Mui
prezadas e atenciosas senhoras,
Caros
e atentos senhores,
Também
para manter a chama viva do nosso (agora irregular) convívio,
mas, sobretudo, para abrir horizontes de esperança em melhores dias
e, ainda, tendo em vista corresponder à atenção que o santo
Antero de Quental, através dos seus escritos, dispensa aos
atormentados indígenas que somos neste desgraçado país - na
actualidade, empobrecendo e sofrendo segundo as determinações
autoritárias impostas pelo governo, em aplicação do catecismo
ideológico de bem-fadadas excelências: a do venerando Chefe de
Estado, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, a do jovem e ilustre
presidente do Conselho, dr. Pedro Passos Coelho e as do seu selecto
grupo de ajudantes - anexo um meu registo do vigoroso alerta que o
grande poeta e pensador micaelense dirigiu a todos os portugueses.
Com
votos de boa leitura e vital consequência.
E
juntando os melhores cumprimentos.
Brasilino
Godinho
QUEM DISSE QUE
ANTERO DE QUENTAL ESTÁ MORTO?
Um
registo de Brasilino Godinho
Sito além-túmulo, em Ponta Delgada, Açores, Antero
de Quental, poeta, político e pensador, que dir-se-ia jazer
adormecido está, afinal, bem vivo e atento ao tenebroso estado de
Portugal. E, evidenciando grande
inquietação, lança-nos um vigoroso alerta.
Pois façamos a
leitura atenta do alerta de
Antero de Quental.
Em primeiro lugar, precedendo o descritivo da infame
realidade, nele expressa uma perturbadora interrogação.
«No templo sagrado da Pátria tomaram assento os
vendilhões da intriga, os mercadores de traições, e rumorejam
debatendo o preço por que se compram e vendem entre si, enquanto a
alma popular, contrita e humilhada, chora no seu desolado abandono. E
não haverá quem proteste contra esta corrente de torpeza, de
baixeza e cinismo, que ameaça subverter o que ainda nos resta de
crenças e dignidade cívica? »
Em segundo lugar, no mesmo
expõe a panaceia da restauração da sociedade portuguesa.
«Quando a nação portuguesa tiver governos que
verdadeiramente a representem e nos quais confie, quando o Estado
voltar a ser um órgão útil e não uma excrescência parasita e
nociva no corpo social, só então poderemos dizer que está dado o
primeiro passo no caminho da restauração das forças vivas da
sociedade portuguesa.»
Fim de citação
(Sem comentários. Aqui absolutamente
desnecessários...)
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