A BRASILIANA
CRIATURA FACE AO
MAGNIFICENTE ETERNO FEMININO
(Continuação)
Parte V I
Por Brasilino Godinho
(27 de Abril de 2020)
A minha convivência diária ao
longo de 51 anos com o ETERNO FEMININO consubstanciado na pessoa da Mulher,
muito querida companheira Luísa, proporcionou-me a percepção e conhecimentos sobre
o muito que avulta e se circunscreve no âmbito do transcendente e que se gera,
consolida, fortifica e prevalece, certamente pela acção psicostimulante
processada a nível do córtex cerebral.
Aponto que o cérebro humano é um
extraordinário computador que conjuga funcionalidades de estação receptadora e
transmissora de mensagens. E dessa actividade tenho por suficientemente
adquirida a convicção que será apanágio do ETERNO FEMININO se este, no plano
individual, for detentor de correlativo, enorme, potencial, semelhante ou
superior ao que apreendi existir na minha mulher.
Foco registo no domínio da
intercomunicação sensorial que bem posso considerar como invulgar
característica de minha Luísa; de que houveram demonstrações impressionantes e
em que, nalgumas, fui participante.
Ela tinha em alto grau o poder de
atrair a simpatia das pessoas e estas lhe davam um tratamento carinhoso. Logo
na infância, adolescência, juventude, em Ponta Delgada toda a gente, a tratava
por Luisinha ou menina Luisinha. Em Leiria, onde fixámos residência, após o
casamento, nasceram os dois filhos e lá nos mantivemos sete anos (até 1 de
Fevereiro de 1963); surpreendentemente, “todo o mundo” a tratava-a por D.
Luisinha.
Em Aveiro, onde a 1 de Fevereiro
de 1963, nos instalámos definitivamente, a maioria das pessoas, de qualquer
estrato social, igualmente lhe davam o trato de D. Luisinha.
Reportando manifestações de
intercomunicação sensorial traduzidas em transmissão de pensamento, muito
frequentemente isso aconteceu com Brasilino e Luísa, nas mais diversas
circunstâncias. Em conjugação simultânea, expressávamos comentários,
observações e pensamentos, com as mesmas palavras e entoações de voz.
Surpreendente! Às vezes, isso nos deixava pensativos…
Tão extraordinária capacidade de
irradiação do encanto que lhe era peculiar e de interagir no campo sensorial,
também se manifestava com os animais principalmente com os dois géneros das
raças caninas…
Menciono um episódio
impressionante.
Um dia, na cidade de Aveiro,
minha mulher dirigiu-se a casa de uma costureira para fazer prova de um
vestido. Bateu à porta que foi aberta por ligação eléctrica. Subiu a escada e
ao chegar ao patamar um corpulento cão lobo de alsácia vem em corrida na
direcção da visitante que se quedou imóvel e que estando o animal quase a um
metro de distância, olhou-o, sorriu e disse-lhe: Olá! De imediato, o cão
abranda a marcha e com ar meigo deitou-se aos seus pés. Entretanto, chega a
costureira, dona do animal, aflita e fica estupefacta. É que o animal sempre
investia com as clientes e mesmo afastado pela dona, fartava-se de ladrar
furiosamente sempre que aparecia gente estranha. Note-se que era a primeira vez
que o animal via minha mulher.
Luísa Maria Tápia Godinho foi
esposa dedicadíssima ao marido, mãe muitíssimo carinhosa com os filhos, avó
bastante afeiçoada aos dois netos que ajudou a criar.
Dela, o marido, Brasilino
Godinho, conserva imorredoura memória e por todo o tempo, lugar e circunstância,
a exaltará como o ETERNO FEMININO que com tanto brilho, formosura, e encanto
espiritual, lhe deu conformidade de feliz vivência conjugal.
LUÍSA MARIA ALBERNAZ TÁPIA
Um SOL que a
Brasilino Godinho
lhe iluminou a Vida!
SOL A NASCER
Antanho, como cego, nem sequer via
Aquela imagem com a qual deparava.
Ah! Descrente de mim, alheio, perseguia
A Verdade e o Amor que não mais encontrava.
E, assim, por vias esconsas de dor, seguia.
Era o tempo de tédio… que não passava!
Porém, distraído, só, não me apercebia
Que renovada vida se prenunciava.
Até que um dia, conforme Sol a nascer,
Tu surgiste em verídica dimensão;
E minha alma se abriu à luz do teu Ser.
Fiquei possuído de um fogo abrasador
E, deslumbrado, com deleite e emoção,
Contigo me encontrei na Vida e no Amor!
(In UM DIA DESCI À CIDADE… Brasilino
Godinho, p.141, 2001)
(Continua na Parte VII)
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