8. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
31 de Outubro de 2017
CHOVER
NO MOLHADO…
Consoante o que ontem li algures,
uma conhecida pinheiral senhora da nossa melhor
sociedade televisiva – esta, instalada na alfacinha capital do reino da
bicharada vigente nesta parcela ocidental do continente europeu – na
circunstância mostrando o largo e habitual sorriso estampado no alegre rosto e
ousando, com desenvoltura, enfrentar adversos ventos e marés, fez ao Zé-Povinho a especial mercê de proclamar: “julgo
ser uma referência, mas não me cabe dizê-lo.”
Porém, alto lá e pára o baile do
deslumbramento pessoal. A senhora pinheiral tome atenção e… se não é pedir
demasiado, também recolha em si a indispensável compenetração. É que, afinal,
sem rebuço, disse-o! E o Zé e todo o pessoal indígena ficaram conhecedores de que
a senhora se, eventualmente, não é referência seja lá do que for, pelo mais se
encontra convencida e sem quaisquer retraimentos e dificuldades na
auto-avaliação, julga sê-lo. E transmite a respectiva informação. Que, aliás,
nem lhe haverá sido solicitada.
Claro que, igualmente, depois de
feito o público anúncio da referência
que pensa ser seu apanágio, não faz sentido a anotação de que não lhe cabe
dizê-lo.
Até no plano hipotético é
expressão inconclusiva, dado que não foi caracterizada a referência, nem indicada
a entidade a quem caberia tão ingrata tarefa. E tarefa sobremodo contrária à
razão; porquanto à desafortunada criatura que tivesse esse encargo se lhe depararia
a impossibilidade de saber qual era a referência
emblemática que decora a imagem
da senhora pinheiral aqui mencionada.
Resumindo e concluindo: Saiba a
pinheiral figura televisiva que se, por absurdo, coubesse lugar ou conveniência
para dizer algo sobre a sua distinta e pessoalíssima referência, seria - depois do que transmitiu ao Zé-Povinho - chover no molhado.
Foto da filmagem que na TV terá
sido feita quando o Zé-Povinho,
mui atento e obrigado, ouvia
a referência da referenciada senhora.
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