UM
NOVO EXPEDIENTE GOVERNAMENTAL DE
LIQUIDAÇÃO
DE MILHARES DE PORTUGUESES
Brasilino Godinho
Dir-se-ia que dia após dia o
governo, sob a orientação do presidente do Conselho, Pedro Passos
Coelho, intensifica as políticas de agressão aos funcionários
públicos e de morticínio dos idosos reformados e pensionistas.
Talvez mais ajustado à realidade seja dizer que: de hora-a-hora tudo
piora! E presidente do Conselho, Pedro Passos Coelho, serve-se de
todos os expedientes para, rapidamente e em força bruta, atingir tal
objectivo de ignobilidade.
Temos escrito que está em
curso uma política de genocídio de uma faixa etária da população
que, indefesa, está inteiramente desprotegida face a tal sanha
persecutória de uma coelhal figura que sempre manifesta total
aversão aos funcionários públicos e profundo ódio aos idosos mais
carenciados da sociedade portuguesa.
Veio agora a público pela voz
do ex-ministro Bagão Félix a informação da recente promulgação
silenciosa de uma lei que tem como alvo impossibilitar os aposentados
de desempenharem funções remuneradas ou a título gracioso.
Todavia, contempla a hipótese de isentar da sua aplicação, por
arbítrio da ministra das Finanças, quem, por esta, seja considerado
prestador de serviços de relevante interesse público. Assim, de
forma ardilosa e procedimento desavergonhado, fica aberto o alçapão
para se protegerem os amigos, os correligionários e os parentes da
actual senhora ministra e dos seus sucessores no cargo ministerial.
E, também, todas aquelas soberbas figuras do Estado, dos partidos
(indigitados para inquilinos da sede governamental) e da sociedade
elegante (compositiva da parvónia nacional), que acumulam várias e
milionárias reformas e subsídios de diversas naturezas - cuja
enumeração em lista ocuparia muitas páginas em formato A4.
Digamos que esta lei iníqua e
indecente é a malcheirosa cereja obscena sobre o bolo putrefacto da
actual governação.
A situação do povo português
é uma calamidade. Os funcionários públicos com ordenados
sistematicamente cortados, muitíssimos reformados com pensões de
miséria, o custo de vida sempre em crescente aumento, as prestações
sociais eliminadas ou substancialmente reduzidas, os cuidados de
saúde fora do alcance de milhares de adultos, o persistente
desemprego, a degradação do Ensino, o encerramento de escolas, o
descredibilizar os professores - tudo se conjuga no sentido apontado
pelo presidente do Conselho, Passos Coelho: o do empobrecimento
continuo da população portuguesa, a degradação de Portugal e o
rápido passamento dos adultos mal remunerados.
Até agora havia para alguns
aposentados a vaga perspectiva de arranjar um biscate ou ocupação
profissional que lhes trouxesse alguns meios materiais de atenuação
das suas miseráveis condições de vida e de reforço da
periclitante sobrevivência dual: física e psíquica.
Pois a Passos Coelho não
bastava fustigar continuamente os cidadãos mais desprotegidos, Tinha
que ir mais longe no sádico intuito; ademais, actuando à sorrelfa,
sem alarido público. E com a referida lei, joga mais um trunfo nesse
jogo sujo e impõe um novo expediente de liquidação dos portugueses
de maior idade.
Isto é repugnante! Configura
um crime inominável!
Outro importante aspecto a
salientar é o inumerável prejuízo advindo para a sociedade e o
enorme desperdício que é o facto de não ser permitido o
aproveitamento do imenso capital da massa cinzenta mais valiosa e
enriquecedora de Portugal. A acumulada experiência de vida, os
grandes conhecimentos e os fecundos saberes culturais e profissionais
de cada cidadão são partes valiosas de um património nacional.
Proibir o seu contributo para o Bem-Comum, se nem lembraria ao Diabo
é, seguramente, um crime de lesa Pátria.
Outrossim, uma ostensiva e
ultrajante violação dos princípios consagrados na Constituição
da República Portuguesa.
Tal peça legislativa de
vergonhosa e emblemática representatividade da (des)governação
portuguesa devia ser presente à apreciação do Tribunal
Constitucional.
Também se impõe, com
urgência, que os actuais governantes, subscritores de tão hedionda
lei, sejam presentes à Justiça e severamente punidos. E declarados
inaptos para o exercício de cargos governamentais. A bem do
maltratado povo português!
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