11. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
03de Novembro de 2017
PRETO
NO BRANCO!
ESTE
DISSE O QUE ESTÁ NA MENTE
DE
MUITOS ESPANHÓIS
Ou seja: óptimo seria anexar
Portugal
Notícia
de Joana Almeida
Líder do Círculo de Empresários Espanhol: “Seria óptimo unir a Espanha e
Portugal num novo Estado”
Javier Vega de Seoane considera que numa
altura em que tanto se fala na independência da Catalunha, se deveria ponderar
também a união entre Portugal e Espanha e, a existir um movimento de união,
assegura que o assinaria.
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A ideia de a Espanha se apoderar
de Portugal não é nova. Tem séculos de existência. E corresponde a uma tradição
espiritual sempre latente no seio da sociedade espanhola. Andrade Corvo, no
século XIX e em seu livro PERIGOS (editado no ano 1870), referiu--se
especificamente a esse desígnio dos políticos e militares do Estado nosso vizinho.
Nesta terra lusitana já houve a 14 de Agosto de 1385 necessidade de combater os
castelhanos em Aljubarrota. De 1580 a 1640 os portugueses estiveram subjugados
e o país foi quase destroçado no continente e, sobremaneira, no império com a
perda de vários territórios coloniais dispersos pelo mundo.
Após a Revolução de 1 de Dezembro
de 1640 o estado de guerra da Restauração ainda se manteve até 13 de Fevereiro
de 1668. Neste dia foi assinado o Tratado de Lisboa através do qual era
reconhecida a independência de Portugal e devolvida a soberania sobre Olivença,
ocupada 11 anos pelo exército espanhol. Decorridos 144 anos (1812) inicia-se
novo conflito entre Espanha, França e Portugal que evoluiu para a guerra das laranjas que deu azo a nova
ocupação de Olivença pelas tropas espanholas. Em 1815 o Tratado de Viena impôs
à Espanha a rápida devolução de Olivença a Portugal. A Espanha só assinou o
Tratado de Viena a 7 de Maio de 1817 aceitando reconhecer a soberania de
Portugal sobre o território de Olivença. Porém, até hoje não honrou a sua
assinatura, e retém de forma abusiva e prepotente a posse dessa terra
portuguesa.
Daí e do que mais se poderia
anotar, há que destacar o historial hispânico de desrespeito pela legalidade e
pela autodeterminação e liberdade dos povos e a propensão para a agressividade
sobre as nações que intenta dominar. O que está acontecendo com a Catalunha,
País Vasco, Galiza e persiste quanto a Olivença é demonstração inequívoca dessa
peculiar conduta da Monarquia de Espanha. Adequado será admitir a qualquer
instante, que - por artes do Mafarrico - vindo de Espanha… nem bom vento!
Porém, não generalizando descrenças
ou absurdas confusões importa dizer que lindas beldades espanholas serão
bem-vindas por que suscitam, pelo menos, e muito pelo mais, agradável e festiva
visão e, ainda, o maior apreço… Este é um parêntesis que devíamos aqui
introduzir para, no meio de tanta aspereza, nos reconfortar a alma.
Um dado que ainda hoje nos
desgasta psicologicamente, mas inequívoco e elucidativo da apetência dos
governantes espanhóis pelo domínio da terra portuguesa, foi proporcionado pelo
ditador, general Francisco Bahamonde Franco logo na juventude (em 1910) e
qualidade de cadete, com a sua tese de conclusão do curso de oficial na
Academia General Militar de Toledo, cujo teor era nada mais, nada menos: “De
como ocupar Portugal em 28 dias” – um trabalho que foi muito elogiado
pela alta hierarquia militar.
Aliás, durante a guerra civil
espanhola (1936-1939) o generalíssimo esteve tentado a invadir Portugal – o que
só não aconteceu pelo facto de aqui existir outro ditador, Oliveira Salazar,
que lhe prestou relevantes apoios de variada natureza. Outro fosse o regime
político vigente no nosso país e a invasão e ocupação por parte do exército
espanhol teriam sido concretizadas. E tivesse acontecido em 1945 a vitória das
forças do Eixo, na Segunda Grande Guerra Mundial e Portugal estaria hoje sendo
una nação subjugada como o são a Catalunha, o País Vasco, a Galiza, as Astúrias
e o é a parcela portuguesa de Olivença.
Face à desmedida ambição de
grandeza da Monarquia de Espanha e à existência de alguns influentes traidores
que por aí começam a levantar a grimpa e a forcejar a decadência da Pátria, de
modo a facilitar a infiltração do invasor e a consumação do domínio espanhol,
os portugueses devem estar alerta e determinados a oporem barreiras às
persistentes manobras que estão evoluindo principalmente no campo
económico/financeiro no sentido da anexação de Portugal; uma vez que, na
actualidade, a Espanha optou por começar pela guerra de apropriação hegemónica
sobre a frágil economia e o débil sector financeiro de Portugal, visto não
considerar reunidas favoráveis condições para uma abrangente e fulminante intervenção
das suas forças armadas. Embora, não esqueçamos as tentativas do ano transacto,
de ocupação militar dos ilhéus do Arquipélago da Madeira.
Último registo: A declaração do
grande patrão espanhol, aqui citado, é mais uma recentíssima achega
comprovativa dos desígnios que norteiam as poderosas forças espanholas no
sentido de a Espanha proceder à colonização e dominação de Portugal.
E, tenhamos presente, que se a
Catalunha se libertasse da colonização espanhola decerto que seria um revés
para a política de liquidação de Portugal que, com maior ou menor discrição,
prossegue em velocidade de cruzeiro a partir de Madrid, capital do Reino de
Espanha.
O que ontem Franco não conseguiu
pelas armas, relativamente à anexação de Portugal, parece hoje vislumbrar-se desde
o Palácio da Zarzuela, Palácio Real de Madrid e Palácio da Moncloa…
Provavelmente, em Madrid conta-se com os colaboracionistas que vão surgindo
encapuçados na linha da frente demarcada em Lisboa.
De imediato a subjugação da
Catalunha é factor essencial para alentar a hegemonia da Coroa espanhola.
Haja a certeza de que, na actual
conjuntura, tudo será feito pelo governo de Madrid para manter a chama viva da
almejada União Ibérica, inteiramente submissa a Mariano Rajoy e à monarquia
espanhola.
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