

DÁ COMO ADQUIRIDAS GARANTIAS

DAQUILO QUE ELE ANUNCIA COMO

REALIZÁVEL OU ALCANÇÁVEL.

 

Dessa maneira estrambólica de exercitar o jornalismo tipo nova vaga, teve-se hoje, de manhã, mais uma parvoide demonstração aquando o ministro de Educação prestou declarações aos jornalistas em Vila Nova de Gaia.

 

Logo, alguns jornalistas e locutores se apressaram a dizer e escrever que o ministro garantira.

 

Repare-se na expressão «garantindo que» (uma preciosidade jornalística):

 

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reafirmou esta sexta-feira que “abrir as escolas” no próximo ano letivo “é um imperativo”, garantindo que “todas as condições de segurança” estão a ser criadas tendo em conta a pandemia de Covid-19. (Fim de citação).

 

Ora na afirmação do ministro não é transmitida nenhuma garantia e as duas palavras «garantindo que» foram abusivamente introduzidas pelo jornalista. Também um locutor da Televisão disse que o ministro «garantiu» o bom funcionamento das escolas.

 

Para além dessa tendência dos jornalistas atribuírem garantias que nem foram expressas pelos entrevistados, tem o público conhecimento decorrente de um largo somatório de casos verificados ao longo dos anos, de que um ministro português quando palra ou bota discurso, nunca fornece garantias de coisa nenhuma.

 

Aliás, deve-se sempre contrapor a tais dislates dos jornalistas, as seguintes interrogações: Quais garantias? Gizadas em que moldes? Quando e em que circunstâncias elas serão apresentadas? Ou quejandas, imperiosas, condicionantes as determinam?

 

Por outro lado, estando os jornalistas a atribuir ao governante a falsa afirmação de garantia (de coisa nenhuma) estão a difamá-lo gratuitamente, sem nexo causal e nulo sentido deontológico. Motivo mais que suficiente para a ministerial criatura lhes mover um processo judicial.

 

Isso a verificar-se deveria ser saudado como benéfico expediente de se acabar de vez com uma prática jornalista impostora e que engana os cidadãos; contribuintes esforçados e forçados a financiar o Erário: o qual - realce-se - generosamente vai encaminhando grandes maquias, de milhões de euros, para os bancos falidos da praça lisboeta e seus administradores de rija têmpera despesista…

E por falarmos de enganos e falcatruas já bastam uns e outras que directamente têm origem nos políticos e governantes e que ocorrem por triste fadário nacional.

 

Portanto, os jornalistas e locutores televisivos da nova vaga façam o obséquio de ser comedidos e verdadeiros. E poupem-nos!