Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, agosto 17, 2014


Uma deprimente anedota macabra!

Brasilino Godinho

Ontem, dia 16 de Agosto de 2014, pela acre boca - de forte odor a laranja - do ministro dos Negócios Estrangeiros ficámos a saber que Portugal se envolverá num estranho 'negócio': vai enviar ajuda humanitária ao Iraque.
Muito estranho: um pobre país, de rastos, a fazer uma pretensiosa, triste, deprimente, ridícula, figura de rico e altruísta. O que, da parte dos governantes, releva grandes faltas de decoro e sentido de Estado. E é sobranceira, desavergonhada, afirmação de soberano desprezo pelas numerosas vítimas portuguesas das tenebrosas arbitrariedades do Poder central (inclusa maioria parlamentar) e das maléficas, muito agressivas, austeridades impostas pelo governo.
Isto numa altura em que Portugal precisaria de grande ajuda humanitária para acudir a tantas misérias morais e materiais que grassam no país.
Também um país que se dá ao luxo de ser (des)governado por um inepto grupo corporativo que, supostamente não tendo dinheiro para suprir os encargos da Administração, dispõe, rapidamente, de milhões de euros para tapar os buracos que vão aparecendo nos bancos.
Tais milhões de euros que são acintosamente retirados aos vencimentos dos trabalhadores dos sectores privados e públicos e às pensões dos reformados e pensionistas.
Ainda, milhões de euros que faltam nos hospitais, nos estabelecimentos de ensino, nos serviços de segurança pública e de segurança social, nas obras públicas, nas forças aérea e da marinha para patrulhamento da ZEE (zona económica exclusiva) e em todos os outros sectores dos poderes central e autárquico.
Enfim, o propósito anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros é uma inqualificável anedota macabra. A ter expressão factual num Estado que cada vez mais se enquadra, também, em contexto de anedota macabra caracterizadora do espaço terceiro-mundista.
Uma tristeza! Uma tremenda desgraça nacional!