AGORA RELER NUM TEMPO EM QUE
A COVID-19 VEIO DAR IMPULSO AO
EXTERMÍNIO DA “PESTE GRISALHA”
NESTE DIA
Há 1 ano
265. Apontamento
Brasilino Godinho
30/Agosto/2019
“PESTE GRISALHA” VERSUS PESTE PARLAMENTAR
Há tempos não muito recuados a peste parlamentar, com foco avassalador no Palácio de S. Bento, em Lisboa, deu um ar de sua traiçoeira (des)graça ao classificar a gente da terceira idade como “peste grisalha” e apontando que havia urgência de a erradicar da sociedade portuguesa.
De imediato, vi a terreiro reagir vigorosamente com recurso a crónicas de opinião, repudiando o sentido pejorativo da cavilosa ofensa e a implícita ameaça de extermínio dos idosos; o qual, se queria mais intenso e abrangente do que aquele alcançado pelas consequências da intensa, criminosa, austeridade (muitas mortes ignoradas nas estatísticas oficiais e "esquecidas" pelos órgãos da comunicação social) que vinha sendo aplicada, com a maior desumanidade, pelo governo PSD/CDS, de que era ferrenho adepto o deputado beirão autor de tal alarvice.
Por outro meu lado e aparente contradição, assumi - e mantenho – certo orgulho pela específica natureza da “peste grisalha” ser, em Portugal, meio interventivo de consistente luta contra a peste parlamentar que vem sendo causa dos grandes, devastadores, males que afectam a nação portuguesa.
Claro que, naturalmente, lancei a minha candidatura a candidato a deputado da Assembleia da República, junto dos partidos com assento parlamentar e por a isso estar obrigado pelo articulado da Constituição da República Portuguesa. Constituição que me remete à categoria de cidadão de segunda classe. Sem direito a ser independente e deputado da nação. Fui liminarmente rejeitado pelos referidos partidos. Até com laivos de má-criação.
Como era de prever os possuidores do feudo partidocrático, que é a Assembleia, mais uma vez recusaram admitir nos seus domínios alguém que representasse os idosos e que nela nunca tiveram voz.
Impõem-se não esmorecer na luta e conservar viva a chama de um intenso fogo apologético da urgente aplicação - neste Portugal de tantas irregularidades, perversões, desonestidades, ilícitos e corrupções - dos preceitos estabelecidos na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS DOS IDOSOS, proclamada a 22 de Setembro de 2017, em Lisboa, sob a égide da ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – e com explícita aprovação do governo português que, da sua assinatura de aprovação e comprometimento de a cumprir e fazer cumprir, tem vindo, despudoradamente, a fazer letra morta.
Aos meus leitores, aos velhos (eu sou velho de idade e pujante jovem de espírito), aos portugueses, afirmo: Não vou desistir!
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