488. Apontamento
Brasilino Godinho
26/Agosto,/2020
A PERGUNTA ESQUECIDA QUE
NÃO OCORRE AOS REPÓRTERES
A pandemia Covid-19 continua a expandir-se na Europa. Em Portugal não abranda e com as festarolas e aglomerações de pessoas que estão programadas, a tendência será para aumentar à cadência desses eventos.
Todos os dias ocorrem as conferências de imprensa das senhoras ministras e directora geral da Saúde. Também diariamente muito se vai escrevendo sobre o coronavírus. Ouve-se nas televisões e lêem-se nos jornais enormidades incríveis acerca da pandemia em curso de proliferação.
Mas ainda não se leu ou ouviu algum credenciado especialista em virologista ou distinto médico explicar como se processam as anunciadas recuperações das pessoas infectadas pelo coronavírus.
É que segundo um público dado adquirido ainda não há medicamento para combater a infecção. Ora se assim é, como ocorre a recuperação? Mistério que a um leigo em medicina, como é o Brasilino Godinho, causa uma grande perplexidade.
Não menor irresolução, melhor dizendo, grande estranheza sinto pela renúncia ou falha de expediente, quiçá carência de espírito deontológico, de nenhum(a) repórter tomar a iniciativa de perguntar às duas senhoras, vedetas televisivas das estatísticas virosas, como se explica o fenómeno de haver recuperações sem existirem medicamentos específicos de combate aos vírus.
E no entanto, desde fins de Fevereiro que andamos envolvidos num confronto permanente com tão perigoso, temível e mortífero antagonista; que as referidas senhoras consideraram muito inteligente…
Desgraça preocupante pois que pelo andar da carruagem na qual circula o coronavírus se começa a criar a impressão de que ele ainda não se viu frente-a-frente com ser mais inteligente que ele próprio…
Sorte da criatura viral! Infortúnio dos portugueses que vêm soçobrando sempre que se cruzam com ela…
E como o comboio macha a todo o vapor, não se enxerga a hipótese de ele descarrilar ou de parar no apeadeiro da boa esperança e da melhor segurança, situado nas margens do fedorento pântano a que, in illo tempore, aludiu o político António Oliveira Guterres…
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