5.
APONTAMENTO DE
BRASILINO
GODINHO
28 de Outubro de 2017
Senhora que muito prezo, há
instantes, anotou no Facebook que “PR e PM vão entrar nos eixos”.
Lido isto, decidi fazer
interpelação pública.
Aqui a apresento.
Entrar
nos eixos? Que eixos? No eixo político Madrid-Barcelona? Melhor seria que nele
não entrassem. Para prática de demissão e subserviência face ao Poder espanhol
já basta o que vai sendo manifesto de cobardia e vergonha nacional. E se
persistirem na vã glória iberista da desonra nacional e para a semana afluírem
a Madrid ao beija-mão do Príncipe das Astúrias, hoje Rei de Espanha, ao abraço
fraterno a Mariano Rajoy e à beijoca enternecedora a Soraya Saénz de
Santamaria, não se esqueçam de, na ida, passar por Olivença... para, pelo
menos, sentirem ténue incómodo de consciência, caso ainda lhes reste alguma...
Só
mais uma breve observação.
Se é
óbvio que, na presente conjuntura, se esperaria alguma contenção diplomática
dos governantes portugueses, quer a nível nacional, quer no contexto
internacional e não se processasse de imediato o reconhecimento da República da
Catalunha, também se exigiria moderação na devida assunção de neutralidade
sobre um demarcado diferendo institucional entre Espanha e Catalunha.
Desastradamente
os dirigentes portugueses fizeram diferente do que exigiria o inegável
interesse nacional.
Pior é,
sem dúvida, que pelas atitudes, telefonemas e pelo tom dos comunicados e
declarações que têm sido divulgadas, se deduz que estão intervindo abusivamente
numa questão hispano-catalã, em sede de flagrantes violações dos princípios da
independência nacional; das normas atinentes ao devido respeito pelos direitos
do homem; dos preceitos que regem o direito dos povos à autodeterminação e
independência e da igualdade entre os Estados
- o que, em cúmulo, caracteriza uma gritante ingerência nos assuntos
internos de Espanha e da Catalunha. Outrossim, comportando violação centrada no
não acatamento do normativo da Constituição Portuguesa (n.º2, Art.º 3.º e n.ºs 1.º,
2.º e 3.º do Art.º 7.º)
O que mais
implica reconhecer-se que também na matéria factual, aqui posta em causa, os
dirigentes nacionais estão agindo com acentuado afastamento da Declaração
Universal dos Direitos do Homem.
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